Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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quinta-feira, abril 08, 2010
BAHIA SOUL BUSCA LADO MAIS POP DO JAZZ EM TEMPORADA NO TOM
Se tem um subgênero musical que tem ainda menos espaço em Salvador do que o rock, esse, certamente, deve ser a música instrumental. Possivelmente, a falta de refrões infantilizados e palavras de ordem dadas aos gritos para a plateia – fatores essenciais para fazer sucesso em Salvador – dificultem sua assimilação pelo grande público.
Quem estiver a fim de conhecer – ou mesmo, já conhece – e curtir essa outra gramática musical um tantinho mais elaborada – para dizer o mínimo – tem uma boa oportunidade com a temporada que a banda Bahia Soul está fazendo todas as quintas-feiras de abril na casa Tom do Sabor (Rio Vermelho).
Apesar do termo “soul“ no nome, que remete a grandes cantores como Otis Redding, Marvin Gaye e James Brown, entre centenas de outros, a proposta da banda é fazer “música instrumental inspirada em elementos da cultura musical pop/funk/soul, também chamada acid-jazz“ como define o material de divulgação.
Isto posto, entra no repertório da banda não apenas versões instrumentais de sucessos do soul propriamente dito, como I Got You (I Feel Good), do já citado James Brown e Isn‘t She Lovely, de Stevie Wonder, mas também, um standard do jazz como Donna Lee, de Charlie Parker, mais outras pérolas de nomes como Jaco Pastorius, Herbie Hancock e David Sanborn, entre outros.
“O que a gente busca (com a Bahia Soul) é alcançar o lado mais pop, funk e soul do jazz“, explica o band leader e saxofonista André Becker.
“É um som instrumental com improvisação, só que mais puxado pro lado do soul. Há quem chame isso de acid jazz“, define, usando o termo tornado célebre por grupos como Us3 e Brand New Heavies, surgidos nos – já longínquos – anos 90.
André é saxofonista profissional e já tocou com meio mundo de gente na Bahia, incluindo Daniela Mercury e Carlinhos Brown, Orkestra Rumpilezz e também na Osba.
Na Bahia Soul ele é acompanhado por feras à altura, como Ivan Bastos (baixo), Bruno Aranha (teclados), Márcio Dhiniz (bateria) e Nova (guitarra e voz).
Para apimentar as gigs, sempre rolarão convidados-surpresa, como Lon Bové, na semana passada.
Banda Bahia Soul / Todas as quintas-feiras de abril (08,15, 22 e 29/04), 22 horas / Tom do Sabor (3334-5677 / 3331-3300) / R$ 15
Pára o mundo que eu quero descer!
ResponderExcluirhttp://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/04/07/versao-do-festival-de-woodstock-chega-ao-brasil-em-outubro-916273383.asp
Rapaz, esse blogzinho é xuxú-beleuza.
ResponderExcluirhttp://johnnylove-fuzztone.blogspot.com
Malcolm McLaren: Blood, spit and tears as the punk provocateur dies
ResponderExcluirhttp://www.guardian.co.uk/music/2010/apr/08/petridis-mclaren-punk
Terremotos, chuvas, enchentes...
ResponderExcluirMais as vezes chegam boas notícias, obrigado Oswaldo por me dar as boas novas!!
PREACHER! PREACHER! PREACHER!
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cinema/exclusivo-produtor-fala-sobre-o-filme-de-preacher/
é nei bahia. malcom mclaren é uma merda mesmo. do caralho mesmo é foo fighters, samhop e rupillez
ResponderExcluirparabéns moçada !!! é isso, vamos difundir a música boa pelas terras de cabral...
ResponderExcluirabraços bira bossa jazz (sp)
ps: esse é o grupo musical do Bira (sexteto do jô)
email: shows@birabossajazz.com.br
Não sei nem quero saber a origem do trauma de nei bahia contra os Sex Pistols.
ResponderExcluirDesde que ele me foi apresentado por Sergio Cebola em 1994, a primeiríssima coisa que ouvi o sujeito falar foi um resmungo cheio de ressentimento e ódio PESSOAL contra os cinco integrantes, mais o MM.
Nunca vi tamanho ódio tão patológico.
Quem me conhece é testemunha de que, por mais que eu abomine O SOM de certas atrações musicais, eu nunca alimentei nenhuma ojeriza em termos pessoais a ponto de festejar a morte de alguém que nunca fez nenhum mal tão grave.
os próprios Pistols, as maiores vítimas da roubalheira das maquinações dele, também não comemoraram o falecimento.
John Lydon (que o processou judicialmente pelo roubo dos direitos, nome e dinheiro) também lamentou a morte de Malcolm e disse que ele vai deixar saudades.
nei bahia é um caso clínico a ser tratado.
Malcolm McLaren
ResponderExcluirLá se foi o belo maldito: o Grande Manipulador, o Mestre do Cinismo, o Rei da Farsa, Professor da Pilantragem, Gênio do Oportunismo. Picareta, Vigarista, Safado. Tudo em maiúsculas, porque ele merece. Eis o homem que matou toda inocência e ingenuidade na Cultura Pop. O ex-estudante de arte que catapultou o talento de Vivienne Westwood como Estilista do Século e que ensinou a Johnny Rotten tudo sobre Guerrilha Cultural, Dadaísmo, Situacionismo. O parasita da Última Grande Revolta Juvenil chamada PUNK.
Até que o moleque de rua se tornasse um ídolo das multidões de esfarrapados e aprendesse com ele como sobreviver na traiçoeira indústria do Entretenimento.
Malcolm McLaren foi o pior empresário do mundo, mas foi o Melhor Promotor Artístico da História e o Mais Revolucionário Agitador Cultural de Todos os Tempos. Ele quebrou todos os paradigmas, inverteu todos os conceitos e virou de cabeça pra baixo muito da nossa visão de mundo.
Ame-o. Odeie-o. Senhoras e senhores, anjos e demônios: este cavalheiro inglês judeu merece tudo: aplausos, vaias, flores e cusparadas. Alías, foi ele quem promoveu a atitude de CUSPIR, trouxe a Realidade para a Arte, mostrou como tirar vantagem de todas as desvantagens e tornou todos os defeitos um mérito. Inclusive ser músico de sucesso sem saber tocar. Até mesmo ser feio, sujo, podre, fedorento e maltrapilho. "Seja agressivo, seja desagradável, seja tudo o que essa sociedade odeia."
Sim, foi ele que usou a rebeldia dos outros para levar a garotada pelo bico, fazendo-os comprar o que ele quisesse: “A idéia é levar ao extremo o desejo dos filhos de contrariar seus pais. Portanto, se no Rock n Roll os adolescentes compram os discos que os velhos odeiam, vamos investir tudo na tática do ódio. Chegaremos ao ponto de paroxismo em que os próprios pais comprarão os discos só para queimá-los. Ficaremos ricos vendendo discos que ninguém ouvirá, promovendo uma banda que a maioria odeia.”
No lance máximo de cinismo, ele lançou o filme A Grande Trapaça do Rock n Roll, onde explica passo a passo como se aproveitar da própria hipocrisia da indústria do entretenimento, principalmente os golpes de marketing para conquistar a mídia.
Numa cena, ele se deixa filmar ditando á sua secretaria uma carta para todos os órgãos da imprensa musical.
“Prezados senhores da revista BillBoard: É intolerável que um veículo respeitável e prestigioso como o de vocês possam continuar dando espaço a essa banda abominável chamada Sex Pistols, e toda essa aberração da sociedade que são os punks. Por favor, retirem esses monstros de sua pauta, pois eles são a pior má-influência para nossos filhos.”
"O público consumidor de rock é uma massa de crianças fúteis e vazias, querendo mudar o mundo mas sem saber como.
NINGUÉM mais compra discos por causa da música --- mas pela imagem pública dos músicos. Crie a imagem mais conveniente para o momento, e a multidão lhe seguirá para onde você a mandar. Como um rebanho de ovelhas obedientes que acreditam estar sendo rebeldes."
Malcolm McLaren
1946 - 2010
RIP