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segunda-feira, junho 07, 2010

NASI SE REABILITA COMO FIGURA DE PESO (SEM TROCADILHO) NO ROCK



Para a maioria das pessoas, Nasi é “aquele cara de dentes tortos que cantava no Ira!“. Com seu novo trabalho solo, o primeiro após o fim da banda em 2007, Vivo na Cena (em CD e DVD), Nasi parece querer demonstrar que foi – e ainda é – muito mais do que um ex-vocalista de uma banda de sucesso.

”Você sabe que o Brasil é um País de memória curta, né, bicho?”, pergunta, o sotaque paulistano estalando durante a entrevista telefônica.

De fato, quem percorrer a ficha corrida desse respeitabilissimo veterano do rock brasileiro vai se deparar com uma longa lista de bons serviços prestados à música pop nacional – e não apenas ao rock.

Nasi foi o vocalista do único álbum de uma lenda do underground paulista: Voluntários da Pátria (Baratos Afins, 1984). Produziu o primeiro álbum de hip hop brasileiro: Cultura de Rua (Eldorado, 1988), apresentando Thaide & DJ Hum. E participou ativamente da cena blues, com a banda Nasi & Os Irmãos do Blues. E por aí vai.

Livre de amarras

“Então, nesse momento em que há um grande publico que me conhece a partir do Acústico MTV (Ira!, 2004), acho que é um bom reinício olhar por cima e rever toda minha trajetória“, diz.

Gravado ao vivo em estúdio e acompanhado de uma banda formada por músicos experientes (além de vários convidados), Nasi fez de Vivo na Cena um mostruário não apenas de de sua carreira (incluindo o Ira!, claro), mas também de seus gostos e até do seu estado de espírito.

Não a toa, o trabalho não se limita ao rock, apresentando um repertório que vai de Aldir Blanc (Bala com Bala, da parceria com João Bosco) a Zé Rodrix (Por Amor, em ótimo dueto com Vanessa Krongold, da subestimada banda Ludov).

“Agora eu me livro de certas amarras que um cantor, dentro de bandas autorais, tem. Eu quero cantar aquilo que eu quiser, seja Velha Guarda da Portela, Lazzo Matumbi, uma banda de Belém do Pará, o que for. Essa liberdade era o que eu buscava. Não queria uma coisa muito racional na escolha do repertório“, demarca.

De acordo com essa “pouca racionalidade“, o repertório reflete, mais do que qualquer coisa, a conhecida personalidade do artista: marcante, forte. Daí a inclusão de nomes tão díspares quanto Tom Waits (Garota de Guarulhos, versão de Carlos Carega para Jersey Girl) e Cazuza (com a manjada O Tempo Não Pára, um ponto fraco).

Até o Nordeste foi bem contemplado – o que não deixa de ser uma surpresa para quem já cantou Pobres Paulistas –, com três composições de pernambucanos (Fred 04, Eddie e The River Raid) e uma de Raul Seixas: a magnífica Rockixe, com participação de Marcelo Nova.

O ex-Camisa de Vênus é uma espécie de guru para Nasi: “Marcelo é um grande parceiro. Várias vezes eu estava em duvida com o Ira! e aí sentava para conversar, mas nem perguntava o que ele achava, por que já sabia o que ele ia dizer: vá em frente. Mesmo com toda a grife do Camisa, ele buscou o desafio de ser Marcelo Nova. É isso que eu busco apara mim“, definiu.

A turnê do álbum começa neste mês, e uma apresentação em Salvador está nos planos: “Com certeza levaremos esse show para a Bahia, só não sei quando. Mas vamos, sim“, garantiu.

Repertório colhido a dedo, execuções e interpretações cheias de tesão

Mais intéprete e frontman do que compositor, Nasi acertou a mão em Vivo na Cena ao apostar na diversidade das composições e ignorar o pavoroso cenário pop rock atual, instalado de dez anos para cá.

Impressiona também a unidade sonora e conceitual do trabalho, mesmo em um repertório que mistura uma canção famosa na voz de Elis Regina (Bala com Bala) e um clássico do underground oitentista, como Carne e Osso (da cult band Picassos Falsos) – em ótimas versões.

Gravado durante duas noites no Estúdio Na Cena, sob a supervisão do experiente engenheiro de som americano Roy Cicalla, o trabalho reabilita o cantor como um dos grandes nomes de sua geração – se é que algum dia o deixou de ser.

A sequência é matadora, começando com a impactante Ogun (dele e do guitarrista Nivaldo Campopiano). Sob uma base blues rock digna dos Blues Brothers de John Belushi, Nasi se apresenta, vociferando: “Trago marcas / tenho facas / abro trilhas / milhas e milhas“. O órgão Hammond de André Youssef é um rolo compressor, pavimentando a batida seca.

Já Garota de Guarulhos, versão para Jersey Girl (Tom Waits), poderia estar no repertório de Wander Wildner: “Não tenho tempo p‘ro bagulho / já não penso em mais nada / só consigo pensar em você“. Hit certeiro, que deveria estar arrebentando nas rádios.

Outros pontos altos são Eu Só Poderia Crer (Fred 04), Por Amor e duas do Ira!: Milhas e Milhas e Tarde Vazia, em versão soul carregada de emoção. Um dos melhores lançamentos do ano.

Vivo na Cena / Nasi / Coqueiro Verde / CD: R$ 16,90 / DVD: 24,90

51 comentários:

  1. Anônimo7:15 PM

    vale a pena ler. o cara matou a pau

    http://bahianoticias.com.br/holofote/colunas/2,Ildazio-Jr.html

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  2. hermann9:39 PM

    Trecho de texto de Ildasio Tavares Jr. na coluna holofote-

    Trabalhei e produzi boa parte dos anos 90 todo com o rock e, graças a Deus, me vi livre desse mundinho egocêntrico, arrogante, que pensa ser melhor -bom, ou vá lá o que seja - do que os outros ritmos, mas sempre está com o pires na mão. Ou seja, moral de agulha: toma nos fundos e não perde a linha.

    The Dead Billies, Dr. Cascadura (como se chamava na época), Inkoma, Dois Sapos e Meio e Penélope foram algumas das inúmeras bandas com que trabalhei e passei maus bocados, pois ao contrário do Axé, eles são ridiculamente desorganizados e completamente tirados a pseudo-intelectuais e merecedores-do-que-eu-não-sei. Nunca vou me esquecer quando trouxe o programa Brasil Legal com Regina Casé para gravar com os Billies, o que despertou um interesse pelas gravadoras, mas a marra do vocalista (quem sabe onde anda esta peça?) e confusão entre eles mesmos afugentou tudo e a todos.

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  3. Véio, na boa? O cara foi até honesto. Falou o que todos que fazem parte do circuito grande mídia / axé / etc, pensam, mas ninguém tem coragem de falar.

    Só falou merda, claro, mas pelo menos falou - ao invés de ignorar, como o fazem a maioria dos que estão "por cima da carne seca" (ou fingem que estão).

    E outra coisa. Ser chamado de boquirroto por essa figura aí - que todos do meio sabem quem é - eu encaro como elogio.

    Valeu, brother! Aquele abraço!

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  4. é isso, chico. não vou dar cartaz pra um tipinho desses. curioso é que mesmo tendo tudo de mão beijada, essa gentinha não é feliz. frustação, rancor e ignorância [que vem de "ignorar", diga-se]. quero ser odiado por gente baixa e mentirosa. engraçado quando, em seu
    complexo de vira-lata, dizem que somos pseudo-intelectuais. somos apenas pessoas inteligêntes, bem informadas, que usam o cérebro que têm. mas isso ainda causa espanto por aqui.

    vou cuidar de minha filha e fazer o meu, que ganho mais. e sim, o aeroporto teima em ser a única saída para a salvador tomada pelos imbecis.
    GLAUBER

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  5. pô, a mulher atentou para o circunflexo em "inteligentes". é nisso que dá ler texto cretino. burrice pega! godbless saravá, hahaha.

    cebola, ainda não pude ouvir o tame impala. mas vou!

    GLAUBER

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  6. Não caiam nessa armadilha, não, por Belenos!! ;)

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  7. Amigão anônimo que postou a história da moto "harly davison", seguinte: se eu deixar esse comment com acusações sem provas no blog, pode sobrar processo pro lado do papai aqui - afinal, sou eu o responsável pelo que é publicado aqui. Sabe como é, baixo-astral aproveita qualquer pretexto bobo pra fuder com os outros. E isso, dar munição pro inimigo, eu não faço.

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  8. Anônimo10:15 AM

    salve galera

    sem querer colocar fogo com palito queimado devo admitir que, sim ,é fato que o relato de ildasio tem la seus pontos de verdade. e por isso doi mais. nós (sim sou um dos ofendidos)sempre pecamos pela falta de união e profissionalismo, que de uns dias pra ca vem melhorando. e é sempre bom lembrar que nós nunca poupamos (com algumas ressalvas atuais) a axe-music e que devemos ouvir essas criticas, mesmo que pesadas e em parte equivocadas com a sapiencia e imparcialidade que acreditamos ter.
    atire a primeira pedra quem não tem telhado de vidro. o meu é bem fragil, não posso negar.
    mas to no jogo, sempre. são rock salva.

    tony lopes

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  9. aah, pelamorrrr...
    GLAUBER

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  10. Anônimo10:37 AM

    Posso dizer que com a penélope ele (Ildasio) não chegou a trabalhar. Trouxe um contrato ridículo que só nos fez rir... e nada mais...
    E esse papo de união já basta. No show de Paulinho ví alguns guris "camisa preta" conversando com Claudio Esc e sei que não tem nenhuma banda tocando nos colégios onde eles estudam para cativar um publico que não deixa nunca de existir e se renovar (trabalho de base nem as bandas de rock locais nem o E. C. Bahia faz, por isso tá tudo assim).
    Mario

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  11. Quem tirou esse Mauricinho enrrugado das catacumbas?

    O que a mágoa e a frustração não fazem com uma pessoa.
    Nunca foi nada, não vai ser nada nem que fique pra semente.

    Cebolinha pra variar matou a charada de primeira.

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  12. Anônimo11:25 AM

    a visão cultural que defendo é idealista, espiritual e generosa...não podemos falar bem da indústria da monocultura anti-diversidade pseudo popular plástica da axé music...
    não sou colonizado e amo a boa música brasileira e a de qualquer lugar...não se valora a arte pelo lado mercantil, mas sim pelo seu valor atemporal...não temos nada a ver com o referido....nada...
    cláudio moreira

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  13. concordo com claudio em gênero, número e grau, no que disse aqui. olha aqui minha gente, hoje qualquer imbecil chega na internet, vomita sua imbecilidade e cita, cinicamente, raul seixas, que se revira no túmulo.

    recomendo aos subprodutos do cinismo e da mediocridade, que peguem o dinheiro de papai e vão comprar uns crocs em miami, entre um uisquinho e outro.

    são harvey pekar nos proteja! como diriam os mutantes:

    http://www.youtube.com/watch?v=ai-rk1ngofo

    GLAUBER

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  14. Pronto então. Um inútil semi-anônimo (ou idiota útil, tanto faz), com um textinho pra lá de colegial, frustrado e choramingoso, consegue que seu ressemtimento infantil e burro saia do seu quintal. Nem vem não, Tony, que essa história de mea-culpa qualquer um do meio já fez. Não precisamos de nenhum sinhozinho arretado pra dar lição de moral, mesmo porque, moral nenhuma uma pessoa que sugere no texto original a existêntia de uma "mídia de graça" (em contraposição ao que? À conhecidíssima indústria anti-cultural do jabá que ele e nós devemos conhecer muito bem, ou seja, a mídia paga?!!)pode possuir.

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  15. Deixa essa gentalha arrotar suas babaquices pra lá, rapeize.

    Se liga nisso aqui, ó:

    http://www.omelete.com.br/musica/pixies-voltara-ao-pais-para-tocar-no-woodstock-brasil/

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  16. o mais engraçado é que ele é cara mais pseudo-intelectual que existe.as cronicas deles são tiradas a serem profundas, mas tem a profundidade de um bidê.

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  17. Anônimo1:47 PM

    postura rocker total se dizer indiferente as "criticas" e atacar as babaquices proferidas pelos que criticam.
    não seria melhor apontar saidas, alternativas reais para que nós, sim senhores "nós", pudessemos realizar algo concreto para mudar a cena.
    criticar, criticar e criticar sempre ser criticado jamais.

    (vou voltar pro meu mundinho de merda e esperar por dias melhores)

    tony lopes, desligando...

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  18. Tony, acho que vc não entendeu. Se fosse uma crítica séria, feita por alguém com um mínimo de credibilidade e - mais importante - argumentos plausíveis, acho que todos (pelo menos os que frequentam este espaço) debateriam, emitiriam opiniões, considerariam argumentos etc e tal.

    Só que não foi o caso. O que se viu ali foi um ataque gratuito, desprovido de argumentos razoáveis, que sugere que nos convertamos todos (imprensa,inclusive) à lógica do jabá que move a indústria a qual ele serve.

    Na lógica dessa criatura, somente quem se deu bem comercialmente merece ser considerado. Então, seguindo essa lógica, eu fecho isso aqui e mando meu currículo para uma produtora vagabunda dessas, para trabalhar de assessor de imprensa das estrelinhas de mentira da indústria vagabunda do carnaval - que é a tb a mesma indústria da desigualdade, da ignorância, da violência e da falta de educação (o sobrenome de Salvador, como bem o disse André Mendes).

    Tony, vc é uma figura muito querida e respeitada por aqui. Seu "mundinho de merda" é o mesmo em que eu e muitos outros vivemos.

    E quer saber de um segredo? Não trocaria nosso "mundinho de merda" pela gaiola dourada dessa gentalha nem em um milhão de anos.

    Continue conosco, man.

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  19. "gaiola dourada". é isso.
    GLAUBER

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  20. Anônimo2:50 PM

    finalizando
    a credibilidade do autor da critica é o que menos importa. o que defendi, e defendo, é que o que foi dito representa sim uma parte da verdade. de algo que realmente acontece com a cena rocker.
    não é nada pessoal, não citei nomes nem de bandas nem de pessoas, artistas que considero da melhor qualidade e que ao longo dos muitos anos sempre apoei, apostei e continuarei apostando.
    apenas aproveitei a deixa para apontar erros que nós cometemos.

    pelo menos observo que quando somos atacados nos unimos.
    será essa a saida?
    existirá um morcego na porta principal??
    o axe triunfarámais umavez???

    q deus proteja luiz caldas!

    tony lopes

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  21. Se permitido,gostaria de abrir um espaco aqui pra comentar 1 show q assisti ontem,foi o Buzzcocks no show "Another Bites".Foi lindo,sensacional!!!Ja havia visto os caras por 2 vezes antes(2003 e 2006),mas dessa vez teve um sabor especial,concentraram o repertorio do show na fase aurea da banda.Com uma House Of Blues de San Diego sold out em plena segunda,tocaram na integra,faixa por faixa,os 2 primeiros discos da carreira,o Another Music In a Different Kitchen e o Love Bites.Dai fizeram um intervalo de uns 15 minutos e voltaram pro bis com uma sequencia fulminate:"Mad Mad Judy","Harmony In My Head","Promises","I Don't Know What To Do With My Life","Love You More" e fecharam com "I Believe".Foi de fuder demais!Os caras ainda estao com muito gas,tanto o Pete Shelley quanto o Steve Diggle ainda tem muita lenha pra queimar,o Steve entao,parecia um garoto de 18 anos no palco,tocando amarradasso sempre chamando a galera pro show,ambos ainda estao tocando e cantando muito bem.Saudosismo ou nao,na minha opiniao ninguem faz punk rock(sobretudo ao vivo) tao bem quanto a velha escola britanica dos 70's.

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  22. 50 Cent em Salvador!!

    Boa porra!!!




    Obs: coitado do Adão Negro, em tão má companhia.

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  23. valeu a dica de ouro. o tame impala é sensacional!!! late 60s psychedelia de alta qualidade, sem dúvida. irresistível!

    agora imaginem judeus e ciganos em auschwitz, tendo o seguinte diálogo:

    - "somos desorganizados e egocêntricos, como disse goebbels, a culpa é toda nossa!"

    - "é, os ternos nazistas são muito bem passados, nós merecemos!"
    ......................

    "jerry...kill me".

    GLAUBER

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  24. É por aí, Glauber!

    Ainda não ouvi o Tame Impala, mas o farei logo.

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  25. Ildasio deve estar sem assunto. Se o rock "baiano" é tão insignificante, como ele diz, o que o faz desperdiçar o seu precioso tempo com o rock? Não deve ser tão insignificante assim. Não vou desperdiçar (muito) do meu precioso tempo, até porque o Boomerangue não era só rock, tinha outros segmentos e publicos ditos "älternativos", quem conhece bem a casa e os socios sabe que ele tentou tb artistas de samba, axé, reggae, eletronica, mpb..., o que Salvador não tem é publico alternativo, independente do genero musical.To com Chico, não devemos dar (muita) atenção, as criticas efetuadas não foram construtivas, e aqui é um blog para amantes (epa!) do bom e velho e novissimo ( olhaí nei!), e quem gosta ta colado na alta e na baixa.

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  26. Pratrulheiros de plantão, isso não tem nada haver com pedir a benção ou beijar a mão de ninguêm, mais leiam e vejam a diferença ...

    Já tinha lido isso a mais de um mês, mais diante da idiotice que fomos expostos, vale a pena pelo menos por cuirosidade:

    http://www.portaldojammil.com/blog/

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  27. É isso, aí, Bramis!

    Nei, legal o pensamento prafrentex do rapaz lá. Pena que ele não regravou uma do Casca, ao invés da Maglore - com todo o respeito que os meninos merecem, mas o Casca tá merecendo ter uma balada estourada e /ou em trilha de novela há pelo menos uma década.

    (Fico pensando quando é que uma Pitty ou um Nando Reis vão acordar para regravar e lançar como single (e clip, ringtone etc) Queda Livre. Uma canção com um poder de fogo absurdo, que pode detonar geral nas paradas e conceder os devidos reconhecimento nacional e sucesso comercial que um cara como Fábio merece. Quem vai acordar esse gigante adormecido? Quem será esse herói / heroína? Quem?)

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  28. Li a coluna do Ildásio na qual, ao meu ver, fala algumas verdades e muitos absurdos:
    1 - desorganização, falta de foco num "produto artístico" que tenha certa unidade, alguma direção, ainda que sem abrir mão de uma liberdade artísitca ampla são males que considero como inerentes a alguns dos rockeiros mais talentosos daqui; 2 - sempre critiquei a arrogância de quem faz rock contra a simplicidade melódia e pobreza de letras da turma do axé: quem curte Beatles não pode reclamar de letras simples e quem curte Legião não tem como bradar contra melodias pobres de 3 acordes. Há mais mérito artístico em algumas músicas de axé do que em muito rock que vemos por aí. 3 - Por outro lado, a passagem em que o cara fala da "mídia de graça" (era pra ser paga???), dos editores de Cadernos B e da Revista é absurda!!! Como alguém que trabalha com cultura pode falar uma barbaridade dessas!!! Espaços democráticos que falem de trabalhos culturais que não têm tanta visibilidade são raros e fundamentais para que a produção cultural, da forma mais ampla possível, possa continuar a existir. O último parágrafo do cara enterra qualquer coisa interessante que ele possa ter arranhado algo longo do texto. Parece coisa de gente rancorosa e magoada querendo dar recado ou troco em alguém. Abraços, Hugo: http://ilhadosaqui.blogspot.com

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  29. 1] quem???

    2] de fato, nei.

    3] cebola, o tame impala me lembrou isso aqui, ó:

    http://www.youtube.com/watch?v=7kWQ9CR6mtU

    GLAUBER

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  30. Nasi é o cara. Ao vivo - fora meu marido, que está acima de qualquer comparação, hehe - não tem pra ninguém. Grande vocal, grande performer, grande nome da nossa música. Mesmo depois da casa cair com o Ira!, tá aí, produzindo. Mostrando pra que veio. Merece todo nosso respeito.

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  31. Meu Deus! Pára tudo! Alguém comentou o assunto do post! Silvana, vc é o cara! Digo, a mulher! Nasi é que é o cara! ;-) Beijo e brigadão!

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  32. Pera aí!!!!! Quem curte beatles não pode reclamar de letra?????????? Pronto que agora virei ignorante de carteirinha!!! Essa quebrou um osso do cérebro esquerdo!!

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  33. Discordo veementemente e posso e devo e vou discutir aqui até onde dever. Juro.

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  34. Resumindo, ilhados aqui, discordo mais de você do que do cara lá do axé.

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  35. Ai, meu deus, cutucaram a onça com vara curta....

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  36. não vou nem comentar...achei totalmente equivocado o comentário sobre letra e simplicidade. adoro música simples. simplória é outra coisa...E OS BEATLES SÃO OS BEATLES, em suas distintas fases. ouça do revolver ao abbey road.
    GLAUBER

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  37. Nada!! Desde o Please Please Me!! Só o Rubber Soul sozinho já seria uma benção!!

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  38. Anônimo3:45 PM

    Esse Ildásio parou no tempo...pensa que o rock de hj é o mesmo dos 90´s. Quem não paga jabá e sai na mídia por mérito incomoda, né?!

    Moral, deu vontade de rir lendo o texto, achei um tanto ingênuo (como Bruno Carvalho resumiu lá no Mercadão). É como uma redação que fugiu do tema. O que tem a ver os Dead Billies com o fim da Boomerangue????

    Ps.: Agora, Mano Góes indicando Cascadura e Maglore, essa foi surpresa pra mim. Ruim? Não. Ele deve tá tentando respirar...

    Coragem Mano! rs

    Abçs,
    Lívia Rangel

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  39. Tô curiosa pra ver principalmente a versão de rockixe. Sou doida pela música e ainda com essa pilha que você botou...

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  40. Cebola, não sou grande conhecedor das letras do Beatles mas sei que eles passaram por muitas fases; fases estas que tinham letras sim muito elaboradas, mas também letras muito, muito simples e sem compromisso. Pode até ser que haja uma mensagem subliminar por trás, mas que a letra de Twist and Shout, por exemplo, caberia em qualquer música de axé, caberia, né não?! rsrs

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  41. Exato,eh desde Love Me Do/PS I Love You ate The Long And Winding Road/For You Blue."Só o Rubber Soul sozinho já seria uma benção!!",Brian Wilson q o diga!
    Sobre esse cara ai(o rock primo do axe?q piada.E essa de toca Raul foi ridiculo),se o vocal do Dead Billies realmente tirou marra com a Globo entao foi otimo,postura 100% rock n roll.A Globo nunca levou o rock e os rockers a serio,sao uns putos escrotos donos do Brasil.E por mais q a galera do axe seja organizada ou uma musica deles tenha um bom instrumental(isso nunca foi a prioridade no rock),mesmo assim tocam lixo cultural.E sem essa de q a briga eh rock X axe,acho q todo baiano de qualquer gosto musical q nao se orgulha de ter a imagem cultural do seu estado simbolizada por essa titica cultural deveria execrar o axe,q inclusive fudeu com a propria festa de onde eles nasceram,o Carnaval,q se transformou nessa vitrine ridicula dos "artistas" da tv brasileira,argh!.Mas infelizmente nem os grandes baianos q fizeram a fama da BA de grande celeiro de talentos se manifestam,totalmente vendidos para os donos da BA.

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  42. Twist And Shout nao eh dos besouros,eh um cover de Meddley e Russel.

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  43. Por falar no Rubber Soul,a versao cover de "Drive My Car" feita pelo Humble Pie eh uma verdadeira massagem na alma!Incrivel como eh quase impossivel de distinguir da versao original q ja eh bala.

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  44. "Twist And Shout nao eh dos besouros,eh um cover de Meddley"... Olha aí minha ignorância de falar do que não sei... Então, retiro o que disse quanto aos Beatles, mas mantenho o que disse no sentido de que o gênero ROCK não é garantia de grandes letras (há barbaridades bizarras por aí) nem de melodias complexas. Por outro lado, eu acho tb, que o axé já merece um reconhecimento maior do que de uma sub música. Era desse ponto que eu queria tratar.

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  45. Anônimo1:09 PM

    esse ilhados aqui deve ser um axezêro incubado. comparar beatles e twist and shout com axé é foda viu?

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  46. Silvana, a versão de Rockixe em si não tem nada demais, além de ser fidelíssima à original, incluindo um puta naipe de sopros - o que já é muito bom pra mim, pois é uma das minhas preferidas de Raulzito tb.

    Adicione à isso a marra de Marceleeeeeeeeza (é o tremolo na voz) e alguns gracejos de Nasi e pronto: temos aí uma das melhores covers de Raul que eu já ouvi.

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  47. O comentário acima demonstra toda a minha capacidade para cometer o maior número de contradições possíveis em meros dois parágrafos.

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  48. Ira! perdeu *o Cara*! Nasi é um exemplo de superação e evolução p mim..amo!

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  49. Obrigado pelo comentário, Vanessa! Apareça sempre!

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  50. Já tive a infelicidade de ouvir todas as fases do ciclo menstrual dos Bitchas de Liverpum. E todas são igualmente nauseantes. Todas as letras, das mais ás menos pretensiosas, têm rimas pobres: love me do, dear prudence, tomorrow never knows...


    mas o pior de tudo é a música, com os vocais de menino leso deslumbrado.


    e as caras dos beatles, pelo amor de deus... será possível que TODO MUNDO nos anos 60 tomava tanto LSD pra ficarem com aquelas caras de mongolóide surtado e retardados afeminados sem nenhum senso de ridículo?


    Não é implicância, o próprio baterista Charlie Watts dos Rolling Stones reclamou disso numa entrevista á revista Veja em 1995:


    "OS ANOS 60 FORAM UM HORROR ESTÉTICO. Nós éramos obrigados a vestir as piores roupas do mundo. Graças a Deus acabou."

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  51. Prezado Ernesto: me desculpe, mas não posso publicar comentários que me exponham a um processo na justiça. Imagino que vc saiba que, no caso de uma das (muitas) pessoas citadas por vc se sentir ofendida por um comentário seu aqui, cabe processo por difamação e calúnia – tanto para vc, quanto para mim, que administro o blog. Espero que vc entenda. Grato pela compreensão, Franchico.

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