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sexta-feira, maio 28, 2010

JOHNNY WINTER LEVA ROCKLOQUISTA ÀS LÁGRIMAS

Nosso enviadão especial (o cara é grande!) Nei Bahia conta tudo o que viu e sentiu no sensacional show do Johnny Winter em São Paulo

Confesso que estava com receio do que ia encontrar durante toda a jornada até chegar ao Via Funchal no sábado a noite, pra ver um dos meus heróis. Muitas coisas indicavam que poderia estar indo a um encontro simbólico, em que a música fosse complemento, pois as últimas imagens de Johnny que tinha visto eram dele tocando sentado e pior, chegando ao palco praticamente carregado.

Soube depois que muita gente não foi ao show por não querer o ver assim. O risco era real, e dentro do avião as imagens se misturavam na cabeça; o homem de 66 anos (oficialmente) , que não consegue carregar a própria guitarra (tendo nos anos 80 encomendado guitarras mais leves, para retardar a chegada dos problemas de coluna) com mais heroína no corpo que Keith Richards; e o gigante de cabelo brancos, que ,despertava a admiração de todos que tocavam guitarra no fim dos anos 60, começo dos 70, a ponto de, ao tocar com Hendrix, este muitas vezes tocar mais baixo.

O trajeto para o show propriamente dito acabou acontecendo de uma forma bem peculiar; devido à alguns imprevistos cheguei de trem, nada mais coerente com o que ia presenciar. A casa estava com cerca de 2 terços de ocupação, mas dava pra ver que a maioria era de gente que esperava por aquilo há muito tempo. Como eu vivo aqui, longe do Brasil, nem imaginava que em mais de uma ocasião foi anunciada e dada como certa a vinda de Johnny, sendo que houve até casos de ingressos chegarem a ser vendidos.

Finalmente chega a hora, e o trio que toca com ele inicia um tema instrumental, não identificado – o que só aumenta a expectativa. E aí, surge o cara pelo lado direito do palco, jeans, camisa preta , botas e chapéu marrom, e pra minha grande felicidade, andando sozinho, ainda que devagar e com alguma dificuldade.

Sim, era verdade: Johnny Winter estava tocando, sentado numa cadeira, na minha frente.

O choro foi instantâneo, a sensação era de pura felicidade – dupla, por vê-lo bem mais saudável e por estar realizando mais que um sonho. Entre lágrimas, ouço ele anunciar a primeira música do show, que só me deixou mais tocado ainda: “Hideway”, tema instrumental de outro texano, Freddie King, que é um dos meus bluesmen preferidos.

As lágrimas aumentaram mais, e era só o início do show. Mais ainda havia uma dúvida, como estaria a voz, curtida em Jack Daniels e temperada por muita heroína ao longo de muitos anos. Mas tudo estava em seu lugar, pois ele atacou de “Got my mojo workin” de Muddy Waters, e muita gente caiu pra trás.

Apesar da posição não ajudar, pois a cadeira onde ele estava não era do tipo que os cantores usam nos acústicos na vida, Johhny usou o sua garganta e seus anos de estrada pra dar o recado. Seu inconfundível grito “...rock 'n' roll..” não foi ouvido, mas não precisava, estava na mente de que estava lá perfeitamente.

E o show foi um presente para os roqueiros que tanto esperaram por ele – ou nem tanto: muita gente de 20 e poucos anos estava lá, o que quer dizer que onde há vida, há esperança. Digo presente, pois atualmente seus shows são basicamente de blues, com uma ou outra exceção, só que numa entrevista dias antes de chegar ao Brasil, ele falou que ia colocar mais “rocks”, pois era sua primeira vez aqui.

No fim, o blues “mais tradicional” tocado foi “Red House” , numa espécie de homenagem a Jimi Hendrix. “Good morning Litlle School Girl” (não tão sensacional como na versão que está no disco “And live”, mas aí é querer demais), “I´m tore down” , mais uma de Freddie King, e a coisa só ficava melhor a cada canção.

A noite foi tão mágica, que até quando Johnny e a banda não se entenderam em “She Likes To Boogie Real Low” foi especial, com Johnny sacando que estavam todos errados, mas se recusando a parar. Em vez disso, aproveitou pra solar como ele bem sabe, dando um tom de experimentação àquele momento meio confuso.

É bom acrescentar que a banda era de primeira, com destaque para o guitarrista Paul Nelson, que hoje é seu anjo da guarda. Guitarrista de pegada muito forte, com clara influência de Stevie Ray Vaughan (...outro texano!), acho que vai se falar muito dele ainda.

Fechado o set principal, que terminou com o público de pé aos berros, Johnny e banda voltaram ao palco pra terminar o “serviço” em grande estilo. Logo que retorna a sua cadeira, em vez da Lazier feita sob encomenda pra ele, sacou do case sua arma mortal: uma Gibson Firebird e disse no microfone: “Agora vou tocar com minha guitarra”, e atacou uma sequência de três músicas tiradas do “Captured live” , disco ao vivo muito popular por aqui; “It´s all over now” (de Bobby Womack, mas regravada por muitos, de Stones aos Brasileiros do Coke Luxe, do finado Eddy Teddy), “Bony Moronie” e pra terminar, a versão definitiva de “Highway 61 Revisited”, de Bob Dylan. Essa sequência foi novamente causadora de um choro de felicidade, ao ver Johnny junto com sua companheira de muito tempo.

Sem nenhum pudor, foi o melhor show de minha vida, até porque ao contrário de outros artistas que torço pra aparecerem pelos lados do Brasil, Johnny não era nem cogitado em meus maiores devaneios, pois é um artista que está longe dos holofotes principais há muito tempo – o que não deixa de ser irônico, pois quando assinou contrato com a CBS em 1968, recebeu o maior adiantamento já pago a um artista, e como já disse, até uns 5 anos atrás tinha discos seus nas Americanas da vida.

Por tudo isso, me senti mais que um fã, me senti um representante dos amigos que não puderam ir e que são fãs do albino do Texas: Ivon, Fábio , que cantava uma versão de “Bonnie moronie” nos shows da Dr. Cascadura nos primórdios, tirada do arranjo de Johnny, Cebola, cuja amizade comigo começou através de um disco chamado “Austin, Texas”, Márcio, que preferiu cuidar da cachorra, Oswaldo, que apesar da sua busca pelo nova novíssima novidade sabe bem quem é quem, Miguelito Cordeiro e todos que queriam estar e na puderam ir.

Uma palavra pra definir: PHODA!!!

Texto por Nei Bahia.

26 comentários:

  1. Rá! Sacaneei! Mas depois do "enviadinho especial" de Márcio (no show do Placebo), não podia deixar de fazer isso com Nei tb, né?

    Senão poderiam me acusar de protecionismo. E minha credibilidade, fica aonde???

    Mas falando sério agora, este foi um dos melhores relatos de show publicados por este humilde blog - e olhe que já foram város.

    Valeu, Nei!

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  2. São por causa de críticas e filmes como esse que volta e meia ainda nutro um fiapo de esperança no intelecto humano.

    http://www.omelete.com.br/cinema/critica-godard-truffaut-e-nouvelle-vague/

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  3. nei,
    eu tinha sei lá, uns 13 anos, quando comprei o primeiro vinyl de johnny winter na dom ratão [nessa época, nem conhecia morotó e joe]. fiquei totalmente de cara. eu tava na época numa onda de blues e blues rural, nem chicago blues eu ouvia [ nem rock n'roll, achava diluído], hahahaha, coisas da juventude. e winter me pareceu a união perfeita entre as raízes do delta e o hard rock. mas minha preferida dele é essa aqui, ó:

    http://www.youtube.com/watch?v=huzxF4kVwI0

    abración,
    GLAUBER

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  4. Belo relato Nei.
    Johnny Winter não é apenas meu bluesman favorito. Ele é um dos meus artistas favoritos de qualquer genero. Não pude ir, mas imagino a emoção experimentada.Baixei recentemente toda a discografia, e escuto I'm a Blueman frequentemente, junto com os novos novissimos, como escutava Still Alive and Well, Captured Live, John Dawson Winter, e Saints and Sinners nos longinquos 70. E descobri Broke and Lonely do Third Degree, que virou uma especie de trilha sonora. Quanto aos novos novissimos depois desenvolvemos, Johnny Winter é territorio sagrado

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  5. Gluabito, é a minha favorita também.
    Pena que ele não toca mais as composições de Rick Derringer.

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  6. A história do Faces continua rendendo. Agora até o baixista Glen Matlock (Sex Pistols) está na banda.

    http://www.omelete.com.br/musica/faces-vai-voltar-mesmo-sem-rod-stewart/

    A banda podia se chamar Facestein.

    Faces + Frankenstein.

    Pegou?

    Pegou?

    Duh!

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  7. Mas falando sério agora, o lance do Mick Hucknall, o negócio é o seguinte.

    A banda do cara, Simply Red, nos seus primórdios, era uma boa formação de soul elegante e funk de branco, com bons momentos nos primeiros discos.

    De fato, o cara tem lá o carisma dele e realmente, é um bom cantor, com uma voz personalíssima. No início dos anos 90, com as sucessivas mudanças de formação (a banda é dele e ele mudava quem queria, quando queria, ditador, mesmo), caiu no comercialismo de um pop adulto tirado a chique para burguês beber uísque doze anos em boate.

    Daí vieram aqueles hits pentelhos, Babies etc. (Nessa fase, ele tinha até um guitarrista brasileiro na banda, um tal de Heitor T.P.). Agora, vamos ver se no Faces o sujeito cria jeito de home.

    Agora, a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que diabos Ronnie Wood não chamou Chris Robinson, do Black Crowes, para assumir o vocal? O sujeito nasceu para isso. Fato!

    Agora, a Inês é morta.

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  8. Fazendo uma matéria sobre o trabalho solo de Nasi (tá legal pra caralho!), topei com isso aqui:

    http://www.mundoira.com.br/volunt/volunt01.htm

    Muito tempo que não ouvia isso. Terra Devastada é genial.

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  9. RIP Wilson Mello.

    Grande senhor Wilson.

    Que a terra lhe seja leve.

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  10. sério? wilson mello morreu? caramba, lá se vai mais um pedaço do século xx...
    GLAUBER

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  11. É sério, Glauber. Infelizmente.

    Engraçado. Tava falando com Fábio Casca agora mesmo e ele disse - com outras palavras - a mesma coisa que vc.

    As pessoas que fizeram o mundo como o conhecíamos estão indo embora - e o mundo está mudando cada vez mais rápida e inexoravelmente.

    Segunda-feira, meu humilde obituário sai no periódico da Av. Tancredo Neves.

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  12. PQP! Acabei de receber a notícia de mais um que se foi:

    Dennis Hopper.

    http://www.guardian.co.uk/film/2010/jan/07/dennis-hopper-dies-74

    Easy Rider FOREVER!

    Os doidão tiraram esse sábado (29.05.10) pra morrer, foi?

    Que puxa...!

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  13. Ok, Chico, vc ainda não venceu:
    1 - Chris Robinson ainda canta numa banda chamada...Black crowes!!! Que vai muuuuito bem, obrigado!
    2 - Simple Red era uma bosta diluída no fim? Que merda é rod stewart agora?!
    3 - Mick Hucknall ainda canta pra caráleo?? Basta ver uma versão com som ruim e filmagem idem de stay with me no iútubi. Mesmo assim dá pra sacar o feeling, nothing more than feeelings
    4 - Claro que todos prefeririam o rod. Mas ele é a versão escocesa de adriano. ELE se desconvocou!!
    beijits

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  14. E sobre matlock...se ronnie lane toca hoje na banda com hendrix alguém tinha que assumir as 4 cordas, não? Ele é uma escolha tão boa quanto qualquer outra.

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  15. ÉÉÉ... Cebola me passou um link de uma apresentação do Faces com Mick Hucknall e achei difudê!!!!!!! O som tá ruim mas pra bom conhecedor, meio som basta...

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  16. Nei, obrigado pela "singela" dedicação do show à minha pessoa, entre outros.
    Realmente prefiro cuidar da cachorra do que perder meu tempo pra ver algo que não me interessa, como você bem sabe...

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  17. verdade. dois doidões sensacionais partiram no fim de semana...pois é, chicão. o século xx vai ser difícil de bater...tô ouvindo esse fim de semana, aquele disco mais manjado do dinosaur jr., "where you been". muito bom! a voz daquele cara e o jeito que ele canta, gosto pacas. lembra de "start choppin"?

    http://www.youtube.com/watch?v=Phf4xvI9fpE

    e o aerosmith tocou até "kings and queens" em sampa. uma das minhas preferidas...

    http://musica.uol.com.br/album/aerosmith_sp_album.jhtm?abrefoto=6#fotoNav=3

    GLAUBER

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  18. Cabras,

    Pra quem perdeu o Especial das Seis com o Wishbone Ash, ouça aqui: http://migre.me/Ksh2

    Rpz, Cláudio tava bebaço, pilhado, praticamente um poeta, viajando nos áureos tempos do rock. Clássico, desde já.

    "O extremo que leva o ser humano além da sua mesmice do produzir e consumir" - Cláudio Moreira

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  19. glauber, vc ja escutou a nova banda de mascis, a sweet apple? e o disco que o dinosaur jr. jançou o ano passado foi um dos melhores do ano.um disco para quem gosta de guitarras. um esporro sonoro

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  20. Cebola, adorei a definição!
    Ele se desconvocou e parece que faz mais força a cada dia pra tirar seu nome da hostória.
    Na verdade, por quantos anos Rod foi relevante? Já vi ao vivo, é um festa legal, mais anos depois vi George Michael, e achei a mesma coisa.

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  21. Galera, só pra não passar em brancos algumas coisas que ficaram de fora do texto:
    - o Via funchal, onde rolou o show, é quase perfeito ( Oswaldo já tinha me adiantado): som, luz, comforto, serviço de bar, localização( como disse, chegei de trem). Pra quem é forasteiro é bom só agendar com um taxista pra te pegar na saída. Taxi em sampa as vezes é artigo de luxo.
    -o show de abertura chegou a me dar a impressão de estar no Ateliê, finado bar do Campo da Pólvora/Tororó. Além de Alvaro Assmar, Guimo Migoya na bateria e o baixista( que não lembro o nome) no banda capitaneada por André Cristovam, com Luis Carlini completando a trinca, sendo dele o melhor momento do show de abertura, quando ele arrasou tocando "Lap steel guithar".
    - Nos dosi dias anteriores no mesmo via funchal, rolou ZZ TOP, o que tornou aquele pedaço de Sampa quase um térritorio texano. Se não fossem problemas no trabalho, teria indo em ambos. Seria um homem endividado e bem feliz.

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  22. Dica de estreia na TV fechada nesta semana:

    Breaking Bad: Estreia da história de um professor de química que descobre ser portador de um câncer terminal. Assustado com a ideia de que sua família vai passar necessidade após sua morte, ele parte para o crime, montando um laboratório para ganhar dinheiro. AXN, 01/06, 21h

    Esse eu vi em DVd e agarântcho: É DUCARALHO!

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  23. Realmente, Brama, aquele último CD do Dino Jr. é poderoso! Discão!

    O Cebola, o Black Crowes já acabou, já voltou e já deve até ter parado e voltado de novo! Ora, o Chris R. poderia aproveitar a folga entre um projeto e outro com os BCs para integrar os Faces (por que com certeza, deve ser só um projeto de turnê e pronto, mesmo).

    Glauber, Kings And Queens é uma das minhas preferidas do Aero tb! Linda demais!

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  24. "farm", osvaldão. disco muito bom, mostra que a banda ainda tá em cima. e tem uns refrões irresistíveis que é uma marca do j. mascis. outra que eu gosto muito é "whatever's cool with me".
    falar nisso, existiria o "nirvana" se não existisse o "dinosaur jr." antes? creio que não. sei que cobain era fã. vou catar o "sweet apple". valeu!
    GLAUBER

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  25. Chicão, eles estão entrando de férias novamente,bem a tempo de Chris pegar a gig.
    Mais vamos esperar pra ver!!

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  26. Nosso enVIADO especial só podia cair no choro mesmo...


    Johnny Winter é ROCK PAULEIRA!


    Minha amiga, a deusa do Hard Rock na Blue Velvet, Lygia Cabus tocou uma gravação raríssima do albino detonando num show, arrebentando numa versão crua e pesadíssima de "Jumping Jack Flash" que faz o original dos Rolling Stones parecer uma canção da Xuxa.


    Lygia: "Depois dizem que Johnny Winter só toca blues... tem gente que não conhece nada de ninguém mesmo..."


    Cebolitos: Não existe essa de "Ele é uma escolha tão boa quanto qualquer outra."

    Que outra?

    Lógica pura: se convoca o melhor possível pro time.

    O mestre punk Glen Matlock é a melhor escolha porque todos sabem que ele é o maior fã dos Faces, desde que se chamavam Small Faces, ainda sem Ron e Rod.


    "Anarchy in the UK" tem a mesma levada de "Had Me A Real Good Time" by The Faces. --- assim revelou o mestre das quatro cordas.


    Mais detalhes nessa entrevista:


    http://www.redbull.com/cs/Satellite/en_INT/Article/New-Faces-Glen-Matlock-interview-021242883338585

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