Páginas

sábado, maio 05, 2012

MCCOY TYNER: "JAZZ É VIDA"


McCoy Tyner é um senhor de quase 80 anos e aparência frágil, que anda bem devagar, quase arrastando as solas do sapato no assoalho do portentoso palco do Teatro castro Alves.

Sua voz é praticamente um sussurro rouco, o que, aliado ao fato de falar uma língua estrangeira, torna bem difícil a tarefa de entender o que ele diz.

Toda essa suposta fragilidade e dificuldade de comunicação, porém, desaparecem assim que ele toma seu lugar ao piano.

Se Maradona é conhecido como La Mano de Dios (A Mão de Deus), Mr. Tyner bem que merecia um nessa linha, algo como “A Mão Esquerda de Deus”.

Por que toda a música que sai do seu piano parece embasada no que sua mão esquerda é capaz de fazer – e não é pouca coisa.

Com o TCA razoavelmente cheio, McCoy Tyner, em diversas músicas, praticamente surrou as teclas mais graves do piano com sua canhota percussiva – por vezes utilizando até a parte inferior da palma da mão, mais macia, para golpear as teclas, marcando  tempos mais fortes.

Quem viu o show do Branford Marsalis no mesmo TCA ano passado pôde perceber que uma comparação entre os dois seria extremamente injusta.

A banda de Marsalis era claramente superior – exceção feita ao próprio McCoy Tyner, claro.

Contudo, conferir uma lenda viva do jazz – mandando muito bem, obrigado – sem precisar pegar um avião foi um ótimo cartão de visitas para o Santo Antônio Jazz Festival. Que venham muitos outros shows.

ENTREVISTA MCCOY TYNER

"Meu conselho aos jovens é trabalhar muito duro para tentar encontrar seu próprio caminho"

No mundo do jazz, McCoy Tyner está para o piano assim como John Coltrane está para o saxofone.

Não à toa, foi com o próprio Coltrane que Tyner despontou no cenário em 1960, ao responder pelas teclas no clássico LP My Favourite Things.

Ao lado de Elvin Jones (bateria) e Jimmy Garrison (baixo), a dupla formou um dos quartetos de jazz mais influentes da história do gênero.

Com o tempo, diferenças criativas começaram a surgir e Tyner deixou o quarteto em 1965, assumindo uma longa e brilhante carreira solo iniciada a partir de Inception (1962).

De lá para cá, foram mais de 70 álbuns lançados, muitos premiados com o Grammy e inúmeras outras honrarias.

Nascido na Filadélfia, em 11 de dezembro de 1938, Tyner começou a tocar piano incentivado pela mãe. Canhoto, tornou conhecido seu estilo percussivo de bater nas teclas, justamente com a mão esquerda.

Em uma rara oportunidade, os baianos tiveram a oportunidade única de conferir esta verdadeira lenda viva do jazz no Teatro Castro Alves, acompanhado de um trio formado por Gerald Cannon (baixo acústico), Marcus Strickland (sax) e Montez Coleman (bateria).

A apresentação inaugurou a primeira edição do Santo Antônio Jazz Festival, que ainda teve apresentações de Mou Brasil, Ricardo Andrade e um workshop com o trio de acompanhamento de McCoy Tyner.

Você é sempre citado como um dos pianistas mais influentes do jazz. Mas quanto desta influência você consegue perceber nos pianistas contemporâneos?

McCoy Tyner: Eu acho que tem sido uma bênção que tantas pessoas gostem e tenham se influenciado com a música que fiz ao longo dos anos. Tudo o que podemos fazer é continuar a tocar e fazer o que está em nossos corações. Para mim, ser capaz de tocar a minha música para as pessoas é realmente uma bênção, e é para isso que eu vivo. Para a nova geração, eu diria a eles para continuar a praticar e nunca desistir!

Desde o início dos anos 1960, o senhor tocou com quase todos os "grandes" do jazz. Teve algum com quem o senhor gostaria de ter feito uma parceria, mas não aconteceu? Quem e por que?

MT: Bem, eu nunca consegui tocar com Miles (Davis). Isso teria sido uma oportunidade que eu teria abraçado. Mas, às vezes, você só tem o que você recebe.

Como o jazz entrou na sua vida? Estava na sua casa, nas ruas de sua cidade? Ou foi um gosto adquirido?

MT: Eu comecei a tocar piano quando eu era um menino na Filadélfia. Minha mãe queria que eu tocasse piano e como não tínhamos um piano em casa, eu tinha que praticar nas casas dos amigos dela. Mas mais tarde, minha mãe colocou um piano em seu salão de beleza, então fazíamos jam sessions enquanto as mulheres estavam cuidando dos cabelos! Era um tempo fantástico. Eu sempre amei o Bud Powell e Thelonious Monk. E Bud viveu na Filadélfia quando eu estava lá. Ele não estava muito bem naquela época, mas foi uma emoção vê-lo por perto.

Quais são os novos talentos do jazz que chamam sua atenção? Por que?


MT: Todos os jovens músicos que tive a sorte de reunir na banda ou de igual peso – Christian Scott, Chris Potter, Eric Alexander, Francisco Mela, Jon Batiste, entre outros – esses jovens músicos são extraordinariamente talentosos e merecedores de reconhecimento mais amplo.

Como um experiente artista de gravação, de que jeito o senhor gosta mais: no estúdio ou ao vivo? Por que?

MT: Acho que ambos têm o seu lugar na música. Eu não sei se prefiro um mais do que o outro. Eu estou sempre animado e abençoado de ser capaz de tocar a minha música na frente dos fãs que apreciam isso e gostam de ouvir!

O senhor já tinha ouvido falar de Salvador, Bahia? Conhece e aprecia algo de nossa música? E quanto a música e ao jazz brasileiros? O senhor gosta? De que artistas?

MT: Eu sempre tive um apreço pela música brasileira. Na verdade, eu escrevi uma canção chamada Festival na Bahia. Gravei ela com minha banda Latin All-Stars. Eu já toquei com muitos músicos brasileiros ao longo dos anos. Eles têm uma grande história e tradição. Guilherme Franco estava na minha banda por um tempo e gravou em alguns dos meus álbuns.

Quando o senhor olha para trás e vê uma carreira tão brilhante quanto a sua, como se sente? Ou o senhor prefere só olhar para o que vem na frente?

MT: Eu realmente não gosto de olhar muito para trás, mas estou muito orgulhoso do que tenho realizado. Mais do que isso, sou grato de que tantas pessoas ainda queiram ouvir minha música. Eu me sinto muito abençoado de ser capaz de fazer o que estou fazendo e estou ansioso para fazer ainda mais música no futuro.

Como o senhor vê o jazz contemporâneo? Os jovens estão honrando o legado dos grandes músicos?

MT: Meu conselho para jovens músicos é trabalhar muito duro para tentar encontrar seu próprio caminho. Todos os grandes músicos são amados porque eles têm um som distinto que as pessoas reconhecem e apreciam, e é algo que precisa continuar para que a música possa evoluir e crescer.

Eu sei que provavelmente já perguntaram isto ao senhor trocentas vezes, mas eu tenho que arriscar: o que é jazz para você?

MT: Jazz é vida. É claro que é a música, mas eu acho que vai além disso. É o ar que respiramos e a vida que vivemos. É o que você faz dela e isso significa algo diferente para todos.

Tradução das respostas do Tyner: Marcos Casé. Fotos do show no TCA: Vinícius Xavier / Divulgação. Foto Tyner: John Abbott. Entrevista e comentário do show publicados originalmente no Caderno 2+ do jornal A Tarde.

25 comentários:

  1. Jack Kirby Fashion Week:

    http://omelete.uol.com.br/jack-kirby/quadrinhos/jack-kirby-inspira-colecao-de-estilistas-na-australia/

    ResponderExcluir
  2. Chicão, nota 10 pela entrevista, mais vou discordar em relação à comparação; McCoy fez talvez o melhor show de Jazz que o TCA viu, pois ele tem algo raríssimo no universo musical; ele caminha pela vanguarda com a mesma desenvoltura que mostra um lirísmo diretamente ligado ao Jazz primal, pré Bebop. O seus 3 companheiros foram bem na tarefa de andar nessas zonas tão distantes à primeira vista.
    Que venham outros, e sempre bom dar os parabéns par um dos grandes doidos da cidade, Mirdad deu mais uma dentro.

    ResponderExcluir
  3. e eu que num vi?
    ~=o(-
    com $$ contado...mas acho que vacilei...então num quero + falar sobre isso-hehehehe
    devia ter xoramingado um ingresso...mas tb num gosto de ficar pedindo cousas...apesar q pra quem eu poderia pedir isso num ia ser nada...mas enfim...

    fico pensando se a galera fizesse um corte inspirado no be bop, hard bop...ia ser uma magavilha...enquanto nos salões de beleza atuais...

    curioso é que pra mim a Bahia né essas maravilhas não...mas acho outros lugares um saco tb...do ano passado pra cá o que realmente me chamou a atenção foi o show do Cocksparrer...claro que amo Mozz e Dylan...mas Mozz eu vi em 2000 e Dylan eu queria ter visto em outras décadas, apesar que dos anos 70 pra cá, acho que essa é a fase dele que + gosto...teve o Charles Bradley que é legal tb...curiosidade pra ver os Meteors...e o Toots & The Maytals que eu veria pq gosto muito da fase deles ska/rocksteady...fora isso, strokes, clapton, macca, com todo respeito a eles, não me fizeram a cabeça pra pegar um avião e sair da cidade-baixa...

    ResponderExcluir
  4. Nei, confesso que - e acho que vc sabe disso - não sou conoisseur de jazz de jeito nenhum. Foi mais uma opinião de um leigo que curte assistir músicos tocando ao vivo. E por esse ângulo, a banda do Marsalis me impressionou mais. A galera ali batia pesado, bem mais pesado que o pessoal do Tyner. Confesso que achei o jovem saxofonista dele muito apagado também, o menino só introduzia (lá ele) os temas e se recolhia em um canto, assistindo a banda tocar. Só em uma ou duas ocasiões ele demonstrou mais desenvoltura e "colou" na galera mesmo. Mas o show como um todo foi lindão. Cheguei atrasado e assisti da coxia, por isso não nos vimos. Quando ele saiu, Tyner até apertou minha mão, fiquei honrado. Aproveito e mando um abração pra Mirdad e Marcus Pank Jones, que quebraram um galhão me liberando a entrada para fazer a cobertura depois do teatro ter fechado os portões. Vcs são os caras, velhos!

    ResponderExcluir
  5. Sputter, seu perfil passou ontem, eu vi! Ficou massa, man, parabéns!

    ResponderExcluir
  6. Momento Sonia Abrão. Com todo respeito, este deve ser o baiano mais felizardo do planeta:

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1086461-camila-pitanga-reata-namoro-com-o-musico-lucas-santtana.shtml

    ResponderExcluir
  7. Esse povo politico é muito engraçado. Inventam de botar chefs badalados pra vender alta gastronomia na rua a preços populares, aí, quando a confusão - inevitável - rola, a "culpa é da imprensa".

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1086551-balanco-da-virada-cultural-confusao-na-galinhada-tiros-e-titas.shtml

    Só tem palhaço nesse país.

    ResponderExcluir
  8. Agora, 60 gramas de pó no bolso de uma adolescente de 17 anos não é overdose, é assassinato. Ou, na pior das hipóteses, suicídio. Pobre idiotinha.

    ResponderExcluir
  9. Amanhã (terça, 8) estreia nova temporada (a 6ª), do That Metal Show, aquele programa massa de entrevistas sobre heavy metal e hard rock comandado por Eddie Trunk, o Braminha dos gringos.

    SEGUE RELEASE:

    VH1 ESTREIA 6ª TEMPORADA DE THAT METAL SHOW

    Eddie Trunk recebe novos convidados em seu sofá

    São Paulo, maio de 2012 – O talk show mais pesado da TV volta com tudo na 6ª temporada. O programa de entrevista e apresentações musicais, que aborda os principais temas do heavy metal e do hard rock, estreia terça, dia 8 de maio, às 22h, na Vh1.

    Considerado pela revista americana Rolling Stone um dos melhores programas da TV, That Metal Show coloca o amante do metal diante das últimas notícias da área, promove debates sobre melhores álbuns e músicas, além das tradicionais entrevistas com convidados especiais.

    Nessa temporada, Eddie Trunk recebe em seu sofá alguns convidados especiais e nomes de peso no mundo do rock como Michael Antony do Van Halen e Chickenfoot, Bill Ward do Black Sabbath, Carrie Keagan e Kip Winger, do Winger, Phil Anselmo do Pantera e Down, Billy Sheehan do Mr. Big., o aclamado guitarrista Slash, entre outros.

    Já no episódio de estreia, o That Metal Show faz um tributo para Ronnie James Dio, famoso como vocalista das bandas Rainbow e Black Sabbath. Entre os convidados estão os formadores e colegas de banda Vinny Appice e Geezer Butler, e os amigos Rob Halford, do Judas Priest e Tom Morello, do Rage Against the Machine.

    That Metal Show – 6ª Temporada

    ESTREIA, Terça-feira, 8 de maio, às 22h

    Exibição regular: terças-feiras, às 22h

    ResponderExcluir
  10. Recomendo o download. SEGUE RELEASE:

    As bandas instrumentais de SSA, Tentrio e Hessel, acabaram de lançar um split virtual, com uma música de cada banda, pelo selo Brecho Discos.

    Link para o download: http://www.mediafire.com/?zazpvzyktl29zuu

    Split Hessel + Tentrio

    01. Agrestia (Hessel)
    Produzida por Hessel e Sérgio Lapa.

    Gravada e mixada por Sérgio Lapa. Estúdio 501. Masterizada por Vicente Fonseca, Estúdio 60. Salvador, BA.
    Zé Felipe - Guitarra, Mário Baqueiro - Baixo, Lucas Furtado - Bateria

    02. Satânia (Tentrio)
    Produzida por Tentrio e Jera Cravo

    Gravada e mixada por Jera Cravo. Estúdio 60. Masterizada por Vicente Fonseca, Estúdio 60. Salvador, BA. Eduardo César - Guitarra, Marcus Rehm - Baixo (Gravou Marcus, mas o baixista atual é João Marques), Thiago Jende - Bateria

    Arte por Bruno Marcello.
    Montagem por Sergio Franco Filho.
    Lançamento: Brechó Discos

    ResponderExcluir
  11. chicão, você tem tudo pra colocar o Jazz dentro do seu arcabouço musical, pois tu és uma pessoa de bom gosto de sensível sem viadagem.
    Realmente o saxofonista me passou a impressão que sabe mais do que mostrou, mais a que se entender, Mccoy faz sobra a qualquer um, talvez vivo só Dave Brubeck.

    Obs: você lavou as mãos depois do acontecido?
    Eu iria viver o resto da vida de luva.

    ResponderExcluir
  12. Valeu, Nei! Vc é brother! Bom, recomenda a boa higiene que se lave as mãos sempre antes de comer e depois de ir na casinha, né? E luva me dá agonia. Agora, vou contar um negócio: mesmo depois de detonar ali no teatro, de tocar piano pra caralho, a mão do homem estava fria! Acredita?

    ResponderExcluir
  13. Valeu, meus caros! Vamo nessa com as doideiras!!! Abração!

    ResponderExcluir
  14. Mirdad pra prefeito nessa porra, galera! E Pank Jones pra secretário de cultura! ;-) Abraço, véios!

    ResponderExcluir
  15. hahaha. braminha dos gringos é fueda! desisti desse tipo de obsessão quando fabio massari lançou aquele livro sobre o underground finlandes. pensei comigo mesmo, isto não é vida! e tambem nunca cheguei perto do nivel de fanatismo e abstração de Kid Vinil, Marcelo Nova nos tempos pre-camisa de venus e outros, e no nivel local o fanatico e maior colecionador local, Guido Araujo e outros (malucos) que não vem a mente agora. tem outras coisas mas importantes na vida tipo, tipo... tipo o que mesmo?

    ResponderExcluir
  16. Pou xico, se vc viu e gostou, posso morrer feliz!!

    ~=o)-

    Apesar de praticamente 1 ano atrasada, a matérica contina fresca (ui!).

    Conheci o Lucas, pq ele era casado com Ana, dona de um sebo bacana em ipanema, O Dantes...peguei uma carona com ele...e fomos ouvindo do leblon até a lagoa rodrigo de freitas ouvindo um pré mix dos Honkers...isso foi de 2001 pra 2002...acho q ele nem lembra mais...ainda + agora com a Dona Pitanga, vai pensar em q mais?
    hehehehe

    sobre galinhada lá, será que as pessoas não são educadas para fazer uma fila e esperar?
    será que precisam de governantes até pra ensinar a fazer uma fila?

    reclamam tanto desse "governo lixo" que temos, mas não sabem se auto-organizar...não digo que houve erro dos organizadores/políticos...mas o povo tb não sabe nem respeitar uma fila de ônibus...



    ps.: conhece algum tônico capilar bicho?
    tu viu q tou precisado-hhehehe

    ResponderExcluir
  17. Guido André10:13 AM

    Braminha sabe mais que o Eddie Trunk, o qual duvido que já tenha escutado o Bestiário.

    ResponderExcluir
  18. meio dia de 08/05/2012 e as últimas npotícias falam em mais de 1000 dowloads do novo disco da Cascadura, "Aleluia". Podem ir de com força, é P.....Daaaaa!!!


    http://www.bandacascadura.com/aleluia/

    ResponderExcluir
  19. A quem interessar possa, SEGUE RELEASE:

    Natura Musical abre Hoje inscrições para edital público exclusivo para Bahia

    Com o olhar ainda mais atento às diversidades regionais, o Edital Natura Musical chega à região Nordeste

    A Natura, por meio do Programa Natura Musical, abre inscrições hoje, 08 de maio, para seu primeiro edital exclusivo para o Estado da Bahia. O cadastro de interessados é gratuito e poderá ser realizado até o dia 18 de junho pelo site do www.natura.net/patrocinios. Aberto a pessoas física e jurídica, os editais buscam propostas em diversos formatos, que tenham a música como foco principal, tais como gravações de CD, DVD, shows e festivais, ou ainda projetos de resgate e preservação da memória musical brasileira por meio de livros, filmes, pesquisas, acervos, palestras e workshops para formação artística.

    Com este lançamento, a Natura amplia para cinco o número de editais a serem abertos este ano, totalizando R$ 6 milhões investidos, um aumento superior a 100% em relação a 2011. Com o acréscimo dos estados da Bahia e do Pará e de mais uma versão do Edital Nacional às edições já existentes do Nacional e Regional Minas Gerais, oferece ainda mais oportunidades e incentivos para os artistas desenvolverem suas iniciativas culturais.

    A premissa para todos os projetos que são escolhidos pela Natura é a adequação ao conceito do Natura Musical: projetos que combinem a diversidade dos ritmos brasileiros com os conceitos sonoros universais, que valorizem uma música que tenha origem na essência da nossa brasilidade. Entre os critérios adotados estão a Relevância cultural, Excelência artística, o Potencial de visibilidade e Mobilização de público; a Inovação, Acessibilidade; Abrangência Geográfica, Viabilidade e o Custo Benefício.

    A realização do edital na Bahia, por meio da lei de incentivo Faz Cultura!, representa um olhar ampliado para a cultura brasileira como uma grande miscigenação. Esse investimento reforça o movimento do programa de estar cada vez mais próximo de regiões em que a cena musical tem ganhado maior relevância, a exemplo da história que o Natura Musical vem construindo em Minas Gerais desde 2005.

    Embora todas as ações do Natura Musical visem fomentar a produção musical brasileira, a abertura de cada um desses editais regionais vai realçar vertentes diferentes. Na Bahia, o Natura Musical pretende estimular a cultura plural, explorar novas cenas, revelar o diverso, resgatar as raízes e reverenciar o consagrado. Tudo isso, em um mercado musical que já tem projeção nacional, mas que ainda tem territórios a serem melhor difundidos nacional e mesmo regionalmente.

    A iniciativa nasceu a partir do desejo da empresa de aprofundar a relação com as peculiaridades de cada região, que com suas tradições e costumes, compõe a diversidade brasileira. A Natura entende que para dialogar genuinamente precisava estar mais próxima do local, e foi com esse objetivo que iniciou o processo de regionalização, há quatro anos. “Assim conseguimos amplificar e combinar a nossa essência com os traços culturais de cada região. A expansão do Natura Musical para regional é um marco no processo de valorização da exuberância cultural que encontramos no Norte e Nordeste e ratifica o nosso movimento nessa direção”, afirma Daniel Silveira, Diretor Regional da Natura nas regiões Norte e Nordeste.

    ResponderExcluir
  20. Que bacana a presença rara do nosso querido Guido no meu humil de blog! E vc tem razão, Guidão! Nosso Bramis deixa o Eddie Trunk no chinelo!

    ResponderExcluir
  21. guido é lenda viva! ele e toni (reverendo) lopes são imbativeis. to fora desta briga, até uns 3 anos atras realmente eu me dedicava muito mais, mas com o tempo acho que voce acaba focando mais no que gosta, e o saco para ouvir bandas novas vai diminuindo, ect. quem tem uma paixão por musica nunca deixa de ouvir, apenas aquela ansia de querer ouvir tudo vai esfriando. por isso o cara que mais admiro neste meio é o grande robert christgau, mais até que o finado john peel. com 70 anos, e ouvido com atenção e aguçado senso critico de lil'wayne a sunn o))) christgau é o mestre maior.

    ResponderExcluir
  22. Pire aí, Cebola! Um ranking com os 62 (!!!) livros de Stephen King!

    http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/05/09/loucura-um-ranking-dos-62-livros-de-stephen-king/

    ResponderExcluir
  23. Muita coisa boa para os amantes do jazz e do erudito na Série TCA 2012. SEGUE RELEASE:

    SÉRIE TCA 2012 – ANO XVII TERÁ ESTRELAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DA DANÇA, MÚSICA E TEATRO

    Barbarito Torres (Buena Vista Social Club), Trombone Shorty and Orleans Avenue, Nuevo Ballet Español, "Abito”, Joshua Redman e Rumpilezz, Valentina Lisitsa e OSBA, Orchester der KlangVerwaltung (Munich)

    O Teatro Castro Alves anuncia a Série TCA 2012 – Ano XVII trazendo uma grade de atrações nacionais e internacionais que vão abrilhantar a Sala Principal do Teatro Castro Alves, com espetáculos inéditos de dança flamenca, jazz, teatro, música cubana e erudita. A programação estreia no dia 11 de junho, com o show “Trombone Shorty and Orleans Avenue”, apresentando o jazz virtuoso e inovador do jovem americano Troy “Trombone Shorty” Andrews e sua big band.

    No dia 30 de junho, o palco é do instigante espetáculo teatral “Abito”, inspirado na obra do poeta português Fernando Pessoa, com a Fondazione Pontedera Teatro, da Itália. Noite com quatro gerações de música cubana no dia 18 de julho, com Barbarito Torres, “el rey de laúde”, do Buena Vista Social Club, no novo show “Quatro Gerações”. Em agosto, 22, jazz em dose dupla com o encontro inusitado entre o consagrado sax-tenor americano Joshua Redman e a Orkestra Rumpilezz, sob a direção do maestro Letieres Leite.

    Para os admiradores da dança flamenca, a Série TCA 2012 reservou o Nuevo Ballet Español com o espetáculo Cambio de Tercio, em cartaz no dia 29 de setembro. Por sua vez, a música de concerto e o canto lírico vão acontecer em duas noites especiais: no dia 30 de setembro, a pianista ucraniana Valentina Lisitsa se apresenta com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), sob a regência do maestro Carlos Prazeres e no dia 7 de outubro acontece o grande concerto da Orchester der KlangVerwaltung, de Munique, Alemanha. A Série TCA é uma realização do Teatro Castro Alves, Fundação Cultural e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

    ASSINATURA - Sempre prestigiada pelo público baiano, a Série TCA prima por incluir Salvador no circuito nacional e internacional das produções artísticas de alto nível, trazendo nomes consagrados ou novos talentos do cenário mundial da música, teatro, dança e também o circo. Nesta edição, os ingressos (inteira) na bilheteria variam de R$ 60,00 a R$ 100,00. Mas um diferencial do projeto são os seus assinantes. Quem faz uma Assinatura da Série pode adquirir pacotes de ingressos para diferentes espetáculos, vendidos antes do início da temporada e com atendimento personalizado. As vantagens vão desde a escolha antecipada da poltrona, que ficará cativa para todos os espetáculos escolhidos, até a preferência na renovação anual da assinatura, a qual dará direito a 20% de desconto sobre o valor normal do ingresso. Os novos assinantes contam com um desconto de 10% sobre o valor do bilhete. Este ano, as novas assinaturas serão feitas a partir do dia 15 de maio.

    Renovação - Para quem já é assinante, a renovação da Assinatura deverá ser feita diretamente no Setor de Assinaturas do TCA, de 07 a 25 de maio, de segunda a sexta-feira, no horário das 13h30 às 18h. Cada assinante poderá escolher um mínimo de cinco espetáculos e as renovações não confirmadas terão seus lugares disponibilizados para novos assinantes. O pagamento poderá ser feito em até quatro parcelas em cheque ou cartão Visa. Mais informações pelos telefones (71) 3117-4865/6135 ou pelo endereço assinat@tca.ba.gov.br

    ResponderExcluir
  24. Guido André4:44 PM

    menos Braminha, menos. o Christgau sim é lenda viva. só queria saber onde ele acha tempo pra tudo aquilo que escreve. eu prefiro nem olhar o blog dele pra não ficar tentado. e não sou tão fanático assim (nem maluco). afinal, nem tenho (ainda)o disco "Sunrise", da banda Eire Apparent. ;-)

    ResponderExcluir
  25. Porra, chico, pirei mesmo...Meu predileto está lá em terceiro, A Coisa. O top 10 está quase meu top 10. Valeu mesmo, degustarei a listinha(???!!!!) com prazer.dadques transle

    ResponderExcluir

Tá loco aí? Então comenta!