Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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terça-feira, agosto 10, 2010
MARCONY SCARAMUSSA, UMA NOVA VOZ PARA O ROCK BAIANO
Fãs do Radiohead, prestem atenção neste cara aí do lado. Marcony Scaramussa (na foto de Ricardo Soares) é o mais novo nome promissor do rock baiano. Bom guitarrista, o rapaz é dono da voz mais impressionante ouvida por este colunista desde a estreia da Formidável Família Musical – Damm, cada você, rapaz? – em 2005.
Sua voz é cristalina, cheia, ligeiramente aguda – mas com suavidade. “Ué? É Thom Yorke cantando em português?“, perguntaria um desavisado.
Não, mas a sensação é quase essa. Vamos aos fatos. Oriundo de bandas cover da cidade nas quais tocava guitarra, Marcony resolveu, há alguns anos, alçar voo e se mandar para a Califórnia.
”Eu sempre compus, apesar de ser meio tímido para assumir a frente uma banda. Era mais guitarrista mesmo. E compunha só para mim”, conta.
”Aí, morei um ano na Califórnia e lá tomei aulas de canto. Comecei a cantar nas ruas de São Francisco. Botava o case de guitarra no chão e o pessoal jogava uns trocados. Mas o foco nem era esse. Era mais a curtição de cantar na rua”, diz.
Quando Marcony encontra andré
Ao voltar, em 2007, resolveu gravar suas composições. Chegou a andré t. através do burburinho em torno do requisitado produtor.
Com andré, resolveu botar em prática no estúdio o que tinha aprendido com seus professores e no show do Radiohead que assistiu nos EUA.
”Esse show mudou minha vida e minhas concepções de música. Vi como eles se preocupam com a sonoridade dos discos, dos shows, a iluminação, o capricho todo na coisa”, conta
”Quando cheguei, disse: ‘vou trabalhar certo e fazer o melhor disco que eu puder, com uma sonoridade universal'. Nos preocupamos com cada detalhe dos arranjos, tudo para que as pessoas ouvissem cada detalhe”.
As gravações com andré t., que se apaixonou pelo trabalho do rapaz, levaram 1 ano e 3 meses – uma eternidade para um artista independente. O resultado está no MySpace, já que não há dinheiro para viabilizar o lançamento físico.
No momento, eles ensaiam para iniciar uma série de shows de divulgação, com o próprio andré nos teclados, Rafael Zumaeta no baixo e Mark Mesquita na bateria.
”Com certeza, teremos show em algum momento de setembro ou outubro”, promete. Tomara.
www.myspace.com/marconyscaramussa
NUETAS
Vote Vendo 147
A Vendo 147 está em campanha para tocar no festival Starts With You (SWU), que rola em Itu (SP). Para votar e dar uma força à banda: www.swu.com.br/pt/servicos/voce-faz-o-show.
Caçadores das Trevas
Caçadores das Trevas V reúne as bandas de heavy metal Keter, Metalwar, Behaviour e Rattle, no Prospect Club 81(antiga garagem dos Red Devils). 21 de agosto, 16 horas, R$ 10.
Nancy e Radiola free
Sábado tem Nancyta & Radiola grátis na Praça Pedro Archanjo (Pelô). Às 20 horas.
Mensagem chegada há pouco por email....
ResponderExcluir"As bandas de rock baianas The Honkers, Pessoas Invisiveis e Charlie Chaplin se apresentam nessa sexta-feira 13, no Ponto de Partida Snooker Bar, novo local de encontro do rock baiano. no Rio Vermelho (ao lado da antiga Boomerangue). O show acontece as 22hs, com ingressos a 10 reais."
OK. Então, super-heróis existem na vida real.
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cinema/super-herois-da-vida-real-ganham-posteres-de-cinema-em-projeto-fotografico/
Ainda há esperanças para os fãs do Van Halen - o que presta, não o de Sammy Hagar.
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/musica/van-halen-deve-lancar-album-e-sair-em-turne-no-ano-que-vem/
Vem aí maaaais um álbum do Weezer.
ResponderExcluirCom o Hurley, de Lost, sorrindo na capa.
http://www.omelete.com.br/musica/novo-album-do-weezer-homenageia-hurley-de-lost/
O disco chama... Hurley.
Tomara que tenha alguma coisa que preste além da capa engraçadinha, por que Raditude, o último antes desse, simplesmente fede!
A capa, com um cachorro saltando, capturado em pleno ar, também é super cool. Mas o conteúdo....
Ok, Chico, você pode me chamar de ignorante ou coisa pior, mas a primeira impressão que eu tive é que a voz dele está mais pra Jorge Versilo do que pra Tom York e que o som dele está mais pra Clube da Esquina do que pra indie rock. Mas, repito, foi uma primeira impressão.
ResponderExcluirÔ Silvana, queisso.
ResponderExcluirPrimeiro, eu jamais te chamaria de ignorante. Pela simples razão que eu te conheço não é de hj e sei que isso vc não é.
E sim, por incrível que pareça, algumas das impressões que te perturbaram me são comuns, à primeira audição.
No texto, escrito para o parco espaço físico da coluna semanal lá do periódico da Av. Tancredo Neves, não cheguei à emitir juízos de valor quanto à voz, às composições ou mesmo sobre o resultado final do álbum, disponível no MySpace.
Antes, preferi apresentar ao público leitor um talento novo e desconhecido. Certamente, ainda em evolução, como nos parece óbvio.
Minha opinião, afinal? Promissor, mas irregular e talvez com arestas e excessos a serem corrigidos, resume bem o que achei do todo apresentado.
Os maiores problemas, para mim, estão mesmo em dois quesitos:
1. Letras sofríveis, quando não, piegas (talvez aí vc tenha detectado mais o lado "Jorge Vercilo" do rapaz).
2. Derivações óbvias de Radiohead e Thom Yorke, tanto no som, quanto no seu modo de cantar.
Quero crer que ambas as características são pecados menores de um jovem talento em formação. Que em breve evoluirá e as deixará para trás. Daí minha aposta.
E ei! Clube da Esquina é legal, pô! Não sou de ficar ouvindo, mas tem coisas muita boas, sim!
Oisps, também gosto desse clube aí sim. Ainda mais que Beatles eram o "norte" musical. E isso é um grande elogio. Sobre Marcony, achei também promissor, mas nessa seara, o também citado Damm, e sua obsessão com o mestre Jeff Buckley, durante uma determinada fase da sua (lá dele ) carreira, era muito mais. Damm é aquele cara que poderia ter sido. Não foi por que não quis. Grande voz, e influências alentadoras. Pena...
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