Premiação pode ser sinal de que algo mudou na mentalidade das instâncias pública e privada
Para quem não acompanha o que está acontecendo no cenário alternativo, a idéia pode parecer esdrúxula, mas a verdade é que não dá mais para ignorar o rock local. O governo estadual (via Secult) já sabe disso e a iniciativa privada também (ou pelo menos, sua porção mais esperta). Agora, só falta o público.
Esse é o espírito da primeira noite de gala do rock baiano: a cerimônia de entrega do Prêmio Bahia de Todos os Rocks, que acontece hoje, no Teatro Casa do Comércio.
O evento (para convidados) vem coroar os esforços do jovem idealizador do projeto, o jornalista Emmanuel Mirdad. Com uma idéia na cabeça, o rapaz bateu na porta da Secretaria de Cultura e da iniciativa privada – no caso, da empresa de telefonia Oi, através do Fazcultura – e, para sua própria surpresa, recebeu todo o apoio de que precisava para tocar adiante sua vontade de conceder um reconhecimento aos músicos e produtores que militam no (por enquanto) mingüado mercado do rock baiano.
“O pessoal (da Secult e da Oi) achou interessante o projeto por que é uma lacuna que precisa ser preenchida, até para facilitar a profissionalização do rock baiano”, conta Mirdad.
Ele acredita que houve uma mudança de mentalidade nessas duas instâncias – dos poderes público e privado – em relação ao rock: ”Não tem mais aquela história de tratarem o rock baiano a pontapés, como era antigamente. Conseguimos o patrocínio da Oi através de edital justamente por que se tratava de um projeto de rock na Bahia.
Foi exatamente isso que eles acharam interessante. Tanto, que fizeram questão de deixar bem claro: ‘a gente gostou por ser um projeto de rock da Bahia e nós apoiamos isso‘”, cita Emmanuel.
Claro que, mesmo com apoio, nada vai muito adiante se não houver um bom estofo por trás (coisa que o rock local tem) e apoio popular. Este último, como se sabe, ainda é tímido por uma série de razões que não vale a pena elencar aqui, e certamente, não serão fáceis de superar.
Até por que, não é hora de se lamentar, e sim, de muito trabalho pela frente para quebrar essas barreiras. ”Eu acho que o momento de apresentar projetos ligados à essa diversidade cultural e ao rock é agora. As portas estão se abrindo”, aconselha Emmanuel.
Com a cantora Nancyta e o disc-jockey da Transamérica FM Tiago Moura como mestres de cerimônia (com direito à telão no palco e bancada, como manda o figurino), a noite terá apresentação das cinco bandas indicadas à categoria Música do Ano, cada uma defendendo a sua.
No foyer, antes da cerimônia, o público poderá se divertir com a jam livre do Palco Toca Raul, comandado por Ted Simões (da banda Starla) e a vídeo instalação montada pelo artista Mark Dayves, do GIA - Grupo de Interferência Ambiental. Todos os premiados ganharão o Troféu Bahia de Todos os Rocks, uma figa estilizada criada pelo artista cachoeirense Doidão, dono de um ateliê em Praia do Forte.
”Agora, o principal é que o próprio pessoal do rock deixe de ser rock star, por que a gente precisa trabalhar sério. Chega de vaidade. Sou anti-panela, cabô essa história. Então, não me enquadrem, OK?”, conclui.
Prêmio Bahia de Todos os Rocks | Cerimônia de premiação | Hoje, 20 horas | Teatro SESC Casa do Comércio | Evento restrito para convidados
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirChicão, não foi por acidente que resolvi tirar o "meu som" da hibernação, pegando o gancho da multidão que estava no Pelô sábado.
ResponderExcluirhttp://meusom.wordpress.com/
Pitacos são bem vindos!!!
é isso, a coisa tá bonita, falta ficar linda.
ResponderExcluiro rock tem de conquistar público agora, aproveitar as janelas abertas e melhorar seu trabalho de divulgação.
a melhor coisa é a figa de doidão.
ResponderExcluirpena que não soube disso antes, nem da premiação, pra poder votar no meu crips...
e fala pra dona patrôa ir colocando mais água no feijão que já já tem visita do golfo do méxico... ; )