Bruce, ainda descaralhante de bom
Magic, o novo de Bruce Springsteen é descaralhante de bom. Confirma as criticas que alçam o disco a categoria de obra-prima. Acho que poucas pessoas, fora os fãs do cara, esperavam um petardo tão violento dele a esta altura do campeonato. é um disco para quem gosta de rock'n'roll, na linhagem de phil spector. uma parede de som maciça e compacta sustenta melodias epicas belissimas, cantadas a plenos pulmões de forma derramada, impulsionada por uma sessão ritmica dos infernos (com a E-Street Band botando pra fuder), só que envolto num tom algo desesperançado. Bruce (the boss) Springsteen retoma o som bombastico de "born to run", e o rock'n'roll exarcerbado do "the river" sem o populismo rocker do"born in the usa". o (ex)otimista ficou sobrio e sombrio, coisas da América de bush. o disco é excelente do começo ao fim , mas atinge picos com a ácida "you'll be coming down", com o delirio sonoro de "gypsy biker", com a byrdsiana e cabeçona "your worst own enemy", e com as contaões crueis de " girls in their summer clothes". Melhor coisa que escutei até agora este ano. Fuckin' rock'n'roll jukebox. (Micro-resenha por Osvaldo Bramz).
Magic
Bruce Springsteen
Sony
Us$9.99 (na Amazon)
www.brucespringsteen.net
Escocesa passa no teste do 2º disco
Depois do sucesso do disco de estréia, Eye to The Telescope (2005), a cantora folk pop escocesa KT Tunstall passou com dignidade pelo duro teste do segundo álbum. Drastic Fantastic não é brilhante, mas deverá manter fiéis seus fãs de primeira hora, além de lhe garantir novos. A faixa de abertura, Little Favours, é uma pérola pop de levada envolvente, intrumental vigoroso, melodia vocal marcante e refrão pegajoso (no melhor sentido do termo). Apesar de ser a melhor faixa do CD, isso não quer dizer que agora é só tirar o disquinho do aparelho e pronto. If Only, Hold On, Funnyman e I Don‘t Want You Now acrescentam qualidade ao conjunto final, fazendo um disquinho bem agradável de ouvir. A arte de capa e o encarte são um show à parte.
Drastic Fantastic
KT Tunstall
EMI
R$ 31,90
www.kttunstall.com
A obra oculta de Mrs. Shelley
A escritora inglesa Mary Shelley (1797-1851) ganhou fama imorredoura e reservou um lugar para si na cultura universal quando escreveu Frankenstein, ou o Prometeu moderno (título original), obra-prima do terror que refletia sobre a fragilidade do espírito humano e a busca pelo outro em um contexto assustador que misturava romance, horror e sci-fi. E é na mesma seara da ficção científica que a Editora Landmark lança em edição bilíngüe, outra obra da autora até hoje inédita no Brasil: O último homem. Considerada ainda mais rica e complexa do que o velho Frank, nesta obra, Shelley tratou da extinção da humanidade após uma pandemia. Parece atual?
O último homem
Mary Shelley
Ed. Landmark
496 p. R$ 51,50
www.editoralandmark.com.br
Chiclete remasterizado
Em um Brasil cada vez mais careta, violento e fútil, essa coleção em 16 números da revolucionária revista Chiclete com Banana (1985-1995), vem mais do que a calhar. Oásis de inteligência, anarquia e idéias, a revista do cartunista Angeli não apenas revelou uma fantástica geração de humoristas e artistas gráficos (Laerte, Glauco, Luiz Gê, entre outros), como gerou revistas filhotes: as igualmente saudosas Circo, Geraldão e Piratas do Tietê. A acidez das críticas disparadas para todos os lados era tanta, que praticamente escorria da revista. Cumprindo o papel de resgatar essas páginas indispensáveis do história dos quadrinhos, do humor e do jornalismo brasileiro, a Editora Devir convocou o publisher original Toninho Mendes e incumbiu o Pequeno Lobatinho (um de seus personagens na revista) de selecionar, entre as 2.300 mil páginas produzidas, 800 com o que de melhor foi publicado ao longo dos vinte e poucos números da revista. Serão 16 volumes de Chiclete com Banana - Antologia Para Colecionadores, todos os meses nas bancas. Os números 1 e 2 já saíram, apresentando em suas capas o emblemático Bob Cuspe e a assanhada Mara Tara, respectivamente. No nº 1, os destaques são o próprio punk da periferia (Bob), Los 3 Amigos (e seu encontro com o temido León de Tchácara), Penas (HQ antológica de Laerte), Rê Bordosa e o próprio Angeli em Crise. Já no nº 2, atenção para o atualíssimo dossiê sobre o movimento New Imbeciw, Doy Jorge (de Glauco), o guru Ralah Rikota ("Os homens levantem os braços e as mulheres, as saias") e seu clássico encontro com Mr. Natural (personagem similar de Robert Crumb). Básico, indispensável.
Chiclete com Banana Antologia
Angeli, vários
Sampa / Devir
48 págs. R$ 5,90
http://www.devir.com.br/
Pop banal + Cique de Soleil = Pink
No DVD Live From Wembley Arena, a cantora Pink oferece aos seus fãs não apenas um show filmado no famoso estádio inglês de Wembley com seus maiores sucessos, mas uma megaprodução, com direito a muitas coreografias com bailarinos incansáveis, diversas trocas de figurino, cenários majestosos e até mesmo acrobacias circenses da moçoila - em ótima forma física, diga-se - em tecido. Nada contra, mas toda essa perfumaria parece mais um artifício para desviar a atenção das composições banais que formam a sua obra. Enfim: um show de música que mais parece uma sessão do bregão e insuportável Cirque de Soleil. Socorro!
Live From Wembley Arena
P!nk
Zomba / Sony
R$ 44,90
http://www.pinkspage.com/
Anos 80 e a arte do culto ao nada
A onda de nostalgia barata que ocasionou o enorme sucesso das festas Ploc 80's suscita a seguinte pergunta: o que já era ruim vinte, 25 anos atrás, de repente ficou bom? A mera passagem do tempo deu uma nova perspectiva para barbaridades do nível de Mama Maria (Grafitte), Chorando Se Foi (Kaoma), Tindolelê (Cid Guerreiro) ou Reluz (Marcos Sabino)? A resposta é não - para certas coisas simplesmente não há salvação, por pior ainda que o cenário nacional tenha ficado desde então. O fato é que as pessoas estão tão desesperadas por qualquer emoção barata que acabam caindo na nostalgia do culto ao nada. O retrato (cultural) de uma nação.
Festa Ploc 80‘s 2
Vários
Performance
R$ 19,90 (CD)
http://www.performance.art.br/
Engraçado, isso.
ResponderExcluirNão mais que 5 anos atrás, quadrinhos e filmes de zumbi eram coisa de nerd, de mané. Sofri preconceito minha adolescência inteira na escola quando aparecia com uma revista em quadrinhos embaixo do braço. "Nossa, vc lê isso?", perguntavam, me olhando de cima pra baixo. O engraçado é que a pergunta geralmente partia de patricinhas semi-analfabetas que não liam nem outdoor na rua, coitadas.
Mas hoje, ler quadrinhos e gostar de filmes de zumbi é algo supercool. Rosario Dawson escreve HQs, pô!
Justiça tardia ou modinha passageira?
Bom, deixa as crianças se divertirem, né?
http://br.noticias.yahoo.com/s/02112007/11/entretenimento-zombie-walk-reune-zumbis-no-rio-sp.html
Ah! Volto a reforçar: EXTERMÍNIO 2 é o filme de zumbi do ano, bom demais. O grande lance do filme é que, nele, os humanos passam mais tempo fugindo dos militares americanos que ocuparam Londres do que dos próprios zumbis. O filme também revela a origem e o nome do vírus que transforma as pessoas em zumbis e o resultado é bem perturbador. Aterrador, alucinante, filmaço.
Bramis, incluí seu comentário como micro-resenha. Quando tiver outros desse, man, me envie que eu incluo como post, mesmo... É até uma forma de vc voltar a colaborar com o blog...
ResponderExcluirSaudações. Mr. Nei Bahia e este que vos escreve, os unicos djs sem pseudônimos nesta terra :), voltam a movimentar o chão do Rio Vermelho nas modorrentas tarde de domingo. Desta vez o local do crime vai ser o Café & Cognac, na Fonte da Boi. Lugar bacaninha e tal que os vermes aqui vão tratar de transformar em templo da soul music. Soul Sundays no dia 11 trazendo o melhor da Motown, northern soul, Stax, acid jazz e, até, Amy Winehouse :) Se vc for amigo de Nei ainda corre o risco de ganhar uns drinks de graça. E' sério. Groove it e fuck off Faustão.
ResponderExcluirhttp://soulsessions.multiply.com
Ah, sim. A entrada é franca ;)
ResponderExcluirentão marcos esta na hora de vc e nei acharem uns pseudônimos. c´mon man, exercite seu alter-ego soul. e chicão , mesmo que a moda de hqs seja passageira, curta a onda enquanto ta rolando , afinal não é possivel que nem um minimo de cultura pop seja absorvida pela juventude baiana neste tempos de internet movel. e não esqueçam , o boss avisa, seu proprio pior inimigo chega a cidade.
ResponderExcluirCê tá certo, Bramis, tem que aproveitar o bom momento...
ResponderExcluirE Marcos e Nei, tb dou a maior força para vcs usarem pseudônimos!
Ok, ok. Mas Brahma é Dj Bramis e Chico é Dj Chicão. Que catzo de pseudônimos são esses? :)
ResponderExcluirMais um aviso: Andrea May, responsavel pela programação do Café & Cognac acabou de me avisar que a caipirinha no domingo é dupla. Good practice.
marcos, é bramz , uma piada com o apelido e com o compositor classico
ResponderExcluirAh, pardon. Acho que nunca tinha visto escrito, Osvaldo. Boa sacada.
ResponderExcluirEssa estoria de pseudônimo para djs tem, se não me engano, origem na intenção inicial da musica eletronica underground que era a de matar o conceito de 'autor'. Acontece que muitos djs acabaram mais famosos do que muitos do mainstream que combatiam. Vide o dj Shadow.
Então vamos seguindo aqui, eu e Nei, com o conceito 'old school' de dj, que era o dos caras que botavam os discos para tocar nas pistas porque aquelas bolachinhas não tocavam nas radios. Totalmente Northern Soul :) Tem um post antigo la' no Clash City Rockers sobre o assunto. Então mais obscuros do que os proto-obscuros vamos nos chamando Coletivo Soul Sounds, como ta' la' no cartaz e nos releases.
Marcão, eu nunca criei um pseudônimo de DJ, Messias que coloca na divulgação da Feira Hype DJ Chicão, do Clube do Vinil.
ResponderExcluirClube esse exclusivíssimo, pois até onde eu sei, só tem dois sócios fixos (eu e Bramz) e um honorário (Zezão). Quer se associar? ;-)
Se fosse para ter nome de DJ, eu colocaria DJ Franchico mesmo, para linkar com o blog... Vou até falar isso pra Messias...
Mudando de assunto, conheçam o trabalho de Tchelo Palma, cantor de folk rock paulista totalmente desconhecido (pelo menos até onde sei) e que tem um trabalho muito interessante. Mais do que interessante: muito bom.
http://www.myspace.com/tcpalma
Na verdade, uma das melhores coisas nacionais que ouvi esse ano e o melhor - totalmente off-hype...
Gostei muito, fiquei até emocionado com o disco dele.
Aguardem resenha...
Harry Potter está muerto!
ResponderExcluirE desde 1919... Sério.
http://www.pomodeouro.com/news/uploads/lapide.jpg
Essa lápide do homônimo do bruxo-mirim foi descoberta recentemente no cemitério de Yorkshire (Inglaterra) pelo coveiro, e estava coberta de mato há décadas.
Nao precisa nem dizer que a decoberta causou uma romaria de rcianças remelentas ao local...
Chico, Promoción: Acessem www.fotolog.com/bandaberlinda e respondam à questão que lá está e ganhe dois cds da Berlinda, e entrada grátis, é claro, na festa/show de lançamento do mesmo. Só pra aperitivar e lembrar que está vindo!
ResponderExcluirE, acreditem, post novo lá: www.oculosdecebola.blogspot.com
valeu?
Ah, eu, cebola, escrevi isso aí em cima
ResponderExcluirChicão, DJ com nickname pode começa se achar músico.
ResponderExcluirEsse pecado eu não cometo!!!!
Cebola, essa tá fácil. Mas não respondo aqui porque é até covardia...
ResponderExcluirNei e suas pílulas de sabedoria rocker...
Jack Nicholson dá ataque de ciuminho só porque não chamaram ele para ser o Coringa no novo filme do Batman.
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cine/100009114/Ninguem_pediu_a_opiniao_de_Jack_Nicholson__e_ele_esta_furioso_com_Batman___O_Cavaleiro_das_Trevas.aspx
Jake Gyllenhaal e Jessica Biel atuarao juntos em Nailed
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cine/100009103/Jake_Gyllenhaal_e_Jessica_Biel_atuarao_juntos_em_Nailed.aspx
Sim, mas aí vc pergunta, o que isso importa? E daí, Franchico?
Daí nada, mas a foto da moça que acompanha a notícia, tudo. Se é que vc me entende...
Com o perdão das leitoras (?) para o ataque de machismo flagrante e pouco charmoso...
ResponderExcluirfinalmente vai rolar o boom bahia 3 no pelô ,dias 8 e 9 de dezembro em mais uma pagina de heroismo do rock local protagonizada por messias g.b. com a tradicional e habitual falta de apoio do mercado,principalmente dos grandes anunciantes que se recusam a patrocinar na bahia iniciativas ligadas a musica alternativa , apesar de apoiar eventos semelhantes em outras cidades de porte equivalente a salvador. mais um"labor of love" de um apaixonado por musica que bota o seu na reta(epa!) sem ter nenhum retorno financeiro, pelo comtrario, arriscando o seu suado dinheirinho.não falterão os idiotas de sempre que reclamarão que não tem nem o white stripes, nem o led zepellin, muito menos o nirvana. para esses é simples, banquem do bolso, ou tragam algum patrocinador que banque, ou va fazer seu proprio festival.
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