Páginas

quarta-feira, janeiro 30, 2013

DIGITÁLIA 2013 - POSTÃO COM MATÉRIA E ENTREVISTAS COM PARELES, EMICIDA, FAUSTO FAWCETT E TINÉ (OOS)



Pelo terceiro ano consecutivo, Salvador periga se tornar uma espécie de “capital mundial da cultura digital” – pelo menos, durante a realização do Digitália 2013, um curioso mix de conferências acadêmicas, “desconferências”, performances, work- shops, shows musicais e outras atividades relacionadas.

Entre os destaques, o crítico de música do jornal New York Times Jon Pareles (leia entrevista na página 3), Gilberto Gil (que participa pelo segundo ano consecutivo), Fausto Fawcett, acadêmicos renomados como Derrick de Kerckhove, Nelson Pretto, Xavier Serra e Volker Grassmuck, entre outros.

Haverá ainda workshops, encontros de redes e shows de DJs famosos, como Marky, Spooky e Telefunksoul. Para a festa de encerramento, shows na Concha Acústica do rapper Emicida e do Original Olinda Style, que vem a ser um amálgama da banda Eddie com a Orquestra Contemporânea de Olinda.

Idealizado pelo Doutor em Comunicação, músico e agitador cultural Messias Bandeira (ao lado), o Digitália é viabilizado através  de patrocínio da Fundação Cultural do Estado da Bahia, além do apoio da Capes.

“O Digitália é  multidisciplinar: reune academia, artistas, sociedade  e setor produtivo. E a partir dessa edição, ele passa a ser um evento permanente. Ele continua acontecendo ao longo do ano, com outros episódios”, revela Messias.

“Além desse encontro de 1º a cinco de fevereiro, teremos atividades  como videoconferências, shows e outros debates que serão propostos ao longo do ano”, acrescenta. “Queremos dar um caráter de permanência, mesmo. O Digitália ainda não é um evento de grande porte, mas vem se consolidando ano a ano”, vê.

Gilberto Gil ataca duas vezes

Empreendedor obstinado, ele estabeleceu uma meta para 2014: ”Transformar Salvador na capital da cultura digital. E tentar sensibilizar a sociedade com mais eventos dessa natureza, buscando mais inclusão social e acesso à cultura digital”, diz.


No que depender do entusiasmo dos participantes, ele já tem meio caminho andado. Segundo Messias, Gilberto Gil, cabeça de uma concorrida mesa de debates na edição de 2012, procurou a produção para voltar agora: “Quando lançamos a chamada pública a artistas e pesquisadores, ele pleiteou logo sua participação”, afirma.

“Ele tem sido muito simpático e interessado nesse debate. Ano passado, ele foi para todos os dias. Chegava de manhã e só saía de noite, deu oficina, foi muito generoso”, conta.

Fausto, Emicida, Olinda Original Style

Outro participante  famoso é o cantor-poeta-escritor Fausto Fawcett, que encabeça uma mesa dedicada à sua produção literária  cyberpunk: “Teremos uma conversa a partir do meu livro mais recente,  Favelost (Martins Fontes, R$ 39,90)”, conta ele, por telefone.

Em um cenário futurista no qual as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo se amalgamaram em uma só megalópole, um casal de protagonistas “tem que trepar o tempo todo, senão um chip instalado neles vai matálos”, descreve Fausto.

“É um ensaio hiperbolico e delirante sobre o que acontece quando nossas vidas estao completamente guiadas, direcionadas e perturbadas pela tecnologia digital”, resume.

Já Emicida, que trará a Salvador seu show com banda completa, representa, assim como o rapper Criolo, que encerrou o Digitalia 2012, um novo momento no hip hop nacional: “Vejo isto primeiramente como fruto do meu trabalho e, claro, como uma consequência do que foi plantado alguns anos atrás por ídolos nossos, como Racionais MCs”, escreve, por email.

“Acho  que a diferença (entre sua geração e a dos Racionais) seja talvez em termos de influências musicais diferentes, mas isso não se deve necessariamente ao fato de sermos de gerações diferentes. É uma questão de artista para artista mesmo, independentemente da época em que nasceu”, vê.

Já Tiné, um dos vocalistas do Original Olinda Style (foto acima, de Beto Figueroa), está animado com o show e os debates: “Pra gente que trabalha no meio alternativo, a Internet é muito importante. Não temos apoio de rádios, gravadoras, nada. Então  aproveitamos essas brechas  para divulgar nosso som e fazer parcerias”, conta.

DIgitália 2013: de 1º a 5 de fevereiro / Incrições, programação completa e info: www.digitalia.com.br

Entrevista: Jon Pareles, crítico de música do New York Times

Por Chico Castro Jr. (perguntas 1, 2 e 3) e Lucas Cunha (perguntas 4, 5 e 6 e texto de abertura)
Entrevista publicada no Caderno 2+ do jornal A Tarde em 29 de janeiro de 2013 

Sempre ouvindo. É assim que se descreve no Twitter o norte-americano Jon Pareles (photo: Michael Loccisano / Getty Images), chefe de Crítica de Música Pop do jornal The New York Times, que participa de uma conferência em Salvador na próxima segunda-feira, 4, às 9 horas, no Pátio do Instituto Goethe, no bairro da Vitória, como parte da programação da terceira edição do festival de música e cultura digital, o Digitália.

Em sua conferência, Pareles irá discutir as novas formas de acesso à informação musical e o papel da mediação cultural na era das redes.

Nesta entrevista concedida para A Tarde, ele fala sobre o atual papel da crítica e de sua relação com a música brasileira.

1. Quando a internet expodiu com blogs e sites, críticos amadores começaram a pipocar pra todo lado. O tempo passou e, surpreendentemente, isso não enfraqueceu o papel dos profissionais. A crítica de música continua tão confiável hoje quanto já foi no passado? Qual é, definitivamente, o papel do crítico?

Jon Pareles: Amador ou profissional, o crítico de música deve iluminar a música que você ouve - seja apontando detalhes do som ou descobrindo tendências ou colocando toda uma cultura em um novo contexto. A crítica só é confiável quando o crítico é confiável. Mas há muitos, muitos críticos soberbos.

2. Você começou nos anos 1970. É realmente diferente escrever sobre música naquela época e agora? Quais seriam as grandes diferenças entre escrever sobre música agora e naquela época?

JP: A maior diferença é a simples quantidade de música gravada. Antes da internet mudar tudo, a música era distribuída em discos e fitas, processo que filtrava muita música. Agora que tudo está on line, as escolhas se multiplicam. Infelizmente, as horas do dia não fazem o mesmo. Mas a disponibilidade da música para todos - não apenas para os críticos, mas para todos conectados à internet - significa que há mais ideias no ar. É mais complicado agora se manter atualizado com a quantidade de música disponível, mas também é mais fascinante do que nunca.

3. É muito comum que, a medida que vamos ficando mais velhos, passemos a achar que as coisas eram melhores quando éramos mais jovens. Você já se sentiu desta forma em relação à música? Há quem diga que o rock está completamente morto, agora. O que você acha disto? Quais são as grandes bandas do nosso tempo? Existe tal coisa?

JP: Há grande música em todas as eras, independentemente do que rege qualquer Top 10 atual. Acho que cientistas que pesquisam o cérebro descobriram que, em certa fase do desenvolvimento humano - adolescência? Início dos 20 anos? - a música se agiganta para cada um de nós enquanto indivíduo, mas eu rejeito a ideia dos "bons e velhos tempos". Estilos chegam, dominam, desaparecem e, as vezes, retornam. O rock foi declarado morto tantas vezes - apenas para retornar com truques novos. E eu me esquivo de nomear as "grandes bandas do nosso tempo", por que eu teria uma lista diferente daqui a um mês ou um ano. Grandes músicos continuam a me surpreender e deliciar - por isso continuo ouvindo. Já houve muitas "eras douradas" - e outras virão.

4. Como um crítico norte-americano que acompanha a música brasileira desde a Tropicália até artistas mais recentes como Daniela Mercury e Ivete Sangalo, como você avalia a forma como ela é percebida nos Estados Unidos? Os americanos ainda associam o Brasil exclusivamente ao glorioso passado da bossa nova ou já há um reconhecimento de artistas mais novos, como Céu e Curumin, mais próximos do pop contemporâneo?

JP: É muito difícil para a música brasileira cruzar a barreira da língua e alcançar ouvintes norte-americanos. Para muitos americanos, Brasil sempre será sobre bossa nova, ainda que ouçam mais Bebel Gilberto do que João. Mas audiências mais jovens gravitarão em torno da música do presente, e não do passado. E com a Internet, as pessoas podem buscar a música que as rádios comerciais não tocam, então esta nova música brasileira pode chegar através dos novos canais. Fãs potenciais podem encontrar sugestões de ouvintes mais bem informados e aventureiros, como DJs de casas noturnas, produtores de hip hop, blogueiros dedicados, amigos descolados etc. Céu (foto acima) e Curumin tiveram seus álbuns lançados por selos norte-americanos e estão construindo uma audiência por aqui. Gostaria que músicos brasileiros fizessem turnês pelos Estados Unidos mais frequentemente - é uma boa forma de fazer novos fãs.

5. Uma vez você declarou que uma das entrevistas mais interessantes que você já fez, ao lado de Bob Dylan e Kurt Cobain, foi com Caetano Veloso. Você poderia nos contar um pouco mais sobre sua relação com ele? Ouviu seu último álbum, Abraçaço? Outra coisa: Beck Hansen disse nos anos 1990 que o trabalho atual de Caetano é tão vanguardista quanto em seus álbuns clássicos dos anos 1970. Trazendo para o momento atual, você concordaria com esta declaração?

JP: Não tenho relação pessoal com Caetano Veloso, além do respeito que que tenho por qualquer grande artista. Quando fiz uma longa entrevista com ele há anos, ele foi inteligente, amável e sua natureza poética ficou evidente. Suas apresentações são excepcionais (ainda que não precise lembrar os brasileiros disso). A música que Caetano tem feito com Cê, Zii e Zie e Abraçaço é certamente provocativa, livre e altamente individual. Ele ainda é ele mesmo, pegando grandes ideias e escoando-as em canções elegantes.

6. Na sua fala aqui em Salvador você vai discorrer sobre "as novas formas de acesso à informação musical e o papel da mediação cultural na era das redes". Como você (e o New York Times) entendem essa nova forma de consumo da crítica musical, com a concorrência de milhares de blogs e sites como o Pitchfork Media e o Metacritic, um site que compila boa parte da crítica produzida em língua inglesa (inclusive a sua no NY Times)? O que se ganha e o que se perde com tudo isto?

JP: Com o Pitchfork o ganho é total - é uma voz mais informada falando aos ouvintes sobre a música que eles deveriam buscar. Nem sempre concordo com os resenhistas do Pitchfork (ou quem quer que seja), mas eles fazem um esforço sério na abordagem de cada canção ou álbum sobre o qual escrevem. Tenho minha dúvidas sobre classificar um álbum em uma escala de 100 pontos. A nota 8.1 de alguém pode ser 8.4 ou 7.9 para outras. Mas esse é um caso da mídia formatando a mensagem. Computadores são digitais, portanto, compatíveis com números e tabulações, que é o que o Metacritic faz: ele calcula a média do que considera ser a "nota" dada em cada resenha que coleta. Mas eu não dou nota nas minhas resenhas, nem o fazem muitos outros críticos coletados pelo Metacritic, então alguém lá está conferindo um valor numérico preciso para algo que não é preciso. Isto leva à média numérica, um numero duro que, se supõe, mede um consenso. Mas raramente há um consenso. Resenhas tendem a ser contraditórias: alguns amam, outros odeiam, outros tantos dão de ombros. Para mim, a média calculada não é a questão. Eu quero saber é o que os críticos mais espertos perceberam e julgaram, não de um número. Talvez isto sinalize se a preponderância das resenhas é para positivo ou negativo. Mas como jornalista, você deve sempre considerar cada fonte diretamente. Eu tendo a ignorar o número artificial e clicar direto para as resenhas. Para isto, o Metacritic é um execelente agregador e tornar todas aquelas resenhas facilmente acessíveis oferece um tipo diferente de ganho.

ENTREVISTA: EMICIDA

Como vai ser o show com banda completa aqui? O repertório abrange músicas desde o início da carreira ou é concentrado em material mais recente?

Emicida (foto Luciana Faria): O repertório vai passear por todos os meus trabalhos, tem desde músicas da primeira mixtape (Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida Até que Eu Cheguei Longe) até canções do meu trabalho mais recente, o EP Doozicabraba e a Revolução Silenciosa. Mas claro, teremos também algumas surpresas preparadas especialmente para Salvador e a participação do meu parceiro Rael, que fará algumas faixas comigo e mostrará uma música que estará no novo trabalho dele (que será lançado pelo meu selo, Laboratório Fantasma).

Artistas como você e Criolo vem dando nova cara ao rap brasileiro, conseguindo ser mais acessível ao grande público, mas sem abrir mão da qualidade musical-poética ou da ligação com o movimento hip hop. Como vc vê este novo momento? Qual a principal diferença entre sua abordagem e a da geração anterior, de artistas como Racionais e MV Bill, por exemplo?

E: Vejo este novo momento primeiramente como fruto do meu trabalho e, claro, como uma consequência do que foi plantado alguns anos atrás por ídolos nossos como Racionais MCs. Acredito que a diferença seja talvez de termos influências musicais diferentes, mas isso não se deve necessariamente ao fato de sermos de gerações diferentes. É uma questão de artista para artista mesmo, independentemente da época em que nasceu. Cada um tem suas influências, isso é bem pessoal. Por que nós deveríamos simplesmente copiá-los? E, ao contrário do que alguns vêm pregando, não acho que a minha geração conseguiu se tornar mais acessível ao grande público porque deixou o discurso de lado. Vejo só uma outra maneira de propagar o discurso, agregando a ele essas influências musicais diferentes da que tinha essa geração que você citou.

Vc vai encerrar um evento que celebra a música e a cultura digital. Em que medida vc acha que esta nova ordem mundial é melhor do que a época em que as grandes companhias multinacionais davam as cartas no mercado fonográfico? Ou isso é uma ilusão: eles continuam ditando o que as pessoas vão ouvir?

E: Sem falsa modéstia, acho que o modelo que criamos na Laboratório Fantasma é a prova de que não são apenas as grandes companhias multinacionais que dão as cartas. Acho que esta nova ordem se mostra mais democrática por um lado, dando a mais pessoas a chance de espalhar seu trabalho. Por outro lado, com esse volume grande de coisas circulando, há que se pensar em novas maneiras de espalhar a informação pra se destacar e não passar batido, não ser só mais um. Honestamente, ainda há ramos do mercado em que apenas as multinacionais conseguem chegar facilmente. Ou seja, não estamos com o "jogo ganho". Nós, os menores, independentes, ainda precisamos achar o caminho, mas vamos chegar lá, estamos trabalhando pra isso.

ENTREVISTA: FAUSTO FAWCETT

Como rolou de vir para o Digitália, Fausto?

Fausto Fawcett: Um amigo meu, Vinícius Pereira, enviou um projeto e me passou a dica e os contatos da organização. Eles souberam do meu interesse, eu topei, foi assim. Será uma conversa a partr do meu livro Favelost (Martins Fontes, R$ 39,90). (Nota: a mesa de Fausto se chama Desconferência: Literatura, Cultura Cyberpunk e Imaginário Tecnológico na obra de Fausto Fawcett, e tem como participantes o próprio Fausto, Vinicius Pereira [UERJ/ABCIBER], Simone Sá [UFF], Adriana Amaral [UNISINOS].

Do que se trata seu livro?

FF: É uma trama urbana, um cenário futurista no qual as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo se amalgamaram em uma só megalópole. É uma gigantesa Serra Pelada, mas urbana. Tem dois protagonistas, um casal que se encontra, dá uma trepada e tem um um chip que vai mata-los. Só a trepada impede essa morte pelo chip. É essa aventura, nessa Favelost. Tem esse caráter delirante, mas é um ensaio hiperbólico sobre o que acontece quando nossas vidas estao completamente guiadas, direcionadsas e perturbadas por essa tecnologia digital.

É como vê todo esse cenário hiper-conectado? O futuro chegou?

FF: Não é nem a questao de futuro. O futuro hoje é uma coisa velhinha, obsoleta. O que existe é um futuro contínuo. Toda essa tecnologia complementa uma coisa que vem acontecendo dese os anos 1970, e que diz respeito ao aspecto mercadológico que tomou conta de nossas vidas. Comércios ofciais e não-oficiais que se trornaram transnacionais e seguindo as privatizações de nossas vidas, isso só gera muito egoísmo, narcisismo e outros ismos. Tudo isso vem minando o que chamamos de cidadania, os interesses coletivos etc. E o digital facilitou isso tudo.

Você ainda faz música, Fausto?

FF: Faço! Passei realmente um bom tempo mais concentrado em literatura, procurando marcar minha preseça nesse meio. O Favelost deve virar um espetáculo. E com essas mudanças de mercado, com a Internet, tá tudo tão fragmentado... Não há mais os esquemas de gravadoras, mas em breve vou recuperar todo esse repertório antigo, retornar com os Robôs Efêmeros (banda de Fausto nos anos 1980) e botar novos sons na rodinha.

Você nunca chegou a fazer shows aqui, né? Nem no tempo da Kátia Flávia (hit estrondoso de Fausto Fawcett & Os Robôs Efêmeros em 1987)?

FF: Não, é curioso, nunca cheguei a fazert sow aí em Salvador.

Alguma outra atividade em vista?

FF: Estou bolando uma peça de teatro a partir do personagem do McLuhan (Marshall McLuhan, teórico da comunicação). Vai se chamar McLuhan na Praia, uma referência ao Einstein na Praia (peça musical de autoria dos norte-americanos Robert Wilson e Philip Glass).

ENTREVISTA: TINÉ, vocalista do Original Olinda Style (Eddie + Orquestra Contemporânea de Olinda)

Foto: Beto Figueroa.

Como surgiu o grupo?

Tiné: Foi uma idea bem óbvia por que somos todos muito amigos e tem várias bandas de Olinda que tem membros comuns entre si. Então, tava demorando de acontecer essas reuniões. Tivemos a ideia, fizemos o primeiro show e a coisa começou a  rolar. A gente já sabia que ia ser legal. O Eddie tem vinte anos de estrada, e a gente da Orquestra, tem cinco, então é um trabalho bem representativo da cena de Olinda.

E o repertório? Tem músicas das duas bandas e do frevo pernambucano?

A união é bem por aí. A maior parte é em cima do repertório das duas bandas. Pegamos as músicas que mais gostamos das duas e fazemos. Tem uma do Bonsucesso Samba Clube e outras coisas de bandas de Olinda que a gente gosta. Tocamos também Trombone de Prata, que é um frevo tradicional de Olinda.

É grande a expectativa para tocar em Salvador?

Vai ser muito bom tocar aí. A expectativa é a melhor possivel, até por que tem um tempo que queremos sair daqui pra tocar pelo Brasil. E a nossa estrutura é grande porque é muita gente, são 15 caras no palco. Apesar disso, já onseguimos sair. Fizemos um show em Arcoverde, no sertão pernambucano e também em São Paulo. Essa vai ser a terceira viagem desta banda.

Como é que organiza isso? 15 caras no palco?

Apesar de ter 15 membros, poucas vezes toca os quinze de uma vez. Quando um baixista tá, o outro não, a mesma coisa com os bateristas. Então rola um revezamento. O legal é que o Eddie ganha os metais da Orquestra. Os metais tocam o show inteiro.É essa soma, nós participamos das musicas deles e vice versa. Tá bem legal, é uma brincadeira bem legal o Original Olinda Style.

Vocês vem encerrar um grande evento dedicado à música e a cultura digital. Como se posicionam nesse admirável cenário novo?

Pra gente que trabalha no meio alternativo,  a internet é muito importante. Não temos nenhum apoio de rádios, gravadora, nada. Então a gente aproveita essas brechas da internet para divulgar nosso som e ainda exercer outras atividades, como compor músicas com pessoas de outros países ou cidades. E distribuir música de graça, que é uma forma de atingir pessoas que estão distantes e não nos conheceriam de outra forma. Aí pensamos em estratégias. A gente tem uma história que é o ouvinte pagar o mp3 gratuito com uma tuitada ou um compartilhamento em rede social. A internet é a nova rádio, aonde nossa musica aparece não só em áudio, mas também atraves de vídeos e arquiovos de musica. Música que você pode carregar no penderive, no telefone etc. Para músicos como nós, a internet é uma grande oportunidade.

9 comentários:

  1. RIP Nenê Benvenuti, baixista da banda Os Incríveis

    http://musica.terra.com.br/aos-65-anos-morre-baixista-nene-benvenuti,e3c829e813c8c310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

    ResponderExcluir
  2. Isso vai ser muito bom: Eva Green, uma das mulheres mais lindas do mundo, será a Dama Fatal de Sin City 2:

    http://omelete.uol.com.br/sin-city/cinema/sin-city-2-tem-novidade-no-elenco/

    ResponderExcluir
  3. Uau. Não vou dormir de tanta ansiedade pela espera....

    http://omelete.uol.com.br/strokes/musica/strokes-anuncia-novo-album-comedown-machine-para-o-dia-26-de-marco/

    ResponderExcluir
  4. Os comentários no player estão ótimos!

    "Chimbinha!"

    "Isso é banda calypso"

    O pior que tá parecendo alguma coisa saída do Pará mesmo.

    Será que vai ter participação de Gaby Amarantos?

    Gente, ela é tudo!

    ;-)

    ResponderExcluir
  5. Damian Wayne, roubando a cena total do pai, Bruce.

    http://www.bleedingcool.com/2013/01/30/the-joy-of-damian-six-panels-from-todays-dc-comics-spoilers/

    Muito bom!

    ResponderExcluir
  6. Saiu um livro com o "best of" da clássica revista Punk:

    http://www.amazon.com/Best-Punk-Magazine-John-Holmstrom/dp/0061958352/

    E a Spin colocou algumas imagens da revista para nossa apreciação estética....

    http://www.spin.com/gallery/punk-magazine-photos-ramones-blondie-new-york?image=0

    ResponderExcluir
  7. O grande Len Wein, o homem que pariu o Wolverine e um dos roteiristas da famigerada linha Before Watchmen, fez questão de explicitar o possível plágio de Alan Moore bem no final de Watchmen, a série original:

    http://omelete.uol.com.br/watchmen-2/quadrinhos/len-wein-alfineta-alan-moore-em-antes-de-watchmen/

    ResponderExcluir
  8. Só não me invente de morrer no Carnaval, Mr. Lee!

    http://www.bleedingcool.com/2013/01/31/stan-lee-cancels-megacon-appearance/

    ResponderExcluir
  9. Batman, mãe solteira do menino Robin:

    http://omelete.uol.com.br/joao-montanaro-tiras/

    ResponderExcluir

Tá loco aí? Então comenta!