CD abre-alas da da geração manguebeat revelou talentos de Chico Science & Nação Zumbi para o mundo
A primeira vez que o Brasil ouviu falar em manguebeat foi em março de 1993. Uma nota na saudosa revista Bizz anunciava: "Da lama para a fama – Recife inventa o mangue-beat".
Naquele primeiro momento, com os ouvidos planetários afogados pelos tsunamis do grunge e do funk metal, é lícito dizer que quase ninguém – fora de Recife – deu muita bola para aquela galera de chapéu de palha e pinta de estudante de comunicação.
A imprensa nacional, depois da dica, contudo, voltou-se para Pernambuco, para saber o que, de fato, estava acontecendo por lá. Logo, diversos veículos de comunicação começaram a apontar o movimento recifense como a grande novidade musical da década.
Naquele mesmo mês de março, a MTV apresentou um especial com Chico Science & Nação Zumbi. Em abril, o agitador cultural Paulo André Pires organizou a primeira edição do festival Abril Pro Rock, que ainda acontece todos os anos até hoje.
Em julho, após alguns shows na cidade-natal e apenas uma única apresentação em São Paulo e outra em Belo Horizonte, Chico Science & Nação Zumbi foram contratados pela major Sony Music.
Mais ligeiro do que se pronuncia “afrociberdelia“, a gravadora enfurnou o grupo no histórico estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, sob o comando do experiente produtor Liminha – uma escolha que, mais tarde se revelaria equivocada.
O ex-baixista dos Mutantes, um craque na gravação de bandas mais tradicionais, nunca entendeu muito bem a essência do som da banda, baseada nos tambores de maracatu, nas levadas funky do baixista Dengue e nos riffs pesados do guitarrista Lúcio Maia, ambos dois dos melhores instrumentistas de sua geração.
De um modo ou de outro, em janeiro de 1994, o LP, intitulado Da Lama Ao Caos, já estava finalizado. O lançamento, contudo, só se deu em abril daquele ano. Como tudo o que é muito novo e arrojado, o som da CSNZ não foi assimilado logo de cara, nem pela crítica, nem pelo público.
Além da estrutura oferecida pela major, que incluiu clipe (A Cidade) em alta rotação na MTV e música (A Praieira) em trilha sonora de novela da Globo, e, consequentemente, tocando em algumas rádios, os shows de lançamento que a banda começou a fazer Brasil afora não deixaram dúvidas: Chico Science & Nação Zumbi, ao vivo, eram a experiência mais poderosa que se poderia ter diante de uma banda tocando em cima de um palco.
Se, no disco, o som do grupo parecia padecer de uma certa inanição (ah, Liminha!), no show, a banda crescia sobre a audiência de forma avassaladora, sem deixar espaço para hesitações, tédio ou incertezas: era ouvir, ver e chapar geral.
O resto, com a subsequente consagração a partir do segundo álbum, o bem melhor resolvido Afrociberdelia (1996) – produzido por Bid –, e a trágica morte de Chico em fevereiro de 1997, após um acidente de carro, é história.
O legado que Chico Science e seus companheiros da Nação Zumbi, Mundo Livre SA e outros membros da gangue, como Renato L. (co-autor do manifesto Caranguejos com Cérebro e hoje Secretário Municipal de Cultura do Recife), Hélder Aragão (o DJ Dolores), H.D. Mabuse e outros deixaram é imenso.
A cena musical recifense, até então adormecida, ainda hoje é uma das mais ricas do Brasil. Já há até bandas que renegam o movimento, como aquelas ligadas ao grupo Coquetel Molotov, responsável por organizar um badalado festival anual.
Na Bahia, até Daniela Mercury pegou uma carona, incorporando A Cidade ao repertório do seu show durante algum tempo.
A propósito, a Sony Music anunciou que vai relançar em discos de vinil uma série de 40 álbuns de estreia. Da Lama Ao Caos é um deles, ao lado de Engenheiros do Hawaii, João Bosco e Vinícius Cantuária.
faixa a faixa
{ 1}Monólogo ao Pé do Ouvido
Em uma intro climática, quase grandiloquente, Chico apresenta a proposta estético-política do Manguebeat: “Modernizar o passado / é uma evolução musical / Cadê as notas que estavam aqui? / Não preciso delas / Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos / O medo dá origem ao mal / O homem coletivo sente a necessidade de lutar / (...) / Viva Zapata! Viva Sandino! Viva Zumbi! Antônio Conselheiro / Todos os Panteras Negras / Lampião, sua imagem e semelhança“.
{ 2}Banditismo Por Uma Questão de Classe
Lúcio Maia apresenta seus riffs matadores. O Maracatu – inebriante – toma conta do ambiente. A letra aprofunda a visão romântica de Chico acerca do banditismo por causas sociais.
{ 3}Rios, Pontes & Overdrives
O Recife visto pela ótica do mangue: “impressionantes esculturas de lama“.
{ 4}A Cidade
Um dos hits do disco, de letra forte, marcante.
{ 5}A Praieira
O 2º hit de refrão genial: “uma cerveja antes do almoço / é muito bom pra ficar pensando melhor“. Trata da Revolução Praieira pernambucana (1848): “Vou lembrando a Revolução“.
{ 6}Samba Makossa
Lúcio Maia, o versátil, e o frescor da guitarra africana, high life. “Vamos todos celebrar!“.
{ 7}Da Lama Ao Caos
Chico chega à conclusão definidora do Mangue: “Que eu me organizando / posso desorganizar“. E vice-versa.
{ 8}Maracatu de Tiro Certeiro
A neurose urbana está afetando Chico: “Não encosta em mim / que hoje eu não tô pra conversa“. Uma faixa tensa.
{ 9}Salustiano Song
Lindo instrumental viajandão, cortesia de Lúcio Maia.
{ 10}Antene-se
Chico e sua profissão de fé: “Sou! Sou! Sou! Mangueboy!“
{ 11}Risoflora
A declaração sincera de um caranguejo apaixonado.
{ 12}Lixo do Mangue
Um segundo instrumental.
{ 13}Computadores Fazem Arte
A faixa de Zero Quatro, profética.
{ 1}Côco Dub (Afrociberdelia)
A pré-visão do que estava por vir.
Da Lama ao Caos
Chico Science & Nação Zumbi
Sony Music
R$ 12,90
www.nacaozumbi.com.br
ENTREVISTA: FRED ZERO QUATRO
“O movimento queria botar Recife no circuito”
Um dos idealizadores do movimento Manguebeat fala sobre os primórdios e o presente da cena
Apesar de, quando se fala em Manguebeat, o primeiro nome que vem a mente ser mesmo o de Chico Science, pode-se dizer que Fred Zero Quatro era como a eminência parda do movimento. Na ativa com sua banda Mundo Livre S.A. desde 1984, foi da cabeça dele e de Renato L. (de Lins) que nasceu o manifesto que estabeleceu as diretrizes do Manguebeat, Caranguejos com Cérebro (1992).
Jornalista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fred nasceu em Jaboatão dos Guararapes (Região Metropolitana do Recife) em 11 de julho de 1965, no seio de uma família classe média. No início dos anos 80, influenciado pelo punk rock, funda sua primeira banda, Trapaça.
Mais tarde, apaixona-se pela batida única do violão de Jorge Ben. Com seus irmãos, forma a Mundo Livre S.A., onde amadurece sua veia lírica ácida. No início, ninguém no circuito intelectual / artístico pernambucano entende sua proposta de aliar o cavaquinho do samba e a guitarra do rock.
Aclamada pela crítica e com um público fiel em todo o Brasil, a banda segue firme e forte na independência, já com sete álbuns em uma carreira que se caracteriza pela coerência artística.
Desde o primeiro, o clássico Samba Esquema Noise (1994) até o mais recente, Combat Samba - E Se a Gente Sequestrasse o Trem das Onze? (2008), é possível perceber a sua veia cronista das realidades sociais e sentimentais de um País, um continente (América do Sul) e uma cidade (Recife) em constante convulsão social.
Quinze anos depois do lançamento do Da Lama Ao Caos, como você vê o desenvolvimento da proposta do movimento manguebeat? Ainda existe um movimento?
Fred Zero Quatro | Tem uma música nova que vamos gravar mês que vem (Ela é Indie), que diz: "ninguém entende um mangueboy". Entre outras coisas que são difíceis de assimilar, por parte de vários setores da imprensa e até do público, é que é dificil definir o que é um mangueboy. Quando você pergunta se ainda existe um movimento, isso vem do que você qualifica como mangue. O que havia era uma movimentação que queria colocar Recife no circuito cultural e, com isso, injetar energia na lama, reenergizar a cidade, colocá-la no circuito das ideias. Nesse sentido, a cena está mais viva do que nunca. Claro, dentro desse cenário atual de desconstrução da indústria fonográfica, onde há toda uma tentativa de se construir um novo modelo de indústria de entretenimento e tudo isso mexendo com a cadeia produtiva. O Abril Pro Rock está aí, com várias atrações locais. Então você tem uma noite sem grandes atrações nacionais que atrai 4 mil pessoas. Tinha o Volver, Johnny Hooker, o próprio Mundo Livre S.A. Houve uma renovação de público também, a nossa foi uma noite "sub-17", como chamou a imprensa local. Temos feito shows em todo o Brasil, e eu vejo muito moleque novo com idade para ser meu filho na platéias. Tem também o (Festival) Coquetel Molotov, com bom público para uma proposta bem alternativa, o carnaval multicultural com o (Festival) Recbeat... Essa própria noção de diversidade que era um dos fundamentos de nossa proposta está consolidada. Hoje, o Renato L (co-autor do manifesto Caranguejos Com Cérebro) é o Secretário Municipal de Cultura. Na verdade, eu é que fui convidado, mas não pude assumir e indiquei o Renato.
Qual a maior qualidade e o maior defeito do disco em si? Lembro que o Liminha foi muito criticado na época...
FZQ - Chico tinha uma outra ideia, né? Eles queriam o (Arto) Lindsay na época, mas aí, quando você entra numa major como a Sony, você entra numa linha de montagem e tem que cair na real muito rápido, é meio brutal. Liminha não era o produtor ideal, isso é uma ideia consolidada – sem negar a experiência e a competência do cara. É uma questão de afinidade, de identificação. Já com o Lindsay havia isso, ele morou muito tempo no Pernambuco, era familiarizado com os maracatus. Nesse sentido, o disco perdeu. Principalmente para quem já conhecia a porrada que era ao vivo, ficou brochante. Por outro lado, na época, antes de gravar, a banda ainda não tinha um repertório completo, até gravaram uma musica minha (Computadores Fazem Arte) e outras que ele compôs na bucha. No show rolava até Ira! e outras as coisas que gostava. O repertório completo a gente só conheceu mesmo quando o LP saiu. Foi aí que a gente viu a riqueza do que eles criaram, as dinâmicas, as batidas, a variedade de ritmos... Mesmo com o peso diluído, Da Lama Ao Caos ainda é considerado, 15 anos depois, um dos grandes discos do pop brasileiro.
Como vc vê as bandas atuais de Recife que meio que renegam o movimento manguebeat, como a dupla The New Folks (foto ao lado), Volver e outras?
FZQ - Esses caras da Volver são conhecidos por serem bons de marketing, eles são bons em levantar uma polêmica. Lembro que na época, o próprio Chico foi criticado por ter o "Science" no nome, coisas assim. Acaba sendo uma espécie de saia justa, pois com o manguebeat fica difícil você ter uma posição antagonista em relação ao movimento justamente por não ter uma definição muito exata do que é isso. Ele surgiu apoiado no conceito do multiculturalismo, então fica difícil você ser antagônico ao mangue por que quase todo mundo sempre acaba tendo algum legado ou herança dele. O Mundo Livre SA tem 25 anos, e o que existia antes simplesmente... (pára e pensa) Essas bandas seriam ridicularizadas, não teriam público. (Antes do manguebeat) O Mundo Livre S.A. era vaiado aonde quer que tocasse, porque o ambiente era marcado pelo armorial, pelo conservador e tal. Qualquer artista novo tem a obrigação de se mostrar, de buscar um conceito original, uma linguagem própria. Se o objetivo é criar polêmica, não acho que (essa) mereça ser levada tanto a sério. Uma coisa que pouca gente leva a sério, que quase ninguém comenta, é um lance que li em um livro chamado O culto do amador (Jorge Zahar Editores), de Andrew Keen, que é um estudo muito sério e fundamentado sobre as pretensões dessa "revolução" da internet de abolir a distinção entre quem produz e quem consome conteúdo, essa coisa dos blogs e da Wikipédia, de menosprezar a experiência, o expertise, o conhecimento acumulado – e eu vejo pouca discussão sobre isso. Como essa coisa do "jornalismo cidadão", baseado em achismo, em boato... Tem carinhas que tem um blog há um ano e já se acham "A Referência“ em música. É preciso questionar o papel da imprensa cultural hoje em dia, com essa enxurrada de blogs e sites. Alguns blogs criados por meninos que mal saíram da faculdade são de uma arrogância assombrosa.
É “Manguebeat“ ou “Manguebit“? Você prefere bit, né?
FZQ - Na verdade, eu me sinto um pouco responsável pela confusão, por que foi uma coisa deliberada. Depois de amanhã (sexta-feira, 24 de abril) vai ser inaugurado o Memorial Chico Science, do qual sou curador. E eles me pediram uma frase pra a placa, aí peguei um trecho de Manguetown: "vou pintando / segurando a parede do meu quintal / Manguetown". Na época eu achei isso de um brilho, de uma felicidade tão grande, que eu disse: ‘tenho que fazer minha versão disso‘, que acabou sendo (a faixa) Manguebit, também como uma forma de sugerir uma coisa dúbia mesmo, se era uma batida ou algo mais. Mas era ao mesmo tempo uma coisa que trazia a riqueza sonora e também o lance da parabólica fincada na lama do mangue, da informação livre, da tecnologia e tal. Eu já presumia que esse título da música ia gerar especulação, confusão. Até por que, quando o Chico pensou numa cena, ele pensou só em mangue. O “beat“ e o “bit“ vieram depois.
Sua banda faz 25 anos também esse ano. O que você está planejando para marcar a ocasião?
FZQ - No dia 1º de maio embarcamos para fazermos alguns shows nas regiões Sul e Sudeste. Então aproveitaremos a estadia em São Paulo durante alguns dias em maio para gravar um single de duas músicas com o (produtor) Dudu Marote. Se tudo der certo, ele pode produzir o nosso próximo CD inteiro. Já temos até o nome: Durar é Viver. (risos) Espero que saia até o início do segundo semestre. O Paulo André (empresário da banda) já está até negociando com alguns selos estrangeiros da Europa e Estados Unidos.
Como foi o show no Abril Pro Rock, a “noite sub-17“?
FZQ - (Risos). Pô, foi massa, até estreamos ao vivo aquela música nova, Ela é Indie. A recepção da garotada foi muito boa.
Nascido Fred Rodrigues Montenegro, adotou a alcunha Zero Quatro por causa dos dois últimos números do seu RG. Nos anos 80, era um garoto punk que andava de coturnos e camisetas rasgadas pelas ruas do Recife. No final da década, conheceu, através de amigos, Francisco de Assis França, o Chico Science, Jorge Du Peixe e Lúcio Maia, entre outros membros da Nação Zumbi. Montou a banda Mundo Livre S.A. determinado a resolver a equação Jorge Ben + Johnny Rotten = ? É co-autor dos dois manifestos do Manguebeat. Tem fixação por garotas de biquini branco.
Tell me about frustration...
ResponderExcluirOficial: Ediouro rescindiu contrato com a DC Comics
http://www.universohq.com/quadrinhos/2009/n27042009_01.cfm
Chore suas pitangas aqui:
http://www.universohq.blogspot.com/
"mangue beatle" dos new folks diz claramente o que eles pensam. e é bacana. o que me incomodou um pouco, é a sombra dos los hermanos ali. e olha que eu gosto dos hermanos, mas tem uma galera que precisa se livrar da influência, tá demais...parece preguiça!
ResponderExcluirGLAUBER
Menino, Luciano soltou lá no El cabong que vai ter Marianne Faithfull no TCA em agosto!
ResponderExcluirhttp://www.nemo.com.br/elcabong/
Chiquérrimo!
De quebra, ainda tem Mad Professor na Zauber, dia 14 agora.
Conheço um punhado de senhores roqueiros que vão ficar sem dormir com essa notícia da ex-musa dos Glimmer Twins...
ResponderExcluirNé, Márcio, Nei, Cebola, Miguel, Brama, Edu Bastos, Artur, Marcão e cia?
ResponderExcluir;-)
Chicão!
ResponderExcluirComecei hj lá no blog aquele programete de entrevistas q te falei lá no groove. O primeiro a ser entrevistado foi o multiartista Txhelo Castilho. Se ligue q vc será convidado tb, ok? Glauber tb. E mais uma porrada de gente.
Abs!
marianne faithful é um mito dentro do rock, como musa e como artista. ela foi uma pioneira em termos de comportamento, aprendeu de maneira sofrida a se tornar uma cantora relevante, e ao contrario de nico, sobreviveu para contar sua historia. é uma lenda viva de verdade.seu ultimo disco, easy comes easy goes é excelente, e conta com participações de varios artistas, como keith richards, nick cave e jarvis cocker.todo mundo pagando pau ( alguns bem outros mal) para a senhora cheia de fé.
ResponderExcluirnossss, finalmente algo que IMPORTA em sarvador meu amor bahiiiaaaa. Aleluia!!
ResponderExcluirserá mesmo???
ResponderExcluirGLAUBER
Glauber, já houve até um comunicado oficial da assessoria do TCA, a cargo do próprio Luciano Matos. Se der para trás, aí o Teatro precisará emitir outro comunicado informando.
ResponderExcluirMas a coisa é quente mesmo, apesar de as datas no Brasil ainda não constarem no myspace e no site da moça. Com o Mudhoney foi assim tb, lembro.
Vai rolar...
Tenho dormido bem, Chico :) Todo o respeito ao trabalho da Marianne Faithfull, que, de fato, ja' foi parte da minha trilha sonora.
ResponderExcluirMas se é pra escolher uma musa nos dias que correm, sobretudo nessa linha jazzy cabaret, fico com a Charlotte Gainsbourg. Em Agosto, no entanto, devo estar numa das poltronas do TCA.
Aproveito pra dizer que tem banda nova la' no CCR. E' inglesa e é de Manchester ;)
http://clashcityrockers.blogspot.com/
marcos, marianne se encaixa na categoria de mito, quando FOI musa dos 60, e a historia de vida dela realmente, alem de fascinante, tem episodios do rocklore que são pilares do genero, principalmente no quesito comportamento. a historia da garota usando "apenas um casaco de peles" na prisão de jagger/richards foi um desses episidios que viraram batalhas centrais na guerra da revolução dos costumes dos tempos modernos.gerou um dos marcos dos sessenta com a intervenção do vetusto e conservador times, com um editorial que foi um divisor de aguas. marianne foi a garota presa no episodio. como cantora seu trabalho tem alguns picos (sem duplo sentido)sensacionais, apesar do seu (deploravel) heroine chic ter sido um pionerismo a lamentar,a influencia comportamental foi devastadora, vide sister morphine. eu so queria ser a "mars bar".
ResponderExcluirSim, sim, eu concordo :) Um mito, sem dúvida. Apenas não anda girando no meu player.
ResponderExcluirTem coisas que só uma cidade como São Paulo pode fazer por vc.
ResponderExcluirVirada Cultural terá 24 horas de filmes de zumbis
Destaque é "remix" ao vivo de Noite dos Mortos Vivos, de George Romero
http://www.omelete.com.br/cine/100019484/Virada_Cultural_tera_24_horas_de_filmes_de_zumbis.aspx
Lega-al!!!!
ResponderExcluirBiografia de Charles Schulz terá edição brasileira
http://www.universohq.com/quadrinhos/2009/n30042009_06.cfm
Dear Chicory,
ResponderExcluirEntrei pra dizer que os textos estão incríveis. Maravilhosos pra dizer o mínimo. Parabéns mesmo. Queria poder te dizer isso mais vezes...
Enfim, não posso tb deixar de parabenizar o querido Brahma, por seus comentários dignos de registros internacionais.
Abração, my friend. Stay with me. Please please please.
Spencer
PS - a palavra que terei que digitar pra publicar este post é disester.
Desculpe, mas Fred 04 não é ninguém pra falar de arrogância. Ele pegou carona na genialidade de Chico e se demonstrou um tremendo de um incompetente para "liderar" o movimento manguebeat, é formado em comunicação e não consegue se comunicar, nunca moveu uma palha pelos maracatus de Pernambuco, sua música é a mais clara representação da arrogância pequeno burguesa do Brasil, suas letras tem a profundidade de uma piscina infantil. Outra piada de muito mal gosto é afirmar que da lama ao caos é mal produzido que é "brochante etc. e tals", se é assim então porque é que nenhuma das bandas de Recife e nem mesmo a Nação Zumbi lanço NADA melhor do que esse sensacional albúm? Fred 04 gosta de dar pitaco naquilo que não lhe diz respeito e é um grande invejoso. Agora tá atacando de cyber reacionário, cyber fascista é bem a cara dele. Felizmente nem a música e nem a cultura no geral dependem desse tipo de "liderança" tacanha... e tenho dito...
ResponderExcluirPoxa, nem me lembrava mais desa matéria! Mas fica registrado seu ponto de vista, Márcio. Obrigado pela visita, pela colaboração e volte sempre!
ResponderExcluirAh! Pessoalmente, acho o Da Lama ao Caos, sensacional. Acho que hj, até gosto mais dele do que do Afrociberedelia.