Pet Shop Boys renovado
Representação mais visível e de maior sucesso do synth pop inglês da década de 80 para cá, a dupla Pet Shop Boys, formada pelo vocalista Neil Tennant e pelo tecladista Chris Lowe, é uma velha conhecida dos fãs brasileiros. Em Yes, seu décimo álbum de estúdio, o duo aparece a vontade, fazendo o que sabe melhor: um tecno pop de classe, que cai bem tanto na pista de dança quanto nas rádios que ainda tocam música razoável. Na verdade, Yes tem sido saudado pela crítica estrangeira como seu melhor álbum em muito tempo – desde Very, de 1993. Após alguns anos envolvidos em pesquisas com ritmos latinos e até mesmo em projetos grandiosos, como a criação de uma trilha sonora para o clássico filme russo O Encouraçado Potemkin (1925) , além de álbuns ao vivo, Tennant e Lowe parece mesmo ter voltado as raízes no novo CD, como atestam faixas como Love Etc. (o primeiro single), Did You See Me Coming?, Vulnerable e Beautiful People, que remetem aos bons tempos de álbuns como Actually (1987) e Introspective (1989), seus maiores clássicos.
Yes
Pet Shop Boys
EMI
R$ 29,90
www.petshopboys.co.uk
Cordel para o vexame no TCA
Em agosto de 2007, o Seminário de Audiovisual da Bahia foi abalado por um tremendo rebu: em pleno palco do Teatro Castro Alves, o mais venerável crítico de cinema do jornalismo baiano, o professor André Setaro (foto), foi escandalosamente achincalhado pelo cineasta Edgar Navarro. Motivo: alguns dias antes, o crítico havia classificado os cineastas baianos como mendigos do estado. Inspirado no fato, o jornalista Zezão Castro descreveu o incidente todo em um bem-humorado cordel, subintitulado A peleja de André Setaro com Edgar Navarro em nome da 7ª arte. A venda na Berinjela, Tom do Saber e Mercado Modelo.
Mendicância ou mecenato?
Zezão Castro
Edições Teobroma
R$ 3
zezaocastro@yahoo.com.br
Como assim não tem Men At Work?
Houve um tempo em que as trilhas sonoras de filme de surfe se limitavam a enfileirar ou bandas australianas (e aí tome-lhe Men At Work, Midnight Oil, Hoodoo Gurus e Spy Vs. Spy) ou bandas de HC (Millencolin, Pennywise, Bad Religion). A trilha do filme brasileiro (com título em inglês) Surf Adventures 2 não segue nem uma maré nem a outra, ficando a meio caminho entre o bicho-grilismo declarado e a contemporaneidade – com resultados desiguais. Direto de Arembepe (ou Saquarema ou Ubatuba), o CD oferece Novos Baianos (Tinindo Trincando), Erasmo Carlos (Meu Mar, dele e de Robertão, belíssima), Jorge Mautner (Maracatu Atômico, genial) e Moraes Moreira (Meiufiu). Pegando uma onda nova (ops), há ainda Los Hermanos (A Flor), Mombojó (Deixe-se Acreditar), Nação Zumbi (Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada). Quem tá totalmente de haole aqui é a banda paulista Hurtmold. Vaca neles. Em águas internacionais há Sly & The Family Stone, Grateful Dead, Allman Brothers e Santana. Tirando o último, chatérrimo, todos pegam altos tubos.
Surf Adventures 2
Vários artistas
Som Livre
R$ 24,90
www.somlivre.com
Machado e Barreto em HQ
Uma verdadeira febre tomou conta dos autores de quadrinhos brasileiros nos últimos anos: as adaptações de obras literárias, especialmente de clássicos nacionais. A iniciativa é vantajosa para todos. Para os quadrinistas, é uma forma de se manter no mercado profissional. Para as editoras, é uma forma de driblar a crise, já que essas adaptações são muitas vezes, adquiridas em grandes quantidades pelo MEC, que os distribuem pelas bibliotecas públicas. E para os jovens leitores, é uma forma atraente de descobrir a boa literatura. Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) e O triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto) são as duas mais novas adaptações para HQ a chegar nas livrarias.
Memórias Póstumas / Policarpo Quaresma
Assis / Barreto / Seabra / Vilachã
Escala Educacional
R$ 19,90 (cada)
www.escalaeducacional.com.br
Roqueiros do Acre fazem DVD ao vivo
Se o rock brasileiro dos anos 80 revelou bandas de Brasília e Rio Grande do Sul, e o dos anos 90 foi de Pernambuco e Minas Gerais, os anos 00 se notabilizaram pelos grupos de estados ainda mais a margem do eixo Rio-SP, como Mato Grosso, Pará e Acre. Neste antigo território adquirido da Bolívia, a ponta de lança do movimento roqueiro local é a banda Los Porongas, formada por Diogo Soares (voz), João Eduardo (guitarra), Márcio Magrão (baixo) e Jorge Anzol (bateria). Após lançar no ano passado um elogiado CD de estréia produzido por Philipe Seabra (da banda Plebe Rude), a rapaziada, hoje residente em São Paulo, lança agora um bem produzido DVD ao vivo, pelo projeto Toca Brasil, do Itaú Cultural. Para Quem ainda não conhece, o vídeo é uma boa introdução ao grupo, que faz um rock um tanto introspectivo e carregado das pretensões poéticas de um vocalista intenso. Nem sempre a banda acerta, mas aqui e ali há bons momentos, como Lego de Palavras e Enquanto Uns Dormem. João Eduardo é o destaque, demonstrando inteligência ao encontrar soluções melodiosas e pouco convencionais com sua guitarra.
Toca Brasil
Los Porongas
Senhor F / Itaú Cultural
R$ 22
www.myspace.com/losporongas
A gaúcha da voz rouca
Nascida em Pelotas, Luciana Pestano chamou a atenção da crítica quando lançou seu primeiro CD (autointitulado) em 1997. Sua voz meio rasgada e o repertório 100% autoral do álbum também chamou a atenção de Herbert Vianna, que a convidou para tocar gaita e cantar com ele no seu CD solo O Som do Sim (2000), na faixa Eu Não Sei Nada. A parceria deu certo e logo o Paralama começou a produzir o que viria a ser o segundo disco da moça. O trabalho foi interrompido quando o Paralama sofreu o grave acidente de ultraleve que matou sua esposa. O trauma deixou Luciana em crise e ela resolveu abandonar a música, passando a trabalhar com fotografia. Como o tempo – e o incentivo dos amigos – curam tudo, a cantora resolveu voltar ao estúdio de gravação, retomando o trabalho de onde havia parado. O resultado é este Tigra, um CD de resultados irregulares, mas interessantes – graças a sua bela voz, algumas boas composições e a músicos como o guitarrista Júnior Tostói, que dá o peso necessário a faixas como Dia Zen e Tigragem. E Vianna comparece em Entre Você e Eu.
Tigra
Luciana Pestano
RM 2 Entretenimento
R$ 24,90
www.myspace.com/lucianapestano
Passando aqui só pra desejar uma boa noite a todos,
ResponderExcluirhi arigato kosaima, wantawakui!
kono hagê
konitwa!!!
Concordado, esse dos pet shops é bem legal!
ResponderExcluirMenino Spencer, só hj (terça, 05.05) vi seu comentário no post do manguebeat.
ResponderExcluirEu tô na área, irmão. Sempre. É só gritar. Abração e obrigado pelos elogios!..
Chicão!
ResponderExcluirPostei hj (05/05) lá no blog uma entrevista com Minêu, aquele cartunista q te apresentei lá no Groove Bar, lembra?
Se puder, dê uma conferida!
Abs.
Falou, Mirdad! Vou lá conferir.
ResponderExcluirchicão, quando falei nos comments do post anterior que hoje existe uma quantidade inedita de boa musica sendo feita hoje,tem duas coisas aí para ficarem esclarecidas:
ResponderExcluirum,tem muita coisa legal porque nunca teve tanta produção. e dois , mas não tem nada fantastico e original(no sentido de criatividade). hoje a variedade de estilos é imensa e a produção quantitativa é asombrosa.o rock não morreu, longe disso, da pra curtir um monte de banda legal, mas o pico criativo do genero ficou pra tras.
Aaaaaahhh, sim. Aí concordamos, Braméuris. Tô contigo e não abro, malandragem!
ResponderExcluirDISCORDO!!
ResponderExcluirQuando não há nada, as explosões se expandem até o infinito!
Não pode existir relação entre chegar primeiro e criatividade, mais acaba acontecendo do imaginário dos rockeiros, que são por natureza espiritos de porco pra caralho.
Oswaldo e chico, que tál um podcast com esse mote?
Estou às ordens!!
Nem vou longe. Direto de janeiro de ....2009: 'Merriweather Post Pavilion' do Animal Collective. E' fantástico e bastante original :) Um dos videos ta' la' no CCR.
ResponderExcluirnei bahia...como é que é???!!!
ResponderExcluirRecuperei o que a Uncut disse sobre o album do Animal Collective: "It’s a rare contemporary album that sounds like it couldn't have been made at any other time or by any other band." O AC é especial mas não é o unico da lista - ô Chico, tenta ouvir o TV On The Radio de novo. Da' até pra fazer um especial de novas bandas que "soam como nenhuma outra em nenhum outro tempo".
ResponderExcluirOu seja, vocês é que estão ficando velhos :)
http://rs517.rapidshare.com/files/189458957/Animal_Collective_-_Merriweather_Post_Pavilion__2009_.rar
ResponderExcluir;)
hahaha marcos.tem uma galera que acha que o animal collective ficou "comercial" depois de strawberry jam.comfy in nautica do panda bear deu pra mim, bom os 15 min. iniciais, depois não tão bom quanto alguns progs e krauts. para se ter ideia de como estão os tempos pos-pos modernos,(ou pos-pos punk em musiquês), nova discussão entre os criticos formadores de opinião, o novo do sonic youth, the eternal, suscitou uma onda de detonação depois que simon reynolds elogiou o bicho no seu blog no guardian. a coisa toda reverbera no seu( la dele!)blissblog
ResponderExcluirhttp://blissout.blogspot.com/
uma festa para quem gosta de citações e analogias obscuras no universo pop, ou uma completa perda de tempo , a depender do ponto de vista. quem diria, o sonic youth sendo considerado uma especie de classic rock.como ja disse uma vez o wonder stuff (so presta o titulo e a "ideia"):welcome to the empty seats.
é até interessante esta busca pelo q se está produzindo de “novo” na atualidade, mas... q é complicado é sim.
ResponderExcluirse há quatro anos o "novo" rock era calcado no post punk inglês; o "novo" rock de 2008/9 bebe na fonte da sonoridade das synth bands dos anos 70 e 80.
e a impressão que fica é q essa busca pelo “novo” sempre resvala para uma originalidade de aráque. frente ao que fizeram o joy division, echo & the bunnymen, bauhaus e cure (1ª fase) lá no final dos 70/início dos 80; o “novo” rock que se fez em 2004/5 (the killers, interpol, arcade fire, etc), lembrava em muito a onda dark dos 80 sem o existencialismo e sem conteúdo. apenas caprichavam no figurino up to date e carregavam na maquiagem.
mês passado fiquei um bom tempo escutando essas coisas recentes e, sinceramente, senti até saudades da “originalidade” de gary numan, do soft cell, do human league e até, pasme, do flock of seagulls... e não dá nem pra comparar com os alemães do can, do kraftwerk ou mesmo um giorgio moroder porque aí seria uma puta covardia. pô, esses caras tinham mais molho e não tiravam tanta onda assim.
e como ninguém dá mais importância a libertines, the bravery ou bloc party, com certeza daqui a 4 anos ninguém vai lembrar destas novidades de agora. então, o q parece mesmo é q a evolução do "novo" rock saiu do post punk dos 80´s, caminhou para o som alemão e não demora no futuro vamos achar, mais uma vez, que clones de elvis e jerry lee são as coisas mais originais da música pop. o q não deixaria de ser verdade.
e enquanto a busca pelo “novo” inebria a mente da garotada, o rock agoniza no leito de morte. até que de lá das catacumbas vem um veáco como leonard cohen, ou dylan, ou neil young ou j j cale e salva a pátria e dá até um “novo” fôlego para as publicações voltadas à musica pop.
colé, osvaldo, tu tá pensando o q? é claro q a esta altura do campeonato o sonic youth é considerado rock clássico. afinal, os caras têm quase 30 (trinta !) anos de carreira e já é uma banda de coroa, middle of the road. e periga a kim gordon já estar fazendo reposição hormonal com o elsimar coutinho de lá de manhattan...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirShow da Estrada Perdida, IV de Marte e convidados na reinaugaração da Rock Sandwich (Rua Maragojipe - Rio Vermelho - em frente ao Colégio Manoel Devoto). O ingresso custa 5,00 e começa as 21h do dia 08 de Maio (sexta-feira).
ResponderExcluirah, essa agonia de saber o que é o novo e original ou que vai durar pra sempre, ou que vai sumir na próxima encruzilhada...confesso que sou meio assim também...No fundo é continuar ouvindo, ouvindo muito e com atenção. Hoje ta mais fácil e, por isso mesmo, mais difícil, mas no fundo no fundo, a gente so tem certeza mesmo uns bons anos depois, do que foi que realmente importou para o mundo. Para o nosso quarto essa certeza vem mais rápido...e pode ir mais rápido ainda. Vejam so: Quando, lá nos 80, eu ouvia coisas como echo, cure, smiths, aztec camera, prefab sprout, etc, falavam muito de que essas bandas seriam moda passageira, coisa de ingles metido e coisa e tal...Bom, algumas foram até, mas muitas se tornaram "clássicos" e "referências" passados alguns anos.
ResponderExcluirO novo saco de pancadas dos modernos e clássicos é o indie. Pois, nos anos 80/90 era o pós-punk, eu sei porque eu estava la defendendo eles, como se precisassem disso. Não precisavam. Lembro de uma galerinha dizendo: Porra cebola, vc gosta de rock-gay??(!!!!)!! Tipo isso aí. Depois o rock-gay virou indie, o indie virou rock-triste, o rock triste, foi descoberto, não possuia sexo, e agora os mantenedores da causa cacete-em-riste cospem na geração indie, que era o rock-gay...e assim por diante...
Mas relax, meu povo. Como dizem que vaso ruim não quebra, me parece que o rock é o pior vaso ja surgido na história louca deste mundo engraçado.
VALENTINA ESTÁ MORTA!
ResponderExcluir#1982 - +2009
Valentina morreu e as lembranças voltaram.
Tira o vestido do armário e retorna.
Novo Single:
O retorno dos malditos
http://www.myspace.com/167094255
BEM VINDO AO INFERNO!
Bom, O Iguana fez um disco de jazz baseado no escritor francês Michel Houellebecq e até gravou Autumn Leaves (!). Pra mim esse foi um dos atos recentes mais significativos do que esta' acontecendo com o rock. E' claro que tudo isso ta' muito bem prenunciado la' no PIL. Veja a letra de FFF. E isso ai. O rock morreu (de novo). Viva o rock.
ResponderExcluirCebola, que porra é "indie"?
http://clashcityrockers.blogspot.com/2005/05/que-porra-indie.html
"I just got sick of listening to idiot thugs with guitars banging out crappy music"
ResponderExcluirIggy Pop
jovens, envelheçam! hahaha
ResponderExcluirGLAUBER
man, sei la! Mas como vc disse que era o túmulo do rock, achei que saberia ;) mas sério, é o mesmo q dizer que é rock...diz muito e não diz muita coisa ao mesmo tempo.
ResponderExcluirQuanto ao Iggy, é igualzinho, diz muita coisa e não quer dizer nada...Por que ali ao lado tem um tal de neil young num disco de guitarras garageiras quase funky, um dylan absoluta e deliciosamente retrô, um j j cale sendo jj cale como sempre, so pra ficar nos citados por miguelito koyote...
loucura...o que vem por ai??!!
a propósito, marcos, aquele lance ta de pe??
ResponderExcluirRock é caos. Se fosse ordem, não seria rock.
ResponderExcluirA propósito, Cebola, Marcos me disse que o lance tá pé, sim.
ResponderExcluirEle só está esperando sua posição.
Tchóóóim!...
(Marquinhos, me desculpe, mas Cebola levantou, eu não resisti e cortei mesmo)....
haaaaaahahahahahahaha
ResponderExcluirGLAUBER
tomara q tu sonhe a semana inteira com boy george garrado em seu saco escrotal e cantando babaluuuuu...e não rime!
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