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terça-feira, setembro 06, 2011

THE BAGGIOS LANÇA DEBUT VIA VIGILANTE (DECKDISC) E FAZ QUATRO SHOWS DE LANÇAMENTO NA BAHIA

Dois caras, uma guitarra e uma bateria. A dupla sergipana The Baggios só precisa disso para fazer um dos melhores sets de rock ‘n’ roll brasileiro que se tem notícia na última década.

Com o auto-intitulado primeiro CD recém-lançado nacionalmente pelo selo Vigilante, da gravadora Deckdisc (a mesma de Pitty), Júlio Andrade (guitarra e voz) e Gabriel Carvalho (bateria) voltam à Bahia para uma série de três shows de lançamento (mais um de covers do White Stripes), antes de descer para o Sudeste.

“A gente gravou o disco em São Paulo, no começo de 2010”, conta Júlio. “No meio do ano, começamos a mixar em Aracaju. Foi um processo lento, feito aos poucos. Em dezembro de 2010, já tava pronto. Pouco depois, o Rafael Ramos (da Deckdisc) nos procurou e disse que queria lançar pelo selo dele”, detalha.

A demora até o lançamento do disco, em agosto, se deveu à “parte burocrática de selo, contrato, prensagem. Só na fábrica levou foi mais de um mês”, conta o guitarrista.

Gravado ao vivo no estúdio, o álbum captura com perfeição o som blues rock cru e porradão da dupla, uma abordagem moderna que alia tanto a influência clássica do Led Zeppelin, quanto a bandas contemporâneas, como (a recentemente extinta) White Stripes e Black Keys.

“Na gravação, ficamos eu e Gabriel em uma sala e os amplificadores em outra. A gente ouvia o que tocava no fone de ouvido”, detalha Júlio.

“Isso deixa o som mais isolado, mais fácil de mixar depois. Só a voz foi gravada separadamente. As participações com teclado e gaita foram gravados aqui em Aracaju”, acrescenta.

Como se sabe, a Deckdisc comprou a Polysom, última fábrica de discos de vinil do Brasil – o que levanta a hipótese do disco dos Baggios também sair em LP, a exemplo de Pitty, Matanza e outros contratados.

“Conversei com Rafael sobre isso, mas a possibilidade por enquanto tá descartada. É muito caro. Se rolar, deve ser só ano que vem. Tem que deixar o disco circular, fazer caixa”, conclui.

The Baggios / Etapa Bahia dos shows de lançamento do CD The Baggios (Deck / Vigilante) / Dia 6: Casa de Taipa (Camaçari) / Dia 7: San Domingo (Feira de Santana), com Acord, Clube de Patifes e Magdalene And The Rock And Roll Explosion. 17 horas, R$ 10 / Dia 9 (cover do White Stripes): Groove Bar, com Acord (cover dos Rolling Stones), 22 horas, R$30 ou R$20 (Lista Groove) / Dia 10: Ali do Lado Bar Musical, com Acord e Clube de Patifes, 21 horas, R$ 12 / Download gratuito do disco: www.thebaggios.com.br

NUETAS DA VÉSPERA DO 7 DE SETEMBRO

Les Royales no Pós

A banda de rockabilly Les Royales (dos Retrofoguetes Rex e Morotó) tocam hoje no Bar Póstudo, às 20 horas. No repertório, Eddie Cochran, Gene Vincent, Buddy Holly, Elvis Presley, Carl Perkins, Johnny Cash e outros menos cotados. R$ 10.

Candice & Ícaro

Também hoje, a dupla Candice Fiais e Ícaro Britto faz set de blues acústico no Balthazar Grill & Bar, às 21 horas. Livre na varanda, R$ 10 (salão) R$ 15 (mezanino).

Damm e FFM no PC

Véspera de feriado é assim mesmo: opção de reggae é o que não falta. No Portela Café, Damm & A Formidável Família Musical lançam, finalmente, seu primeiro álbum, Damm apresenta: Formidável Família Musical Estéreo, com um show completo. O disco poderá ser adquirido no local. Hoje, 22 horas, R$ 20 a entrada.

NUETA EXTRA DO SHOW DO BRANFORD MARSALIS QUARTET: VIRTUOSE E TUBERCULOSE

Uma plateia seleta, que não chegou a lotar o Teatro Castro Alves, foi brindada na noite de domingo com um show espetacular do saxofonista norte-americano Branford Marsalis e seu trio de acompanhamento (na foto de Adenor Gondim / Divulgação).

No repertório, peças de autoria própria e standards de Thelonious Monk e John Coltrane. Foi um show enxuto de arranjos espartanos, nos quais não parecia haver uma única nota sobrando ou fora de lugar.

Um tanto contido, Branford falou pouco, mas tocou muito. O baterista Justin Faulkner, um prodígio que parecia ter oito braços, maravilhou a plateia.

Só duas coisas incomodaram. A primeira foi um problema com o contrabaixo acústico, que teve de ser levado de volta à coxia por duas vezes, para os devidos acertos.

A segunda coisa foi o constrangedor surto de tuberculose que pareceu tomar parte da plateia durante quase toda a apresentação. Não houve um momento sequer em todo o show em que não havia alguém tossindo como um tuberculoso na plateia – o que foi bastante irritante, especialmente durante os números em que Branford e o pianista tiveram que segurar a onda sozinhos, devido ao já citado problema com o baixo.

A impressão que me deu é que o jazzista ia interromper o show a qualquer momento: "Peraí, mas que porra é esta? Só tem tuberculoso aqui na Bahia, é? Pára tudo que eu vou embora, não quero pegar essa merda, não"! Seria merecido....

12 comentários:

  1. Em um fim de semana (o passado) cheio de bons sons, merece menção ainda o show da cantora canadense Dawn Tyler Watson no Dubliner's Irish Pub, acompanhada dos meninos danados da banda Água Suja. Em um show composto basicamente de standards (Stand By Me, Roadhouse Blues, Good Times, Unchain My Heart), a moça simpática, que tentava se comunicar com a plateia ora em inglês ora em francês (ela é de Montreal), ganhou o povo, que se acabou de dançar em um show festivo e de altíssimo astral. Night bacana, que lotou as dependências do bar. (Que só falta passar a receber cartão e ter um atendimento de balcão mais profissa para ficar nota 10).

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  2. Chiconha CLARO que eu fui no show do Cock, FODAÇO, a melhor banda que já vi tocar em terra brazuca...

    Eu entrei logo pq sabia - e vi - que ia dar merda...mas num vi nada nem na entrada e na saída...pena que rolou essa morte, o cara é conhecido de um amigo meu...já teve em salvador e tudo...idiotice...e o assassino imbecil já tinha sido preso várias vezes antes por atentados homofóbicos e etc...foda...isso que dá deixa bandido solto...

    O + curioso é que a imprensa num falou que a banda ia tocar, mas todo mundo comentou essa triste notícia...uma das melhores bandas que já passou nesse brasil...

    E os Baggios são FUEDAS!

    vou ver se vou.

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  3. Ofensa pública merece desculpa pública. Desculpe, Cláudio Escória.

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  4. Que bom que foi tudo bem com vc lá, Sputter. Mas esse é o tipo de história em que não há mocinhos e bandidos - por que todos são bandidos. O sujeito que morreu tb já tinha ficha na polícia por agressão e espancamento. As pessoas colhem o que plantam. Quando ocorre esse tipo de confronto marcado, seja entre "tribos urbanas", torcidas organizadas, pitboys em boate e tal, tudo o que eu lamento que eles não se matem todos mutuamente de uma vez. Nos vemos nos Baggios!

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  5. World War Z tá rolando - e prometendo muito!

    http://omelete.uol.com.br/cinema/world-war-z-correria-apocaliptica-em-videos-do-set-na-escocia/

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  6. "quem morreu é que perdeu a vida", minha mãe costuma dizer.
    E quem vai defender ou atacar o falecido não vai adiantar nada...isso vai dar + merda, mas aqui na cidade baixa eu tou distante disso tudo...mas não deixo de pensar em quantas vidas essas imbecilidades levaram.
    Enfim.
    Pedra que rola não cria musgo...sigamos em frente...odeio essa idiotice de querer agredir, assassinar os outros...em futebol então, imbecilidade da zorra.

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  7. moçada,deu na telha. ouçam:

    glauberovsky orchestra | "bete balanço":

    http://www.youtube.com/watch?v=cP3vJ5wsivU

    é só uma demo...
    GLAUBEROVSKY

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  8. Eu já disse isso aqui e repito: a montanha de ácido que Wayne Coyne tomou entre os anos 80, 90 e 00 está batendo tudo ao mesmo tempo agora. O homem está pirando na batatinha.

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/971645-banda-flaming-lips-grava-musica-de-seis-horas-com-nomes-de-fas.shtml

    Ou isso, ou ele realmente caminha para se tornar o maior gênio da história da face da terra em todos os tempos. Alguma coisa.

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  9. excelente a noite com o les royales.setlist soberbo e banda afiadissima. coisa fina.

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  10. Recebido agora há pouco por email:

    "Olá queridão, tudo bem contigo? Segue abaixo o link com o disco da minha nova banda. Se gostar do som, baixe o disco todo e se puder e também tiver um tempinho, divulgue por aí com seus amigos. Abração."

    http://www.tortofonogramas.com/bestiario/

    Para quem não está ligando o nome à banda (ou ao discurso estranho), a Bestiário é a banda de Apú, Maurão, Wally, Emanuel e CH. O último só gravou o disco. Nuno entrou no lugar de CH. Aguardem matéria....

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  11. Noite nota 1000

    Acord e The baggios sõa rock tipo rock, sem viadagem; apesar do som de voz não ajudar, posso afirmar:

    não foi...se f....!!!

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