Cobalto, a melhor banda local de heavy metal da atualidade toca hoje
Tóxico em grandes quantidades e benéfico em pequenas, o cobalto é um metal de cor azulada, cujo nome vem do alemão kobold, "espírito maligno" ou "demônio das minas". Os próprios mineiros lhe chamaram assim, porque acreditavam que um duende roubava a prata e deixava o cobalto, sem valor comercial e nocivo, no lugar.
Um nome adequado, portanto, à melhor banda baiana de heavy metal na atualidade - até prova em contrário. Formada em 1999, a Cobalto chega agora ao segundo CD, Metamorphic, com um show na casa noturna Malagueta, tendo na abertura as bandas Veuliah, Templarius e Dryad, também experimentadas no cenário metálico local.
Em 2005, pouco depois de lançar seu primeiro disco, Elemental, o grupo teve a oportunidade de viajar à Finlândia, onde inicialmente fariam apenas 7 shows previamente agendados. As apresentações impressionaram tanto o público, a crítica e o manager local, que a estadia a princípio curta acabou sendo de nove meses.
"Tocamos pela Finlândia toda, Alemanha, Suécia, Noruega, Bélgica e República Tcheca", enumera Daniel Dattoli, guitarrista. Na República Tcheca, se apresentaram no festival Masters Of Rock, onde subiram no mesmo palco que muitas das bandas que o influenciaram, como Kreator, Apocalyptica, The Gathering, Master Plan e Whitesnake.
Dessa viagem, voltaram impressionados com a popularidade que o heavy metal goza no país de Mika Häkkinen (corredor de Fórmula 1). "O metal na Finlândia é que nem o pagode aqui. Toca como música ambiente nos corredores dos shoppings, uma coisa incrível", se admira.
No show desse sábado, a banda estará fazendo o lançamento oficial de Metamorphic no Brasil. "Ainda nesse primeiro semestre, pretendemos tocar pelo Nordeste e depois, descer para o Sudeste. Vamos ver se rola", afirma Dattoli.
Uma segunda turnê pela Europa é uma possibilidade, mas ainda depende de conversações. "Estamos negociando para ir lá no verão europeu, entre julho e agosto", revela.
Representante inequívoco do heavy metal trampado, com arranjos bem elaborados e afiados musicalmente, a Cobalto demonstra fôlego de sobra para se firmar como mais uma banda brasileira que faz mais sucesso no exterior do que no Brasil.
"Temos muita influência das bandas clássicas, como Metallica, Slayer e Pantera, mas absorvemos tudo, inclusive música brasileira, querendo ou não. Tudo isso se reflete no som", observa o músico.
Para esquentar, a Cobalto fez shows em dezembro em Fortaleza e em Paulo Afonso.
Lançamento do CD Metamorphic
Com as bandas Cobalto, Veuliah, Templarius e Dryad
Hoje, sábado 12 de janeiro de 2008, às 20 horas
Malagueta, na R. do Xaréu, lote 1, Pituaçu (Praia do Corsário, em frente a churrascaria Sal e Brasa, 3264-0729)
R$ 10 (antecipado) e R$ 20 (ingresso + CD Cobalto)
Censura: 16 anos
COM CITAÇÕES DE JUNG, CD VERSA SOBRE A INQUIETUDE
De forma tranquila e sem medo de errar, é possível dizer que Metamorphic é mais uma obra-prima do subterrâneo heavy metal local, berço de grandes bandas do estilo como Headhunter DC (que completou 20 anos em 2007), Drearylands, Mistifyer e Malfector.
Conceitualmente sofisticado, o álbum é um ensaio sobre os sentimentos humanos elaborado a partir de textos do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), que aliás, tem um trecho de texto declamado na faixa The Psyche Lives (A Psiquê Vive).
Dividido em três partes, o disco versa sobre as inquietações, anseios e angústias do homem na sociedade contemporânea, o medo de se perder e se ferir. A faixa de abertura, Fearing to Bleed (Com Medo de Sangrar) é exatamente sobre isso - e a carta de intenções de Metamorphic. Vale citar que o grupo contou com a colaboração de Sérgio Franco Filho, ex-vocal da extinta Automata, nas letras e na conceituação do CD.
O som é como deve ser: uma porrada na orelha, alternando momentos velozes e brutais com refrões surpreendentemente melódicos, cortesia do vocalista Viktor Lemoz.
Este é uma revelação. Versátil, remete diretamente aos mestres Max Cavallera (ex-Sepultura) e Phil Anselmo (ex-Pantera) quando rasga a voz. Mas quando a solta de forma natural nos refrões , surpreende com melodiosidade e suavidade.
A banda como um todo é extremamente competente, e nas mãos hábeis do produtor Jera Cravo - um especialista em sons pesados - rende que é uma beleza.
O baterista Louis, aliás, há muito tempo já é um dos melhores músicos baianos no seu instrumento, desde os tempos em que tocava nas bandas Shadows e Drearylands, do vocalista Leonardo Leão (hoje nos Mizeravão). O homem é pura precisão, peso e velocidade sem limites.
www.cobalto1.com/
www.myspace.com/cobalto
WOODSTOCK FAVELA DE VERÃO 2008:
MUITO ROCK, PALESTRAS, WORKSHOPS, ABRAÇO COLETIVO E RASGA-SACO (?)
Quem anda cansado de tanto ensaio, sarau e pagode tem uma ótima opção para fugir do lugar comum do verão soteropolitano na festa Woodstock Favela de Verão 2008.
O "evento", que acontece hoje em uma casa em Lauro de Freitas é uma divertidíssima tiração de sarro com os festivais sérios de música alternativa que acontecem em todo o Brasil.
Além de shows de boas bandas do cenário rocker local, como The Honkers, Hoje Você Morre, Machina e Cissaguimarães, entre outras, os organizadores criaram um esdrúxulo e hilariante programa de atividades, palestras e workshops.
Entre as oficinas, os participantes poderão escolher entre Aprenda a tocar guitarra solando rapidamente com João Gabriel, ou Imite John Bonham você também com Glauco Neves.
Já as palestras apresentam temas absolutamente trepidantes e relevantes, tais como: Pegação no Verão: A Importância do Trivela para a cultura baiana, com Freak Bartolomeu, Analise sua conta de água, com Dedé Doravalho e Como deixar de ser roqueiro passo-a-passo, com Giba, são apenas alguns exemplos do espírito tresloucado da festa.
Haverá ainda recital de poesias, rasga-saco, abraço coletivo e aulas de surf na piscina.
Woodstock favela de verão 2008
Com The Honkers, Hoje Você Morre, Cissaguimarães, Machina e muitas outras bandas, DJs, palestras e workshops
Hoje, a partir das 9h
Loteamento Bosque dos Quiosques, Rua A, quadra H, Lote 31, Lauro de Freitas (Casa de muro verde)
R$ 5
podcast terça?
ResponderExcluirBoa!
ResponderExcluirO ouro nos paises de Primeiro Mundo é que nem a bosta aqui no inferno do Milésimo Mundo. Tem em toda parte.
ResponderExcluirO metal ouro nos países de Primeiro Mundo é que nem a merda aqui no Inferno. Tem em toda parte.
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