As melhores histórias de terror costumam partir de idéias muito simples, porém diabólicas. Chupadores de sangue. Criaturas metade homem, metade lobo. Mortos que se levantam do cemitério. Mas com o tempo e o uso indiscriminado, essa mitologia do horror acaba se desgastando. Daí, de vez em quando, surge a necessidade de se abordar esses mesmos mitos sob um novo ângulo, ou no mínimo, com alguma originalidade.
Foi isso que conseguiu o escritor americano Steve Niles ao criar, em parceria com o desenhista Ben Templesmith, a minissérie em três edições 30 dias de noite, lançada nos EUA no início da década pela editora IDW. Lançada no Brasil (encadernada em um único volume) em 2003 pela Devir, 30 dias de noite volta agora às livrarias numa segunda edição, aproveitando o burburinho causado pela estréia da adaptação para o cinema - na última sexta (7.12) em todo o Brasil, com ótimas resenhas dos críticos.
Sua premissa básica, como costuma acontecer com os melhores clássicos do terror, é diabolicamente simples. Barrow, no Alasca, é uma cidadezinha gelada, mas pacífica.
Localizada no extremo norte da América do Norte, quase no circulo Ártico, tem de conviver todos os anos com mais de dois meses inteiros de sol a pino (no verão, entre 10 de maio e 2 de agosto) e 30 dias de noite (no inverno, entre 18 de novembro e 17 de dezembro).
Localizada no extremo norte da América do Norte, quase no circulo Ártico, tem de conviver todos os anos com mais de dois meses inteiros de sol a pino (no verão, entre 10 de maio e 2 de agosto) e 30 dias de noite (no inverno, entre 18 de novembro e 17 de dezembro).
Ora, se tem uma coisa que os vampiros têm medo, de acordo com a mitologia clássica, é do sol. Dessa forma, uma cidade mergulhada na escuridão durante trinta dias ganha contornos claros de um farto banquete para chupadores de sangue mais espertos.
É isso que acontece com Barrow. Um grupo de 20 vampiros, muito bem preparados, ruma para a cidade bem no momento em que o sol se põe pela última vez antes dos 30 dias noturnos. Cortam toda a comunicação com o mundo exterior, o fornecimento de energia, e por fim, bloqueiam as saídas da localidade.
Transformada em uma ratoeira gigante, os vampiros atacam de surpresa a população indefesa, gerando cenas de puro horror, com muito sangue espirrando, vísceras expostas e desmembramentos, magnificamente deitados no papel pela arte pintada em tons impressionistas de Ben Templesmith.
Em meio ao deus-nos-acuda, Steve Niles centra sua narrativa na dramática luta de um casal de policiais para se salvar e expulsar os monstros da cidade. Contar mais é estragar as surpresas que os autores reservaram para os leitores.
Mas há que se destacar o excelente trabalho da dupla ao criar uma atmosfera realmente aterrorizante para seu pequeno conto de horror. O isolamento dos personagens, o frio, a morte iminente e a presença abjeta dos vampiros são quase palpáveis, proporcionando uma leitura perturbadora - e também muito divertida para os apreciadores do gênero, finalmente brindados com uma história realmente original de vampiros.
30 dias de noite fez tanto sucesso que, além de gerar duas continuações em HQ, ainda deu uma bela alavancada nas carreiras dos dois autores, hoje considerados nomes quentes na indústria americana de entretenimento.
As continuações, Dias sombrios e Retorno à Barrow, já foram lançadas pela mesma Devir, em edições bem-cuidadas. Com o bom resultado que o filme vem tendo nas bilheterias, é bem capaz que em breve vejamos as segunda e terceira parte da Trilogia de Barrow em cartaz nos cinemas.
30 dias de noite
Steve Niles / Ben Templesmith
Devir
88 p. R$ 29,90
www.devir.com.br
Man, tô acabado do Boom Bahia aqui.
ResponderExcluirFiquei lá no Pelô de pé das 14 horas até o fim do show de Wander Wildner, quase 23h.
Mas foi lindo. Messias e todas as bandas e DJs que tocaram e o pessoal que trabalhou na organização estão de parabéns: Jandyra, Apú (o cara tava imundo de trabalho braçal mesmo, mas com um sorriso de satisfação no rosto), Big Brother (que massa ver aquela figura maravilhosa entre nós de novo), os feirantes, os bares, tava tudo nos conformes.
Momento histórico - e histérico - para o rock local. E Mestre Messiah já garantiu que em julho tem mais! Uhú!
(Brama, sinta-se à vontade para colocar um texto-resenha mais detalhado no blog. Se quiser, me envie que eu publico!).
Os comentarios do Clash City Rockers estão abertos. Podem deixar la' tb suas impressões. Amanhã gravação do podcast especial sobre o Boom Bahia. Brama, Chico, Messias, todos convocados.
ResponderExcluirNotinha para amanhã no 2.
ResponderExcluirBoom Bahia lota praça do Pelourinho
O festival Boom Bahia foi um enorme sucesso, com a Praça Teresa Batista lotada (1,5 mil pessoas) nos dois dias do evento. Graças ao apoio do Pelourinho Cultural – que cedeu o espaço e estrutura –, a organização foi perfeita, com poucos atrasos. No sábado, o libidinoso grupo cearense Montage atraiu a comunidade GLS em peso. Cascadura, Rebeca Matta, Theatro de Seraphin e Pessoas Invisíveis também foram muito elogiados pelo público. E no domingo, antes de Wander Wildner (RS) lavar a alma da galera com um show antológico, Snooze (SE), Ronei Jorge, Retrofoguetes e Berlinda quebraram tudo com gosto. E que venha o Boom Bahia 2008!
O pessoal do caderno Dez! lançou uma cobertura no seu blog:
http://www.atarde.com.br/capa/
É só clicar no linque da chamada para o Boom Bahia.
Chicovisky,
ResponderExcluirtudo bem que você queria aumentar a audiência do vespertino, mas bem que poderia dar logo o lique direto, que é este aqui, ó
http://blogdodez.atarde.com.br/
P.S Não ia dizer nada porque hoje em dia sou um homem de paz, mas a cobertura no referido blog tá, deixe-me ser gentil, ruim pra caralho.
Ai, ai... (suspiro).
ResponderExcluirnos do rock loco e do ch vacilamos.era pra ter um banner com nossos endereços virtuais no festival. e aí vai rolar fusão ou não vai?
ResponderExcluirerrata: nos do rock loco e do clash city
ResponderExcluirOlha, eu andei pensando sobre esse lance da fusão e cheguei à conclusão de que é melhor dois blogs na mão do que um voando.
ResponderExcluirPara quê limitarmos as opções, até mesmo da massa de leitores que sabemos que existem, mas não se manifestam?
Acho que é mais interessante mantermos os dois em paralelo, como dois pontos de força para a cena, ao invés de um só - e tb para os interesses de cada blog, como quadrinhos, no caso do RL.
Até para mantermos as identidades de cada um, que são muito interessantes por si só (modéstia inclusa no que se refere à este blog).
No CCR vc tem as visões mais acuradas de Marcos e Nei (salvo eventuais colaboradores), sempre muito francos, profundos e diretos, além dos ótimos saques de cada um.
E aqui vc tem minha produção jornalística (mais as colaborações eventuais de Brama), além das dicas incessantes de linques e notícias interessantes nos comments.
Acho que, ao misturarmos as duas coisas, correríamos o risco de descaracterizar os dois blogs, perdendo boa parte do que os tornam legais e interessantes.
Posso estar errado ou viajando na maionese, mas por enquanto, essa é minha opinião, galera.
Espero que vcs não se zanguem comigo...
É claro que essa questão ainda será alvo de debates e reflexões em assembléia ;-) e estou aberto a ouvir a todos, sempre de forma democrática e civilizada, como fazemos entre nós, aliás.
ResponderExcluir(Chico, afiando a pêxera).
;-)
Quem vacilou foi Messias, Osvaldo :) Mandei a proposta para uma troca de links com o Festival, mas o cara deve ter ficado zureta essas ultimas semanas e se passou total.
ResponderExcluirQuanto à fusão, acho que concordo com Chico. Além do mais criamos ja' um 'ring' com a troca de selos que, acho, ja' estabelece uma parceria forte. Deixa essa blogsfera rocker soteropolitana mais plural.
E amanhã, vamos fazer essa 'mesa redonda' sobre o Boom Bahia e o que podemos extrair dessa estoria toda? Como diz Messias, se não for agora, sera' da proxima vez. O que acrescento: mas, melhor que seja agora.
É como diria o sábio Eddie Van Halen: RIGHT NOW! NOT TOMORROW!
ResponderExcluirDuh!
vcs tem razão.
ResponderExcluirnao sei se estou viajando, mas achei todo mundo mais feliz hoje depois do boom bahia.é um daqueles momentos para guardar-mos na nossa memoria afetiva. vamos saborear o momento, pois apesar de estar programado outro para julho , na bahia(ia' ia') a unica coisa previsivel é a imprevisibilidade.
ResponderExcluirO companheiro Franciel sempre atento, mais ainda assim ameno!
ResponderExcluirO tál blog é veiculado a um jornal de exclusiva circulação na cidade, mais quem não presta atenção, pensa que está lendo algo feito por uma "renka" de gente sem noção de tempo e espaço, com idade metal de 12 anos pra menos. Como alguém que se diz jornalista vai para um evento dizendo estar fazendo cobertura dele e chega horas depois de iniciado e nem sabe direito as atrações.
Me bata um abacate!!!
Confirmado: foi a branquinha (não a cachaça) que matou Kevin DuBrow, do Quiet Riot.
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u353665.shtml
Será que alguém lança essa pérola da cultura trash no Brasil?
ResponderExcluirSérie televisiva do Monstro do Pântano será lançada em DVD
http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/n11122007_02.cfm
Adoro esses fumetti da Bonelli Editore. Eles têm uma elegância clássica européia que faz toda a diferença, com lindos desenhos em P&B e aventuras em locais exóticos. Eles ainda fazem HQ como antigamente: sem nenhum psicopata usando a cueca por cima das calças nem revelações bobásticas a cada número. Apenas boas histórias de aventura, policiais, western e terror, muito bem contadas e produzidas. Esse é um novinho, ainda não publicado no Brasil:
ResponderExcluirVolto Nascosto é o novo título da Bonelli:
http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/n11122007_01.cfm
ô Chico, acho que ainda não vi vc comentar sobre Persepolis, da Marjane Satrapi; a iraniana que vive em Paris e que levou sua saga pras telas e abacanhou um prêmio em Cannes. o filme não entrou aqui no Brasil? porque os quadrinhos já estão traduzidos pro português. estória completamente rock'n'roll.
ResponderExcluirComo diria George Harrison, meu beatle preferido aliás, "love comes to everyone"....
ResponderExcluirCisne 'apaixonado' por pedalinho vira atração na Alemanha
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/12/071211_cisnecrescenti_fp.shtml
Bicho, não só conheço, como fiz matéria de capa pro 2 sobre a série, já falando do filme e tudo, acho que em abril passado, logo que a Cia das Letras lançou o 4º e último volume por aqui.
ResponderExcluirPensei até que tinha publicado no blog, mas estranhamente, não o fiz.
Mas já recuperei o texto. Vou só dar uma guaribada nele e publico no fim dessa semana, beleuza?
Foi até bom esse toque para reparar essa falha e publicar essa matéria aqui, porque vale a pena conhecer esse material tão bacana.
Que bom, depois de tentar duas vezes publicaram meu comentário lah no blog do Dez.
ResponderExcluirhihihihihiiiiiiii
Pescada do blog de Franciel...
ResponderExcluirAtaques de Paulo Henrique Amorim são patrocinados:
http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=208761
Depois daquela coisa marromenos que foi Embriagado de Amor, Paul Thomas Anderson (Magnólia, Boogie Nights), parece que acertou de novo...
ResponderExcluirCríticos elegem "There Will be Blood" o melhor filme de 2007
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u353593.shtml