Silvia Machete é uma senhora cantora, afinadíssima. Faz malabares que é uma beleza. É boa compositora e uma intérprete ainda melhor. Se comunica com o público de uma maneira muito especial. E ainda poderia ser uma stand-up comic, de tão engraçada.
É essa artista completa, múltipla, que faz apresentação única HOJE, no Teatro Solar Boa Vista, divulgando seu novo DVD, Extravaganza Ao Vivo.
Em janeiro último, a cantora carioca esteve em Salvador, quando se apresentou no projeto Música no Cinema, com um show especial para aquela ocasião. Agora ela vem com o show “oficial” da nova turnê.
“É uma outra produção. Levo meu cenário e outras coisas que não cabiam ali. O repertório muda também. É outro clima”, adianta Silvia, por telefone.
No show, a cantora e sua banda, Os Xuxuzinhos, conduzem o público por uma espécie de delírio tropical em que música, dança, performance e humor se aliam em prol do divertimento e sedução do público.
Tudo fruto da longa experiência de Silvia, que tem formação circense e foi artista de rua por muitos anos – no Brasil, em Nova York e Paris.
“Na rua, tudo tem que ser grandioso, por tem muita coisa rolando ao mesmo tempo. No teatro a gente pode ser mais sutil. Por que todo mundo está ali para te ver. De certa forma, é mais fácil”, observa.
“Eu acho que tudo que funciona na rua, funciona no teatro. Mas o inverso não é verdadeiro. Eu poderia entrar em detalhes profundos e pessoais sobre isso. Na rua, não há expectativas. As pessoas passam e pensam ‘meu deus, coitada dessa aí’”, ri.
“No teatro, não. As pessoas se sentem bem de estar ali. Já estão do seu lado, de certa forma. Aprendi muito nas duas situações. Um dia preciso sentar e escrever um livro sobre essa experiência, analisando as duas situações”, avisa.
Bambolê, cigarro e música
Enquanto o livro não vem, Silvia tem encarado uma agenda puxada divulgando o CD / DVD Extravaganza Ao Vivo.
“Estou enlouquecida, viajando três vezes por semana. Fomos a Ouro Preto, Fortaleza, São Paulo há dois dias atrás, ontem tava no (Programa do) Jô, agora vem Salvador, depois São Paulo de novo e Rio na sequência. Tá assim há uns dois meses, já”, relata.
Quem já conhece a figura pode esperar ver de novo o número do bambolê (ela enrola e acende um cigarro enquanto roda o brinquedo), mais um novo, no qual interage sensualmente com um contrabaixo acústico.
No show, canções como Feminino Frágil (parceria com Erasmo Carlos), Sábado e Domingo (Domenico Lancellotti e Alberto Continentino), Meu Carnaval (dela e Marcio Pombo), Curare (Bororó), Tropical Extravaganza (Fabiano Krieger) e duas pérolas de Jorge Mautner e seu parceiro (recentemente falecido) Nelson Jacobina: Guzzy Muzzy e Manjar de Reis.
“E lá na frente já tô pensando em um show novo, totalmente diferente. Uma coisa mais de teatro mesmo, um musical brasileiro, influenciado pelo teatro de revista, com dança e efeitos visuais. Vai se chamar Souvenir”, antecipa.
Silvia Machete / Extravaganza ao vivo / HOJE, 21 horas / Teatro Solar Boa Vista (3116-2108) / Pq. Boa Vista de Brotas, Engenho Velho de Brotas / R$ 30 e R$ 15 /A venda nos balcões Ticket Mix e na bilheteria do local
Sou mais essa aí que qualquer uma dessas cantoras fofinhas ou supostamente "geniais" que a crítica sulista bota lá em cima.
ResponderExcluirDeem um saque nesse vídeo no post deGuzzy Muzzy e depois vejam a versão original com J. Mautner que o You Tube oferece na sequencia.
Né por nada não, mas eu acho essa mulher o máximo.
Entertainer no sentido clássico, mais puro da palavra. Artista é isso aí. O resto é animador de auditório.
Remember, remeber... é hoje.
ResponderExcluirhttp://www.bleedingcool.com/2012/11/05/remember-remember-the-fifth-of-november/
Stallone, um gênio incompreendido:
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/os-mercenarios/cinema/os-mercenarios-3-sylvester-stallone-confirma-nicolas-cage-no-filme/