O melhor da HQ adulta mês a mês
Todos os meses, a revista Pixel Magazine traz algumas das melhores séries de HQ dos selos alternativos da DC Comics: Vertigo (suspense, terror, ficção) e Wildstorm (quadrinhos de autor). Na edição de setembro (nº 18), já nas bancas, quatro séries mantém o alto nível da publicação: Y - O Último Homem, Freqüência Global, Hellblazer e DMZ. Y mostra o que aconteceria se uma praga dizimasse toda a população masculina da Terra, Freqüência Global enfoca nas missões de um grupo de agentes secretos, Hellblazer traz as aventuras do mago inglês John Constantine e DMZ aborda uma guerra civil que isola parte dos EUA. HQs adultas na sua melhor forma.
Pixel Magazine 18
Vários artistas
Pixel Media
96 p. | R$ 10,90
www.pixelquadrinhos.com.br
Antes do contrato terminar
A coisa mais estranha do pop brasileiro hoje em dia é a banda carioca Moptop. Como entender um grupo de rock que, mesmo não sendo emo, consegue chegar ao segundo álbum por uma gravadora major? Pior (ou melhor, dependendo do ponto de vista): com um som abertamente indie rock, na linha Strokes – tanto, aliás, que chegou a ser acusada de cópia. Só pode ser para cumprir contrato. Bom, enquanto este não termina, vale conferir as últimas composições da lavra de Gabriel Marques, autor de todas as faixas do CD. Produzido pelo galês Paul Ralphes (que também assinou os últimos do Kid Abelha, entre outros), Como Se Comportar não traz nenhum hit óbvio, como seu antecessor, mas tem lá seus momentos, como o toque soul de Desapego, o pequeno tratado amoroso de Beijo de Filme, o clima Ennio Morricone de Bonanza e a guitarra surf de 2046. Se não conquista de primeira, o CD vai ganhando o ouvinte aos poucos.
Como Se Comportar
Moptop
Universal
R$ 27,90
www.moptop.com.br
Recife faz retorno às raízes ao reverso
Que boa parte das bandas de Recife estão andando para o mangue beat faz tempo, isso não é novidade. Depois de mandar as misturebas regionalistas às favas, uma leva de grupos se sentiram livres para plugar suas guitarras e voltar a fazer rock em inglês. Uma das melhores bandas desse retorno às raízes ao reverso é a Sweet Fanny Adams, que bebe com vontade na fonte pós-punk, com guitarras dissonantes, ritmos retos e pegadas festivas, boas de esquentar qualquer pista underground. C‘Mon Girl chega a lembrar The Gossip. O melhor? A banda está escalada para tocar no Festival Boom Bahia, agora em outubro.
Fanny, You‘re No Fun
Sweet Fanny Adams
Bazuka Discos
Preço não-divulgado
www.myspace.com/sweetfannyadamsmusic
O Monstro do Pântano está vivo
Criado nos anos 70 por Len Wein e Berni Wrightson, o Monstro do Pântano foi, já anos 80, a porta de entrada para que o gênio britânico de Alan Moore despontasse nos Estados Unidos, criando um estilo de “suspense sofisticado“ único. O que, por sua vez, desembocou na criação do selo Vertigo, de HQs para adultos. Nesta série mais recente, produzida no início desta década, o escritor Joshua Dysart e o desenhista argentino Enrique Breccia trazem o Monstro de volta ao seu status original, menos poderoso. Neste arco, a dupla traz de volta – do inferno – seu velho inimigo, Anton Arcane. Horror em estado bruto.
Monstro do Pântano - Amor em vão
Dysart / Breccia
Pixel Media
96 p. | R$ 12,90
www.pixelquadrinhos.com.br
Pop orquestrado com sofisticação
Projeto paralelo dos ingleses Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals), o duo The Last Shadow Puppets lança seu primeiro álbum, The Age of Understatement, investindo em um pop de cores fortemente sessentistas. Talvez sejam as orquestrações – a cargo da London Metropolitan Orchestra – que permeiam o CD do início ao fim, talvez sejam as vozes dos dois cantores em dueto constante ou mesmo as composições em si, mas o fato é que os dois rapazinhos demonstraram maturidade ao cometer um álbum tão sofisticado quanto vibrante. Destaque para faixa-título e My Mistakes Were Made for You.
The Age of Understatement
The Last Shadow Puppets
EMI
R$ 29,90
www.thelastshadowpuppets.com
A poética dos heróis de colante
Astro City é a homenagem de Kurt Busiek (roteiros) e Brent Anderson (desenhos) à mitologia dos heróis dos quadrinhos e aventureiros da cultura pop. Tudo se passa em na cidade-título, onde os heróis de colante são parte do dia-a-dia e existem desde o século XIX. Para isso, Busiek utiliza personagens genéricos de ícones como Superman, Batman e Homem-Aranha, criando para eles histórias simples e auto-contidas, sem as amarras de se preocupar com o que aconteceu na edição passada. Nesta edição especial, a dupla apresenta os heróis que habitam a cidade, mais duas tocantes aventuras. Uma visão poética do gênero.
Astro City: Samaritano Especial
Busiek/ Anderson
Pixel Media
132 p. | R$ 15,90
www.pixelquadrinhos.com.br
Rock instrumental de ponta (a ponta)
Não é novidade para ninguém que a música que importa no cenário rock atual é independente, atua nos festivais e clubes underground, não segue tendências de mercado, não faz chapinha nem concessões e não vem nem do Rio nem de São Paulo – com raras e honrosas exceções. E um dos grupos que mais vem se destacando de um ano para cá nesse cenário é o power trio cuiabano Macaco Bong. Dono de uma poderosa sonoridade puramente instrumental, o MB desafia público e crítica com longas faixas sem voz ou letra e duração média de sete minutos. Um liquidificador sônico que põe para bater no juízo do ouvinte influências claras – mas não óbvias – de Jimi Hendrix, hard rock, jazz fusion (descontada a chatice) e atitude punk. Destaque para o guitarrista Bruno Kaypy, muito promissor. Ora climático, ora pesado, e sempre melodioso, Artista Igual Pedreiro é um dos discos do ano e merece ser conhecido.
Artista Igual Pedreiro
Macaco Bong
Monstro Discos
R$ 20
www.monstrodiscos.com.br
Sobre a dores americanas
Brian Wood, autor da ótima série DMZ, publicada mensalmente na revista Pixel Media Magazine, tem mais uma de suas HQs lançada no Brasil: Local, publicada nos EUA pela editora independente Oni Press. Intimista, sem super-heróis, mutantes ou monstros, Local é uma série de histórias muito humanas e auto-contidas, onde cada capítulo representa a passagem de um ano na vida de Meg McKeenan, uma jovem em busca de sua própria identidade. A cada história, ela se encontra em uma cidade diferente e conhece pessoas diferentes vivendo seus próprios dramas. Nem sempre ela será a protagonista, tendo apenas um pequeno papel de observadora, e às vezes, até mesmo de vítima das circunstâncias. Ao olhar de maneira terna para sua personagem em peregrinação pelas cidades mais tristes e isoladas da América – e seus tristes habitantes –, Wood e o ótimo desenhista Ryan Kellly constroem um pequena tratado sobre como as pessoas são afetadas pelo lugar onde vivem. Um tema universal, atemporal e muito rico, abordado com extrema sensibilidade, numa das melhores HQs lançadas este ano. Que venha a continuação.
Local - Ponto de partida
Brian Wood/ Kelly
Devir / Oni Press
200 p. | R$ 32
www.devir.com.br
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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terça-feira, setembro 30, 2008
sexta-feira, setembro 26, 2008
PUNK-BOSSA EM CONCERTO
O ex-Úteros em Fúria Vandex mostra suas experimentações entre o punk e a bossa na Sala do Coro, na próxima segunda-feira à noite, a preços populares
“João Gilberto vai quebrar um violão na minha cabeça, ai, ai“, brinca o cantor e compositor Vandex, ao (tentar) explicar seu estilo, a punk bossa, que também é o título do show que ele fará nesta segunda-feira (29) à noite, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, dentro do Segundas Musicais, um projeto da Fundação Cultural do Estado.
Um dos nomes mais criativos surgidos no cenário alternativo local dos anos 90, Vandex foi membro fundador da Úteros em Fúria (dissolvida em 1995), clássica banda do rock baiano.
Tão clássica, aliás, que até será homenageada no VMB 2008, a cerimônia anual da MTV, quando Pitty e Cascadura subirem ao palco para executar ao vivo Inside The Beer Bottle, uma das músicas do único álbum do grupo, lançado em 1993.
No seu novo trabalho, este gaúcho de Cruz Alta, que vive em Salvador desde criança, mostrará como pretende misturar “a sofisticação da bossa nova com letras mais urbanas, inquietações como tédio, drogas, violência. Temáticas mais atuais, mesmo“, conta.
No show, o músico sobe ao palco muito bem acompanhado, contando com Eric Assmar na guitarra, Son Melo no baixo, Maurício Pedrão na bateria, João Alberto de Melo nos teclados, China na percussão e performances e As Vandettes Margarete Grazziane e Tina Ribeiro nos backing vocais.
Elaborado, o show conta ainda com figurinos de Bel Pedra, que assina as vestes do cantor e suas Vandettes.
Formado em Composição & Regência pela Escola de Música da Ufba e aluno especial do Mestrado em Composição, Vandex vem perseguindo esse ideal de construir um estilo próprio desde que formava a dupla Guizzzmo com o também ex-Úteros Luís Fernando Apú Tude, entre 1997 e 2005.
No seu CD Macaca! (2004), já havia um primeiro rascunho desse ideal na versão bossa nova para a música I Wanna Be Sedated, dos Ramones, que contava com arranjos do violonista Aderbal Duarte, o mais conhecido discípulo de João Gilberto.
O mesmo Aderbal, seu professor durante dois anos, é uma forte influência no seu trabalho.
“A gente fazia muito exercício de harmonia. Aí pegava melodias simples, como Parabéns Pra Você e, mantendo a linha melódica, a gente incluía o máximo de acordes, sem interferir na melodia. Ele (Aderbal) me deu vários toques de como colocar isso em prática“, conta.
“É isso o que eu acho legal na bossa: a sofisticação do discurso musical, com as harmonias, os compassos alterados, a riqueza, mesmo“, diz.
“Vale ressaltar que o show será a estréia mundial do gênero punk bossa“, brinca. “Quem for, terá o privilégio de dizer que foi uma das vítimas – e que nunca mais foi o mesmo depois de ser exposto aos efeitos e sensações deste novo e único estilo musical“, continua, deixando transparecer uma de suas marcas registradas: o humor.
“Adoro compor no banheiro. Desde pequeno, eu ia e levava o violão comigo. Sai cada pérola...“, ri. ”O pior é que é verdade. O ambiente é propício, tranqüilo, sabe?”, confessa.
Além de duas músicas do repertório da Guizzzmo, Venha Mamãe e Macaca!, o show apresentará suas composições mais recentes, como O Vinho e Cogito. A primeira é baseada numa “experiência alucinógena que vivi no Vale do Capão, quando tive um encontro deveras interessante com uma árvore lilás“, conta.
Cogito ele fez em cima do poema homônimo de Torquato Neto (1944-1972). “Comprei um livro dele, o Torquatália, e pirei nesse poema. Até já falei com a viúva dele para pedir permissão. Ela recebeu bem a idéia“, relata.
Sobre a homenagem à Úteros em Fúria no VMB, Vandex diz que está “muito feliz, até por que na época (início dos anos 90), a coisa era bem mais difícil, e mesmo assim, até hoje a banda é lembrada. Isso mantém aquelas músicas vivas. A coisa já não é mais nossa, saiu de nossas mãos“.
“Vou até ensaiar uma versão de Queenie, uma de nossas músicas mais pesadas, para os próximos shows“, promete.
PUNK BOSSA
Show do cantor Vandex | Segunad-feira, 29 de setembro, 20 horas | Sala do Coro do Teatro Castro Alves (3535-0600) | Praça Dois de Julho, s/n , Campo Grande | R$ 2 e R$ 1
“João Gilberto vai quebrar um violão na minha cabeça, ai, ai“, brinca o cantor e compositor Vandex, ao (tentar) explicar seu estilo, a punk bossa, que também é o título do show que ele fará nesta segunda-feira (29) à noite, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, dentro do Segundas Musicais, um projeto da Fundação Cultural do Estado.
Um dos nomes mais criativos surgidos no cenário alternativo local dos anos 90, Vandex foi membro fundador da Úteros em Fúria (dissolvida em 1995), clássica banda do rock baiano.
Tão clássica, aliás, que até será homenageada no VMB 2008, a cerimônia anual da MTV, quando Pitty e Cascadura subirem ao palco para executar ao vivo Inside The Beer Bottle, uma das músicas do único álbum do grupo, lançado em 1993.
No seu novo trabalho, este gaúcho de Cruz Alta, que vive em Salvador desde criança, mostrará como pretende misturar “a sofisticação da bossa nova com letras mais urbanas, inquietações como tédio, drogas, violência. Temáticas mais atuais, mesmo“, conta.
No show, o músico sobe ao palco muito bem acompanhado, contando com Eric Assmar na guitarra, Son Melo no baixo, Maurício Pedrão na bateria, João Alberto de Melo nos teclados, China na percussão e performances e As Vandettes Margarete Grazziane e Tina Ribeiro nos backing vocais.
Elaborado, o show conta ainda com figurinos de Bel Pedra, que assina as vestes do cantor e suas Vandettes.
Formado em Composição & Regência pela Escola de Música da Ufba e aluno especial do Mestrado em Composição, Vandex vem perseguindo esse ideal de construir um estilo próprio desde que formava a dupla Guizzzmo com o também ex-Úteros Luís Fernando Apú Tude, entre 1997 e 2005.
No seu CD Macaca! (2004), já havia um primeiro rascunho desse ideal na versão bossa nova para a música I Wanna Be Sedated, dos Ramones, que contava com arranjos do violonista Aderbal Duarte, o mais conhecido discípulo de João Gilberto.
O mesmo Aderbal, seu professor durante dois anos, é uma forte influência no seu trabalho.
“A gente fazia muito exercício de harmonia. Aí pegava melodias simples, como Parabéns Pra Você e, mantendo a linha melódica, a gente incluía o máximo de acordes, sem interferir na melodia. Ele (Aderbal) me deu vários toques de como colocar isso em prática“, conta.
“É isso o que eu acho legal na bossa: a sofisticação do discurso musical, com as harmonias, os compassos alterados, a riqueza, mesmo“, diz.
“Vale ressaltar que o show será a estréia mundial do gênero punk bossa“, brinca. “Quem for, terá o privilégio de dizer que foi uma das vítimas – e que nunca mais foi o mesmo depois de ser exposto aos efeitos e sensações deste novo e único estilo musical“, continua, deixando transparecer uma de suas marcas registradas: o humor.
“Adoro compor no banheiro. Desde pequeno, eu ia e levava o violão comigo. Sai cada pérola...“, ri. ”O pior é que é verdade. O ambiente é propício, tranqüilo, sabe?”, confessa.
Além de duas músicas do repertório da Guizzzmo, Venha Mamãe e Macaca!, o show apresentará suas composições mais recentes, como O Vinho e Cogito. A primeira é baseada numa “experiência alucinógena que vivi no Vale do Capão, quando tive um encontro deveras interessante com uma árvore lilás“, conta.
Cogito ele fez em cima do poema homônimo de Torquato Neto (1944-1972). “Comprei um livro dele, o Torquatália, e pirei nesse poema. Até já falei com a viúva dele para pedir permissão. Ela recebeu bem a idéia“, relata.
Sobre a homenagem à Úteros em Fúria no VMB, Vandex diz que está “muito feliz, até por que na época (início dos anos 90), a coisa era bem mais difícil, e mesmo assim, até hoje a banda é lembrada. Isso mantém aquelas músicas vivas. A coisa já não é mais nossa, saiu de nossas mãos“.
“Vou até ensaiar uma versão de Queenie, uma de nossas músicas mais pesadas, para os próximos shows“, promete.
PUNK BOSSA
Show do cantor Vandex | Segunad-feira, 29 de setembro, 20 horas | Sala do Coro do Teatro Castro Alves (3535-0600) | Praça Dois de Julho, s/n , Campo Grande | R$ 2 e R$ 1
quinta-feira, setembro 25, 2008
LOUVA-DEUS, AO ROCK DE GARAGEM E AO BLUES
Os paulistas da banda Forgotten Boys se juntam aos baianos da Demoiselle e Clube de Patifes em apresentações na capital e em Feira de Santana, sexta e sábado
Forgotten Boys, uma das bandas de rock mais populares do circuito independente brasileiro, volta à Bahia para mostrar, em Salvador e Feira de Santana, o repertório do seu novo CD, Louva-Deus. Junto aos garotos esquecidos, as bandas Demoiselle (de Salvador) e Clube de Patifes (de Feira), aproveitam a oportunidade e também mostram seus novos trabalhos.
Hoje, as três bandas se apresentam na casa noturna Boomerangue, enquanto amanhã, com o acréscimo de mais uma banda feirense, a Demodê, elas se apresentam no Teatro de Arena do Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira.
Uma boa oportunidade para soteropolitanos e feirenses conferirem não apenas a pegada crua e garageira dos Forgotten Boys, mas também o rock setentista de muito bom gosto da Demoiselle e o blues rock do Clube de Patifes.
Os shows fecham a turnê de divulgação do CD Louva-Deus pelo Brasil. Desde seu CD anterior, Stand By The D.A.N.C.E. (2005), a banda paulista vêm demonstrando habilidade para adaptar seu estilo fortemente influenciado pelos Stooges à uma pegada mais pop, inclusive com letras em português.
O novo álbum, produzido pelos experientes Apollo Nove e Roy Cicala dividiu as opiniões na crítica especializada. Contudo, é possível destacar faixas como Quinta-Feira e Ela Era, bons exemplos de como riffs de guitarras imundas podem convivem bem com um certo acento pop, acessível ao público.
Já a Demoiselle, banda formada por dois ex-guitarristas da Cascadura, Toni Oliveira e Ricardo The Flash Alves, apresentará o repertório do seu primeiro CD, lançado em agosto no MySpace.
Com as 12 músicas do CD hospedadas na comunidade, os acessos atingiram a boa marca de 9 mil em apenas um mês.
“Até o fim do ano, o disco deve sair também no formato físico. Em um mês ele vai para a fábrica, e, no inicio de 2009, faremos um show de lançamento“, promete a vocalista Ivana Vivas.
“O próximo passo agora é o clipe da música O Que Ao Certo Eu Não Sei, que será dirigido pelo cineasta Paulo Alcântara“, acrescenta. Ivana e & Cia esperam estar com clipe e CD prontos o mais breve possível, para aí então cair na estrada. “Queremos fazer Rio, São Paulo e depois subir o Nordeste“, planeja.
Além do repertório próprio, a banda ainda detonará um cover dos australianos do AC/DC.
A terceira banda da noite, os feirenses do Clube de Patifes, já tocaram em Salvador algumas ocasiões, como no Palco do Rock e no Encontro Internacional de Motociclistas. O grupo pratica com competência um blues rock de tons ortodoxos, influenciado por mestres como John Lee Hooker, Led Zeppelin e Blues Etílicos.
Forgotten Boys, Demoiselle e Clube de Patifes
Sexta, 22 horas | Boomerangue (3334-5577) | Rua da Paciência, 307, Rio Vermelho | R$ 15
Em Feira de Santana: Sábado, 21 horas | Teatro de Arena do Centro de Cultura Amélio Amorim (75-3625-0079) | Av. Presidente Dutra, s/n, Capuchinhos | Antecipados: Masculino R$ 10 Feminino R$ 5 | No dia: Masculino R$ 15 e Feminino R$ 10
Forgotten Boys, uma das bandas de rock mais populares do circuito independente brasileiro, volta à Bahia para mostrar, em Salvador e Feira de Santana, o repertório do seu novo CD, Louva-Deus. Junto aos garotos esquecidos, as bandas Demoiselle (de Salvador) e Clube de Patifes (de Feira), aproveitam a oportunidade e também mostram seus novos trabalhos.
Hoje, as três bandas se apresentam na casa noturna Boomerangue, enquanto amanhã, com o acréscimo de mais uma banda feirense, a Demodê, elas se apresentam no Teatro de Arena do Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira.
Uma boa oportunidade para soteropolitanos e feirenses conferirem não apenas a pegada crua e garageira dos Forgotten Boys, mas também o rock setentista de muito bom gosto da Demoiselle e o blues rock do Clube de Patifes.
Os shows fecham a turnê de divulgação do CD Louva-Deus pelo Brasil. Desde seu CD anterior, Stand By The D.A.N.C.E. (2005), a banda paulista vêm demonstrando habilidade para adaptar seu estilo fortemente influenciado pelos Stooges à uma pegada mais pop, inclusive com letras em português.
O novo álbum, produzido pelos experientes Apollo Nove e Roy Cicala dividiu as opiniões na crítica especializada. Contudo, é possível destacar faixas como Quinta-Feira e Ela Era, bons exemplos de como riffs de guitarras imundas podem convivem bem com um certo acento pop, acessível ao público.
Já a Demoiselle, banda formada por dois ex-guitarristas da Cascadura, Toni Oliveira e Ricardo The Flash Alves, apresentará o repertório do seu primeiro CD, lançado em agosto no MySpace.
Com as 12 músicas do CD hospedadas na comunidade, os acessos atingiram a boa marca de 9 mil em apenas um mês.
“Até o fim do ano, o disco deve sair também no formato físico. Em um mês ele vai para a fábrica, e, no inicio de 2009, faremos um show de lançamento“, promete a vocalista Ivana Vivas.
“O próximo passo agora é o clipe da música O Que Ao Certo Eu Não Sei, que será dirigido pelo cineasta Paulo Alcântara“, acrescenta. Ivana e & Cia esperam estar com clipe e CD prontos o mais breve possível, para aí então cair na estrada. “Queremos fazer Rio, São Paulo e depois subir o Nordeste“, planeja.
Além do repertório próprio, a banda ainda detonará um cover dos australianos do AC/DC.
A terceira banda da noite, os feirenses do Clube de Patifes, já tocaram em Salvador algumas ocasiões, como no Palco do Rock e no Encontro Internacional de Motociclistas. O grupo pratica com competência um blues rock de tons ortodoxos, influenciado por mestres como John Lee Hooker, Led Zeppelin e Blues Etílicos.
Forgotten Boys, Demoiselle e Clube de Patifes
Sexta, 22 horas | Boomerangue (3334-5577) | Rua da Paciência, 307, Rio Vermelho | R$ 15
Em Feira de Santana: Sábado, 21 horas | Teatro de Arena do Centro de Cultura Amélio Amorim (75-3625-0079) | Av. Presidente Dutra, s/n, Capuchinhos | Antecipados: Masculino R$ 10 Feminino R$ 5 | No dia: Masculino R$ 15 e Feminino R$ 10
quarta-feira, setembro 24, 2008
B NEGÃO EM DOIS TEMPOS NO FIM DE SEMANA
Surgido no estouro da banda Planet Hemp em meados dos anos 90, o rapper B Negão logo demonstrou que tinha personalidade e talento o bastante para não se contentar em viver à sombra do centralizador Marcelo D2. É essa personalidade que o público baiano poderá conferir em duas oportunidades neste final de semana.
A primeira é no evento gratuito Se É Bom A Gente Toca - Educadora FM no Pelô, que, mensalmente, traz para o Largo Teresa Batista um programa da emissora para ser gravado ao vivo, com a participação do público. No caso, o programa é o Evolução Hip Hop, especializado no rap nacional.
Além do rapper carioca, o público ainda poderá conferir performances dos talentos locais DJ Bandido, Fúria Consciente, Atitude Diferenciada e Rapaziada da Baixa Fria –RBF, break dance e grafitagem com artistas criando na hora.
Já no sábado, B Negão se apresenta com o Ministereo Público, equipe local que traz para Salvador a cultura dos sistemas de som jamaicanos, levando os sons do reggae, dub, ragga, dancehall e jungle às ruas e casas noturnas da cidade.
A noitada na Zauber fica ainda mais quente com as participações luxuosas do trumpetista Pedro Selector (ex-Pelvs, uma das melhores bandas indie nacionais), DJ Castro e MC Daganja.
Se é Bom a Gente Toca - Educadora FM no Pelô
Com BNegão (RJ), DJ Bandido, Fúria Consciente, Atitude Diferenciada e Rapaziada da Baixa Fria – RBF | Amanhã, às 19 horas | Largo Tereza Batista | Entrada gratuita
MINISTEREOPUBLICO & BNegão
Participação MC Daganja | Sábado, 27 de setembro, 21 horas | Zauber Multicultura | Ladeira da Misericórdia, 11, Praça da Sé | R$ 15
A primeira é no evento gratuito Se É Bom A Gente Toca - Educadora FM no Pelô, que, mensalmente, traz para o Largo Teresa Batista um programa da emissora para ser gravado ao vivo, com a participação do público. No caso, o programa é o Evolução Hip Hop, especializado no rap nacional.
Além do rapper carioca, o público ainda poderá conferir performances dos talentos locais DJ Bandido, Fúria Consciente, Atitude Diferenciada e Rapaziada da Baixa Fria –RBF, break dance e grafitagem com artistas criando na hora.
Já no sábado, B Negão se apresenta com o Ministereo Público, equipe local que traz para Salvador a cultura dos sistemas de som jamaicanos, levando os sons do reggae, dub, ragga, dancehall e jungle às ruas e casas noturnas da cidade.
A noitada na Zauber fica ainda mais quente com as participações luxuosas do trumpetista Pedro Selector (ex-Pelvs, uma das melhores bandas indie nacionais), DJ Castro e MC Daganja.
Se é Bom a Gente Toca - Educadora FM no Pelô
Com BNegão (RJ), DJ Bandido, Fúria Consciente, Atitude Diferenciada e Rapaziada da Baixa Fria – RBF | Amanhã, às 19 horas | Largo Tereza Batista | Entrada gratuita
MINISTEREOPUBLICO & BNegão
Participação MC Daganja | Sábado, 27 de setembro, 21 horas | Zauber Multicultura | Ladeira da Misericórdia, 11, Praça da Sé | R$ 15
terça-feira, setembro 23, 2008
BASTIDORES DAS HQS
Dois livros desvendam o que se passou por detrás das páginas de grandes momentos das histórias em quadrinhos
Quem lê histórias em quadrinhos muitas vezes nem imagina tudo o que se passa com os profissionais que as criam. Dois livros recém-lançados, porém, vêm se juntar à crescente bibliografia brasileira dirigida aos estudiosos das HQs: Passeando com o Rei dos Sonhos - Conversas com Neil Gaiman e seus colaboradores, de Joseph McCabe, e A Era de Bronze dos Super-Heróis, de Roberto Guedes.
O primeiro reúne duas longas entrevistas com o famoso escritor inglês, criador da cultuada série Sandman, mais uma série de outras conversas com seus editores, desenhistas, arte-finalistas e outros parceiros criativos, como os cantores Alice Cooper e Tori Amos e o escritor Terry Pratchett (da série Discworld).
Já o segundo é uma deliciosa e muito bem pesquisada viagem à chamada Era de Bronze dos Quadrinhos, ocorrida entre o final dos anos 60 e a década de 80. Este é o terceiro livro teórico do seu autor, o editor e quadrinista Roberto Guedes, que antes havia lançado pela editora Opera Graphica os títulos Quando Surgem os Super-Heróis (2004) e A Saga dos Super-Heróis Brasileiros (2005).
FENÔMENO – Surgido na chamada “invasão britânica“ aos quadrinhos americanos, Neil Gaiman logo atingiu o sucesso comercial e de crítica com sua premiada série Sandman, para a DC Comics, onde reinventava um esquecido herói da Era de Ouro (décadas de 30 a 50), como uma representação do sonhar.
Vale acrescentar que o Brasil foi o primeiro País – fora os EUA, claro – a publicar a revista. O sucesso da série de 75 números entre os brasileiros é tão grande, que ela já está partindo para sua terceira edição nacional, agora pela editora Pixel Media.
Nas entrevistas conduzidas pelo jornalista Joseph McCabe, Gaiman e seus colaboradores levantam o véu que cobria a feitura da série, mostrando que, se do lado de cá (leitores), Sandman era uma maravilha só, do lado de lá, a coisa não era exatamente assim, “um sonho“.
Dificuldades e conflitos aconteciam constantemente entre Gaiman, sua editora Karen Berger, que conduzia a série com mão de ferro, e os desenhistas.
Por exemplo: a primeira edição da revista teve que ser reescrita quase que por inteiro por Gaiman, conforme conta o desenhista Sam Kieth: “Em certos pontos, ele queria sete ou oito quadros por página e ela (Karen) queria no máximo cinco ou seis. Parecia que ele tinha passado na mão de uns nove sujeitos na prisão. Estava exausto“, conta.
Certos pontos do livro são tão específicos que lembram aqueles comentários em áudio que vêm nos extras dos filmes em DVD. Uma oportunidade de ouro para os admiradores da série e seu autor, que, como já se disse, não são poucos no Brasil.
SUPER-HUMANOS – Houve uma época em que os quadrinhos de super-heróis uniram o melhor de dois mundos: ao mesmo tempo que ainda mantinham uma certa inocência (que hoje, parece perdida de vez), começavam a sofisticar suas narrativas, humanizando os personagens e tornando-os mais próximos das tensões do mundo real.
Esta foi a chamada Era de Bronze (1970-1985), quando a primeira geração de fãs e leitores, que cresceu lendo HQs, começou a trabalhar para as grandes editoras. Foi nessa época que surgiram nomes cruciais para a indústria de HQs nos últimos 30 anos, como John Byrne, Frank Miller, Alan Moore e Steve Englehart, entre outros.
Dividido em seis capítulos, o livro de Roberto Guedes é, visivelmente, resultado de uma exaustiva pesquisa em uma vasta bibliografia. Ao longo de quase 250 páginas, Guedes cobre praticamente tudo o que ocorreu no período, uma fase pouco estudada até mesmo entre os estudiosos americanos.
A implantação da distribuição direta em comic shops, a supremacia da Marvel diante da DC, a reação desta última, o reinado do desenhista Jack Kirby e muitos outros assuntos são abordados em um texto leve e informativo, numa edição em formatão e cheia de ilustrações. Um deleite para quem cresceu lendo essas histórias nos anos 70 e 80.
A Era de Bronze dos Super-Heróis
Roberto Guedes
HQManiacs Editora
240 p. | R$ 39,90
Passeando com o Rei dos Sonhos
Joseph McCabe
HQManiacs Editora
314 p. | R$ 49,90
www.hqmeditora.com
CONFIRA PREVIEWS DE AMBOS OS LIVROS AQUI:
http://hqmaniacs.uol.com.br/editora/index.asp
Quem lê histórias em quadrinhos muitas vezes nem imagina tudo o que se passa com os profissionais que as criam. Dois livros recém-lançados, porém, vêm se juntar à crescente bibliografia brasileira dirigida aos estudiosos das HQs: Passeando com o Rei dos Sonhos - Conversas com Neil Gaiman e seus colaboradores, de Joseph McCabe, e A Era de Bronze dos Super-Heróis, de Roberto Guedes.
O primeiro reúne duas longas entrevistas com o famoso escritor inglês, criador da cultuada série Sandman, mais uma série de outras conversas com seus editores, desenhistas, arte-finalistas e outros parceiros criativos, como os cantores Alice Cooper e Tori Amos e o escritor Terry Pratchett (da série Discworld).
Já o segundo é uma deliciosa e muito bem pesquisada viagem à chamada Era de Bronze dos Quadrinhos, ocorrida entre o final dos anos 60 e a década de 80. Este é o terceiro livro teórico do seu autor, o editor e quadrinista Roberto Guedes, que antes havia lançado pela editora Opera Graphica os títulos Quando Surgem os Super-Heróis (2004) e A Saga dos Super-Heróis Brasileiros (2005).
FENÔMENO – Surgido na chamada “invasão britânica“ aos quadrinhos americanos, Neil Gaiman logo atingiu o sucesso comercial e de crítica com sua premiada série Sandman, para a DC Comics, onde reinventava um esquecido herói da Era de Ouro (décadas de 30 a 50), como uma representação do sonhar.
Vale acrescentar que o Brasil foi o primeiro País – fora os EUA, claro – a publicar a revista. O sucesso da série de 75 números entre os brasileiros é tão grande, que ela já está partindo para sua terceira edição nacional, agora pela editora Pixel Media.
Nas entrevistas conduzidas pelo jornalista Joseph McCabe, Gaiman e seus colaboradores levantam o véu que cobria a feitura da série, mostrando que, se do lado de cá (leitores), Sandman era uma maravilha só, do lado de lá, a coisa não era exatamente assim, “um sonho“.
Dificuldades e conflitos aconteciam constantemente entre Gaiman, sua editora Karen Berger, que conduzia a série com mão de ferro, e os desenhistas.
Por exemplo: a primeira edição da revista teve que ser reescrita quase que por inteiro por Gaiman, conforme conta o desenhista Sam Kieth: “Em certos pontos, ele queria sete ou oito quadros por página e ela (Karen) queria no máximo cinco ou seis. Parecia que ele tinha passado na mão de uns nove sujeitos na prisão. Estava exausto“, conta.
Certos pontos do livro são tão específicos que lembram aqueles comentários em áudio que vêm nos extras dos filmes em DVD. Uma oportunidade de ouro para os admiradores da série e seu autor, que, como já se disse, não são poucos no Brasil.
SUPER-HUMANOS – Houve uma época em que os quadrinhos de super-heróis uniram o melhor de dois mundos: ao mesmo tempo que ainda mantinham uma certa inocência (que hoje, parece perdida de vez), começavam a sofisticar suas narrativas, humanizando os personagens e tornando-os mais próximos das tensões do mundo real.
Esta foi a chamada Era de Bronze (1970-1985), quando a primeira geração de fãs e leitores, que cresceu lendo HQs, começou a trabalhar para as grandes editoras. Foi nessa época que surgiram nomes cruciais para a indústria de HQs nos últimos 30 anos, como John Byrne, Frank Miller, Alan Moore e Steve Englehart, entre outros.
Dividido em seis capítulos, o livro de Roberto Guedes é, visivelmente, resultado de uma exaustiva pesquisa em uma vasta bibliografia. Ao longo de quase 250 páginas, Guedes cobre praticamente tudo o que ocorreu no período, uma fase pouco estudada até mesmo entre os estudiosos americanos.
A implantação da distribuição direta em comic shops, a supremacia da Marvel diante da DC, a reação desta última, o reinado do desenhista Jack Kirby e muitos outros assuntos são abordados em um texto leve e informativo, numa edição em formatão e cheia de ilustrações. Um deleite para quem cresceu lendo essas histórias nos anos 70 e 80.
A Era de Bronze dos Super-Heróis
Roberto Guedes
HQManiacs Editora
240 p. | R$ 39,90
Passeando com o Rei dos Sonhos
Joseph McCabe
HQManiacs Editora
314 p. | R$ 49,90
www.hqmeditora.com
CONFIRA PREVIEWS DE AMBOS OS LIVROS AQUI:
http://hqmaniacs.uol.com.br/editora/index.asp
quinta-feira, setembro 18, 2008
BECK + DANGER MOUSE + PARANÓIAS URBANAS MODERNAS = MODERN GUILT
Beck volta em forma com Danger Mouse em novo disco, onde versa sobre sentimento de culpa burguesa
Beck, o rapazinho que estourou no cenário pop alternativo em meados dos anos 90 alardeando – em espanhol – que era “um perdedor“ e acabou aclamado por público e crítica, está de volta, com aquele que talvez seja seu melhor álbum nesta década: Modern Guilt.
Já não mais um rapazinho, mas um homem a beira dos 40, Beck David Campbell – seu nome completo –, escolado nos altos e baixos do showbiz, resolveu se aliar a um dos nomes mais quentes do momento: o DJ e produtor Danger Mouse, que forma com o cantor Cee-Lo a dupla Gnarls Barkley, aquela do mega-hit de 2005, Crazy.
A união de dois talentos genuínos, que partilham praticamente do mesmo imaginário freak e ultra-eclético, resultou em um álbum enxuto, com dez faixas cravadas e pouco mais de meia hora de duração. Um CD com muitas referências ao passado, mas também completamente atual em sua fragmentação de sons e idéias.
Aos que se perguntam se Beck teria superado aos seus próprios clássicos Mellow Gold (1994) e Odelay (1996), a resposta ainda é “não“. E dificilmente conseguirá, mas que bom que ele continua tentando.
Com Danger Mouse, pelo menos, o músico retornou à uma sonoridade mais próxima à desses álbuns: híbrida, multifacetada em suas infinitas influências.
Ainda que, em Modern Guilt, a sonoridade como um todo seja bastante orgânica, com a guitarra quase sempre na linha de frente. A eletrônica está lá, mas de forma sutil, a serviço de timbragens inusitadas.
Apesar de toda a sua aura alternativa, contudo, Modern Guilt está longe de ser um álbum “difícil“. Trata-se um disquinho maneiro, que deverá ser facilmente digerido pelos ouvintes, sejam fãs antigos ou neófitos.
As três primeiras faixas praticamente deslizam ouvido adentro, com pegada pop inequívoca. Orphans, a primeira, poderia ter entrado facilmente em Odelay, com seu refrão em falsete moderado, contratempo aberto e ruídos eletrônicos fazendo contraponto.
Já Gamma Ray, uma aposta certa para as pistas de dança mais descoladas, apresenta um riff de guitarra surf – pura, sem efeitos – que gruda no juízo do ouvinte e cujo timbre é exatamente igual ao da já citada Crazy, do Gnarls Barkley. Obviamente, não se trata de “mera coincidência“.
A terceira faixa, Chemtrails, é um mergulho psicodélico melodioso, totalmente calcado na sonoridade sessentista, com suas longas viradas de bateria deitadas sobre uma cama de teclados.
Modern Guilt, a faixa-título, é outra pérola do CD, com seu ritmo marcial marcado ao piano e letra de imagens fragmentadas, mas que oferecem uma visão muito atual da paranóia urbana e da culpa burguesa que afligem os habitantes das grandes cidades, um raio X do estado de espírito que parece dominar essa primeira década do século: “Culpa moderna/ estou ocioso com nada/ culpa moderna/ estou fechado e trancado/ culpa moderna/ a apreensão se torna convencional/ não sei o que fiz, mas me sinto envergonhado/ (...)/ fume seu último cigarro/ não sei o que fiz, mas me sinto apavorado“.
Com se vê, apesar de acessível e pop, Modern Guilt é um álbum que está longe de cair na vala comum da música americana superficial, projetada não para ser boa em si, mas apenas uma trilha sonora para clipes cheios de efeitos, cenários luxuosos e mulheres em trajes menores, como parece ser a regra atual.
Tal feito, de unir acessibilidade, substância e profundidade, só se costuma verificar em artistas conceituados, com idéias e imaginário próprios. E isso, Beck – e seu produtor superstar, Danger Mouse – parecem ter de sobra.
Modern Guilt
Beck
Universal
R$ 27,90
www.beck.com
Beck, o rapazinho que estourou no cenário pop alternativo em meados dos anos 90 alardeando – em espanhol – que era “um perdedor“ e acabou aclamado por público e crítica, está de volta, com aquele que talvez seja seu melhor álbum nesta década: Modern Guilt.
Já não mais um rapazinho, mas um homem a beira dos 40, Beck David Campbell – seu nome completo –, escolado nos altos e baixos do showbiz, resolveu se aliar a um dos nomes mais quentes do momento: o DJ e produtor Danger Mouse, que forma com o cantor Cee-Lo a dupla Gnarls Barkley, aquela do mega-hit de 2005, Crazy.
A união de dois talentos genuínos, que partilham praticamente do mesmo imaginário freak e ultra-eclético, resultou em um álbum enxuto, com dez faixas cravadas e pouco mais de meia hora de duração. Um CD com muitas referências ao passado, mas também completamente atual em sua fragmentação de sons e idéias.
Aos que se perguntam se Beck teria superado aos seus próprios clássicos Mellow Gold (1994) e Odelay (1996), a resposta ainda é “não“. E dificilmente conseguirá, mas que bom que ele continua tentando.
Com Danger Mouse, pelo menos, o músico retornou à uma sonoridade mais próxima à desses álbuns: híbrida, multifacetada em suas infinitas influências.
Ainda que, em Modern Guilt, a sonoridade como um todo seja bastante orgânica, com a guitarra quase sempre na linha de frente. A eletrônica está lá, mas de forma sutil, a serviço de timbragens inusitadas.
Apesar de toda a sua aura alternativa, contudo, Modern Guilt está longe de ser um álbum “difícil“. Trata-se um disquinho maneiro, que deverá ser facilmente digerido pelos ouvintes, sejam fãs antigos ou neófitos.
As três primeiras faixas praticamente deslizam ouvido adentro, com pegada pop inequívoca. Orphans, a primeira, poderia ter entrado facilmente em Odelay, com seu refrão em falsete moderado, contratempo aberto e ruídos eletrônicos fazendo contraponto.
Já Gamma Ray, uma aposta certa para as pistas de dança mais descoladas, apresenta um riff de guitarra surf – pura, sem efeitos – que gruda no juízo do ouvinte e cujo timbre é exatamente igual ao da já citada Crazy, do Gnarls Barkley. Obviamente, não se trata de “mera coincidência“.
A terceira faixa, Chemtrails, é um mergulho psicodélico melodioso, totalmente calcado na sonoridade sessentista, com suas longas viradas de bateria deitadas sobre uma cama de teclados.
Modern Guilt, a faixa-título, é outra pérola do CD, com seu ritmo marcial marcado ao piano e letra de imagens fragmentadas, mas que oferecem uma visão muito atual da paranóia urbana e da culpa burguesa que afligem os habitantes das grandes cidades, um raio X do estado de espírito que parece dominar essa primeira década do século: “Culpa moderna/ estou ocioso com nada/ culpa moderna/ estou fechado e trancado/ culpa moderna/ a apreensão se torna convencional/ não sei o que fiz, mas me sinto envergonhado/ (...)/ fume seu último cigarro/ não sei o que fiz, mas me sinto apavorado“.
Com se vê, apesar de acessível e pop, Modern Guilt é um álbum que está longe de cair na vala comum da música americana superficial, projetada não para ser boa em si, mas apenas uma trilha sonora para clipes cheios de efeitos, cenários luxuosos e mulheres em trajes menores, como parece ser a regra atual.
Tal feito, de unir acessibilidade, substância e profundidade, só se costuma verificar em artistas conceituados, com idéias e imaginário próprios. E isso, Beck – e seu produtor superstar, Danger Mouse – parecem ter de sobra.
Modern Guilt
Beck
Universal
R$ 27,90
www.beck.com
terça-feira, setembro 16, 2008
BIG BROTHER DESABAFA
Produtor-símbolo do rock baiano faz reflexão sobre bandas, selo e cena
O rock baiano tem uma regra: se você não conhece Rogério Big Brother, você não conhece o rock baiano.
Big, como é mais conhecido, atua incansavelmente no cenário desde o iniciozinho dos anos 90. Experiência e história para contar, portanto, não lhe faltam.
No momento, ele atua em pelo menos quatro frentes: nas edições semanais do Remix-se (Pátio do Icba), nas mensais da Feira Hype (Largo Teresa Batista), auxiliando Messias Bandeira na organização do Boom Bahia (outubro) e dando as primeiras pinceladas no seu próprio evento, o Big Bands.
Este último ocorre sempre no primeiro domingo de cada mês, na Boomerangue, até dezembro, quando a programação culminará com um minifestival de dois dias na mesma casa, reunindo bandas locais e de fora do estado.
“Vai ser na sexta, 19, e no domingo, 21, no horário da matinê, para a molecada poder ir“, anuncia. O line up ainda não está fechado, até por que Big espera definir o elenco do Boom Bahia, para não haver atrações repetidas.
“Mas temos nomes quase certos: The Sinks (RN), Fóssil (CE) e Debate (SP). Vamos aproveitar as bandas que estão de passagem pelo Nordeste“, disse.
Outro plano para breve é colocar no ar um site decente para seu antigo selo, o Big Bross Records, resgatando sua longa história e todas as bandas e CDs que ele já lançou.
Apesar de tudo, Big ainda acha que “as coisas precisam melhorar muito“.
“Tem muita banda que grava CD pra mostrar pras namoradas, pros amigos. Vejo muito pouca gente caindo na estrada também. A última banda local que fez isso foi a Cascadura. E outra: você – no caso, o pessoal das bandas – não vai nunca tocar em São Paulo ou na Europa pela primeira vez se não tirar do próprio bolso. Ninguém fora daqui quer investir na carreira de ninguém mais, a verdade é essa“, alerta.
"Nunca mais uma banda daqui chegou e falou: vou passar seis meses, um ano em São Paulo, só batalhando pela minha banda, como Fábio e Tiago fizeram. Tá faltando culhão pra garotada", observa.
“80% das bandas que lancei pelo selo acabaram. Tô cansado de investir na carreira dos outros“, desabafa. "Nego precisa decidir se quer ser músico ou advogado. Bandas de fim de semana não me interessam mais. Fico puto por que vejo muita banda com potencial, mas os caras têm emprego, filho etc e a banda fica por último".
"Aí você chama uma banda nova pro Boom Bahia, mas ela não pode tocar por que tem músico contratado e os caras não têm dinheiro pra pagar. Aí eu é que tenho que arcar com isso? Investir, apostar que vai dar certo? Isso não dá mais. Já foi mesmo. Tenha sua banda com quantos músicos contratados quiser, mas arque com isso".
“O anonimato sobe à cabeça. Antes de cair na estrada, o cara tem MySpace, blog, fotolog, orkut, Flickr e o escambau. Mas não tocou nem em Camaçari ainda“, observa.
“Outra coisa é o paternalismo. Os amigos não têm coragem de dizer: velho, sua banda é ruim, aprenda a cantar".
"Podem dizer que é panelinha, o que quiserem, mas a real é essa: não se vai a lugar nenhum pela primeira vez se não tirar do bolso“, conclui.
BIG LINKS:
www.remix.art.br
www.boombahia.com.br
www.bigbrossprodutora.blogspot.com
www.fotolog.net/bigbrossrecs
www.myspace.com/bogbrossrecs
bbrecords@gmail.com
O rock baiano tem uma regra: se você não conhece Rogério Big Brother, você não conhece o rock baiano.
Big, como é mais conhecido, atua incansavelmente no cenário desde o iniciozinho dos anos 90. Experiência e história para contar, portanto, não lhe faltam.
No momento, ele atua em pelo menos quatro frentes: nas edições semanais do Remix-se (Pátio do Icba), nas mensais da Feira Hype (Largo Teresa Batista), auxiliando Messias Bandeira na organização do Boom Bahia (outubro) e dando as primeiras pinceladas no seu próprio evento, o Big Bands.
Este último ocorre sempre no primeiro domingo de cada mês, na Boomerangue, até dezembro, quando a programação culminará com um minifestival de dois dias na mesma casa, reunindo bandas locais e de fora do estado.
“Vai ser na sexta, 19, e no domingo, 21, no horário da matinê, para a molecada poder ir“, anuncia. O line up ainda não está fechado, até por que Big espera definir o elenco do Boom Bahia, para não haver atrações repetidas.
“Mas temos nomes quase certos: The Sinks (RN), Fóssil (CE) e Debate (SP). Vamos aproveitar as bandas que estão de passagem pelo Nordeste“, disse.
Outro plano para breve é colocar no ar um site decente para seu antigo selo, o Big Bross Records, resgatando sua longa história e todas as bandas e CDs que ele já lançou.
Apesar de tudo, Big ainda acha que “as coisas precisam melhorar muito“.
“Tem muita banda que grava CD pra mostrar pras namoradas, pros amigos. Vejo muito pouca gente caindo na estrada também. A última banda local que fez isso foi a Cascadura. E outra: você – no caso, o pessoal das bandas – não vai nunca tocar em São Paulo ou na Europa pela primeira vez se não tirar do próprio bolso. Ninguém fora daqui quer investir na carreira de ninguém mais, a verdade é essa“, alerta.
"Nunca mais uma banda daqui chegou e falou: vou passar seis meses, um ano em São Paulo, só batalhando pela minha banda, como Fábio e Tiago fizeram. Tá faltando culhão pra garotada", observa.
“80% das bandas que lancei pelo selo acabaram. Tô cansado de investir na carreira dos outros“, desabafa. "Nego precisa decidir se quer ser músico ou advogado. Bandas de fim de semana não me interessam mais. Fico puto por que vejo muita banda com potencial, mas os caras têm emprego, filho etc e a banda fica por último".
"Aí você chama uma banda nova pro Boom Bahia, mas ela não pode tocar por que tem músico contratado e os caras não têm dinheiro pra pagar. Aí eu é que tenho que arcar com isso? Investir, apostar que vai dar certo? Isso não dá mais. Já foi mesmo. Tenha sua banda com quantos músicos contratados quiser, mas arque com isso".
“O anonimato sobe à cabeça. Antes de cair na estrada, o cara tem MySpace, blog, fotolog, orkut, Flickr e o escambau. Mas não tocou nem em Camaçari ainda“, observa.
“Outra coisa é o paternalismo. Os amigos não têm coragem de dizer: velho, sua banda é ruim, aprenda a cantar".
"Podem dizer que é panelinha, o que quiserem, mas a real é essa: não se vai a lugar nenhum pela primeira vez se não tirar do bolso“, conclui.
BIG LINKS:
www.remix.art.br
www.boombahia.com.br
www.bigbrossprodutora.blogspot.com
www.fotolog.net/bigbrossrecs
www.myspace.com/bogbrossrecs
bbrecords@gmail.com
sábado, setembro 13, 2008
NANCYTA, MEZZODELIRANTE POR INTEIRO
A cantora, um dos nomes mais importantes do cenário rock/alternativo baiano, faz show na Sala do Coro pelo projeto Segundas Musicais, da Funceb, por R$ 2
Um dos nomes mais significativos do cenário alternativo local está de volta com um novo espetáculo, após quatro anos de ausência: Nancy Viegas, a Nancyta, faz show segunda-feira na Sala do Coro do TCA, apresentando o repertório do seu segundo CD solo, Mezzodelirante, que será lançado na comunidade de sites MySpace no mês que vem.
Ativa desde os anos 80, quando liderava a banda Crac! – um marco da música experimental baiana – Nancyta sobe ao palco acompanhada dos músicos Júlio Moreno (guitarra, também ex-Crac!), Tiago Aziz (baixo, idem) e Guimo Migoya (bateria). Haverá ainda participações de andré t. (produtor de Mezzodelirante) e Rex Crotus (batera dos Retrofoguetes). “Tem mais uma participação, mas é surpresa. O público só vai descobrir na hora“, promete.
No repertório, três músicas da antiga banda (como Sonhos Lerdos e O Beijo Amargo), uma do CD anterior (Nancyta & Os Grazzers, 2003) e “o resto é tudo do disco novo“, disse.
“Estamos vivendo uma época de transição na indústria da música, ninguém sabe direito como serão as coisas, se o CD acaba mesmo, se será substituído, ou não“, reflete. “Mas queremos lançar o disco físico, sim. Houve até propostas de selos, mas como não se consolidaram, ainda não sabemos quando ele sai em formato físico mesmo. Mas vai sair“, garante.
De qualquer forma, Nancyta conseguiu o mais importante: ela está satisfeita com o resultado. “Acho que estamos aprendendo. Cada vez que ouço o disco, tiro novas conclusões. Mas estou muito feliz com o resultado“, confessa.
Mezzodelirante
Show da cantora Nancy Viegas
Segunda-feira, 15 de setembro, 20 horas
Sala do Coro do Teatro Castro Alves (3117-4883)
Praça 2 de Julho, s/n, Campo Grande
R$ 2 e R$ 1
Um dos nomes mais significativos do cenário alternativo local está de volta com um novo espetáculo, após quatro anos de ausência: Nancy Viegas, a Nancyta, faz show segunda-feira na Sala do Coro do TCA, apresentando o repertório do seu segundo CD solo, Mezzodelirante, que será lançado na comunidade de sites MySpace no mês que vem.
Ativa desde os anos 80, quando liderava a banda Crac! – um marco da música experimental baiana – Nancyta sobe ao palco acompanhada dos músicos Júlio Moreno (guitarra, também ex-Crac!), Tiago Aziz (baixo, idem) e Guimo Migoya (bateria). Haverá ainda participações de andré t. (produtor de Mezzodelirante) e Rex Crotus (batera dos Retrofoguetes). “Tem mais uma participação, mas é surpresa. O público só vai descobrir na hora“, promete.
No repertório, três músicas da antiga banda (como Sonhos Lerdos e O Beijo Amargo), uma do CD anterior (Nancyta & Os Grazzers, 2003) e “o resto é tudo do disco novo“, disse.
“Estamos vivendo uma época de transição na indústria da música, ninguém sabe direito como serão as coisas, se o CD acaba mesmo, se será substituído, ou não“, reflete. “Mas queremos lançar o disco físico, sim. Houve até propostas de selos, mas como não se consolidaram, ainda não sabemos quando ele sai em formato físico mesmo. Mas vai sair“, garante.
De qualquer forma, Nancyta conseguiu o mais importante: ela está satisfeita com o resultado. “Acho que estamos aprendendo. Cada vez que ouço o disco, tiro novas conclusões. Mas estou muito feliz com o resultado“, confessa.
Mezzodelirante
Show da cantora Nancy Viegas
Segunda-feira, 15 de setembro, 20 horas
Sala do Coro do Teatro Castro Alves (3117-4883)
Praça 2 de Julho, s/n, Campo Grande
R$ 2 e R$ 1
sexta-feira, setembro 12, 2008
DIVERSIDADE CULTURAL DE FATO
A propalada diversidade cultural soteropolitana, aos poucos, começa a deixar de ser uma piada de mau gosto, para se tornar uma realidade. Pelo menos dois eventos, que começam hoje na cidade, reforçam essa sensação: o Anibahia 2008 e a Semana de Arte de Rua.
O primeiro evento é a versão local de um fenômeno mundial que tomou de assalto a juventude urbana mundo afora: a cultura pop japonesa, celebrada em convenções temática de animês (os desenhos animados) e mangás (as HQs).
O Anibahia é o maior evento do tipo no Norte-Nordeste, e como manda o figurino, abrange todas as suas modalidades, além dos animês e mangás: concursos de cosplay (onde os fã se vestem e atuam como os personagens famosos), bandas de j-pop (os temas dos desenhos), animekê (karaokê de j-pop), torneios de RPGs, exibição de vídeos, workshops, stands, palestras e o que mais se puder imaginar.
Já a Semana de Arte de Rua, que promove o primeiro Meeting Internacional Bahia Graffiti, traz a Salvador grafiteiros da França, Portugal, Colômbia, Itália, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Argélia, Alemanha Suíça, Chile e, claro, Brasil.
O evento se estenderá durante toda a semana, abrindo hoje com uma vernissage dos artistas participantes. A programação prossegue com pintura social no bairro de Massaranduba, Cine Fórum com exibição de filmes sobre graffiti na Aliança Francesa, festa de hip-hop no Pelourinho, além de oficinas de graffiti.
Para conferir toda a programação, vale visitar o blog da ICBIE: http://icbie.net/blog/.
AnibahiaHoje e amanhã, das 11 às 19 horas | Com as bandas Shadoc e Red, Concurso de Animekê, Anime Quiz e outras atrações | Faculdade Jorge Amado | Rua Luís Viana, 6775, Av. Paralela | R$ 10 antecipado, R$ 18 para os dois dias, R$13 na porta | Info: www.anibahia.com.br
Semana de Arte de RuaA partir de hoje até o dia 19 | Vernissage: hoje, às 18h30 | Instituto de Cultura Brasil Itália Europa (ICBIE, 3207-7717) | Rua Porto dos Tainheiros, 36, Ribeira
O primeiro evento é a versão local de um fenômeno mundial que tomou de assalto a juventude urbana mundo afora: a cultura pop japonesa, celebrada em convenções temática de animês (os desenhos animados) e mangás (as HQs).
O Anibahia é o maior evento do tipo no Norte-Nordeste, e como manda o figurino, abrange todas as suas modalidades, além dos animês e mangás: concursos de cosplay (onde os fã se vestem e atuam como os personagens famosos), bandas de j-pop (os temas dos desenhos), animekê (karaokê de j-pop), torneios de RPGs, exibição de vídeos, workshops, stands, palestras e o que mais se puder imaginar.
Já a Semana de Arte de Rua, que promove o primeiro Meeting Internacional Bahia Graffiti, traz a Salvador grafiteiros da França, Portugal, Colômbia, Itália, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Argélia, Alemanha Suíça, Chile e, claro, Brasil.
O evento se estenderá durante toda a semana, abrindo hoje com uma vernissage dos artistas participantes. A programação prossegue com pintura social no bairro de Massaranduba, Cine Fórum com exibição de filmes sobre graffiti na Aliança Francesa, festa de hip-hop no Pelourinho, além de oficinas de graffiti.
Para conferir toda a programação, vale visitar o blog da ICBIE: http://icbie.net/blog/.
AnibahiaHoje e amanhã, das 11 às 19 horas | Com as bandas Shadoc e Red, Concurso de Animekê, Anime Quiz e outras atrações | Faculdade Jorge Amado | Rua Luís Viana, 6775, Av. Paralela | R$ 10 antecipado, R$ 18 para os dois dias, R$13 na porta | Info: www.anibahia.com.br
Semana de Arte de RuaA partir de hoje até o dia 19 | Vernissage: hoje, às 18h30 | Instituto de Cultura Brasil Itália Europa (ICBIE, 3207-7717) | Rua Porto dos Tainheiros, 36, Ribeira
FEIRA HYPE IS BACK
Depois de um tempo desativada, a Feira Hype volta ao Largo Teresa Batista, no Pelourinho – e em grande estilo.
O retorno da FH, que se iniciou no ano passado no Pátio do Icba (Corredor da Vitória), migrou para o Pelô e depois foi brevemente interrompida, vem em boa hora para os adeptos de culturas alternativas, geralmente órfãos de boas opções do gênero em Salvador.
Nesta primeira edição da volta, o evento mensal que conta com o apoio do Pelourinho Cultural, contará com nada menos que três das melhores bandas da cidade, tocando de graça: Capitão Parafina & Os Haoles (foto), Irmãos da Bailarina e Banda de Rock.
A primeira já tem público certo, com seu bem-humorado rock de bermudas que bebe na fonte da surf music e do rock primordial. Já os Irmãos da Bailarina fazem um bem-sucedido mix de stoner rock com MPB marginal. E a Banda de Rock é, provavelmente, a melhor banda de covers de Salvador, justamente por que foge da sina de grupos do gênero, ao evitar covers já manjados e surrados.
Antes e depois de cada banda, DJs também se revezam nas pick ups, fazendo o bom e velho chiado dos discos de vinil ecoarem a toda pelo Largo Teresa Batista.
A Feira se completa com os stands espalhados pelo local, vendendo desde roupas criadas por estilistas iniciantes, até livros e discos, passando por acessórios, artesanato e obras de arte de artistas marginais. Bom programa.
FEIRA HYPE
Sábado, 13 de setembro, das 15 às 21 horas
Com as bandas Capitão Parafina & Os Haoles, Irmãos da Bailarina e Banda de Rock, duelos de DJs e stands de moda, artesanato, acessórios, livros e discos
Largo Teresa Batista, Pelourinho
Entrada gratuita
Opcional: doação de um livro para bibliotecas comunitárias
O retorno da FH, que se iniciou no ano passado no Pátio do Icba (Corredor da Vitória), migrou para o Pelô e depois foi brevemente interrompida, vem em boa hora para os adeptos de culturas alternativas, geralmente órfãos de boas opções do gênero em Salvador.
Nesta primeira edição da volta, o evento mensal que conta com o apoio do Pelourinho Cultural, contará com nada menos que três das melhores bandas da cidade, tocando de graça: Capitão Parafina & Os Haoles (foto), Irmãos da Bailarina e Banda de Rock.
A primeira já tem público certo, com seu bem-humorado rock de bermudas que bebe na fonte da surf music e do rock primordial. Já os Irmãos da Bailarina fazem um bem-sucedido mix de stoner rock com MPB marginal. E a Banda de Rock é, provavelmente, a melhor banda de covers de Salvador, justamente por que foge da sina de grupos do gênero, ao evitar covers já manjados e surrados.
Antes e depois de cada banda, DJs também se revezam nas pick ups, fazendo o bom e velho chiado dos discos de vinil ecoarem a toda pelo Largo Teresa Batista.
A Feira se completa com os stands espalhados pelo local, vendendo desde roupas criadas por estilistas iniciantes, até livros e discos, passando por acessórios, artesanato e obras de arte de artistas marginais. Bom programa.
FEIRA HYPE
Sábado, 13 de setembro, das 15 às 21 horas
Com as bandas Capitão Parafina & Os Haoles, Irmãos da Bailarina e Banda de Rock, duelos de DJs e stands de moda, artesanato, acessórios, livros e discos
Largo Teresa Batista, Pelourinho
Entrada gratuita
Opcional: doação de um livro para bibliotecas comunitárias
terça-feira, setembro 09, 2008
MICRO, SWEET RESENHAS
A bênção, Johnny Cash
Quando a lenda do country rock Johnny Cash (1932-2003) teve sua vida transformada em filme – Johnny & June (Walk The Line, 2005) –, os produtores centraram seus esforços na bela história de amor entre o Homem de Preto (como era conhecido) e sua esposa, June Carter (1929-2003), deixando outros aspectos da personalidade do artista em aberto. O que muitos de seus admiradores mais recentes não sabiam é que Cash era também um grande carola, que organizava e cantava hinos de louvor em grandes missas campais para dezenas de milhares de pessoas. Neste documentário, apresentado pelo âncora Dan Rather – o Cid Moreira ianque – os produtores e membros de sua família tentam mostrar esta faceta de Cash. Um dos depoimentos mais tocantes é o do seu filho, John Carter-Cash, que conta que seu pai, no auge do vício em bolinhas, chegou a se isolar dentro de uma caverna para se limpar das drogas – ou morrer. Graças à sua fé, Cash saiu da caverna para uma nova vida. Um belo documentário, sobre uma das histórias não-contadas do rock, recheada de performances do cantor e sua esposa.
A Música Gospel de Johnny Cash
Johnny Cash
EMI
R$ 37,90
www.johnnycash.com
Os zumbis são fichinha
Em um mundo devastado por uma praga de zumbis, um policial, sua mulher e filho juntam-se a um pequeno grupo de sobreviventes em busca de um abrigo seguro onde se possa começar a viver algo minimamente parecido com uma vida normal. Não há mais governo, não há mais televisão, não há mais supermercados ou quaisquer outros confortos. A civilização ruiu. Em um ambiente assim, o pior de cada ser humano sobe a tona. Premiada com o Eagle Awards e o HQ Mix (Melhor HQ de Terror), Os Mortos-Vivos é uma pequena obra-prima sobre quão mesquinho, covarde e malévolo o homem se torna quando pressionado por uma situação totalmente adversa. É a lógica da farinha pouca, meu pirão primeiro, levada às últimas conseqüências. Desencantado com a humanidade, o autor Robert Kirkman cria uma história de zumbis – na melhor tradição George Romero da coisa – em que os piores vilões não são os mortos-vivos, mas os vivos, mesmo. Dá uma certa depressão, pois é desgraça atrás de desgraça. Mas é também libertadora. E o leitor rói as unhas esperando o próximo capítulo. Excelente HQ.
Os Mortos- Vivos - Vol. 3: Segurança atrás das grades
Robert Kirkman / Charlie Adlard
HQM / Image
148 p. | R$ 29,90
www.hqmaniacs.com/editora
Código Da Vinci com clima noir
Rex Mundi é uma série de HQ que se passa numa realidade alternativa, onde a Europa é governada com mão de ferro pela Igreja Católica. Em meio à conspirações e mistérios ancestrais, o médico Julien Sauniére segue investigando a pista de um códice medieval roubado de uma igreja em Paris, que pode revelar ao mundo os podres dos poderosos. Claro, trata-se de mais uma variação d‘O Código Da Vinci – com a diferença de que esta série surgiu nos EUA antes do livro de Dan Brown. Neste segundo volume, O Rio Subterrâneo, a trama se aprofunda, tornando-se ainda mais intrigante. Ótimos desenhos sombrios, que ajudam a climatizar a trama de tons noir.
Rex Mundi - Livro Dois: O Rio Subterrâneo
Arvid Nelson / J / Cox
Devir
176 p. | R$ 42
www.devir.com.br
DVD triplo para dinossauro extinto
Nem todo dinossauro é exatamente um gigante. No caso do Genesis, espécime do extinto gênero progressivus erectus, cujo apogeu se deu há bilhões de anos atrás, seu retorno ao meio ambiente onde hoje grassam diversas outras espécies mais evoluídas, apenas espelha, de forma opaca, um passado glorioso, quando ocupava o topo da cadeia alimentar. Brincadeiras a parte, é triste ver, neste DVD triplo (!) documentando sua turnê de retorno em 2007, como Phil Collins se apropriou daquela que era uma das melhores bandas do rock progressivo e a transformou num grupinho de arena de gosto duvidoso para coroas desinformados. Salvam-se apenas as belas Afterglow e Carpet Crawlers. E só.
When In Rome
Genesis
EMI
R$ 62,90
www.genesis-music.com
Mais um casal de roqueiros fashion
Eles são hype, eles são fofos, eles são fashion, eles são... mais ou menos. Penúltimo hype a balançar o circuito misto rock / tendências fashion, a dupla inglesa Ting Tings, formada pelo casal Katie White (voz, guitarra e baixo) e Jules de Martino (voz, bateria e efeitos eletrônicos), surgiu na esteira do sucesso de outras duplas formadas por casais roqueiros, como o White Stripes, The Raveonettes e The Kills. A diferença é que, em termos de qualidade, os Ting Tings ainda saem devendo – especialmente em relação aos dois primeiros, obviamente superiores. De qualquer forma, o balanço de faixas como That‘s Not My Name e Great DJ cai bem nas pistas.
We Started Nothing
The Ting Tings
Sony BMG
R$ 19,90
www.thetingtings.com
30 lições de moral direto das Arábias
Belíssima coletânea de anedotas e historietas oriundas da tradição oral do Oriente Médio, selecionadas e traduzidas diretamente do árabe por Mamede Mustafa Jarouche. Cada conto se estende por pouco mais que uma página e cumpre sua função de passar ao leitor o mundo arcaico, patriarcal e mercantil-agrário da antiguidade árabe. Claro, sempre há um fundo moral para dar um “toque“ aos fiéis. As anedotas, começam pelos curiosos títulos de cada historieta: Vizir austero e juiz ligeiro, Duas histórias de Juha, o sábio bobalhão e Um pão por mil moedas de ouro, entre outros. Linda edição ilustrada para uma leitura bastante agradável.
Histórias para ler sem pressa
Anônimo
Editora Globo
80 p. | R$ 25
www.globolivros.com.br
Nostradamus só para fãs do Judas Priest
Nada contra tentar coisas novas, mas nem sempre dá certo. O Judas Priest, um ícone do heavy metal, por exemplo, tentou contar a vida do vidente Nostradamus neste álbum duplo conceitual, à moda das bandas progressivas dos anos 70. Ficou chato, com poucos momentos realmente legais, quase escondidos na grandiloquência que dá o tom das 23 (!) faixas do disco. Fãs ferrenhos poderão curtir canções como War e Revelations, mas é pouco.
Nostradamus
Judas Priest
Sony
R$ 42,90
www.judaspriest.com
Mais uma (boa) trama no Vaticano
A idéia é pra lá de batida, mas rende uma boa HQ de mistério, e portanto, horas de diversão descompromissada: o assassinato de um possível sucessor do Papa, no Vaticano, leva a uma investigação que pode revelar segredos ancestrais da Igreja Católica, desestabilizando a geopolítica mundial. Código Da Vinci, alguém? Apesar da falta de originalidade, a dupla Paul Jenkins (roteiro) e Humberto Ramos (desenhos), bem entrosada após uma longa fase na revista do Homem-Aranha, consegue envolver o leitor com a trama muito bem amarrada e os ótimos desenhos de Ramos, que surpreende quem já conhecia seus fracos trabalhos anteriores.
Revelações
Paul Jenkins / Humberto Ramos
Devir
160 p. | R$ 42
www.devir.com.br
Quando a lenda do country rock Johnny Cash (1932-2003) teve sua vida transformada em filme – Johnny & June (Walk The Line, 2005) –, os produtores centraram seus esforços na bela história de amor entre o Homem de Preto (como era conhecido) e sua esposa, June Carter (1929-2003), deixando outros aspectos da personalidade do artista em aberto. O que muitos de seus admiradores mais recentes não sabiam é que Cash era também um grande carola, que organizava e cantava hinos de louvor em grandes missas campais para dezenas de milhares de pessoas. Neste documentário, apresentado pelo âncora Dan Rather – o Cid Moreira ianque – os produtores e membros de sua família tentam mostrar esta faceta de Cash. Um dos depoimentos mais tocantes é o do seu filho, John Carter-Cash, que conta que seu pai, no auge do vício em bolinhas, chegou a se isolar dentro de uma caverna para se limpar das drogas – ou morrer. Graças à sua fé, Cash saiu da caverna para uma nova vida. Um belo documentário, sobre uma das histórias não-contadas do rock, recheada de performances do cantor e sua esposa.
A Música Gospel de Johnny Cash
Johnny Cash
EMI
R$ 37,90
www.johnnycash.com
Os zumbis são fichinha
Em um mundo devastado por uma praga de zumbis, um policial, sua mulher e filho juntam-se a um pequeno grupo de sobreviventes em busca de um abrigo seguro onde se possa começar a viver algo minimamente parecido com uma vida normal. Não há mais governo, não há mais televisão, não há mais supermercados ou quaisquer outros confortos. A civilização ruiu. Em um ambiente assim, o pior de cada ser humano sobe a tona. Premiada com o Eagle Awards e o HQ Mix (Melhor HQ de Terror), Os Mortos-Vivos é uma pequena obra-prima sobre quão mesquinho, covarde e malévolo o homem se torna quando pressionado por uma situação totalmente adversa. É a lógica da farinha pouca, meu pirão primeiro, levada às últimas conseqüências. Desencantado com a humanidade, o autor Robert Kirkman cria uma história de zumbis – na melhor tradição George Romero da coisa – em que os piores vilões não são os mortos-vivos, mas os vivos, mesmo. Dá uma certa depressão, pois é desgraça atrás de desgraça. Mas é também libertadora. E o leitor rói as unhas esperando o próximo capítulo. Excelente HQ.
Os Mortos- Vivos - Vol. 3: Segurança atrás das grades
Robert Kirkman / Charlie Adlard
HQM / Image
148 p. | R$ 29,90
www.hqmaniacs.com/editora
Código Da Vinci com clima noir
Rex Mundi é uma série de HQ que se passa numa realidade alternativa, onde a Europa é governada com mão de ferro pela Igreja Católica. Em meio à conspirações e mistérios ancestrais, o médico Julien Sauniére segue investigando a pista de um códice medieval roubado de uma igreja em Paris, que pode revelar ao mundo os podres dos poderosos. Claro, trata-se de mais uma variação d‘O Código Da Vinci – com a diferença de que esta série surgiu nos EUA antes do livro de Dan Brown. Neste segundo volume, O Rio Subterrâneo, a trama se aprofunda, tornando-se ainda mais intrigante. Ótimos desenhos sombrios, que ajudam a climatizar a trama de tons noir.
Rex Mundi - Livro Dois: O Rio Subterrâneo
Arvid Nelson / J / Cox
Devir
176 p. | R$ 42
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DVD triplo para dinossauro extinto
Nem todo dinossauro é exatamente um gigante. No caso do Genesis, espécime do extinto gênero progressivus erectus, cujo apogeu se deu há bilhões de anos atrás, seu retorno ao meio ambiente onde hoje grassam diversas outras espécies mais evoluídas, apenas espelha, de forma opaca, um passado glorioso, quando ocupava o topo da cadeia alimentar. Brincadeiras a parte, é triste ver, neste DVD triplo (!) documentando sua turnê de retorno em 2007, como Phil Collins se apropriou daquela que era uma das melhores bandas do rock progressivo e a transformou num grupinho de arena de gosto duvidoso para coroas desinformados. Salvam-se apenas as belas Afterglow e Carpet Crawlers. E só.
When In Rome
Genesis
EMI
R$ 62,90
www.genesis-music.com
Mais um casal de roqueiros fashion
Eles são hype, eles são fofos, eles são fashion, eles são... mais ou menos. Penúltimo hype a balançar o circuito misto rock / tendências fashion, a dupla inglesa Ting Tings, formada pelo casal Katie White (voz, guitarra e baixo) e Jules de Martino (voz, bateria e efeitos eletrônicos), surgiu na esteira do sucesso de outras duplas formadas por casais roqueiros, como o White Stripes, The Raveonettes e The Kills. A diferença é que, em termos de qualidade, os Ting Tings ainda saem devendo – especialmente em relação aos dois primeiros, obviamente superiores. De qualquer forma, o balanço de faixas como That‘s Not My Name e Great DJ cai bem nas pistas.
We Started Nothing
The Ting Tings
Sony BMG
R$ 19,90
www.thetingtings.com
30 lições de moral direto das Arábias
Belíssima coletânea de anedotas e historietas oriundas da tradição oral do Oriente Médio, selecionadas e traduzidas diretamente do árabe por Mamede Mustafa Jarouche. Cada conto se estende por pouco mais que uma página e cumpre sua função de passar ao leitor o mundo arcaico, patriarcal e mercantil-agrário da antiguidade árabe. Claro, sempre há um fundo moral para dar um “toque“ aos fiéis. As anedotas, começam pelos curiosos títulos de cada historieta: Vizir austero e juiz ligeiro, Duas histórias de Juha, o sábio bobalhão e Um pão por mil moedas de ouro, entre outros. Linda edição ilustrada para uma leitura bastante agradável.
Histórias para ler sem pressa
Anônimo
Editora Globo
80 p. | R$ 25
www.globolivros.com.br
Nostradamus só para fãs do Judas Priest
Nada contra tentar coisas novas, mas nem sempre dá certo. O Judas Priest, um ícone do heavy metal, por exemplo, tentou contar a vida do vidente Nostradamus neste álbum duplo conceitual, à moda das bandas progressivas dos anos 70. Ficou chato, com poucos momentos realmente legais, quase escondidos na grandiloquência que dá o tom das 23 (!) faixas do disco. Fãs ferrenhos poderão curtir canções como War e Revelations, mas é pouco.
Nostradamus
Judas Priest
Sony
R$ 42,90
www.judaspriest.com
Mais uma (boa) trama no Vaticano
A idéia é pra lá de batida, mas rende uma boa HQ de mistério, e portanto, horas de diversão descompromissada: o assassinato de um possível sucessor do Papa, no Vaticano, leva a uma investigação que pode revelar segredos ancestrais da Igreja Católica, desestabilizando a geopolítica mundial. Código Da Vinci, alguém? Apesar da falta de originalidade, a dupla Paul Jenkins (roteiro) e Humberto Ramos (desenhos), bem entrosada após uma longa fase na revista do Homem-Aranha, consegue envolver o leitor com a trama muito bem amarrada e os ótimos desenhos de Ramos, que surpreende quem já conhecia seus fracos trabalhos anteriores.
Revelações
Paul Jenkins / Humberto Ramos
Devir
160 p. | R$ 42
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sexta-feira, setembro 05, 2008
terça-feira, setembro 02, 2008
BOMBA 2: CASCADURA & PITTY HOMENAGEIAM ÚTEROS EM FÚRIA NO VMB 2008
O VMB 2008, cerimônia anual da MTV Brasil, terá homenagem especial dos baianos da Cascadura e Pitty à banda local Úteros em Fúria, extinta em 1995. A ceriMõnia será transmitida ao vivo na noite do dia 2 de outubro.
Eles deverão tocar juntos na abertura do evento - esse detalhes não está confirmado ainda - a música Inside The Beer Bottle, que o Casca vem tocando em alguns shows.
“O convite surgiu depois que a gente tocou essa música no programa Código MTV, do Lobão, que ainda irá ao ar“, conta Fábio Cascadura.
“Estamos felizes demais por isso. Se não fosse a Úteros, nem eu nem Pitty estaríamos aqui hoje. A Úteros em Fúria foi a banda que deu o start do rock baiano nos anos 90“, disse.
"É tudo muito significativo para nós, pois estão dando um espaço até então inédito ao rock baiano dos anos 90 em cadeia nacional, ao vivo", acrescentou Fábio.
A Cascadura toca todas as quintas de setembro no Bahia Café, com a cantora Endy.
Para saber mais sobre a Úteros em Fúria, leia este post no blog Clash City Rockers:
http://clashcityrockers.blogspot.com/2006/04/i-wanna-feel-alright.html
Eles deverão tocar juntos na abertura do evento - esse detalhes não está confirmado ainda - a música Inside The Beer Bottle, que o Casca vem tocando em alguns shows.
“O convite surgiu depois que a gente tocou essa música no programa Código MTV, do Lobão, que ainda irá ao ar“, conta Fábio Cascadura.
“Estamos felizes demais por isso. Se não fosse a Úteros, nem eu nem Pitty estaríamos aqui hoje. A Úteros em Fúria foi a banda que deu o start do rock baiano nos anos 90“, disse.
"É tudo muito significativo para nós, pois estão dando um espaço até então inédito ao rock baiano dos anos 90 em cadeia nacional, ao vivo", acrescentou Fábio.
A Cascadura toca todas as quintas de setembro no Bahia Café, com a cantora Endy.
Para saber mais sobre a Úteros em Fúria, leia este post no blog Clash City Rockers:
http://clashcityrockers.blogspot.com/2006/04/i-wanna-feel-alright.html