A rigor, não há nada que una os recém-lançados álbuns de HQ The Boys - O nome do jogo (Devir) e Scott Pilgrim contra o mundo (Quadrinhos na Cia.) – além de ambos serem de leitura (bastante) ágil e ansiosamente aguardados pelos fãs de alguns dos mais badalados autores da atualidade.
O primeiro, The Boys, é de Garth Ennis (roteiro) e Darick Robertson (desenhos).
Muito bem conhecidos dos leitores dos selos adultos Vertigo (DC) e Max (Marvel), Ennis e Robertson já haviam trabalhado juntos na pouco lida Fury (para o selo Max), publicada em 2001 e eleita pela revista Entertainment Weekly como uma das melhores HQs do ano. Separados, respondem por séries extraordinárias (e ultra-violentas) como Preacher, Justiceiro (Ennis) e Transmetropolitan (Robertson).
Em The Boys, a dupla joga para a galera – mas joga bonito, com a elegância casca-grossa que os caracteriza – ao contar a história de um grupo de agentes de elite, encarregado de monitorar, disciplinar – e até mesmo apagar – os super-heróis uniformizados que povoam o mundo em que vivem.
O leitor é apresentado ao grupo através do seu membro mais recente, o relutante Hughie Mijão, cujo visual foi inspirado no ator de Todo Mundo Quase Morto, Simon Pegg – que escreveu o prefácio do álbum.
Impiedoso, Garth Ennis mostra em The Boys todo o seu desprezo por gente que usa a cueca por cima das calças e voa. No mundo de The Boys, super-herói é sinônimo de cretino, estuprador e viciado em drogas.
Neste álbum, reunindo os números 1 a 6 da série americana, Ennis rebaixa o Super-Homem (caracterizado como o óbvio genérico Patriota) a um canalha que dá as boas-vindas a nova integrante de sua equipe obrigando-a a praticar sexo oral.
Do lado humano está, além do já citado Hughie Mijão, o líder de equipe Billy Carniceiro, O Francês, Leite Materno e A Fêmea. Suas habilidades e personalidades ainda são pouco exploradas neste primeiro volume – estratégia recorrente de Ennis, um narrador de primeira linha que desenvolve suas HQs com a inteligência própria que caracteriza os autores britânicos (ele é irlandês). Vale acompanhar.
Em breve no cinema
Já Scott Pilgrim contra o mundo, do canadense Bryan Lee O‘Malley, é uma das HQs mais badaladas da cultura pop do momento pela sua linguagem múltipla, que mistura HQs independentes dos anos 90 (mais notadamente Peter Bagge, da série Ódio), mangás, cinema, videogame e muito rock ‘n‘ roll.
Scott Pilgrim é um jovem de 23 anos residente em Toronto, que toca baixo na banda Sex Bob-Omb, divide um quarto com um amigo gay e namora uma chinesinha de 17 anos.
Sua vida vira de cabeça para baixo quando ele conhece a encantadora Ramona Flowers, entregadora da Amazon que circula pela cidade de patins.
Apaixonado, o esperto Pilgrim terá de enfrentar a Liga dos Sete Ex-Namorados do Mal de Ramona para conquistar sua gatinha dos sonhos.
Sucesso de vendas, Scott Pilgrim está prestes a chegar às telas em uma aguardada adaptação dirigida por Edgard Wright (diretor do já citado Todo Mundo Quase Morto – a esta altura, um clássico da década), com Michael Cera (de Superbad) no papel-título.
Scott Pilgrim contra o mundo vai sair em três volumes no Brasil. O filme estreia no dia 13 de agosto nos Estados Unidos. Ainda não há uma data no Brasil.
THE BOYS: O NOME DO JOGO / Garth Ennis e Darick Robertson / R$ 39,50 / Devir
Veja o preview: http://www.devir.com.br/hqs/the-boys_v01.php
Scott Pilgrim contra o mundo / Bryan Lee O'Malley / 368 p. / R$ 35 / Quadrinhos na Cia.
Veja o trailer legendado de Scott Pilgrim Contra o Mundo
Avante Esquadrão Comunista Norte-Coreano!
ResponderExcluirFalando sério, vcs viram o treino dos caras?
Esse jogo vai ser um vexame tão grande que eu acho que o Kim Jong Il vai mandar executar toda a equipe (técnico, auxiliares e massagista incluidos) assim que eles pisarem de volta em Pyongiang (se for assim que se escreve).
o glorioso esquadrão comunista norte-coreano não precisa se preocupar.o professor zangado, digo , dunga é contra goleadas espetaculares. é 1 a zero, e olhe lá.
ResponderExcluirOlha a galera do Santo Antônio Além do Carmo batendo asas:
ResponderExcluir"A Globo realiza no dia 31 de julho a segunda edição do "Brazilian Day", em Londres. O evento será apresentado por Serginho Groisman e terá a participação de ... Vivendo do Ócio e ainda outros grupos de artistas brasileiros que residem na Inglaterra."
É vero, Bramis.
ResponderExcluirMuito legal, Nei! Os caras vão tocar no O2 Arena! Brinque, sacana!
essa inserção da vivendo do ócio no brazilian day está relacionada com seu possível estouro comercial no rock brasileiro?!ou eles vão tentar carreira internacional?!
ResponderExcluircláudio moreira
Isso ainda é objeto de investigação, Cláudio.
ResponderExcluirMas acho que ambas as possibilidades apontadas por vc passam bem longe do gol.
Primeiro, os caras cantam em Português. Então, além de Portugal, uma carreira internacional está fora de questão.
Quanto ao seu "possível estouro comercial no rock brasileiro", acho essa possibilidade ainda mais remota. Não por conta de falta de talento. Isso eu acho que eles tem. Mas por conta do atual cenário mainstream, totalmente loteado pelos macaquinhos amestrados do tal do (deixa eu dar uma cuspida antes) "happy rock". (E outra cuspida depois).
happy rock é new wave 80 com sertanejo 90. ou sertanejo 90 com emo deslumbrado. vem mas vai. relax. dá liga não.
ResponderExcluirO pior, Cebola, é que, quando essa onda passar, e todos aqueles moleques babacas virarem viciados em crack desabrigados debaixo da ponte, os filhos da puta responsáveis por esse lixo vão inventar alguma coisa ainda pior - com novos robozinhos bonitinhos - pra botar no lugar. Paredão pra essa gentalha!
ResponderExcluirEssa é pra se virar e descolar:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/751790-album-de-neil-young-vira-graphic-novel-nos-eua.shtml