Quarta edição do festival Big Bands começa amanhã, no Pelourinho, destacando a diversidade e a qualidade da boa safra local
Um dos principais festivais anuais da cena roqueira local, o Big Bands chega à sua quarta edição a partir de amanhã, com quatro dias de shows (sendo três gratuitos) e mesas-redondas, colocando em destaque as bandas da casa. Todos os headliners (atrações responsáveis por fechar as apresentações do dia) são bandas baianas.
Os shows começam amanhã, na Praça Pedro Archanjo (Pelourinho), com três bandas locais em ascenção na formação de público próprio: Maglore, Enio & A Maloca e Neologia.
Na sexta-feira, haverá uma festa a parte da programação no Pelourinho, com a banda paulista The Sam’s Hardcore Orchestra e os DJs Big Bross e Opreto. Esta é também a única atividade do festival que cobra ingresso e rola no Bar Tarrafa.
O rock gratuito volta à Pedro Archanjo no sábado, com Opus Incertum, Ladrões de Vinil (de Vitória da Conquista), Tereza (do Rio de Janeiro), Você Me Excita, Brown-Há (de Brasília) e a celebrada Vendo 147.
Já no domingão é o som mais pesado que vai dar as cartas, com Incrédula, Jonas, TenTrio, Desalma, Diablo Motör (as duas últimas de Pernambuco) e a instituição punk baiana Pastel De Miolos (de Lauro de Freitas) comemorando 15 anos.
“Olha, para a gente é um reconhecimento legal ser headline do Big Bands”, agradece Wilson Santana, baterista da Pastel de Miolos. “Apesar de que isso não assusta mais. Já fechamos noite em outros festivais, como o Palco do Rock”, acrescenta.
A Pastel ainda aproveita e lança seu CD oficial Da Escravidão ao Salário Mínimo, que acaba de chegar da fábrica. O disquinho resume 15 anos de banda em 24 faixas de furioso punk rock old school e estará a venda – assim como outros itens das bandas escaladas – no festival.
Já a outra headliner local, a Vendo 147, provavelmente, uma das bandas de rock independente que mais roda pelo País, estava de malas prontas para uma miniturnê por Piracicaba (SP), Londrina (PR) e Marilia (São Paulo, de novo) quando um dos seus dois bateristas, Dimmy “Demolidor” Drummer atendeu o telefone: “Estamos parecendo time de futebol no Aeroporto”, riu Dimmy.
“Vamos embarcar já já para essa turnê com uma banda de psychobilly da Hungria, a Silvershine”, disse. “Nesse show do Big Bands vamos tocar pelo menos metade das faixas do disco que estamos gravando com (o produtor) andré t, mais as do EP lançado em 2009”, descreveu Dimmy.
Sem cachê
Diferente do ano passado, quando o Big Bands foi contemplado em um edital da Secult e pôde pagar cachê às bandas, este ano as bandas estão tocando de graça. “Todo ano muda a comissão que escolhem os projetos contemplados. Acho até que a intenção é essa mesma, de sempre apresentar coisas novas”, observou Rogerio Big Bross.
“E também não tentamos outros editais por falta de um CNPJ, que agora já temos”, acrescentou o produtor.
Ele conta que o festival recebeu 240 inscrições de bandas interessadas em tocar. “180 só da Bahia e o resto de todo canto do Brasil. E isso, sem cachê, apenas com o apoio logístico da Quina (hospedagem, alimentação, translado) e à parceria com o Ipac, através do Pelourinho Cultural”, relata Big Bross.
A ideia de Big e Cássia é que, com o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) em mãos, eles possam concorrer em outros editais – governamentais e da iniciativa privada – para este seja o último ano sem cachê para as bandas.
“Com certeza, vamos fazer um festival maior e melhor em 2011. Incluir hip hop, música instrumental, artes plásticas, audiovisual. Queremos também aproveitar locais propícios como o Solar Boa Vista, o Centro Cultural Plataforma e a Concha Acústica do Costa Azul para estender o festival para outros locais da cidade”, descreve Big.
Enquanto isso não acontece, a Quina se articula com outros coletivos baianos, no sentido de atrair boas bandas de fora do estado para as quais, mesmo sem cachê, vale a pena vir tocar. No mesmo fim de semana que acontece o Big Bands em Salvador, acontece o Feira Noise em Feira de Santa e o Suíça Baiana, em Vitória da Conquista.
“É um investimento válido para essas bandas tocar num festival como o Big Bands, numa praça aberta, de graça para o público. Até por que elas não vão tocar em um festival só. Vão tocar em três: aqui, em Feira e em Conquista. A gente fez os três festivais no mesmo fim de semana para valer a pena para os caras que vem do Rio, de Brasília e Pernambuco. Foi tudo articulado“, diz Big.
Fernando Jatobá, vocal e guitarra da banda brasiliense Brown-Há, concorda e vai além, literalmente: “Vamos tocar nos três festivais baianos e depois ainda vamos subir para João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba. Estamos indo por conta própria, de carro, todo mundo quebradão de grana”, ri.
“Mas como temos temos a hospedagem e a alimentação garantidas pelos festivais, vale a pena para a gente”, garante.
Quem está com boas expectativas é a rapaziada da Ladrões de Vinil, de Vitória da Conquista: “Já tocamos em várias cidades do interior e três vezes em Minas Gerais, mas nunca em Salvador. Agora vamos tocar aí e em Feira, no Feira Noise”, disse Lourisvaldo, o Loro, guitarrista.
“Os coletivos são bons por que é a galera do rock mesmo que organiza e faz as bandas circularem”, aposta.
VEJA PROGRAMAÇÃO COMPLETA E MAIS INFORMAÇÕES: http://www.quinacultural.com.br/
Luis Caldas misturando Thrller com Metal...que ainda não viu se prepare pra se mijar de rir!!!!
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=A0eWNNlFxgA
Imperdível!!!
Menino Paquito faz uma bela saudação ao companheiro Toni Lopes, "poeta do rock baiano".
ResponderExcluirhttp://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4744700-EI6621,00.html
belissimo texto de paquits para toni.mais um capitulo epico de rogerio big bros na cruzada do rock baiano contra os sons do mal, mas o ponto alto do finde foi o pedido de casamento de clebleuris para priscila em pleno palco com a banda de rock. mais rock impossivel
ResponderExcluirEssa eu perdi. Que melda.
ResponderExcluirMas vcs já viram que massa isso aqui?
http://omelete.com.br/musica/assista-ao-filme-o-golem-na-integra-com-trilha-do-lider-do-pixies/
Chigongs, só lhe perdôo a ausência porque no mail que enviei pra galera fazendo a convocação para agroove achei q tinha posto o seu, mas, na pressa com que fiz, acabaram ficando nomes fundamentais de fora. Coisa de sequelado ansioso. Desculpa, cara! Lov ya!
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