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quarta-feira, abril 25, 2007

MICRO RESENHAS ESPECIAL LIVROS

Romeu & Julieta dos infernos
Galilee
Clive Barker
Bertrand Brasil
714 págs R$ 79
www.clivebarker.com

O inglês Clive Barker surgiu nos anos 80 como uma versão britânica, mais sanguinária e perversa de Stephen King. Após várias obras de sucesso como os filmes das séries Hellraiser e Candyman, quadrinhos e livros como O Jogo da Perdição, Os Livros de Sangue e O Desfiladeiro do Medo, chega ao Brasil seu livro mais recente, Galilee. Em linhas gerais, trata-se de uma versão macabra de Romeu & Julieta. Dois jovens de famílias riquíssimas, poderosas e com ligações com o sobrenatural se apaixonam. Esse amor proibido levará ao acirramento da rivalidade entre famílias e aí tome-lhe violência, escatologia, horror e destruição. Típico Barker: longo e escroto.

Vikings e índios em luta
Desbravadores
Laeta Kalogridis e Christopher Shy
Devir Livraria
152 págs R$ 42
www.devir.com.br

Desbravadores – Uma Saga Americana é uma HQ de fantasia épica baseada no filme de mesmo nome que estréia no Brasil no dia 27. 500 anos antes de Colombo, uma embarcação viking chega à América. O único sobrevivente da jornada pelo Atlântico foi um menino, que é encontrado por uma índia e adotado pela sua tribo. Anos depois, os vikings fazem nova investida para conquistar as terras do Novo Mundo, e o personagem principal, agora um jovem guerreiro, deverá fazer sua escolha entre defender o povo que o criou ou juntar-se aos bárbaros que tanto se parecem com ele mesmo. O filme de Marcus Nispel (que dirigiu o recente remake de O Massacre da Serra Elétrica) tem sido malhado sem dó nem piedade pela crítica, mas a HQ se salva pela belíssima arte pintada de Christopher Shy e o ritmo constante da narrativa. Boa opção de aventura jovem.

Lupa enfiada na lama
Afroplagicombinadoresciberdélicos: Afrociberdelia e plagicombinação nas letras de Chico Science e Nação Zumbi
José Henrique Freitas dos Santos
Quarteto Editora
R$ 20,00
www.cursoshumanidades.com.br

Fruto de alentada pesquisa, o livro Afroplagicombinadoresciberdélicos: Afrociberdelia e plagicombinação nas letras de Chico Science e Nação Zumbi, pode assustar o leitor não-acadêmico com seu título quilométrico. Contudo, apesar do jeitão de dissertação de mestrado (o que de fato, é), o texto de José Henrique Freitas dos Santos é plenamente acessível aos leitores minimamente letrados e interessados no tema em questão. No livro, o autor propõe que a música pop pode ser "um espaço estratégico para a formulação e difusão de conceitos para se pensar, hoje, a questão étnica no Brasil, uma vez que atinge um público jovem bastante amplo". Partindo de conceitos emprestados do próprio Chico Science (a afrociberdelia) e de Tom Zé (a estética da plagicombinação, lançada pelo compositor baiano no CD Com Defeito de Fabricação), José Henrique faz um passeio no novo mundo proposto pelos homens-caranguejo de Recife, analisando a cena manguebeat dos anos 90, radiografando não apenas os músicos e bandas, mas também as outras manifestações surgidas naquele momento, incluindo cinema, jornalismo, quadrinhos, moda e tecnologia. Um trabalho de fôlego que merece ser conhecido. Em Salvador, o livro pode adquirido apenas na Quarteto Editora (Av. ACM, 3213, Ed. Golden Plaza, sala 702, tel.: 3452-0210) ou na Humanidades Centro de Estudos (Av. Manoel Dias da Silva, Ed. Esplanada Avenida, sala 204, tel.: 3248-4944).

Micro-resenhas publicadas no Caderno 2 do jornal A Tarde em datas variadas.

15 comentários:

  1. Uma bosta essa música nova dos Chemical Brothers.

    http://www.omelete.com.br/conteudo.aspx?id=100005220&secao=musi

    Quem já foi naninha...

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  2. lia clive barke na escola, tinha lá meus 12 anos e uma mente perturbada.

    mas esse galilee é bão mesmo??

    minha mente tá pior, mas quem sabe?

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  3. Arnaldão.

    http://bizz.abril.com.br/blogbizz/mauhumor/

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  4. Miwky, se algum dia eu terminar de ler aquele catatau de 700 e poucas páginas, eu te aviso.

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  5. opa, pensei que era uma resenha, seu chico. micro, mas...

    outra coisa (hehehe!), curti o acústico do lobão. já tá rolando na rede, só não divulgo o link em respeito a seu Osvaldo, aqui.

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  6. Mywky, já dizia Forastieri desde seus tempos na Bizz: só jornalistas amadores ouvem o CD inteiro para escrever a resenha...

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  7. Fazer blog é facinho, Miwky. Se vc trabalhasse numa redação algum dia vc entenderia... Tempo é luxo.

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  8. E ah, Miwky: apesar de "facinho", mais uma vez, não posso de deixar de notar seu empenho em fazer no Burn um trabalho de qualidade. A cobertura do Não Largo da Soledade que vc está fazendo toda semana é muito bacana.

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  9. pois é, seu chico!

    note que eu disse que fico com o amadorismo, pq é a luva que, de repente, me cabe.

    meu objetivo é conquistar o mundo, não dá pra fazer isso de uma redação de jornal.

    obrigada pelos elogios, sei que são verdadeiros...

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  10. ah, e fazer blog não é "facinho", pelo menos o bbb me dá trabalho retado.

    por exemplo, eu não tenho editor, faço todas as paradas: peço foto, peço texto, caço à vera as coisas da agendona.

    queria fazer mais, ter mais coisa pra mostrar, mas já me convenci que deve ter essa incostância mesmo, em prol da minha saúde mental.

    o lance é que o prazer tb é dobrado e da liberdade nem vou comentar muito, então compensa.

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  11. Colé, chiquita, imagine fazer uma resenha do sgt peppers tendo ouvido só as tres primeiras musicas, nem rola, né? Mas eu entendo, é que a grande maioria dos discos a ser resenhados só precisam de uma micro-audição mesmo.

    Um aviso aos nossos fãs espalhados pelo planeta: Nossa participação (Berlinda) no evento dia 5 foi cancelada por razões secretas (cancelada por nós mesmos), mas o show vai rolar com Theatro, Pessoas Invisíveis e uma terceira banda a ser definida. Vamos lá?

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  12. Miwky e Cebola, fazer qualquer coisa bem feito - seja blog, jornal, amor ou até mesmo cocô - dá trabalho. É preciso ter força (principalmente no caso do cocô), é preciso ter gana, é preciso ter raça, sempre! ;-)

    E não se engane Miwky, em jornal eu tb preciso correr atrás de foto, de release, de entrevista, de tudo. Eu só não faço diagramação e edição final.

    Aqui mesmo no blog já teve matérias muito mais difíceis de fazer do que várias que fiz nesse meu período (que já está no finzinho) aqui n'A Tarde.

    E mais uma vez, reforço o que já disse: continue sempre com seu trabalho no Burn, que é do bem.

    Outra coisa: esse lance de não ouvir o CD todo tb se deve à dois fatores: a "fama de mau" que a gente deve manter (uma óbvia infantilidade, mas que é difícil de se livrar) e tb à péssima qualidade de 95% do que as gravadoras, editoras e outras "oras" enviam para a redação.

    O CD novo do Ira!, que saiu a matéria ontem (26.04) e será o próximo post, por exemplo, eu ouvi todinho de cabo a rabo várias vezes, para poder fazer uma matéria do caralho e com conhecimento de causa. Então esse tipo de frase de efeito é uma coisa que ne verdade varia muito e não deve ser levado muito a sério.

    Pô, Cebola, Sgt. Peppers é foda!

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  13. constatação: vc quer fama de mau? desculpe, mas não tá conseguindo, principalmente pq revela as intenções.
    hehehe!

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  14. pô miwki dá um tempo. vai ver se vc tá lá no largo da soledade.

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