A caminho dos cinema em super produção de Spielberg, Tintim tem sua coleção de álbuns finalmente completa no Brasil, no ano em que sua criação completa oito décadas
As aventuras de um jovem repórter de topete e seu cãozinho, quem vem fascinando gerações de leitores há quase um século, finalmente fecha um ciclo no Brasil.
A coleção de álbuns do Tintim, criação do belga Hergé, pela primeira vez está completa para os leitores brasileiros, com os lançamentos dos álbuns As aventuras de Tintim, repórter do “Petit Vingtième“ no país dos sovietes e Tintim e a alfa-arte, respectivamente, primeira e última aventuras do personagem nos quadrinhos.
Os livros vêm em boa hora. Criado há exatos 80 anos, Tintim parece prestes a gozar de um novo ciclo de popularidade neste início de século, com o anúncio de uma trilogia de filmes produzidos por Steven Spielberg e Peter Jackson (O Senhor dos
Anéis) para a Sony Pictures e Paramount.
No último dia 26 se iniciaram as filmagens do primeiro filme, The Adventures of Tintim: Secret of the Unicorn, baseado no álbum O segredo do Licorne. O primeiro filme será dirigido por Spielberg e produzido por Jackson, enquanto no segundo, ainda não anunciado, os papéis se inverterão. Os planos para o terceiro filme ainda não foram anunciados.
Filmado com o que há de mais moderno na tecnologia de captura de movimentos e computação gráfica para manter o visual lúdico das HQs de Hergé, os filmes contarão também com um elenco de primeira linha, com Jamie Bell (Billy Elliot) no papel de Tintim, Daniel Craig (o atual James Bond) como o vilão Rackham, Andy Serkis (o Gollum, de Senhor dos Anéis), na pele do Capitão Haddock e a hilária dupla britânica Simon Pegg e Nick Frost (de Todo Mundo Quase Morto) como os detetives atrapalhados Dupont e Dupond.
“Paraíso vermelho“ – Enquanto os filmes não chegam às telas do cinema, vale se divertir e se encantar com os álbuns lançados pela Companhia das Letras.
Especialmente com As aventuras de Tintim, repórter do “Petit Vingtième“ no país dos sovietes, primeira aventura do topetudo, lançada em 10 de janeiro de 1929, como uma história em capítulos no suplemento belga Petit Vingtième.
Ora, em 1929, faziam apenas 12 anos que a revolução comunista russa havia instaurado o regime socialista no antigo país dos Czares. Hergé, um cidadão de posições políticas claras, ainda que ingênuas, enviou seu personagem à então União Soviética com a missão definida de desmascarar para os jovens leitores do Petit Vingtième “a farsa da revolução bolchevique“.
O resultado, visto hoje, é não menos que hilário, mas não pelas razões que Hergé imaginou. A contra-propaganda do álbum ao comunismo é tão escancarada que, numa passagem do álbum, Tintim chega a descobrir fábricas de mentirinha, criadas como cenários de teatro. “É assim que os sovietes tapeiam os coitados que ainda acreditam no ‘paraíso vermelho‘“, admira-se o rapaz.
Inveja no 007 – Descontadas as incongruências e ingenuidades históricas, o que sobra é uma alucinante e bem-humorada aventura de Tintim em “território inimigo“. O ritmo imprimido por Hergé é tão rápido, cheio de perigos e reviravoltas, que deixaria o Sean Connery de Moscou Contra 007 corado de vergonha.
Entre outras façanhas, Tintim pilota aviões, barcos e automóveis em alta velocidade, foge de prisões, pratica mergulho sob o gelo e derrota um urso na unha. Tudo bem que o animal, que aliás, é o símbolo da Rússia, estava bêbado de vodca, mas ainda assim, é uma luta e tanto.
Como foi a primeira aventura do personagem, No País dos Sovietes mostra um Tintim ainda em preto & branco e sem a companhia de coadjuvantes famosos, como o encrenqueiro Capitão Haddock e os detetives Dupond & Dupont, os principais alívios cômicos ao longo da série.
O cachorrinho Milu, contudo, já aparece, travesso e falante como nunca.
Inacabado – Lançado após a morte de Hergé em 1983, Tintim e a alfa-arte é um álbum recomendado especialmente para, pelo menos, dois tipos de público: colecionadores e estudantes ou pesquisadores (de artes ou mesmo de HQs).
Incompleta, a obra se compõe dos esboços e croquis do artista para as páginas, estudos de personagens e o texto descritivo da história, incluindo os diálogos e ações.
O que se vê é um ensaio do artista sofisticado que era Hergé, considerado (erroneamente, aliás) o pai do estilo franco-belga por excelência, a ligne claire (linha clara), uma das mais influentes e importantes escolas de quadrinhos do mundo.
Obviamente, ler Tintim e a alfa-arte não é, nem de longe, tão divertido quanto os outros álbuns do personagem, mas a iniciativa da editora em publicar a obra derradeira de Hergé no Brasil é digna de aplausos, pois trata-se de um capítulo muito importante na história das HQs.
os terriveis tabloides ingleses e suas manchetes impagaveis:
ResponderExcluirPeaches' marriage wrecked by Virgin
A peaches no caso é geldof, filha do sir( é vero o titulo) bob.que ironia, a filha do rocker mais idealista ever( ou bobo, depende do ponto de vista) se tornou uma celebridade vazia, e faz a diversão dos tabloides incorporando uma patricinha idiota.falem o que quiserem , mas o live aid teve seus meritos , e acho o documentario do evento de 1985 muito tocante, apesar do obvio cinismo e falta de real noção do significado da palavra "caridade" que os rock stars até hoje simbolizam.geldof foi uma especie de dom quixote.
http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/
Pensei que eu era o único que gostava do Live aid. Fui um dos que ficaram de cuia na mão esperando a trasmissão, que a globo comprou pra não passar ( A Bandeirantes tinha interesse de passar na integra)e uma semana depois rolou um compacto de duas horas. Na época os artistas entraram na maioria pela causa, não tendo noção do impacto de mídia.Depois disso, Free Nelson Mandela, Farm aid, Tributo a freddie Mercury, Hear ai´d ( quem lembra) , até a versão nacional "Chega de mágoa", serviram de carona pra muita gente.
ResponderExcluirPena que antes de sair a caixa com os 4 dvds era possivel conseguir todo Live Aid, hoje só algumas coisas que ficaram de fora, tipo o Led Zeppelin completamente nas coxas, ou a reunião do Black sabbath.
Rapazz.... As aventuras de Tin Tin, eu ja tinha me esquecido disso! é sempre bom lembrar da infancia hehehe!
ResponderExcluirhttp://civilizationrock.blogspot.com
chicão,
ResponderExcluirtin tin é parente do rin tin tin? hahahahahahaha. abraço, gente boa!
GLAUBEROVSKY
Gabriel devia assistir aos desenhos animados da TV Cultura, As Aventuras de Tintim, adaptação muito fiel e bem feita dos álbuns de Hergé, que, por sinal, já saíram em DVD. Por que minha locadora não dispõe dessa porra para minha mente infantil se esbaldar um pouco (mais)? Volte sempre, chefia.
ResponderExcluirGlauber, parentes eles não chegaram a ser, mas contemporâneos, com certeza.
Paulinho Oliveira continua com a temporada de sucesso no Balcão Botequim tocando blues no tributo a Eric Clapton.
ResponderExcluirTodas as sextas às 22:00 hs.
Balcão Botequim (Rua da Paciência, 233 – Rio Vermelho)
Eu quero ir há tempos, mas toda hora tem uma porra me atrapalhando, seja o trabalho na manhã seguinte, uma gripe de merda ou o alien sinistro que se alojou na minha pálpebra direita na forma de um monstruoso terçol.
ResponderExcluirVou tentar mais uma vez nesta sexta...
Alegrai-vos fãs de Darth Vader, Luke Skywalker e cia!
ResponderExcluirQuadrinhos de Star Wars de volta ao Brasil
Editora On Line lança gibi com quatro séries
http://www.omelete.com.br/quad/100017991/Star_Wars.aspx
chicao,
ResponderExcluiruma sugestao de post pro blog. piro nisso aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Little_Nemo
inté!
GLAUBER