Faz tempo que o Rock Loco não publica textos de convidados - o que é uma pena, por que fica só eu aqui, na minha velha ladainha de pentelho chegando à meia idade. Aproveitando que meu brother Ricardo Cury está publicando textos enfocando dados e histórias curiosas do rock local no Facebook, o propus que republicasse esses textos aqui no Rock Loco. A primeira razão para isso é que eu não tenho Facebook (nem pretendo) e portanto, não tinha como ler os tais textos (e eu adoro as coisas que esse rapaz escreve). Sim, minha comodidade vem em primeiro lugar - afinal, sou baiano. E em segundo lugar, acredito que aqui, essas histórias possam atingir ainda mais gente - aqueles visitantes ocasionais não exatamente ligados ao rock local. Sem mais delongas, segue o primeiro texto, contando a curta porém impressionante trajetória da banda Maria Bacana. Enjoy!
O porquê das coisas ou: às vezes é assim
Por Ricardo Cury
Na historia do rock, quando uma banda que tem tudo pra dar certo não dá certo, é como um acidente de avião. Nunca é um fator só. As causas para a não concretização do plano de voo são inúmeras, as respostas para as questões que se formam são sempre subjetivas e cada historia é singularmente peculiar.
Hoje, passados mais de dez anos desde o final dos anos 1990, já é possível fazer um levantamento, pelo menos superficial, de algumas historias daquela época.
Na década anterior, os famosos anos 1980, em uma entrevista para a jornalista Leilane Neubarth, a primeira da carreira da banda para a TV, perguntado sobre o sucesso da banda, Renato Russo respondeu:
– Sucesso?!
A Legião Urbana quando deu aquela entrevista estava no processo de gravação do seu primeiro disco que, obviamente, ainda não havia sido lançado, então: como já era “sucesso”? Uma das respostas é que naquela época, o simples fato de uma banda sair da sua cidade natal e ir para RJ ou SP gravar um disco já era sinal de sucesso. Esse mito permaneceu por muito tempo. Ainda em 96 eu tinha uma banda de rock e só porque a banda fez um show no Rio de Janeiro, ouvi o comentário “pooooorra, show no Rio, ta fazendo sucesso, hein?!”.
Grandes merdas show no Rio. Era só pegar uma fita demo, mandar pra vários lugares e esperar uma carta chegar ou o telefone tocar quando você estivesse em casa. Alguma carta de algum lugar chegando, era só marcar um show, concordar em pagar os custos e dividir o lucro (?), pedir o endereço e pegar a estrada. Grandes merdas fazer um show no Rio. Demoramos mais de dois dias pra chegar, num Uno Mille, tocamos pra cinco pessoas e voltamos pra mais dois dias de estrada. Num Uno Mille.
– Sucesso?!
Pra chegar ao que se convencionou chamar de “sucesso” é preciso muito mais do que ir gravar no Rio ou SP, ou ser elogiado por jornalista. A soma das vendas de Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, Guns and Roses e Nirvana só é menor do que o numero de bandas que acharam que chegariam la. Bandas que só ganharam elogios, sem saber que ganhar elogio é talvez a parte mais fácil da coisa toda.
Diz a lenda que o jornalista baiano Hagamenon Brito tomou um a zero quando, em 1995, em uma conversa com o guitarrista Dado Villa-Lobos, perguntou a ele:
– E ai, Dado, o que é que ta rolando de som? Alguma novidade no rock?
O guitarrista respondeu?
– Já ouviu Maria Bacana, daí de Salvador?
As más línguas dizem que Hagamenon ainda perguntou “Quem? Maria Bethania?!”.
Uma semana depois, Morotó, guitarrista dos Dead Billies, estava fazendo 20 anos de idade e fez uma festa em sua casa. Na sala, ao invés de uma mesa com comidas, tinha uma mesa com bebidas e ao lado uma bateria, uma guitarra, um baixo, amplificadores e microfones. Foi um show histórico para convidados. Depois dos Dead Billies, outros três caras “subiram no palco”. Eram uns caras que, assim como os Billies, eram dali, do Bonfim. Minha primeira reação foi “oxe, quem é esse magrelo, espinhento, de calça rasgada?”. Quando eu pensei isso, Bola perguntou pra mim:
– Já viu esses caras?
– Não – respondi.
– Também não – respondeu ele –, mas eu tenho a fita demo, é legal...
E a banda atacou. Guitarra, baixo e bateria, tocado de forma alta, suja e, sobretudo, muito bem ensaiada.
“A gente ensaiava religiosamente todo sábado e todo domingo, o dia todo”, disse Macello Medeiros, baterista.
O estúdio de ensaio era em um quarto nos fundos da casa da avó dele, dona Maria, que liberou o espaço sem hesitar nem reclamar do barulho. Se os Paralamas do Sucesso homenagearam vovó Ondina, a avó de Bi Ribeiro, pelo mesmo motivo na musica “Vovó Ondina é gente fina”, Macello, André e Lelê homenageariam vovó Maria no nome da banda: Maria Bacana.
Outro motivo – menos nobre – do nome é o fato dele conter as mesmas iniciais da banda antiga do trio, chamada Master Brain. Heavy Metal cantado em inglês com referencia em Black Sabath, Metallica e Iron Maiden “até que André descobriu os Mutantes e chegou dizendo que tinha feito musicas novas”, diz Macello.
Para André Mendes (guitarra e voz) tanto quanto Mutantes, uma forte influencia foi Ratos de Porão: “ali eu percebi que podia fazer um som pesado cantando em português”, disse.
Com nome novo e musicas novas, gravaram uma fita demo composta por três musicas e bateram (via Correios) nas portas de diversas gravadoras e selos independentes (que pipocavam) no Brasil. Uma dessas portas foi a do jornalista Sergio Espírito Santo, que trabalhava naquele momento na produção de um CD só com novas bandas do Brasil, que se chamaria Brasil Compacto e que seria lançado pela Rockit!, selo criado pelo guitarrista da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos.
– Ouve isso aqui – pediu Espírito Santo e os três acordes com melodias cantadas em português atingiram em cheio o guitarrista da banda que, 10 anos antes, se tornara a maior em vendas no Brasil a partir de um primeiro disco recheado de três acordes com melodias cantadas em português.
– Recebi uma fita K7 com três faixas e bateu na hora. Não existia vídeo, o material fotográfico era precário, sabíamos apenas que vinham de Salvador. Foi só a musica. A música contagiou a todos no escritório e logo pensamos em como viabilizar o projeto de um disco. Era algo que estávamos buscando – diz o então dono de gravadora Dado Villa-Lobos.
O simples e singelo verso “você me faz pensar” da musica Caroline, composta na tal fita demo, fez Dado comentar assustado “tem uma musica do Aborto Elétrico que nunca foi lançada que fala ‘você me faz pensar’”, disse ele, sobre a banda que depois viraria Legião Urbana.
Com a participação garantida na coletânea Brasil Compacto, a Maria Bacana tocou em todos os buracos de Salvador, sempre chamando a atenção de um publico ainda pequeno, porém, a todo o momento, cada vez maior. Esses shows foram fundamentais para preparar a banda para o lançamento do Brasil Compacto, no festival Humaitá pra Peixe, Rio de Janeiro, no final de 1995.
– Não tinha muita gente, mas todo mundo que tava la tinha a ver com a coisa – relembra André.
“Vim aqui só pra ver o show de vocês”, disse Fred, então baterista dos Raimundos, para ele.
O show foi impecável. Somado aos ensaios exaustivos que se obrigavam a ter, os inúmeros shows nos inferninhos de Salvador deixaram a banda extremamente competente em cima de um palco, sempre impressionando pelo impacto de ser um trio que sabia tocar alto, pesado e, no meio disso tudo, ainda garantir o espaço da melodia. O assoviável dos Mutantes com os três acordes do punk rock.
– Podemos dizer que o pré-emo esta ali – avalia Dado, sem ser pejorativo.
Além dos Raimundos, estavam presentes nesse show músicos do Planet Hemp, Little Quail e Rappa, assim como jornalistas e a MTV, todos rasgando elogios ao trio. Em uma época onde só se falava de maconha e putaria no rock, uma banda falando de coisas mais existenciais e até mais ingênuas foi um sopro de vida até para os próprios responsáveis pela maconhagem e pela putaria. Em pouco tempo, a imprensa de Rio e SP (e fanzines Brasil afora) se rendeu. “Legião Bacana” dizia uma das matérias da revista Bizz, fazendo uma inevitável comparação.
– Em pouco tempo a gente estava sendo elogiado por quem a gente admirava – assume André, antecipando um dos fatores que seria responsável pela mudança da maré.
E o show empolgou tanto a produção que a banda foi de ônibus e voltou de avião, numa época em que andar de avião não era tão acessível, ainda mais se tratando de uma banda de rock de Salvador. O aeroporto ainda se chamava Dois de Julho. Do ponto de vista histórico, os anos 1990 foram ontem, acabamos de vivenciá-los, mas ainda assim é assustadoramente diferente dos dias atuais.
Das bandas do Brasil Compacto, três tiveram investimentos para um vídeo clipe: a também iniciante Eddie, de Pernambuco; Tiroteio, de São Paulo; e Maria Bacana. Feito por Raul Machado, premiado diretor naquele meio de década, o clipe de “Caroline” passava com certa freqüência na MTV, em uma época em que isso era como uma banda de rock de Salvador andar de avião. A banda ainda concorria ao importante premio de Banda Revelação pela revista Bizz, também em uma época em que isso...
– Ali, se um clipe seu passasse uma única vez na MTV, você tinha até 15 dias pra aproveitar a fama e ser reconhecido na rua – diz Rogério Big Brother, produtor cultural de Salvador.
Conversando com ele sobre o tema “bandas que achávamos que iam chegar la, mas não chegaram”, ele disse:
– E Lacertae? – banda sergipana que também estava na coletânea Brasil Compacto. – Os caras saíram de Lagarto, no interior do interior de Sergipe e foram direto, sem escala, pra São Paulo. Todo mundo da MTV dizendo que eles eram legais, todo mundo da Bizz dizendo que eles eram legais, a Folha de São Paulo dizendo que eles eram legais, ficaram seis meses em São Paulo com todo mundo dizendo que eles eram legais, mas ai, de repente, as pessoas que achavam eles legais foram desaparecendo, desaparecendo e eles voltaram pra Lagarto – finaliza Big Brother.
Para a Maria Bacana o ano de 1996 começava com indícios de que o “chegar la” era questão de tempo. A correnteza de acontecimentos se encarregaria de levar a banda. Os shows em Salvador estavam sempre cheios e o tão sonhado primeiro disco finalmente seria gravado. Agora seria um disco só deles.
Foram pro Rio de Janeiro e ficaram hospedados na casa do diplomata Jayme Villa-Lobos, pai do guitarrista. Um dos motivos para isso foi o barateamento da produção, economizando com hotel. Ironicamente, essa economia significava uma cobertura na Gávea, só para eles, três pirralhos de Salvador...
– Naquele momento a gente percebeu que a coisa era muito mais do que uma “simples” relação gravadora-banda. Houve uma identificação, uma admiração e, principalmente, uma amizade entre a gente. Foi tudo muito acolhedor – disse André.
O local escolhido para a gravação foi o mega estúdio novinho em folha A.R., então conhecido como “o melhor estúdio do Brasil”, e foi produzido por Dado Villa-Lobos e por um promissor produtor ainda não tão conhecido, como viria a ser, chamado Tom Capone.
“A banda vai estourar”, dizia o burburinho.
Tive algumas oportunidades de conversar com Tom Capone e em uma delas o assunto foi Maria Bacana:
– Aquela banda era foda e aquelas musicas são fodas. A única coisa que eu me arrependo é que eu não tive tempo pra mixar o disco. Quem mixou foi um cara que faz a mixagem dos discos do Djavan, ai ele deixou tudo meio limpinho... – lamentou Capone, que veio do underground de Brasília e enquanto trabalhava com Maria Bacana já estava sendo requisitado para as mais altas produções fonográficas. Colocando uma sonoridade inovadora por onde passava, artistas consagrados como Gilberto Gil, Barão Vermelho e Skank também passaram a clamar por seu talento. Como produtor do primeiro disco da cantora Maria Rita, ganhou um Grammy em 2004. Após receber o premio, saiu pelas ruas de Los Angeles em sua Harley Davidson, sofreu um acidente de transito e morreu.
Com o disco gravado, a Maria Bacana tocou no festival Close-up, em São Paulo, ao lado de David Bowie, No Doubt e outras bandas iniciantes que, como eles, ainda eram promessas: Charlie Brown Jr, Pavilhão 9, Skamundongos e a conterrânea Catapulta. Todas elogiadas pela MTV, Bizz e Folhas, todas na corrida pelo pódio e com chances de vitoria.
Dessas bandas, Skamundongos sumiu; Catapulta, com o inevitável trocadilho, não catapultou; Pavilhão 9 conseguiu algo, mas nada comparável ao Charlie Brown Jr, que quebrou todos os recordes de vendas e de paciência. E Maria Bacana...
Se o show no Humaitá pra Peixe foi incrível porque foi para um pequeno grupo seleto, esse foi mais incrível ainda porque foi para uma pequena multidão, com milhares de pessoas cantando juntos musicas da Maria Bacana. “Agora vai”, pensaram todos os envolvidos, inclusive Rafael Borges. Se já não bastasse a imprensa comparar a Maria Bacana com a Legião Urbana, de o guitarrista desta ser o produtor executivo e musical do disco, agora era Rafael Borges, o empresário da própria Legião Urbana, quem apostava neles. “Agora vai.”
Macello lembra de uma noite em que ele foi tomar uma cerveja com um técnico da equipe e no meio da bebedeira ele descobriu que eles seriam os outros que trabalhariam no lugar da Legião Urbana. Depois de um “não sei se digo”, o tal técnico disse:
– Rafael ta colocando toda a equipe da Legião pra trabalhar com vocês, ele falou pra gente que quer transformar vocês num novo Legião Urbana.
Mas acontece que um tal de destino apareceu por la. E o que parecia ser vantajoso se tornou o inverso. Em outubro daquele ano, Dado Villa-Lobos e Rafael Borges tiveram de esquecer a Maria Bacana e todas as outras bandas com que trabalhavam – Dado com as da sua gravadora e Rafael com todo seu elenco que incluía, entre outros, Cássia Eller e Kid Abelha – para cuidar dos interesses de apenas uma banda. Naquele mês, a Legião Urbana terminava suas atividades com a morte de Renato Russo e as pessoas mais próximas a ele eram justamente as pessoas de quem dependia o trabalho da Maria Bacana. E tudo isso justamente no peculiar momento de lançamento de um primeiro disco. Ninguém conseguia fechar shows com a Maria Bacana, ninguém encontrava os discos nas lojas.
A Legião Urbana, banda que de certa forma gerou a chance de sucesso da Maria Bacana, com o seu fim, gerou também o fim da Maria Bacana? Esse motivo, por mais intrigante e irônico que pareça, seria simples demais se fosse o único.
Dado Villa-Lobos avalia de forma mais fria e traz argumentos:
– Foi um momento conturbado pra mim, para Rafael e todos à nossa volta, talvez esse seja um de vários motivos do "fracasso", não o único... Os discos não chegavam às lojas porque a distribuidora EMI/Virgin não colocava; não colocava porque não havia demanda; não tinha demanda porque não tocava no rádio; não tocava no rádio porque não tínhamos a montanha de dinheiro exigida pro jabá. Impossível querer de um selo como a Rockit! financiar o "marketing" vigente à época, algo a se lamentar, pois havia a confiança na possibilidade de a Maria Bacana alcançar algum êxito no plano nacional, mas faltou dar um passo além, faltou jabá. Simples assim.
Passada a fase do luto, passava com ela a fase dos elogios e chegava-se a fase seguinte, o tal passo além, a fase do dinheiro. Tem?
Macello lembra também de depois de um show, no meio do camarim, uma produtora renomada entrou e foi bem direta:
– Se tiver 50 mil reais eu estouro. Com Charlie Brown Jr precisei de R$150 mil, mas com vocês só preciso de R$50 mil, tem?
Não tinha.
Uma época estranha esse fim dos anos 1990. As chamadas grandes gravadoras estavam desmoronando em praça publica, mas ainda assim se buscavam contratos com elas e ainda assim se usavam as mesmas ferramentas que estavam fazendo aquele próprio império ruir.
Mesmo antes da morte de Renato Russo, Rafael Borges já sabia que o futuro da “sua” grande banda era mais que incerto. A fila precisava andar e tudo indicava que era a vez da Maria Bacana. Mas saber que o próprio produtor das duas bandas pensava de forma tão megalomaníaca mexeu com a cabeça de André, principalmente depois de que nada passou a acontecer de fato.
– Cadê a turnê? – se perguntavam os três e a resposta era sempre “a Rockit! não tem dinheiro”.
Em um instante, de uma hora pra outra, Dado Villa-Lobos foi de guitar-hero a vilão. Entre desentendimentos e impulsos juvenis, a banda, com exceção de Macello (o mais velho dos três), passou a responsabilizá-lo pela desilusão e decidiram ignorar o contrato e tudo o que já tinha sido feito. Que “livres” e que apenas com Rafael Borges eles conseguiriam um outro contrato, dessa vez com uma grande gravadora.
Hoje lamentam:
– Fomos escrotos e filhos da puta com Dado. Subi no salto, eu pensei ‘eu sou foda’ e vou fazer o que quiser... Fazer o que? Num momento eu sou um guri de Salvador, da cidade baixa e de repente eu estava no Rio, sendo chamado de gênio... Tinha dezessete anos, não segurei a onda, é uma pena – diz André.
Depois de uns dez anos sem saber dele, liguei pra Lelê, baixista, pra ouvir sua versão:
– A verdade é que a gente vacilou com Dado e com todos na Rockit!, a gente endoidou. Ele foi um guerreiro, conseguiu diretores de vídeo clipe, abriu a casa do pai dele pra gente, pagava nossas passagens e a gente deu mole. Tudo foi rápido demais, em um instante já queríamos algo bem maior... Ele ainda mandou uma carta pra cada um de nós, pedindo pra gente não procurar outra gravadora, gravar um segundo CD com ele, mas recusamos e naquele momento eu também já estava pensando em sair.
Em sua carreira, além do Close-up em São Paulo, a Maria Bacana fez algumas apresentações interessantes, como a abertura dos shows de Cássia Eller na Concha Acústica, em Salvador, e no Canecão, no Rio de Janeiro (após o show a cantora Elba Ramalho fez questão de ir no camarim conhece-los); tocou no inovador evento Expo Alternative, também no Rio e no festival Abril pro Rock, em Pernambuco. E cancelou alguns de forma irresponsável. Havia um publico enorme em Aracaju, recebiam inúmeras cartas de la e Rafael Jr, musico e produtor cultural da cidade fechou um show com a banda. Mas, na véspera, André desmarcou, colocando mentiras e burocracias no rock, ao dizer que a Rockit! os proibiu de tocarem nesse evento, quando o verdadeiro motivo foi o de que o evento não tinha sido fechado por Rafael Borges.
– Marquei o show, tudo bem acertadinho, claro e limpo. Fiz cartaz, busquei patrocinadores, comecei a divulgar e quando consegui falar com eles (depois de um tempo dizendo que “não estavam”), vieram com uma conversa esquisita de que foram proibidos pela gravadora de tocar – relembra Rafael Jr, que, imediatamente, através de uma carta, entrou em contato com a Rockit! pra deixar clara a sua indignação, questionando “como eles (um selo alternativo) atrapalharam um pequeno produtor que fazia o rock gerar e trabalhava com seriedade, pela música, fazendo as coisas acontecerem numa cidade provinciana”.
Sérgio Espírito Santo, ao ler a carta, ligou na hora. E pra surpresa de Rafael Jr, disse que a Rockit! não tinha nada a ver com aquilo, que nem sabiam do evento e que todos la também estavam decepcionados com eles.
Para Macello, o único a discordar das atitudes dos companheiros (e que estava atento a todas as nuances), isso foi o começo do fim. Isso e o fato de Lelê ter pedido as contas.
– Deixei a banda porque estava sentindo a necessidade de construir uma família e a banda já não me dava mais garantias nenhuma... Ou investia no meu sonho de rock and roll ou montava uma família com minha esposa; optei pela família e abandonei meu grande sonho que até hoje me persegue – resigna-se o baixista.
Para André e Macello, o tecido do sonho do rock ainda se mantinha, mas os fios já começavam a se esfarrapar. Sem Lelê, testaram inúmeros baixistas, mas nenhum conseguiu trazer aquela vibração de volta. Com nova formação, gravaram uma outra fita demo e bateram na porta de outro Rafael. Rafael Ramos, que estava naquele show de lançamento pra um grupo seleto e ficou na frente do palco, hipnotizado, vendo a Maria Bacana tocar. Rafael Ramos, o responsável direto pelo surgimento dos Mamonas Assassinas e que naquele momento era um produtor musical promissor (produziria Los Hermanos e Pitty) respondeu logo em seguida e disse que tinha total interesse em produzir o segundo disco deles.
Com essa promessa, André pensou que estavam salvos. Mas Rafael só se mostrou empolgado até o momento em que ouviu as novas musicas.
– Aconteceu que aquela banda que ele gostava não existia mais – assume André, melancolicamente.
E, enfim, melancolicamente, aquela banda então, literalmente, deixou de existir.
Dez anos depois, em 2007, André, Lelê e Macello se reuniram novamente numa festa de um amigo em comum, como aquela festa dos Dead Billies.
– Esse dia foi uma coisa incrível, parecia que nunca tínhamos parado, foi algo mágico, impressionante, sobrenatural. Macello fazia “3,4” e a musica entrava. É uma das sensações que vou levar pra sempre comigo – se emociona Lelê.
– O que fica são as canções, Primavera, Caroline, Luvas, Bem Pensado... Como gravadora não correspondemos à expectativa do artista, expectativa essa meio fantasiada pelos sonhos do próprio artista. Esse mundo é cruel! – finaliza Dado.
Bela história e belo texto. E pode ser resumida com uma eterna tirada de mr. Big: "O fracasso subiu à cabeça" ;)
ResponderExcluirDe certa forma, e guardada as devidas proporções, eles foram nosso Stillwater, né? Aquela banda do fantástico filme Almost Famous, de cameron Crowe. Muitos pontos em comum.
ResponderExcluirPorra, pensei que essa frase era de uma letra da Pitty. Será que Big recebeu a parte dele? ;-)
ResponderExcluirApois! É de Big! Pitty realmente usou na canção. O foda de mr. Cury é que ele escreve um texto enorme mas que "flui" que é uma beleza. Grande "contador de causos", no melhor sentido da expressão. Eu nunca fui fã da banda, no meu conceito, na época, era apenas mais uma, nada de mais nem de menos, mas a estória dela me surpreendeu e me peguei curioso para dar uma segunda escutada. Daí ouvi esse clipe aí e daí continuei achando a mesmíssima coisa de antes...É a velhice.
ResponderExcluirÉ uma maldita tendência, Chicvz. E acho que não é exclusividade soteropolitana não. No FX, por exemplo, minha animações prediletas da tv, Family Guy, American Dad e The Cleveland Show, agora só passam dubladas. Além de todos os filmes do mesmo canal. O chefão de lá já falou que será assim mesmo e a tendência é piorar já que a ascensão das classes menos abastadas para o mundo do consumo faz com que junto venham os imbecis que não conseguem ler as legendas, comer uma pipoca e entender que porra está acontecendo. Pelo menos é essa a justificativa. Claro q com outra palavras. Para quem, como eu e você, se interessa pelas interpretações, pelas vozes originais, pelas nuances que se perdem nas dublagens, pelas expressões idiomáticas, trocadilhos, etc, ou seja, para quem agora faz parte da "zelite", Se fodam! O mundo será dos imbecis!
ResponderExcluirChico é foda. Elimina o coment dele anterior e aí fica parecendo q sou maluco!!
ResponderExcluirPois é, Cebola, até apaguei meu comentário por que já ando tão de saco cheio que nem pra minhas proprias reclamações eu tenho mais paciência, rapaz. Uma coisa é certa: A COISA TÁ MUITO MUITO MUITO MUITO MUITO MUITO FEIA. E SÓ TENDE A PIORAR PARA QUEM TEM MAIS DE DOIS NEURÔNIOS. Pire aí.
ResponderExcluirMaluco!
ResponderExcluirMais um gagá no rock.
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/lady-gaga/musica/lady-gaga-pode-ser-nova-voz-do-queen/
Garçom, cancela a bebida do Brian May. cancela.
Num sei não, mas tô começando a achar que esse disco do Lou Reed com Metallica vai ser a decepção do ano.
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/metallica/musica/lulu-lou-reed-e-metallica-divulgam-video-sobre-o-disco-conjunto/
Muito marketing, muita embalagem, muita fotinha do Anton Corbjin, muito produto, tudo muito chique. Sinal que o conteúdo deve ser vazio de significado. Espero queimar a língua, mas minha impressão inicial é esta.
Com Marcio e Nei viajando rumo ao show de Clapton, isso aqui tá uma nigrinhagem a dois, mas vá lá. Ouvi a primeira música desse lulu aí e o que achei se resume numa frase: Farinha com farinha não dá pirão.
ResponderExcluirE fazendo uma contextualização para provar minha sanidade residual: Meu coment irado aí de cima foi por causa de um de chicvs sobre a maldição das dublagens em filmes no cinema. Especificamente em a Hora do espanto, por exemplo, só tem UMA cópia com legendas no Aeroclube de pilantras...quem é doido?
Pior é que farinha com farinha nem resulta em farofa (precisa de uma manteiguinha, né). Só em mais farinha. Rock 'n' roll is dead, man!
ResponderExcluirAté Lenny Kravitz já sabe disso. Desde 1995....
ResponderExcluirMuito bom o texto de Cury, e muita boa esta ideia sua Chico de voltar a ter colaboradores. E Cebleuris, discordo!!! não acho vejo similaridades entre a historia da Maria Bacana e do Stillwater. Um dos meus filmes de cabeceira, o Almost Famous é um filme sobre a perda da inocencia, sobretudo do rock, com direito as observações causticas de Lester Bangs. A Maria Bacana ja pegou outros tempos, do pós-punk, onde o cinismo ja era lei no rock, e o bussiness ja estava consolidado.Isto, claro, não impediu, nem impede até hoje, de muitas bandas ainda achar que podem fazer uma carreira sem se envolver com a parte bussiness que envolve o rock, e como sabemos, a maioria destas historias acabam em desilusões. Ian Hunter ja dizia na belissima Ballad of Mott The Hoople, rock´n´roll is a loser´s game...
ResponderExcluirSim, contxtos diferentes, nisto eu concordo. Mas ainda assim existem alguns pontos coincidentes. Banda "quase famosa", à beira de um grande contrato, lidando com sua própria ansiedade e sonho, desabando na decepção de uma realidade além delas, fora de seu controle. Podia até não haver aquela "inocência" dos 70´s (acho que nem lá existia mais tanta inocência assim, não foi o punk inglês que "descobriu" o cinismo) mas ainda assim estes pontos de contato entre as duas estórias existem. Mas claro, as estórias ora se aproximam, ora se distanciam. É apenas uma comparação que, como qulaquer outra, é imperfeita.
ResponderExcluirTenho problemas com qualquer comparação com Almost Famous. Vejo e revejo o filme com frequencia, consegui que dezenas de teens que circundam minha casa descobrissem Tiny Dancer, (cantado em unissono na transmissão do show de Elton John la em casa) varios teens perguntando sobre a parada do "I´m a golden God"!, e eu amando que este filme desperte este tipo de interesse em teens ultra desinteressados na mitologia do rock. o filme se passa quase na mesma epoca que o brasileirinho aqui tb descobria aqueles sons, e aquela cena quando o garoto ouve Tommy pela primeira vez então... enfim este é o problema, Almost Famous, assim como Amadeus são meus filmes de cabeceira sobre musica.
ResponderExcluirPorra, man! Eu tenho a versão dupla do filme. Com aquele tal director´s cut. Eu já devo ter assistido algumas dezenas de vezes. Merda, eu choro na cena do buzu, com a musica Tiny Dancer. Mas a comparação nunca, jamais, teve a intenção de "equiparar" as duas situações. Só de sugerir pontos coincidentes mas, como digo no início do coment, respeitando as devidas proporções. Ele é meu filme de música de cabeceira também, junto com aquele que "mudou" minha vida...the Blues Brothers!
ResponderExcluirGente, o filme que mudou minha vida também é de música: Cinderela Baiana.
ResponderExcluirGentêêêê!!! Surpresaaaa!!! Ói eu aquiiii!!!
ResponderExcluirPois é, eu e Mr. Neibaêaminhaporra voltamos de uma caminhada pelo calçadão de Copa e Nei's sister deixou até amanhã o lap top aqui e deu pra fuçar os blogs da vida...
Viajamos com o time do Bahêa no nosso voo, incrusive Papai Joel a quem eu apertei a mão na saida e mijamos lado a lado no banheiro do Galeão... Não lavo mais minhas mãos!
Sputter, morra de inveja!
Cebola, cadê a segunda parte do post que Nei disse que já te enviou?
Claaaaaaptonnnnn!!!!
Eu tava quieto, mais não posso ficar calado. O texto é muito bom,, a história é curiosa, mais vou me ater a 2 detalhes:
ResponderExcluir- Se seu Dadinho falou que faltou jabá, isso quer dizer que a banda desse sacana só aconteceu porque teve jabá? Eu acredito que sim!
- "....tem dias que a vida parece Coca-cola sem gás..." Era o grito de guerra dos seguidores da Maria Bacana, pensando bem, foi bom nada acontecer, era muito chato!!
né muito diferente hj não viu...viajar pra tocar meia hora, com mil bandas, ganhar 300 contos e gastar mil pra ir...muitas vezes vale a pena, mas num se tem esse dimdim o tempo todo...
ResponderExcluirPorra, num lembro dessa festa na casa de morota...
E sou + dezenas de bandas que vi na cidade-baixa do que na cidade-maravilhosa...
Lembro muito bem onde os caras ensaiavam...e conhecia Dona Maria...conheci tb a casa onde eles ensaivam...fiquei muito puto quando os caras deixaram de ser MAster Brain (1a banda de rock que fui fan em salvado, Pj dos Honkers tocava nela), pois era fanzão da banda e amigos dos caras (sou amigo de todos eles, sem exceção, apenas Lêlê que eu num vejo mais, mas adoro o sacana, representando ali com a camisa Tricolor...camisa não, manto sagrado, que por sinal a camisa desse ano lembra essa que LL tá vestido), depois aceitei o fato, e saber q os caras taVem se dando bem, sempre torci por eles...mas aos 17 anos ver sua 1a banda favorita "se vender" era demais pra um "punk" adolescente da downtown...
em 2005 tocamos juntos (MB e Honkers) num evento bem legal na cidade-baixa, ali no largo do papagaio...foi FODA!
ps.: Conheço Marcello desde 1994...só HOJE descobri que o nome dele é MACELLO, é isso?
Sidney Gusman, o cara do site Universo HQ e editor de Maurício de Sousa, veio a Salvador com a maior boa vontade do mundo para o FAQ. O Conheci rapidamente, no dia da abertura do evento. Uma simpatia, o rapaz. Aí sabe as lembranças que ele leva de Salvador? O péssimo atendimento nos restaurantes e o stress de ter sido assaltado com a esposa (que foi atirada no chão por trombadinhas e acabou se machucando), perto do Mercado Modelo. Sabe quando esse volta aqui? Exato.
ResponderExcluirhttp://twitter.com/#!/sidneygusman
Morre ex-baixista do Weezer:
ResponderExcluirhttp://musica.terra.com.br/noticias/0,,OI5401761-EI1267,00-Aos+anos+morre+Mikey+Welsh+exbaixista+do+Weezer.html
Deve ter sido desgosto por tanto disco ruim que esses caras lançaram nos últimos anos.....
Seguanda e última parte de texto de mr. Nei Bahia sobre o RiR. Stevie Maravilha. www.oculosdecebola.blogspot.com
ResponderExcluirEsta semana Salvador, capital da Bahia ya ya, recebe o grande Mark E. Smith. Confesso que ainda não consegui enxergar tal fato como uma coisa inserida no contexto cultural local. Para mim é uma apresentação como foi o Dinosaur o ano passado, pessoas que gostam de rock se dedicam a trazer atrações interessantes, que basicamente atraem o mesmo publico que tem o mesmo interesse musical/cultural, consistindo num fato isolado. Logico que é melhor ter do que não ter,mas dá uma certa tristeza, e um certo cansaço em ver que atrações como o Fall finalmente vem tocar na Bahia, para não ter a repercussão devida. Aviso aos navegantes o Fall não é uma banda de greatest hits, apesar de ter uma musica ou outra mais ou menos conhecida. Alias O Fall, assim como o Radiohead anos depois, é a prova que a influencia do chamado krautrock é no minimo igual ao do Velvet para o rock de vanguarda. to com Julian Cope nessa. Experimental e minimalista o kraut foi aonde o prog e rock psicodelico pararam. O Fall tem influencias do Kraut com o punk rock, e Mark E. Smith é um dos maiores expoentes da musica moderna, por sua visão musical e por sua verve e suas impagaveis observações.Não espero um grande show, ja falei antes, e falo e novo, acho uma coisa meio que intraduzivel, tanto musicalmente como linguisticamente. Mas fuck it, espero que o humor dele esteja razoavel no dia do show. vou estar la com certeza.
ResponderExcluirConcordo em parte braméuris. Como o Dino jr veio no mesmo festival ano passado, me parece que surge uma certa continuidade. veremos se a coisa continua. Aí pelo menos teremos um fest anual com possíveis bandas decentes na grade. O fantástico show da sharon Jones no TCA neste ano também deu certo alento...Mas esse sim já foi coisa meio isolada.
ResponderExcluirVai que ano q vem tem teenage, ou Echo, ou Wilco...Vai sonhando cebola...
ResponderExcluirBOMBA: THE FALL NÃO VEM MAIS. É sério. Detalhes em breve.
ResponderExcluirToma, cebola, vai sonhando...Então quem não vai mais tb sou eu. Valeu a dica chico, ia comprar ingresso agora!
ResponderExcluirDIRETO DA REDAÇÂO: Em pleno fechamento desta edição, veio a bomba: a banda inglesa The Fall, uma das mais esperadas da segunda edição do festival Coquetel Molotov em Salvador, não vem mais. Segundo a organizadora Ana Garcia, de Recife, o líder da banda, Mark E. Smith, alegou “problemas de saúde” para não embarcar no avião rumo ao Brasil.
ResponderExcluirAna, que se disse “em estado de choque”, ainda não havia definido se haverá alguma banda para tapar o buraco na grade de atrações. “Estamos conversando para tentar encaixar uma banda daí de Salvador ou daqui de Recife no lugar”, disse.
Problema de saúde...sei.
ResponderExcluirSpread the word! Via twitters, facebooks etc que o coroa aqui não é chegado nessas mudernages!!
ResponderExcluirJa estou fazendo isso, inclusive citando a fonte do furo, o nosso inestimável rockloco!! O véio aqui é ozado, né?
ResponderExcluirE tu num balançou pro HOMI porra??
ResponderExcluirhehehehehe
Nem viu se o pau dele era grande?
hehehehe
Pior que o sacana tem horas que me mata de raiva vú...
Sobre a coca cola sem gás, eu sempre falei pra André que minha irmã só bebia coca cola sem gás e na colher quando era criança...até pouco tempo ela ainda preferia sem gás...pra ela um dia de coca cola sem gás era um dia delicioso (lá ela)-hehehe.
Sobre o Sidney Gusman, diz pra ele que assalto num é "privilégio" daqui não...até parece que em SP, Rj ou qq outro lugar ninguém é assaltado...não quero dizer que aqui esteja as mil maravilhas, ali perto do mercado então, mas isso infelizmente é em qq lugar...já o péssimo atendimento nos restaurantes...isso sim é uma merda...mas como tem gente q defente, diz que isso é um jeito do baiano ser "rebelde", não aceitar a imposição colonialista que vem desde a época da "descoberta"...uhum...blz...
Braminha...sobre não ter divulgação em shows de rock de bandas "obscuras" num é novidade...o Cocksparrer fez um PUTA SHOWZAÇO aqui no br e num vi uma linha sequer...nem de divulgação e comentários sobre o show...e olha que a casa tava cheia...a banda de 39 anos que parecia fazer seu 1o show impressionou minha namorada, que nem é tão do rock assim, gosta até de mallu magalhães, disse que foi um dos melhores shows que ela assistiu na vida dela...e olha que ela é fanzona de nei matogrosso e esse povo da mpb...então não me impressionada nada...enquanto isso o povo vai pro RIR, Erique Clapiton, a impressa bombardeia com essas notícias toda a mídia possível...cada qual no seu cada qual claro...
Uma pena o Fall num vir mais...eu num ia poder ir mesmo...outro compromisso às 21:50...já pago até o dia 04/12.
Meu querido Adalberto Meireles decifra Capitães da Areia, o filme.
ResponderExcluirhttp://pontocedecinema.blog.br/blog/caminho-incerto-dos-capitaes-de-areia-e-o-que-melhor-define-o-filme-de-cecilia-amado/
Segue a nota oficial:
ResponderExcluirCaros, boa tarde!
Informamos que a banda THE FALL, programada para se apresentar na Concha Acústica do TCA no dia 12/10 (quarta-feira), dentro da programação do Festival No Ar Coquetel Molotov, não embarcou para o Brasil por motivo de saúde de um dos integrantes. Reproduzimos abaixo nota da curadoria do Festival – Ana Garcia - a respeito do cancelamento do show.
“The Fall cancela participação no festival No Ar 2011
A banda britânica The Fall cancelou o show que faria no festival No Ar Coquetel Molotov este ano. O grupo se apresentaria na sexta-feira (14) no Teatro da UFPE, no Recife e na Concha Acústica, em Salvador, no dia 12. O vocalista e líder do grupo Mark E. Smith precisou cancelar sua vinda ao Brasil em decorrência de um problema de saúde.
Os produtores do Coquetel Molotov estão chocados e tristes com a notícia, pois estavam ansiosos pela apresentação histórica que o The Fall faria em solo brasileiro.”
A programação da quarta-feira com as bandas O Círculo, HEALTH e Mundo Livre S/A está mantida. Ainda assim, aqueles que desejarem a devolução do valor dos ingressos devem se dirigir à bilheteria do Teatro Castro Alves para efetuar a troca.
Agradecemos desde já a divulgação desta informação e nos colocamos à disposição.
algo me dizia..., tava estranho esta atração, sei la, o cara é tido como dificil lá, não tem nenhuma das caracteristicas das atrações que vem pra cá. E Sputter, não é questão de atração obscura, isto tem vindo com certa regularidade ao país, falo de uma atração como o Fall. É tipo John Cale, é atração para poucos, e não necessariamente pertencente a um grupo especifico como o Cock Sparrer.
ResponderExcluirE corrigindo. Esta semana a Bahia yaya NÃO mais receberá o lendario Mark E. Smith esta semana.
ResponderExcluirSó não entendi que bulhufas tem a ver o fato de as bandas obscuras serem mal divulgadas (será que seria por elas serem obscuras? quem sabe?) e o "povo" querer ver Clapton (será que a divulgação é excelente por causa da fama e do investimento em divulgação?). Acho chato isso de não ter havido uma melhor divulgação deste show dos cock...mas é culpa da imprensa? A culpa é de quem vai ao RiR? O buraco é um tanto mais embaixo mr. sputter!
ResponderExcluirRLMP!!!!!!Meu filho que se deu de bem. Perdeu a companhia da mãe e vai levar dois bróders no lugar. Minhas considerações a Francisco e esposa.
ResponderExcluirAtenciosamente,
Alberta Camus
entendo-te Braminha...mas pra mim essa coisa de música difícil ou fácil é sempre relativa...
ResponderExcluirdepois o maluco era o Lee Perry...conversei com o Paulo André uma vez e ele me falou que o Lee Perry nào pegou o avião pq a passagem tava amaldiçoada...e o louco do Paulo chamou de novo, mas num é besta, fez alguma claúsula lá que se o "Rasta" num desse as caras ia ser ruim pro jamaicano...e ele veio...mas pra Bahia, terra da música negra não...nem os Skatalites...dureza.
tem gente que acha axé e pagode uma música difícil da porra...num consegue entender nem gostar...
ResponderExcluir~;op-
Sputter, meu bródi, queria um gole dessa água que tu bebes aí...
ResponderExcluirUhú!
ResponderExcluirVem aí disco novo da melhor banda do mundo, hoje (na minha humirde opiniao)!
http://omelete.uol.com.br/black-keys/musica/black-keys-novo-album-deve-se-chamar-el-camino-e-pode-ser-lancado-em-dezembro/
Espero que continue sendo a melhor depois desse disco novo - e não mais uma decepção....
se possível, ainda hj, post novo.
ResponderExcluiròtimo texto, ótimos comentários. Massa as citações ao nosso cantinho do mundo aqui, a eterna provincia de Sergipe Del rey. lacertae: Deon ensaiou uma volta ano passado, sem Tacer. Fizeram uns 3 ou 4 bons shows e sumiram de novo. Já Paulinho, o ex-vocalista, nosso Syd Barret, gravou um disco solo bem bacana com o nome Cinemerne. Vi ele se apresentando há 15 dias pra umas 15 pessoas lá em lagarto, só voz e guitarra. Bem legal.
ResponderExcluirComo eu disse no texto, existem varios fatores para o fracasso. Um dos, sem duvida, foi a urucubaca daquela camisa do Bahia que Lele vestia.
ResponderExcluirSardinha no rock nao da.
Abracos,
Cury.
Vai comer uma pizza portuguesa Cury-hehehehhe
ResponderExcluir~;op-
PIOR que o pior que isso, Francis: ATÉ AS DUBLAGENS FORAM ADULTERADAS PARA PIOR.
ResponderExcluirLembra daquelas dublagens maravilhosas dos anos 70 e 80, no tempo em que o Departamento de Dublagem contava com verdadeiros atores e havia a figura do Diretor de Arte em Dublagem? Ás vezes, a versão em português ficava até melhor que o original.
Pois é.
Acabou.
TUDO o que era bom foi destruído.
A merda tomou conta de tudo.
O Mal venceu.
Bem-Vindo ao Império da Merda do Brasil no século 21.
O Brasil é um pesadelo.
Vivemos num país de psicopatas no poder porque o brasileiro é um povo psicótico.
Ponha um brasileiro em posição de poder --- qualquer tipo de poder --- e ele vai usá-lo para o Mal. Mesmo quando não consegue obter disso nenhuma vantagem. Mesmo sabendo que também só vai sair perdendo com isso. É somente movido pelo impulso psicótico que fazer merda. A maldade dessa gente é tão infinita que supera até o instinto de sobrevivência. Por isso o Mal Absoluto é sempre auto-destrutivo.
Citando pequenos exemplos inofensivos:
Destruir as boas dublagens da TV dos anos 80 e substituí-las por porcarias.
Cometer assédio moral ou abuso emocional de alguém em casa ou no trabalho.
BANIR DO MERCADO os discos do Camisa de Venus, mesmo sabendo que eles sempre venderam milhões.
Só para privar o público de algo bom.
Sempre vão eliminar tudo o que é bom e impor tudo o que é ruim. É invariavelmente uma cagada atrás da outra. Brasileiro quando não caga na entrada caga na saída.
O Brasil é tão abominável que somos governados por demônios inimigos do bom gosto. São sempre os piores no poder, inclusive econômico, no esforço ditatorial da obsessão psicótica de impedir que se tenha acesso a qualquer coisa boa, brilhante, profunda, REALMENTE rebelde, subversiva, transgressora.
Você percebe que um povo é completamente desprezível e pervertido até a demência quando entra numa livraria e encontra tudo sobre o cocô do pop brasileiro e nada do Camisa de Venus, vê 10 merdas sobre Merdonna e nenhum livro sobre os Sex Pistols (nem mesmo um filme documentário premiado em todos os festivais, até em São Paulo), acha 5 bostas sobre Justin Biba e nenhuma obra sobre o Clash, topa com 500 bostas de CDs de axé, pagode, breganejo, funk carioca e nenhuma obra das Runaways. Nem importado.
Repetindo Paulo Francis: a América Latrina vive em estado de entropia; passou da selvageria á barbárie, numa decadência que nunca teve um apogeu.
Eu não quero mudar o Brasil.
Eu quero me mudar do Brasil.
Volta Lelê!Quero ainda poder ter a oportunidade de te ver e ouvir tocar!bjsss isa
ResponderExcluirLele Marins, um baixista, um homem, um filho e o melhor é maior irmão que eu poderia ter o orgulho e satisfação de conviver... foi minha estrela maior pela vida e meu querido admirável irmão. Para empre será eterno...um dia estaremos juntos novamente e vou poder te abraçar e sentir seu toque...saudades eternas de um irmão e amigo que sempre te amou e sempre vai te amar!!! Te amo minha vida! Meu melhor é único amigo!!!
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