Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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terça-feira, março 30, 2010
NUNCA É TARDE PARA FALAR DE ALEX CHILTON E O BIG STAR
Alex Chilton, praticamente um desconhecido no Brasil – que dirá na Bahia –, era o líder da cult band americana Big Star e um dos heróis deste peão das palavras que vos escreve.
Ele morreu no último dia 17, em um hospital de Nova Orleans, onde vivia há alguns anos.
A banda que fez sua fama vinha de berço nobre: Memphis, um dos nascedouros do rock 'n' roll, terra de Elvis Presley.
O Big Star nunca alcançou o sucesso comercial enquanto existiu, entre 1971 e 1975. Lançou apenas três álbuns – todos clássicos: # 1 Record (1972), Radio City (1974) e Third / Sister Lovers.
Este último, depois dos fracassos de vendas dos dois anteriores, foi recusado pela gravadora, sendo lançado somente em 1994 – depois que todo o rock alternativo americano e inglês já havia se rendido à genialidade que poucos compreenderam nos anos 70. Em 2005, com novos membros, lançou In Space – que poucos ouviram.
Beatles + Who + Byrds
Uma piada sobre o Velvet Underground diz que pouquíssimas pessoas assistiram o grupo ao vivo enquanto ele existia, mas que quase todo mundo que foi a um show montou uma banda depois.
O mesmo nível de influência pode ser dito do Big Star.
Entre as bandas obviamente influenciadas pelo Estrelão pode-se citar: R.E.M., Teenage Fanclub (praticamente um Big Star 2), Lemonheads, The Replacements e todas as bandas do chamado power pop – movimento que sequer existiria sem o Big Star.
Na Bahia, podemos citar como influenciados (mesmo que de forma indireta): Cascadura, The Honkers, Pessoas Invisíveis, Berlinda e Brinde.
Uma pena que poucos na nova geração, pelo menos aparentemente, conheçam um trabalho tão encantador e fundamental como o desta banda, que conseguia fundir, de forma única, as melodias perfeitas dos Beatles, as guitarras faiscantes do The Who e as complexas harmonizações vocais dos Byrds.
No cenário do rock atual, devastado por uma tosquidão sem precedentes, a garotada teria muito a aprender ouvindo esta banda. E aí, galera, vamos comer Alex Chilton e o Big Star?
Ouça: www.myspace.com/bigstarband
Mais um que subiu no telhado.
ResponderExcluirRIP Dick Giordano.
http://www.universohq.com/quadrinhos/2010/n29032010_01.cfm
Perfeito, Chico. vale a pena citar também o Wilco, principalmente no cd Summerteeth, e antes ainda, na canção Misanderstood, do Being There, como um dos infuenciados pelo Big Star. Lembro agora também daquela banda deliciosa (em qualquer sentido) dos anos 80, The Bangles, que regravaram September Gurls, numa versão muito boa: http://www.youtube.com/watch?v=QL67lMDNzp0
ResponderExcluirAgora mr. Chilton volta a se encontrar com seu parceiro Chris Bell seja lá onde for...good trip...
Uma boa notícia, para variar...
ResponderExcluirAMC aprova seis episódios de Os Mortos-Vivos
http://www.universohq.com/quadrinhos/2010/n30032010_01.cfm
O canal AMC é o mesmo das elogiadíssimas séries Mad Men e Breaking Bad.
Essa última já tive a oportunidade de ver a primeira temporada e é do caralho, mesmo. É sobre um professor de química, homem de família, que descobre que só tem seis meses de vida. Para deixar uma grana boa para mulher e filhos, resolve fabricar metanfetamina (crystal meth) num laboratório improvisado para passar adiante no mercado dos viciados locais. Claro que dá tudo errado.
Nessa série também descobrimos o que acontece quando se tenta dissolver um corpo em ácido dentro de um recipiente não-adequado.
Tem na locadora das três letrinhas. Recomendo.
Possa crer, Cebola. Até tenho esse vinilzinho das Bangles tb, é uma regravação de responsa. E o Wilco, como poderia me esquecer do Wilco? Enfim, a influência desses caras tem muito mais alcance do que a gente imagina....
ResponderExcluirhttp://en.wikipedia.org/wiki/Big_Star,_Small_World
Eu já falei por aqui que George Romero é o cara?
ResponderExcluirEu já falei por aqui que Diário dos Mortos (já disponível em DVD), penúltimo filme do mestre é um dos melhores da década?
Eu já falei por aqui o filme novo dele, Survival of The Dead, periga ser ainda melhor que o Diário?
http://www.omelete.com.br/cinema/survival-dead-assista-ao-bom-trailer-final-do-novo-filme-de-george-romero/
Acho que já, né?
Mas se não disse, tá falado!
(Detalhe: por favor, não me confundam com a molecada geração zombie walk que entrou na onda zumbi nos últimos dez anos. Assisti Dia dos Mortos em VHS em 1986 e desde então...)
Ah, por favor: nada contra a onda zumbi recente. Dela saíram filmes sensacionais, como Madrugada dos Mortos, Todo Mundo Quase Morto e o próprio resgate de Romero, com Terra dos Mortos, além de toda uma onda de outros produtos ótimos, como as séries de HQ Os Mortos-Vivos (de Robert Kirkman) e Zumbis Marvel, além de Orgulho e Preconceito e Zumbis (aguardem resenha), entre outros.
ResponderExcluirSó não sou de embarcar nos oba-oba da vida.
Chicão, só vi seu texto agora. Com certeza tanto Honkers, quanto a Pessoas Invisiveis devem a Alex Chilton. Sempre gostei muito dele, e fiquei muito triste quando soube da morte do mesmo.
ResponderExcluirOuvi muito Big Star, e nesse momento por pura coincidencia, estou ouvindo...
abração
Bruno C. - PI/Honkers
Oxi, e eu num tô ligado? ;-)
ResponderExcluirPor isso mesmo as citei no texto!
Grande abraço, Brunão!