A bênção, Johnny Cash
Quando a lenda do country rock Johnny Cash (1932-2003) teve sua vida transformada em filme – Johnny & June (Walk The Line, 2005) –, os produtores centraram seus esforços na bela história de amor entre o Homem de Preto (como era conhecido) e sua esposa, June Carter (1929-2003), deixando outros aspectos da personalidade do artista em aberto. O que muitos de seus admiradores mais recentes não sabiam é que Cash era também um grande carola, que organizava e cantava hinos de louvor em grandes missas campais para dezenas de milhares de pessoas. Neste documentário, apresentado pelo âncora Dan Rather – o Cid Moreira ianque – os produtores e membros de sua família tentam mostrar esta faceta de Cash. Um dos depoimentos mais tocantes é o do seu filho, John Carter-Cash, que conta que seu pai, no auge do vício em bolinhas, chegou a se isolar dentro de uma caverna para se limpar das drogas – ou morrer. Graças à sua fé, Cash saiu da caverna para uma nova vida. Um belo documentário, sobre uma das histórias não-contadas do rock, recheada de performances do cantor e sua esposa.
A Música Gospel de Johnny Cash
Johnny Cash
EMI
R$ 37,90
www.johnnycash.com
Os zumbis são fichinha
Em um mundo devastado por uma praga de zumbis, um policial, sua mulher e filho juntam-se a um pequeno grupo de sobreviventes em busca de um abrigo seguro onde se possa começar a viver algo minimamente parecido com uma vida normal. Não há mais governo, não há mais televisão, não há mais supermercados ou quaisquer outros confortos. A civilização ruiu. Em um ambiente assim, o pior de cada ser humano sobe a tona. Premiada com o Eagle Awards e o HQ Mix (Melhor HQ de Terror), Os Mortos-Vivos é uma pequena obra-prima sobre quão mesquinho, covarde e malévolo o homem se torna quando pressionado por uma situação totalmente adversa. É a lógica da farinha pouca, meu pirão primeiro, levada às últimas conseqüências. Desencantado com a humanidade, o autor Robert Kirkman cria uma história de zumbis – na melhor tradição George Romero da coisa – em que os piores vilões não são os mortos-vivos, mas os vivos, mesmo. Dá uma certa depressão, pois é desgraça atrás de desgraça. Mas é também libertadora. E o leitor rói as unhas esperando o próximo capítulo. Excelente HQ.
Os Mortos- Vivos - Vol. 3: Segurança atrás das grades
Robert Kirkman / Charlie Adlard
HQM / Image
148 p. | R$ 29,90
www.hqmaniacs.com/editora
Código Da Vinci com clima noir
Rex Mundi é uma série de HQ que se passa numa realidade alternativa, onde a Europa é governada com mão de ferro pela Igreja Católica. Em meio à conspirações e mistérios ancestrais, o médico Julien Sauniére segue investigando a pista de um códice medieval roubado de uma igreja em Paris, que pode revelar ao mundo os podres dos poderosos. Claro, trata-se de mais uma variação d‘O Código Da Vinci – com a diferença de que esta série surgiu nos EUA antes do livro de Dan Brown. Neste segundo volume, O Rio Subterrâneo, a trama se aprofunda, tornando-se ainda mais intrigante. Ótimos desenhos sombrios, que ajudam a climatizar a trama de tons noir.
Rex Mundi - Livro Dois: O Rio Subterrâneo
Arvid Nelson / J / Cox
Devir
176 p. | R$ 42
www.devir.com.br
DVD triplo para dinossauro extinto
Nem todo dinossauro é exatamente um gigante. No caso do Genesis, espécime do extinto gênero progressivus erectus, cujo apogeu se deu há bilhões de anos atrás, seu retorno ao meio ambiente onde hoje grassam diversas outras espécies mais evoluídas, apenas espelha, de forma opaca, um passado glorioso, quando ocupava o topo da cadeia alimentar. Brincadeiras a parte, é triste ver, neste DVD triplo (!) documentando sua turnê de retorno em 2007, como Phil Collins se apropriou daquela que era uma das melhores bandas do rock progressivo e a transformou num grupinho de arena de gosto duvidoso para coroas desinformados. Salvam-se apenas as belas Afterglow e Carpet Crawlers. E só.
When In Rome
Genesis
EMI
R$ 62,90
www.genesis-music.com
Mais um casal de roqueiros fashion
Eles são hype, eles são fofos, eles são fashion, eles são... mais ou menos. Penúltimo hype a balançar o circuito misto rock / tendências fashion, a dupla inglesa Ting Tings, formada pelo casal Katie White (voz, guitarra e baixo) e Jules de Martino (voz, bateria e efeitos eletrônicos), surgiu na esteira do sucesso de outras duplas formadas por casais roqueiros, como o White Stripes, The Raveonettes e The Kills. A diferença é que, em termos de qualidade, os Ting Tings ainda saem devendo – especialmente em relação aos dois primeiros, obviamente superiores. De qualquer forma, o balanço de faixas como That‘s Not My Name e Great DJ cai bem nas pistas.
We Started Nothing
The Ting Tings
Sony BMG
R$ 19,90
www.thetingtings.com
30 lições de moral direto das Arábias
Belíssima coletânea de anedotas e historietas oriundas da tradição oral do Oriente Médio, selecionadas e traduzidas diretamente do árabe por Mamede Mustafa Jarouche. Cada conto se estende por pouco mais que uma página e cumpre sua função de passar ao leitor o mundo arcaico, patriarcal e mercantil-agrário da antiguidade árabe. Claro, sempre há um fundo moral para dar um “toque“ aos fiéis. As anedotas, começam pelos curiosos títulos de cada historieta: Vizir austero e juiz ligeiro, Duas histórias de Juha, o sábio bobalhão e Um pão por mil moedas de ouro, entre outros. Linda edição ilustrada para uma leitura bastante agradável.
Histórias para ler sem pressa
Anônimo
Editora Globo
80 p. | R$ 25
www.globolivros.com.br
Nostradamus só para fãs do Judas Priest
Nada contra tentar coisas novas, mas nem sempre dá certo. O Judas Priest, um ícone do heavy metal, por exemplo, tentou contar a vida do vidente Nostradamus neste álbum duplo conceitual, à moda das bandas progressivas dos anos 70. Ficou chato, com poucos momentos realmente legais, quase escondidos na grandiloquência que dá o tom das 23 (!) faixas do disco. Fãs ferrenhos poderão curtir canções como War e Revelations, mas é pouco.
Nostradamus
Judas Priest
Sony
R$ 42,90
www.judaspriest.com
Mais uma (boa) trama no Vaticano
A idéia é pra lá de batida, mas rende uma boa HQ de mistério, e portanto, horas de diversão descompromissada: o assassinato de um possível sucessor do Papa, no Vaticano, leva a uma investigação que pode revelar segredos ancestrais da Igreja Católica, desestabilizando a geopolítica mundial. Código Da Vinci, alguém? Apesar da falta de originalidade, a dupla Paul Jenkins (roteiro) e Humberto Ramos (desenhos), bem entrosada após uma longa fase na revista do Homem-Aranha, consegue envolver o leitor com a trama muito bem amarrada e os ótimos desenhos de Ramos, que surpreende quem já conhecia seus fracos trabalhos anteriores.
Revelações
Paul Jenkins / Humberto Ramos
Devir
160 p. | R$ 42
www.devir.com.br
Nunca imaginei que ia ficar com vontade de assistir a um filme do Jean-Claude Van Damme...
ResponderExcluirCaos impera em filmes de "Loucura da Meia-Noite" em Toronto
http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/cultura_filme_toronto_meianoite_pol
Muscles from Brussels!...
óia só, isso aí é serio, tá no mesmo link q chico mandou aí em cima...comeu mosca man!!!
ResponderExcluirConfira o repertório do "Álbum Branco":
CD 1
01 - Back In The U.S.S.R. - Rodrigo Santos & George Israel
02 - Dear Prudence - Zé Ramalho
03 - Glass Onion - Cachorro Grande
04 - Ob-la-di, Ob-la-da - Os Britos
05 - Wild Honey Pie - Bacalhau
06 - The Continuing Story Of Bungalow Bill - Daniel Tendler
07 - While My Guitar Gently Weeps - Manfred
08 - Happiness Is A Warm Gun - MarthaV & Mariana Davies
09 - Martha My Dear - Márcio Greyck
10 - I'm So Tired - Dissonantes
11 - Blackbird - Sylvinha Araújo
12 - Piggies - Twiggy & Andreas Kisser's Lostapes
13 - Rocky Raccoon - Carmem Manfredini
14 - Don't Pass Me By - Ayrton Mugnaini Jr.
15 - Why Don't We Do It In The Road - Surfadelica
16 - I Will - Érika Martins
17 - Julia - Celso Fonseca
CD 2
01 - Birthday - Pato Fu
02 - Yer Blues - Sérgio Vid & Big Gilson
03 - Mother Nature's Son - Reino Fungi
04 - Everybody's Got Something To Hide Except Me And My Monkey - Dr. Sin
05 - Sexy Sadie - Metalmorphose
06 - Helter Skelter - Andreas Kisser's Lostapes
07 - Long Long Long - Milke
08 - Revolution 1 - Tantra
09 - Honey Pie - Flávio Venturini & Aggeu Marques
10 - Savoy Truffle - Os Canibais com Renato Rocha
11 - Cry Baby Cry - Autoramas
12 - Revolution 9 - Rogério Skylab
13 - Good Night - Jerry Adriani & Tantra
http://mtv.uol.com.br/noticias08/node/94846?ipfh
ResponderExcluirNo link acima, a performace conjunta Pitty/Cascadura, tocando "Inside the beer bottle". Emocionante pra caralho pra quem sabe o significado daqueles dias, essa canção tocava na rádio rock da cidade, sendo a mais pedida da programação, algo nunmca igualado por outra banda baiana.
Que mané Jesus & Maria Chain que nada! O show do ano no Brasil é esse aqui:
ResponderExcluirhttp://guia.folha.com.br/concertosedanca/ult10046u443507.shtml
Literatura de terror:
ResponderExcluirEditora seleciona para antologia
A Andross Editora, de São Paulo, está recebendo e selecionando contos de novos autores para uma antologia muito especial: contos de terror natalinos.
Réquiem para o Natal – Histórias de Terror Natalinas, o título da coletânea, tem lançamento previsto já para o próximo mês de dezembro, em tempo de ser posta embaixo da árvore de aficionados do gênero.
Autores com obras já publicadas também podem participar. O regulamento e instruções para envio dos contos estão disponíveis no site da editora: www.andross.com.br.
Com mais três anos de mercado e 33 títulos publicados, a Andross Editora nasceu no campus da Universidade Cruzeiro do Sul.
eu tocava bateria com o delirium tremens e 14º andar e músicas da gente e do camisa eram varias vezes as mais pedidas na programação das FM de salvador. isso q esse cara falou não é verdade. não pode escrever a história assim. desculpe mas tá errada a informação ok?
ResponderExcluirDe fato, antes da Úteros, ainda nos 80's, eu ouvia bandas como 14º Andar, Utopia e Flores do Mal (além do Camisa, claro), tocando normalmente nas rádias da cidade. Depois da Úteros, é que, realmente, a conjuntura se acirrou e ficou bem mais difícil isso ocorrer...
ResponderExcluirJoão tem razão. Até o diário oficial foi mais pedida na 96 (cruzes...).A radio na época tocava as bandas em troca de shows (se é que voce me entende), mas bandas como treblinka e dever de classe só tocavam em um programa de meia hora por semana de demos, esse a úteros se negou a tocar, mandamos a radio se fuder e depois ainda demos umas porradas em publico em um locutor estrela que tirava onda e se achava dono da cocada preta, quem tocou nossa demo foi a radio cidade fm pois tinha um locutor doidão que tocava a música muito mais vezes do que o programado. Depois que o disco saiu eles (96 fm)tiveram que tocar na marra por pressão popular.
ResponderExcluirEm tempo: A 96 fm nunca apoiou um show sequer da úteros em fúria e isso muito me orgulha. Somente quem viveu esses dias sabe como rolaram as coisas...
Ao anonimo que se queixou da insensada de chicão tem que reclamar é com Pitty e com o casca...
Mario Jorge
Ajoelhem-se ó infiéis!
ResponderExcluirJesus & Maria vêm aí.
Planeta Terra 2008
Festival traz Jesus & Mary Chain ao País
A cultuada banda escocesa The Jesus & Mary Chain volta ao Brasil 20 anos depois de sua última passagem pelo País. A banda dos irmãos Jim e William Reid, que havia se separado em 1998 e retornou aos palcos em 2007, toca no dia 8 de novembro em São Paulo, como atração principal do festival Planeta Terra. Além do J&MC, as outras atrações já confirmadas são as bandas Kaiser Chiefs, Bloc Party, Foals, Spoon e Animal Collective, a cantora folk teen paulista Mallu Magalhães e os top DJs estrangeiros Mylo e Felix Da Housecat. O primeiro lote de ingressos (R$ 80) já está a venda pelo site www.ticketmaster.com.br.
Mais informações: www.planetaterrafestival.com.br.