Maurício Baia volta à Bahia divulgando CD com shows em Vitória da Conquista, Santo Amaro, Feira de Santana e Salvador
Músico experiente no belo e duro caminho da independência artística, Maurício Baia é velho conhecido dos frequentadores do circuito underground desde os anos 1990, quando percorreu o País de Norte a Sul com sua antiga banda, Baia & Os Rockboys. Em mini-turnê pela Bahia, Baia mostra agora o repertório do seu primeiro CD-solo, Habeas Corpus, lançado no final de 2006.
Serão quatro shows passando por quatro cidades: Vitória da Conquista (dia 14), Santo Amaro (dia 15), Feira de Santana (dia 17) e Salvador (dia 20). Apenas em Conquista, Baia ainda ministrará no dia 13 o workshop Como conduzir a carreira no mercado independente do Brasil - prática na qual conta com larga experiência, dados os seus 15 anos de carreira predominantemente independente. Show e workshop serão no Teatro Espaço Atuar.
Em Santo Amaro, o show será no Teatro Dona Canô, e em Feira, no Centro de Cultura Maestro Miro. Todos os shows serão acústicos (voz e violão) e o ingresso custa apenas um quilo de alimento. O projeto da turnê pelo interior, tocado por dois produtores baianos (João Mendonça e Sandro Santana), foi viabilizado através do Fundo de Cultura da Secult.
O show de Salvador, na Boomerangue (Rio Vermelho), é a exceção. Como ele não estava incluído no projeto para a Secult, terá o ingresso cobrado em dinheiro mesmo.
A vantagem é que aqui, Baia terá o acompanhamento luxuoso de uma banda formada por três bons músicos da cena local: Graco (da banda Scambo) na guitarra, Renato Nunes (da Diamba) no baixo e Thiago Trad (da Cascadura) na bateria.
Mas que não se espere um show mambembe só porque ele tocará com uma banda improvisada: "os meninos receberam o repertório do show desde a semana passada para ensaiar entre eles mesmos. E eu ainda terei mais dois ensaios com eles em Salvador na segunda e terça-feira antes do show na quarta", garante o próprio Baia, empolgado.
Três Naturalidades - Maurício Baia é um brasileiro privilegiado. Nascido em Salvador, foi morar ainda criança no Recife, onde viveu por nove anos. Há vinte anos, contudo, está radicado no Rio de Janeiro.
"Meus pais vivem no Recife e outra parte da minha família mora em Salvador. Então eu costumo dizer que tenho três naturalidades: baiana, pernambucana e carioca", brinca.
O interessante, ouvindo o seu trabalho desde o primeiro CD com os Rockboys, Na Fé (1995), é como essa tripla naturalidade se reflete de forma bastante positiva na sua música.
Uma música que é essencialmente urbana, mas que apresenta inequívocos toques regionais. Baia processa rock, baião, cantoria e MPB, entre outros ritmos e estilos, com uma desenvoltura característica de quem ouviu com muita atenção a obra de mestres como Raul Seixas e Zé Ramalho.
Solo - Com 15 anos de carreira, Baia caiu no rock no início da década de 90, quando formou os Rockboys. Seu primeiro CD, Na Fé, foi também o primeiro disco lançado pelo lendário selo Fora da Lei, do produtor Tom Capone, (morto em 2004), e que pouco depois lançaria artistas como Wander Wildner e Bia Grabois.
Com seu jeitão abertamente raulseixista, o CD foi um sucesso no circuito underground, levando Baia e cia para tocar em todo o Brasil, incluindo Salvador, onde fizeram uma inesquecível estréia local durante o extinto Garage Rock Festival de 1996.
Com a relativa notoriedade, o grupo conseguiu descolar um contrato com a então emergente Deckdisc, por onde laçou Overdose de Lucidez (1998). Em 2001, de volta à independência, soltou Entrada de Emergência, que não chegou a fazer muito barulho.
Em 2004 veio o baque: seu guitarrista e amigo Tonho Gebara, que também tocava na banda de reggae Natiruts, morreu de ataque cardíaco. Daí para a carreira-solo foi um pulo.
"Na verdade, antes do Tonho morrer, eu já pensava em fazer um disco-solo. Aí, quando ele morreu, eu dissolvi os Rockboys. Não faria nenhum sentido continuar a banda sem ele", conta o músico.
Baia passou quase todo o ano de 2006 gravando o que viria a ser o seu primeiro CD-solo, Habeas Corpus - que acabou sendo lançado em dezembro daquele mesmo ano, com um show no Circo Voador (RJ).
"A grande diferença da carreira-solo para estar em uma banda é que, sozinho, as diretrizes do trabalho e todas as decisões ficam por minha conta mesmo. Enquanto que em uma banda, tudo é compartilhado, há um envolvimento maior dos músicos com quem você toca", observa.
CD novo, ele só pensa em gravar no ano que vem. "No circuito independente você pode trabalhar mais seu CD. Ainda quero divulgar mais o Habeas Corpus antes de partir pra outra", conclui.
Projeto Baia na Bahia | Vitória da Conquista: Dia 13: Workshop: Como conduzir a carreira no mercado independente do Brasil | Dia 14: Show acústico | Santo Amaro | Dia 15: Show acústico | Feira de Santana | Dia 17: Show acústico | Ingresso para todos os dias: um quilo de alimento
Baia em Salvador | Show com banda de acompanhamento | Com DJ Mangaio | Dia 20, às 22 horas | Boomerangue (Rua da Paciência, 307 - Rio Vermelho) | R$ 15
o som de baia é decente só q o cara naum é badalado. se fosse autoramas tava cheio de comntario cult
ResponderExcluirO cara é bom, mesmo. Não gosto de tudo o que ele faz, o mas o bicho tem talento, carisma e canta muito bem. Torço por ele.
ResponderExcluirNão tem jeito, Will Ferrel é meu ídolo.
ResponderExcluirHeidi Klum e Will Ferrell esbanjam sensualidade em ensaio de Semi-Pro
http://www.omelete.com.br/cine/100010877/Semi_Pro.aspx
Mal posso esperar para ver esse filme.