tag:blogger.com,1999:blog-73582442024-03-26T04:57:02.669-04:00ROCK LOCOBlog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.comBlogger1946125tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-72629616150369170192020-03-11T10:54:00.000-04:002020-03-11T10:54:35.603-04:00SESSÃO TRIPLA<b><i>Flerte Flamingo, Astralplane e Tangolo Mangos lançam o Sopro: Som em Contexto, evento na Arena do Sesc Pelourinho</i></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdGQzdGyaOs1rDAGm-tsT6G4199te1pX_3nENNDJfjBPg6gK_mxus_e8iqFW3Y4CnPaxtAwYsE3FMP2nksAeCoX19KhMVgox1qGpqLeP16lJHTRlagGXKfIdaKH10EowVMG3lx/s1600/FOTO+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1216" data-original-width="1600" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdGQzdGyaOs1rDAGm-tsT6G4199te1pX_3nENNDJfjBPg6gK_mxus_e8iqFW3Y4CnPaxtAwYsE3FMP2nksAeCoX19KhMVgox1qGpqLeP16lJHTRlagGXKfIdaKH10EowVMG3lx/s400/FOTO+02.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os elegantes Astralplane / Foto: Rafael Galvão</td></tr>
</tbody></table>
O pessoal fica aí dizendo “é na crise que se cresce” e demais clichês de auto ajuda empresarial, mas a verdade que salva e liberta é uma só: sem união, nada rola, nada prospera.<br />
<br />
Ligados nessa constante universal, Rodrigo Amorim (da banda Astralplane), Zé Neto (o Colibri), Léo Vianna (da banda Flerte Flamingo), Rodrigo Santos (artista plástico) e Felipe Vaqueiro (banda Tangolo Mangos) resolveram se juntar em uma ação e criar o próprio evento periódico – e dele tirar o devido proveito.<br />
<br />
É o Sopro - Som em Contexto, cuja primeira edição bota neste sábado as três bandas no palco da Arena Sesc Senac Pelourinho em uma produção toda especial.<br />
<br />
Pelo que diz o material de divulgação do evento, a ideia é promover shows periódicos reunindo sempre três bandas / artistas em locais descentralizados do habitual (leia-se fora do Rio Vermelho). As ocasiões servirão também para produzir material audiovisual de qualidade para divulgação das bandas e artistas.<br />
<br />
“A iniciativa surge como uma colaboração entre artistas para trazer uma nova proposta de evento com uma certa periodicidade. Estamos buscando sempre alternar os grupos envolvidos e tornar o festival um lugar de ampla manifestação de diversas linguagens musicais. Estamos dando esse primeiro passo de maneira totalmente independente e produzido pelas próprias bandas, com um ideal de gerar um material audiovisual muito proveitoso”, afirma Rodrigo Amorim, baixista da Astralplane.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgibdqbqZFSjoFsgIxqEQOOKbx7oJajEJfeyuSlBM38EiJ_LzFGk3WBmOZdJJTVetiUppbIjtFCv0V_2yWti93iiw8TnuIPzhKxZsT2KuJyxVZS3QEHBYXjx5p6cSLWldVC0GUR/s1600/Facomsom2019-12.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgibdqbqZFSjoFsgIxqEQOOKbx7oJajEJfeyuSlBM38EiJ_LzFGk3WBmOZdJJTVetiUppbIjtFCv0V_2yWti93iiw8TnuIPzhKxZsT2KuJyxVZS3QEHBYXjx5p6cSLWldVC0GUR/s400/Facomsom2019-12.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os descontraídos Tangolo Mangos / Foto: Dudu Assunção</td></tr>
</tbody></table>
Da mesma geração e seguindo mais ou menos as mesmas referências estéticas, Astralplane, Flerte Flamingo e Tangolo Mangos abrem juntas o projeto Sopro mais pelos pontos em comum do que pelas diferenças.<br />
<br />
“São três bandas que estão envolvidas no mesmo contexto e projetos que, inclusive, interagem entre si criativamente e no dia a dia da produção independente”, conta Colibri.<br />
<br />
“Músicos que dialogam em termos de referências e até mesmo figuram em mais de uma banda, dividem equipamentos, tudo de maneira bem orgânica – e do jeito que a gente gosta”, acrescenta.<br />
<br />
<b>Primeiro contato é visual</b><br />
<br />
A produção do Sopro promete ser realmente algo um pouco mais elaborado que costumam ser as apresentações costumeiras do cenário alternativo local.<br />
<br />
“Haverá um cenário inédito a cada edição, em colaboração com artistas plásticos e cenógrafos que estamos colocando em perspectiva”, conta Rodrigo.<br />
<br />
“Aos poucos, vamos construindo uma proposta para dinamizar espaços culturais da nossa cidade, e assim aproveitar a simbiose com ela. Gravaremos três músicas por artista com uma equipe do sonoplasta e videomaker Cají. Já a produção do cenário é assinada pelo artista Rodrigo Santos”, completa Colibri.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicRiOb0KpC3L9j_cKUIpGZwZgK4FiQGpSNwt16tpVemNYZvsnV0v6CqANd8ZKHG8eYj9QftXy5FiI1uguYElfgQVuxFAkQYkuYwNhOLAB6D8UB2aW4eRoQRlYzvI0GXp4uwbQi/s1600/IMG_9137.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicRiOb0KpC3L9j_cKUIpGZwZgK4FiQGpSNwt16tpVemNYZvsnV0v6CqANd8ZKHG8eYj9QftXy5FiI1uguYElfgQVuxFAkQYkuYwNhOLAB6D8UB2aW4eRoQRlYzvI0GXp4uwbQi/s400/IMG_9137.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os compenetrados Flerte Flamingo / Foto: Yan Azevedo </td></tr>
</tbody></table>
Se há cerca de 40 anos o audiovisual tornou-se parte inseparável do mercado da música, o século 21, com suas redes sociais, levaram essa simbiose ao auge – algo muito claro para essa rapaziada que já nasceu ligada à internet.<br />
<br />
“O apelo visual das redes sociais e das mídias através das quais veiculamos e consumimos arte é definitivo”, percebe Colibri.<br />
<br />
“Hoje em dia, o primeiro contato (com uma banda ou artista) se dá muitas vezes através de uma foto ou um vídeo que convence o espectador a entrar mais no universo do artista. Temos certeza que traduzir a música de uma banda em uma peça audiovisual, amplifica o alcance da obra e engrandece o olhar do artista”, conclui Rodrigo.<br />
<br />
<i>SOPRO, Som em Contexto / Com Flerte Flamingo, Astralplane e Tangolo Mangos / Sábado, 17h / Arena Sesc Senac Pelourinho / R$ 30 e R$ 15</i><br />
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<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Ronei ataca 2 vezes</i></b><br />
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Depois daquele baita show em janeiro pra matar as saudades d’Os Ladrões de Bicicleta, Ronei Jorge retorna com duas apresentações solo: quinta-feira (dia 12) e dia 26, sempre às 20h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho. R$ 8 (cliente Sesc) e R$ 10 e R$ 5.<br />
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<b><i>Selvagens Informais</i></b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSH-mOwpg1ilqHec_o9Sin9PhP7jV9ihnW9z5QGno4qcKIxatYj13w5sasNTAsuFDO_KzHc2dZYMFiKoPPCZMdmNfrHlaUkmxxeCS5dCh3H0nTJ1caY_koaZNH14g2ejqnPlHS/s1600/88166301_621860535263712_1679528226453454848_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSH-mOwpg1ilqHec_o9Sin9PhP7jV9ihnW9z5QGno4qcKIxatYj13w5sasNTAsuFDO_KzHc2dZYMFiKoPPCZMdmNfrHlaUkmxxeCS5dCh3H0nTJ1caY_koaZNH14g2ejqnPlHS/s400/88166301_621860535263712_1679528226453454848_n.jpg" width="400" /></a>Habitués a essa altura, os cearenses da banda Selvagens a Procura da Lei retornam à cidade para show com Os Informais e Nolimbo. Sexta-feira, 21h, no Portela Café. 1º lote de ingressos a R$ 30.<br />
<br />
<b><i>Show de aniversário</i></b><br />
<br />
Sábado é aniversário do guitar hero do indie rock local Bruno Pizza Carvalho, com passagem por The Honkers, Pessoas Invisíveis etc. Para comemorar, show da sua banda atual, Meus Amigos Estão Velhos e Malgrada. Sábado, 18 horas, no Bardos Bardos, R$ 10.<br />
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<b><i>Beatles no Berro</i></b><br />
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Keko Pires (baixo e voz), Jô Estrada (guitarra e voz) e Pedro D’Eliege (bateria) fazem no sábado o show Beatles no Berro, com repertório dos Fab Four. Boa deixa para conhecer o novo Berro D’Água Bar e Restaurante, clássico reduto da night local reativado. Porto da Barra, 3959. 20h, R$ 20.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-37666374270710806522020-03-03T11:24:00.002-04:002020-03-03T12:35:20.747-04:00PREPAREM OS FÍGADOS<b><i>Overdose Alcóolica promove 2ª edição do Samba Canção Fest, com distribuição de mais 21 litros de cachaça e uma pá (um barril?) de convidados</i></b><br />
<b><i><br /></i></b>
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRrPkZkC5myE3GWdgkMosluaRAPbKmnL5Ud3pEmPtVm-ze9f9IUxlVpOFY4gNFj95BvOnYRM8_BGtDxVNy3LsOFW2LTfhQtaA8nOnOYaqR6rnTA0TxdKtfB-yuyq1HqOP9Fe_9/s1600/Overdose+Alco%25C3%25B3lica+-+Foto+divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="593" data-original-width="1273" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRrPkZkC5myE3GWdgkMosluaRAPbKmnL5Ud3pEmPtVm-ze9f9IUxlVpOFY4gNFj95BvOnYRM8_BGtDxVNy3LsOFW2LTfhQtaA8nOnOYaqR6rnTA0TxdKtfB-yuyq1HqOP9Fe_9/s400/Overdose+Alco%25C3%25B3lica+-+Foto+divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pastor Binho e a Igreja Inabstêmia, foto Cristian Dessa</td></tr>
</tbody></table>
Valei-me, meu São Charles Bukowski!<br />
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Banda mais cachaceira de Salvador, a Overdose Alcóolica volta a atacar em mais uma edição do famigerado Samba Canção Fest, show / balbúrdia em que são distribuídos 21 litros de cachaça e milhões de eflúvios subversivos de raiz roqueira.<br />
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Subintitulada A Jiripoca Vai Piar, esta segunda instalação do caos neste sábado, no Bardos Bardos, promete repetir o sucesso da primeira, realizada em 21 de dezembro último.<br />
<br />
“Sempre tivemos o propósito de dividir um pouco do que bebemos com o público. Fazemos isso desde o início da banda. E claro que a ideia maluca de colocar 21 litros de graça era absurda demais para conseguirmos concretizar. Já que envolve o consumo no bar do espaço e afins. Mas inacreditavelmente deu mais do que certo. Funcionou tudo perfeitamente”, garante o vocalista Binho Breja.<br />
<br />
Para fermentar ainda mais esse bolo doido (de marvada), uma penca de convidados participará da festa. Como são muitos, vamos citar só Jorginho King Kobra, Irmão Carlos, Cândido Martinez, RB (da Lo Han), Tony Lopes e Cadinho.<br />
<br />
“Convidar essa galera toda sempre foi um sonho nosso. Tudo isso está no objetivo da banda, que é promover a união entre os públicos com um copo de cerveja na mão. Nos abraçamos cantando juntos, tomando uma gelada, isso não tem preço. E acredite, a galera enfrenta muito bem a ideologia da banda no processo etílico”, afirma.<br />
<br />
E antes que supostos guardiões da moral e bons costumes (sempre os maiores pecadores) comecem a zurrar, é bom deixar claro que a banda não derrama cachaça goela abaixo de ninguém, tá OK?<br />
<br />
“Eu sempre digo nos meus shows: só bebe quem respeita a bebida. Quando você deixa de respeitar os limites dela, você acaba sucumbido por ela. E o objetivo não é esse. É promover momentos inesquecíveis com os amigos”, diz.<br />
<br />
"Sem dúvidas (já recebemos críticas por conta da temática politicamente incorreta). Já tivemos inúmeros problemas por conta disso. Mas de verdade, não nos atinge em nada. Fazemos o que gostamos, do jeito que gostamos e isso ninguém tira da gente. O rock é transgressor e libertário, somos e pregamos isso na base da sua essência", afirma Binho, encharcado de razão.<br />
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RdYRJjqbG9k" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>Eles só querem união</b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBpmdHMRyj8XODHJTgA-1FKU97Hl83mo7fCentoudLhT-mH9hAwOj1P3QjrLHL5cDMP8zeVWXjk-NwV33Dw2h9KpUEyGivZ5eijHYrFSBtA7TcP27B6PubpQtaXE_0qFJeryvM/s1600/Overdose+Alco%25C3%25B3lica+-+Foto+divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1174" data-original-width="1600" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBpmdHMRyj8XODHJTgA-1FKU97Hl83mo7fCentoudLhT-mH9hAwOj1P3QjrLHL5cDMP8zeVWXjk-NwV33Dw2h9KpUEyGivZ5eijHYrFSBtA7TcP27B6PubpQtaXE_0qFJeryvM/s400/Overdose+Alco%25C3%25B3lica+-+Foto+divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Compartilhe da santa comunhão, foto Cristian Dessa</td></tr>
</tbody></table>
Formada em 2005, a OA já lançou um álbum (Apologia ao Alcoolismo, 2015) e um EP (Eu Só Sei Beber, 2014).<br />
<br />
Pretendem gravar um segundo ainda este ano.<br />
<br />
O som, como se pode perceber, traz influências de rock clássico e metal.<br />
<br />
"Essa pergunta é realmente ampla. Temos influências de Blues, Punk Rock à Black Metal. Ouvimos muita coisa, e quando você escuta o Overdose Alcoólica, você percebe isso. Mas em se tratando de temática, posso te citar bandas como Camisa de Vênus, Velhas Virgens, e o mestre Raul Seixas", enumera.<br />
<br />
Mais do que beber, o quinteto garante que quer mesmo é promover a união entre as diferentes tribos do rock local.<br />
<br />
"Quando éramos adolescentes e sempre víamos brigas e discussões em todos os âmbitos do Rock, aquilo nos deixava indignados", diz Binho.<br />
<br />
“Não entendíamos como um segmento tão marginalizado, poderia ser tão desunido. Foi aí que tivemos a ideia de misturar rock e metal, falando de algo que é unânime em todas as vertentes: a cerveja. E isso fez com que até hoje você veja público de todos os meios nos nossos shows, unidos e brindando juntos”, conclui.<br />
<br />
<i>Samba Canção Fest 2: A Jiripoca vai Piar, com Overdose Alcóolica e Convidados / Sábado, 17 horas / Bardos Bardos / Colaborativo </i><br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jTBiEXKGLQc" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiALP5RJnaG1Mybxs37KYA9xSaa88NAgIM8P1-0DOQYKtzCjVmz1L_KHjEJ0pSBktpg-qMRASz9R10TEDc2CStfVW6eWcCGmD_tAKUNK_IV3dusFDxvo74wrRpiHTcICpM1SB4R/s1600/87436656_2832837590096338_4914954672810229760_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="679" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiALP5RJnaG1Mybxs37KYA9xSaa88NAgIM8P1-0DOQYKtzCjVmz1L_KHjEJ0pSBktpg-qMRASz9R10TEDc2CStfVW6eWcCGmD_tAKUNK_IV3dusFDxvo74wrRpiHTcICpM1SB4R/s400/87436656_2832837590096338_4914954672810229760_o.jpg" width="282" /></a><b><i>Red Razor, Aphorism</i></b><br />
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<strike>Hoje</strike> <b>Dia 3 de abril</b> (ou seja, daqui a um mês, foi mal o abestamento do bloguiero) é dia de metal extremo no Mercadão.cc, com a banda catarinense Red Razor e as locais Aphorism, Infected Cells e God Funeral estourando tímpanos e invocando espíritos malignos (porém fofos, perto do espírito de porco de cidadãos de bem). 19h, R$ 20.<br />
<br />
<b><i>Thiago Ronco folk</i></b><br />
<br />
Vocal e guitarra base da Meus Amigos Estão Velhos, Thiago Ronco faz estreia solo esquema voz e violão (e cello de André Miranda Filho). Quinta-feira, 19h, no Bardos Bardos. Colabore com R$ 10.<br />
<br />
<b><i>Dom Sá downtown</i></b><br />
<br />
A segunda session do Dom Sá Convida traz as bandas Game Over Riverside e Sequestro Relâmpago. Sábado, 19h, no La Boca Bar (R. Monte Serrat, 54, Ponta do Humaitá). Free.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-59219070114271600732020-02-20T11:06:00.001-04:002020-02-20T11:06:28.640-04:00"ACHO IMPOSSÍVEL FAZER QUALQUER JULGAMENTO DE RAUL À ESSA ALTURA"<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuHYSt5N1JQd5znc8RIyUWBUMS1psaRNxR3RNAxwskUEU2JipYzaM5DSzgugDoOTiAnBXNVpZ3Vsszuv-pr8k0biyXFjjjNZcgMRrzzq_8WlMyHh71VR6B56wVwQCCJixR26ca/s1600/raul_pag+335_credito+Dan+Dickason.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1261" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuHYSt5N1JQd5znc8RIyUWBUMS1psaRNxR3RNAxwskUEU2JipYzaM5DSzgugDoOTiAnBXNVpZ3Vsszuv-pr8k0biyXFjjjNZcgMRrzzq_8WlMyHh71VR6B56wVwQCCJixR26ca/s400/raul_pag+335_credito+Dan+Dickason.jpg" width="315" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Raul. Foto Dan Dickason / Imagens divulgação Todavia</td></tr>
</tbody></table>
Quem se dispuser a fazer qualquer pesquisa rápida no Google em busca de livros sobre Raul Seixas vai se deparar com mais de uma dúzia de volumes.<br />
<br />
Há coletâneas de textos, ensaios, ensaios biográficos e até romances psicografados.<br />
<br />
Mas biografia séria mesmo – profissional, investigativa, escrita por um jornalista de peso – por enquanto, só há uma: Raul Seixas: Não Diga Que a Canção Está Perdida (Todavia), de Jotabê Medeiros, repórter cultural de vasta experiência nos jornalões paulistas.<br />
<br />
Fruto de ano e meio de trabalho, o livro resultou de dezenas de entrevistas, pesquisas em outros tantos artigos de jornais e revistas e – claro – uma viagem à Salvador.<br />
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O rapaz se esforçou tanto que acabou desencavando uma polêmica, ao notar que a sequência de acontecimentos no episódio das capturas de Raul e Paulo Coelho pela ditadura militar em 1974 abria uma porta para suspeitar que Raul poderia – poderia – ter delatado o parceiro.<br />
<br />
Afinal, o primeiro foi solto ileso e o segundo, preso uma segunda vez e torturado.<br />
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E aqui é bom deixar duas coisas claras.<br />
<br />
Não há como provar a hipótese – tanto Raul quanto o agente da repressão que atuou no caso já estão mortos.<br />
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Segundo e mais importante: mesmo que seja verdade, condenar Raul seria errado. Regimes ditatoriais militares “quebram” pessoas. É pra isso que eles servem.<br />
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Essa história está muito bem narrada no livro – assim como toda a sua trajetória, desde a infância entre Salvador e Dias D’Ávila, sua amizade com Waldir Big Ben Serrão, a Jovem Guarda, Os Panteras, o primeiro – e duro – período no Rio de Janeiro, a carreira de produtor, a carreira solo, a parceria com Paulo Coelho, as mulheres, o sucesso, as drogas, a decadência, o início, o fim e o meio.<br />
<br />
Leitura ágil e leve, é obrigatória não só para os fãs do Raulzito, mas para qualquer um com interesse na própria cultura brasileira dos últimos 50 e poucos anos. Por que Raul nunca foi “apenas o cantor”.<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">ENTREVISTA: JOTABÊ MEDEIROS</span></b><br />
<br />
<b>Além de ouvir Raul, como qualquer pessoa, qual a sua relação com o biografado? Você chegou a entrevista-lo ou encontrá-lo ainda em vida?</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdOAjXnlHDSD_O9zOFKOLLKQ-I6Ho-n3R5DDXPIqkTXmqNRtLJQxfzlQi7Eqh-FzI3TOAMOgdPJaRyxbFiBYOl1f_SIXxMCipTFCxSfrSmaKxbdz9NBXtXiI1LYMTQPlkHGXhh/s1600/JotabeMedeiros%25C2%25A9RenatoParada02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdOAjXnlHDSD_O9zOFKOLLKQ-I6Ho-n3R5DDXPIqkTXmqNRtLJQxfzlQi7Eqh-FzI3TOAMOgdPJaRyxbFiBYOl1f_SIXxMCipTFCxSfrSmaKxbdz9NBXtXiI1LYMTQPlkHGXhh/s400/JotabeMedeiros%25C2%25A9RenatoParada02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jotabê Medeiros, foto Renato Parada</td></tr>
</tbody></table>
Jotabê Medeiros: Cresci ouvindo rádio, no interior do Paraná, e Raul foi um dos artistas da esfera do rock e do pop que conseguiu romper a barreira do hit parade com várias canções populares, além de ter se tornado uma figura midiática muito conhecida em todo o País nos anos 1970. Eu adorava ouvir Ouro de Tolo e adorava o deboche dele, o jeito rebelde. Como crítico de música, já o conheci na fase decadente, em shows capengas em São Paulo, a partir de 1986, 1987. Fui a uns dois shows na época, não tive boa impressão, estava muito ligado no rock britânico, no desenvolvimento técnico da sonoridade de uma época. Me arrependo: era um momento trágico da vida de Raul que poderia ter sido melhor acompanhado. Eu falei com Raul para reportagens sem importância na época, coisas protocolares.<br />
<br />
<b>Como foi sua pesquisa em Salvador? Você veio à cidade? Com quem falou? Foi sempre bem recebido?</b><br />
<br />
JM: Estive em Salvador para conversar com o baterista dos Panteras, para conhecer o antigo Cine Roma, as casas onde Raul viveu, mas principalmente para fazer algo que considero fundamental numa pesquisa: ir aos lugares onde tudo aconteceu. Para que a narrativa tenha credibilidade, é preciso palmilhar os percursos que os protagonistas percorriam, descobrir quanto tempo levava da casa de Waldir Serrão até a de Raulzito, onde vivia Edith, onde ficavam as lojas de discos, os pontos de encontro. Percorri de Uber todos esses lugares, conversei com as pessoas na Vila Operária. Enfim, tentei compreender a geografia daquela revolução. Não houve grandes problemas para falar com as pessoas, elas recebem bem qualquer contribuição à memória de Raul Seixas, ele deixou um legado de portas abertas.<br />
<br />
<b>Passada a polêmica da possível delação de Paulo Coelho, que teria sido feita por Raul aos militares, como você encara o episódio? O que você, pessoalmente, acredita que ocorreu? E mesmo que tenha de fato ocorrido, seria possível condenar Raul?</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid9xIBbX3x96yb_AV0GLH8kMqDTs9Rreg6Cr6TiYvx03lc4jcekfEIVZ3qR1uxsISS6uFgCxWkxIBm4mzpYbWXTknChV9Ttt2IKjKxUXmlin3BKx7zk3XpCFyjc9k6UD8fEnjd/s1600/pg+340_os+panteras_credito+DR+Panteras.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1168" data-original-width="1600" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid9xIBbX3x96yb_AV0GLH8kMqDTs9Rreg6Cr6TiYvx03lc4jcekfEIVZ3qR1uxsISS6uFgCxWkxIBm4mzpYbWXTknChV9Ttt2IKjKxUXmlin3BKx7zk3XpCFyjc9k6UD8fEnjd/s400/pg+340_os+panteras_credito+DR+Panteras.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os Panteras. Raul é o segundo da esq. p/ a dir. Crédito DR Os Panteras</td></tr>
</tbody></table>
JM: Bom, eu acho que a centelha da suspeição foi utilizada de forma meio mórbida por certa parte das pessoas, como se houvesse uma exumação em curso. O importante para mim, como autor, é ter sido fiel aos fatos que apurei, tê-los registrado no livro sem fazer juízo de valor, de forma a clarear a história. Eu só tenho uma convicção pessoal: houve algo grave naquele episódio. Outras pessoas foram presas a partir do interrogatório, por exemplo, da então namorada de Paulo Coelho. Não é algo que a gente diga “ah, vou pular essa parte, ela vai me trazer problemas”. É preciso encarar os fatos, saber separá-los da questão artística, entender as pessoas como falíveis, as circunstâncias como incontornáveis. Eu acho impossível fazer qualquer julgamento de Raul a essa altura, ele e Paulo Coelho viviam no inferno do regime de exceção nos anos 1970 e eram alvos recorrentes da censura e da importunação. O que aconteceu a cada um deles? O que fizeram a Raul e à sua família? Não encontrei elementos que pudessem clarear essa última questão, então não dou palpites.<br />
<br />
<b>Apesar de genial, visionário e de ter marcado e influenciado a MPB e o rock brasileiro para sempre, tenho a impressão de que Raul ainda é menos reverenciado do que merece. Entre os MPBistas, nunca está no mesmo patamar do trio Chico / Gil / Caetano. E entre os roqueiros, sempre há a ala que o considera superado e até brega. O destino de Raul, mesmo pós-morte, é esse eterno limbo?</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9533sggdnT24XiFJcGexkz552RA0yNHMf00aeigSxNG4C-a5dUwWneb1XvSKNp38Wwjha_j85X6ZsEu84sQ660xjPZZVZUte66yTW2pudCN9p8QObN1fmQ8_Wl56DEtacrTD/s1600/RAUL001_credito+juvenal+pereira.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1139" data-original-width="1600" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9533sggdnT24XiFJcGexkz552RA0yNHMf00aeigSxNG4C-a5dUwWneb1XvSKNp38Wwjha_j85X6ZsEu84sQ660xjPZZVZUte66yTW2pudCN9p8QObN1fmQ8_Wl56DEtacrTD/s400/RAUL001_credito+juvenal+pereira.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O jovem Raul toca para pescadores em Amaralina. Foto Juvenal Pereira </td></tr>
</tbody></table>
JM: Acho que a incompreensão a respeito do real papel que Raul representou e representa na cultura brasileira tem muito a ver com o fato de que o mito sobrepujou os fatos. Então, o Maluco Beleza é maior do que o talentoso produtor, exímio compositor, fascinante intérprete que ele foi. Quanto mais formos ajudando as pessoas a entenderem que ele não era apenas um doidão excêntrico, portador de histórias pessoais mirabolantes (embora também fosse um doidão excêntrico), maior dimensão sua arte atingirá. Eu acredito, e já disse isso em várias ocasiões, que ele é um dos mais completos artistas da música que já tivemos na História.<br />
<br />
<b>Ao longo de todo o livro você aponta todos os plágios / "empréstimos" / adaptações que Raul fez em sua carreira. Na época isso passava batido? Ao mesmo tempo, há toda aquela discussão de autoria na arte contemporânea. E vale lembrar que o rock está cheio de plagiadores geniais, a começar por Jimi Page. Conclusão: até para plagiar direito é preciso ter talento?</b><br />
<br />
JM: Raul encarava a apropriação, a meu ver, também como um ato de sublevação, de enfrentamento do status quo. Ele ria do copyright, ria de todos os conceitos de propriedade. Não tinha necessidade de copiar, era mais inventivo, em geral, do que aquilo que tinha copiado. Mas a contracultura teve também esse aspecto, que Raul transformou em música, de contrapor-se às normas industriais, de selos, carimbos, rótulos. De todo modo, eu tento não passar pano para essa faceta de sua obra, que é muito diversa. Não se pode naturalizar o comportamento de rapinagem, embora se possa compreender. Eu gosto muito de todos os plágios dele, são maravilhosos.<br />
<br />
<b>Outro ponto sempre polêmico a respeito de Raul são os 50 shows que fez em turnê com Marcelo Nova, pouco antes de morrer. Acredita que foi isso que "apressou" sua partida ou ele já estaria condenado devido às décadas de abuso e negligência à própria saúde?</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoewAYt6lYr1wD7Aecw29gJRzvJEkKk_SoFRZ8jgRVb5JeMYcAzL4qJ4OBMQ_yNkG6TxQNzXNfVbME2nOXryWOc6MPwTf1wGGqWfoNQe-ElrEzHomMNCUo2h8OlexLTRpVl1HD/s1600/41_right+to+left+sergio_drumer+wagner_guitar+leno_singer+raul_vocals+tom_bass_345_credito+Dan+Dickason.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1192" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoewAYt6lYr1wD7Aecw29gJRzvJEkKk_SoFRZ8jgRVb5JeMYcAzL4qJ4OBMQ_yNkG6TxQNzXNfVbME2nOXryWOc6MPwTf1wGGqWfoNQe-ElrEzHomMNCUo2h8OlexLTRpVl1HD/s400/41_right+to+left+sergio_drumer+wagner_guitar+leno_singer+raul_vocals+tom_bass_345_credito+Dan+Dickason.jpg" width="297" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sergio, Wagner, Leno, Raul e Tom. Ft Dan Dickason</td></tr>
</tbody></table>
JM: Marcelo Nova cuidou de Raul como ninguém mais cuidaria. Isso sem subestimá-lo, sem tratá-lo como um estorvo. E olha que Raul não era um cara fácil, tinham dificuldade para fazer com que tomasse remédios, por exemplo. Marcelo fez isso por uma admiração legítima, e sem esperar por algum tipo de recompensa. Era sua própria vida em movimento. Nos shows, ninguém exigia mais de Raul do que o que ele pudesse apresentar. Ele só usava a voz quando podia, só tocava a guitarra quando podia. E assim foi até onde podia. Sua morte foi decorrência de um final de semana de negligência pessoal, isso está descrito no prontuário médico. Raul tinha suas próprias ideias de autopreservação.<br />
<br />
<b>Em tempos tão estranhos, a pergunta me parece inescapável: como o senhor acha que seria a posição de Raul hoje em dia? Se manteria à margem, ainda que libertário, ou sucumbiria ao fascismo, que já abriga tantos roqueiros tradicionais? Sei que o senhor não é adivinho, mas...</b><br />
<br />
JM: Raul execrava a ação do Estado na tutela da sociedade. Então, ele estaria contra o que se apresenta hoje no Brasil, é evidente. Ele era vítima da censura cotidianamente; então, ele ficaria puto com a reinvenção da censura por um governo de conformação religiosa e conservadora, moralista. Raul era livre em sua expressão de costumes, de comportamento; então, ele ficaria em guerra contra um Estado que prega abstinência sexual, que estigmatiza o pensamento contrário, que persegue ou destila preconceito contra índios, nordestinos, gays e lésbicas. Não é nenhum segredo que Raul estaria em guerra contra esse arremedo de governo que temos, é apenas uma questão de analisar sua atitude.<br />
<br />
<b>Raul, a exemplo de Jesus, Jim Morrison, Bob Marley e outros, é muitas vezes apontado como um daqueles casos "ele é ótimo, o que estraga são os fãs". O raulseixismo enquanto fenômeno social é um elogio ou um desserviço à obra e à memória do artista?</b><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyuKO_t64wfVELS6lzpxRAT4R7rakT9vJ9irlLpe48fjqzDmjpvM1WcgPeDZ9y2sOBikCNS8_qEnAFucctqzTJiMz4v9FcVesd6qlle02YbDB44nySePH5hDy7CMtbtk2FIUCz/s1600/raul+seixas_baixa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1229" data-original-width="810" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyuKO_t64wfVELS6lzpxRAT4R7rakT9vJ9irlLpe48fjqzDmjpvM1WcgPeDZ9y2sOBikCNS8_qEnAFucctqzTJiMz4v9FcVesd6qlle02YbDB44nySePH5hDy7CMtbtk2FIUCz/s320/raul+seixas_baixa.jpg" width="210" /></a>JM: Rapaz, aí vou discordar: tenho visto manifestações maravilhosas dos raulseixistas, que são sempre bem-humorados e debochados, que não se levam a sério demais, mas que nutrem por Raul um amor verdadeiro, sincero, além do tempo e das interpretações. Há radicalismos, é claro, mas quem tem medo de cara feia é passarinho, que foge do espantalho. Lancei o livro em Fortaleza, Belo Horizonte, São Luís e João Pessoa, e a recepção tem sido maravilhosa, todo mundo tem coisas pra perguntar e inquirir. É um dos contingentes de fãs mais bem-preparados do star system.<br />
<br />
<b>Qual seu próximo livro / biografia? Pode adiantar algo?</b><br />
<br />
JM: Por enquanto, ainda não posso. É um trabalho de imersão absoluta, creio que já poderei falar sobre ele no final desse ano.<br />
<br />
<i>Raul Seixas: Não Diga Que a Canção Está Perdida / Jotabê Medeiros / Todavia/ 416 páginas/ R$ 69,90 / E-book: R$ 39,90</i>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-34252625765556365042020-02-19T09:37:00.003-04:002020-02-19T09:37:32.410-04:00PRETO, PESADO, NORDESTINO E VIRADO NA PORRA<b><i>Boa promessa do rock baiano, Agrestia estreia no Palco do Rock neste domingo</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivpNgh_e-2tsOQpoXjN3rj2UzFq4VZLjehOwZ7gO8HZ1kI-wSdClu73shvHCTNjEcvvkcZ8WWC5ADb_rxtfZj1bdMYjCpLC2Js6tw0JL18ukiVJD9Vyt-fnlBWddtFRg8IkqhE/s1600/4.+Agrestia-19.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivpNgh_e-2tsOQpoXjN3rj2UzFq4VZLjehOwZ7gO8HZ1kI-wSdClu73shvHCTNjEcvvkcZ8WWC5ADb_rxtfZj1bdMYjCpLC2Js6tw0JL18ukiVJD9Vyt-fnlBWddtFRg8IkqhE/s400/4.+Agrestia-19.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Agrestia em ação, foto Cycero Tavares</td></tr>
</tbody></table>
O fatídico 31 de agosto de 2016 – data do golpe jurídico-parlamentar que nos legou um país em estado de desmonte e vale-tudo institucional – foi também o dia em que o guitarrista Adrian Knock Down se reuniu pela primeira vez para tirar um som com Jiraya (baterista) e Paulo Porciúncula (baixo).<br />
<br />
“O Agrestia nasceu num clima de tensão política”, percebe Adrian. Não à toa, as letras da banda são todas no estilão “dedo na ferida”.<br />
<br />
Neste domingo, o quarteto soteropolitano se apresenta no festival Palco do Rock, podendo muito bem fazer um dos melhores shows desta edição – a categoria demonstrada em singles como Força!, Curandeiro e Tragédia Em Todo Gueto os credencia para isso.<br />
<br />
Reformada em 2018 com Adrian, Alesandro Colonnezi (bateria), Daniel Moura (baixo) e o ex-baixista Paulo assumindo os vocais, a banda parece ter encontrado um bom caminho ali entre o Sepultura (Paulo manda muito bem na linha Derrick Green) e sua veia rebelde negra e nordestina.<br />
<br />
" Com essa formação, desde janeiro de 2019, o Agrestia deu um salto qualitativo, amadurecendo a sonoridade numa crescente e constante evolução. Nosso lance regional tem muito mais a ver com a atitude, o discurso, o texto das letras, e a identificação com a cultura nordestina. Somos uma banda de rock pesado da Bahia, Nordeste, e as conexões com elementos musicais regionais surgem de forma natural nas nossas jams experimentais, não há uma obrigação em ter que soar de tal forma, mas esse sotaque é quase inevitável, é espontâneo”, conta Adrian.<br />
<br />
“Apesar de todos os integrantes terem mais de 40 anos, somos uma banda muito nova. Iremos lançar nosso primeiro EP este ano. O que a Agrestia quer é ter relevância com seu som e as mensagens. Podemos ser um Raimundos mais sério, uma Nação Zumbi mais pesada, um Faith No More nordestino, um Sepultura mais leve, um Zé Ramalho distorcido ou tudo junto”, emenda o baterista Alesandro.<br />
<br />
<b>Olodum agreste</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg45tEonNPXj8xm3v15tDNLCQdiQqbPAp8J7LCUyMzStOUZHKDcwq2VSZSPo7XdEH-kqoSLUz1rlv0kugSIW4mvGy4j-U-jcaPENejfqGxltJS-j-FjRuNaZUCkQwyce8wmnY8S/s1600/0.+agr+band+.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="959" data-original-width="1280" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg45tEonNPXj8xm3v15tDNLCQdiQqbPAp8J7LCUyMzStOUZHKDcwq2VSZSPo7XdEH-kqoSLUz1rlv0kugSIW4mvGy4j-U-jcaPENejfqGxltJS-j-FjRuNaZUCkQwyce8wmnY8S/s400/0.+agr+band+.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O quarteto na selfie do batera Alesandro Colonnezi</td></tr>
</tbody></table>
Fortemente politizada, a banda reflete em suas letras o pensamento dos seus integrantes sobre o atual momento sócio-político do Brasil.<br />
<br />
"O país está sendo governado pelo que existe de pior. O presidente foi eleito à custa de fake news, ódio e ignorância. É claro que não poderia dar certo. O resultado tá aí pra todo mundo ver. Cresce a intolerância, o desrespeito, o radicalismo e a estupidez. Há uma legião de brasileiros que se auto intitulam cidadãos de bem e patriotas, se sentindo cada vez mais à vontade para agirem de forma cretina e violenta. O judiciário se tornou um partido político de extrema-direita, as instituições públicas estão cada vez mais desacreditadas. A economia em estado de crise permanente - não há diretrizes, planejamento, nada. Reformas foram feitas em nome e benefício do poder econômico e são verdadeiras tragédias para o trabalhador e os desvalidos. A educação, um caos completo e absoluto. Cultura ganhou status de peçonha e malefício. Recorde de queimadas na Amazônia, óleo nas praias, desemprego, crescimento da fome e da pobreza, um pandemônio. A impressão que se tem é que ninguém ali tem a mínima noção do que está fazendo. Desconhecem completamente o que é o Brasil e seus gigantescos problemas. O ministério é um congraçamento de sabujos e beócios. Some-se a isso os casos obscuros envolvendo o presidente e seus filhos. Acho que podemos dizer em claro e bom tom que somos governados por milicianos do escritório do crime. Só Sérgio Moro não vê isso. O comportamento humilhante desse sujeito é praticamente um espelho para o 'cidadão de bem'. Inclusive, estamos na fase final de gravação de uma música com esse tema, em breve estará disponível nas principais plataformas digitais. Ao menos pra ser ridicularizado o cidadão de bem' tem serventia", analisa Colonnezi.<br />
<br />
No PdR, o quarteto promete um show surpreendente, com direito a uma homenagem ao Olodum – algo inusitado, em se tratando de PdR, mas muito bem-vindo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu0LE29-YnY1Mu0yhRFGHQTk1FOECz-xBYwFccfj4VLkaelWYj12q3uLFs5VhXQ_bO3PurHeETPQYcK-C88AJtBtcn8SlvkNW_prjYabcDuXuccAi_dgHPn6WkRQARaR4iSDlY/s1600/86793535_2881343555220328_4155111113458974720_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="685" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu0LE29-YnY1Mu0yhRFGHQTk1FOECz-xBYwFccfj4VLkaelWYj12q3uLFs5VhXQ_bO3PurHeETPQYcK-C88AJtBtcn8SlvkNW_prjYabcDuXuccAi_dgHPn6WkRQARaR4iSDlY/s400/86793535_2881343555220328_4155111113458974720_o.jpg" width="285" /></a></div>
“O Palco do Rock é uma oportunidade de nos apresentarmos para um público maior, estamos ansiosos para sentir como essa galera vai responder ao nosso som. Tocaremos oito músicas: sete autorais e uma versão completamente diferente de um clássico do Olodum! Vamos aproveitar para gravar o show com o intuito de lançar nosso primeiro material audiovisual ao vivo. Na nossa visão este festival poderia ser bem maior e melhor, algo até de nível internacional, mas com o recurso disponibilizado para o projeto, uma verba ridícula”, afirma Adrian.<br />
<br />
“Sem dúvida, será uma experiência de grande valor para a Agrestia. É a nossa primeira vez no Palco do Rock, e queremos deixar nossa marca. Preparamos um set list enxuto, mas bastante vibrante, pesado e agreste (risos). O tempo de apresentação é curto, vai ser uma porrada atrás da outra. O público pode se preparar pra receber aquele tapão de mão aberta no pé do ouvido, no bom sentido, é claro. O Palco do Rock é uma grande vitrine. Muita gente já passou por ali, é uma espécie de ritual e requisito pra quem quer fazer rock pesado em Salvador e na Bahia. Tem que passar pelo Palco do Rock, que antes de qualquer coisa, é representação de resistência. Um festival que já está aí há 25 anos fazendo um contraponto ao axé em pleno Carnaval na terra do axé. Isso tem grande significado e importância. Claro que existem críticas, mas preferimos elogiar”, conclui Colonnezi.<br />
<br />
<i>Agrestia no Palco do Rock / Domingo, 17h / <a href="http://wwwfacebook.com/agrestia.rock">wwwfacebook.com/agrestia.rock</a></i><br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kOVUSj0X2kE" width="560"></iframe><br />
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<b>NUETAS</b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsbRLgRwlhOP2Ck8vCOsWRuvTljkkMlnHWIjqVyRK1r4xhz8C0GOCW4goHifK_beU4hx3zBH5u2M6qAyQ4FkcsuJTCOGb5OsbSyQ1XP2zCO7jx-3mudtVIOlYca3-5S6JoNMlM/s1600/87066147_2462329207205057_7634479689205022720_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsbRLgRwlhOP2Ck8vCOsWRuvTljkkMlnHWIjqVyRK1r4xhz8C0GOCW4goHifK_beU4hx3zBH5u2M6qAyQ4FkcsuJTCOGb5OsbSyQ1XP2zCO7jx-3mudtVIOlYca3-5S6JoNMlM/s400/87066147_2462329207205057_7634479689205022720_o.jpg" width="400" /></a></div>
<b><i>Alopre-se no BB</i></b><br />
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O Circuito Tony Lopes – leia-se Bardos Bardos – bota na avenida o Grito de Carnaval da casa com show do Professor Doidão & Os Aloprados. Quinta-feira, 19 horas, colabore.<br />
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<b><i>Destaques PdR ‘20 </i></b><br />
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Então é Carnaval, e o Palco do Rock ressurge em meio aos coqueiros de Piatã. Infelizmente, até o fechamento da coluna, a produção ainda não havia divulgado a grade completa das 40 atrações previstas. Pouco mais da metade foi anunciada. Vamos ao que interessa. Além da Agrestia aí do lado, recomendamos Dona Iracema (uma das melhores coisas do rock baiano recente), Drearylands, Marília Gabriela (SP), Electric Poison, Maldita (RJ), The Cross, Bruma. Oxalá daqui até sexta-feira sai a grade completa. De sábado até terça-feira de Carnaval, no Coqueiral de Piatã, 17 horas, gratuito.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-24231108765895711502020-02-13T09:49:00.003-04:002020-02-13T09:49:55.512-04:00LeGAL NA CONCHA<b><i>Com participação de Silva, Gal Costa traz de volta à cidade a bem sucedida turnê A Pele do Futuro</i></b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrpWOagVZaUa3_HaNFtjItOSBgtyOg-4wPhv2JO4YiamPR65K3zNw0VRsjkzoujTN222Z_-sdnTruGiXVXRNCbIsKlacOottZoNw3RpCx-tZXjdYLvTSHyrBYDDjsBFxo_Kvkm/s1600/9R4B9769.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrpWOagVZaUa3_HaNFtjItOSBgtyOg-4wPhv2JO4YiamPR65K3zNw0VRsjkzoujTN222Z_-sdnTruGiXVXRNCbIsKlacOottZoNw3RpCx-tZXjdYLvTSHyrBYDDjsBFxo_Kvkm/s400/9R4B9769.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dona Maria das Graças no show de 2019 no TCA, foto Mila Cordeiro</td></tr>
</tbody></table>
Verão em Salvador sem shows de Gal, Gil e Caetano deve ser bem ruim – felizmente ainda não conhecemos estação tão cinzenta.<br />
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Se na semana passada os dois últimos bateram ponto (brilhantemente, como sempre) nas dependências do Teatro Castro Alves, amanhã é a vez de Maria nos conceder a Graça de sua voz e presença no palco da Concha Acústica do mesmo TCA.<br />
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Esta é segunda apresentação que Gal faz em Salvador da turnê do seu álbum mais recente, A Pele do Futuro.<br />
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A primeira foi justamente há pouco mais de um ano, <a href="http://rockloco.blogspot.com/2019/01/pele-de-camaleoa.html" target="_blank">no dia 1º de fevereiro de 2019</a>, na Sala Principal do Teatro Castro Alves.<br />
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Transferido na apresentação de amanhã para o ambiente mais descontraído da Concha Acústica, o show deve ganhar ainda mais animação, dado que traz vários momentos festivos no repertório.<br />
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Além da mudança de ambiente, outra novidade é a participação do cantor capixaba (cada vez mais baiano) Silva.<br />
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“É o mesmo show, a turnê do A Pele do Futuro que já rodou o país todo e o show está cada vez mais lindo. A única novidade é a participação do Silva”, confirma Gal, por email.<br />
<br />
A relação entre Gal e Silva decorre de ele ter participado da turnê Ela Disse-Me Assim (aquela só com repertório do Lupicínio Rodrigues) e de ser dele uma das faixas de A Pele...: Palavras no Corpo, parceria com o poeta Omar Salomão (filho do vulcão tropicalista jequieense Waly).<br />
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“Com certeza cantaremos juntos Palavras no Corpo e o resto é surpresa, não quero estragar”, provoca.<br />
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Se esbanja talento na sua arte / profissão, dona Maria das Graças é bem econômica nas palavras e nas informações.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWF3fbK3xUxZ9ISuA3GilHT5B5036U5NAC0tZyntcwx2WWsnHZYRP1TziEkhwYbqGT8PQ1Be8lgxsIbRTUVDuBOldaj_YrEy3J7oZTPsGEqSmOAcGimaQGBaONupNLay43v8Fc/s1600/9R4B9341.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWF3fbK3xUxZ9ISuA3GilHT5B5036U5NAC0tZyntcwx2WWsnHZYRP1TziEkhwYbqGT8PQ1Be8lgxsIbRTUVDuBOldaj_YrEy3J7oZTPsGEqSmOAcGimaQGBaONupNLay43v8Fc/s400/9R4B9341.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cantora lendária, ótima banda, grande show. Foto Mila Cordeiro</td></tr>
</tbody></table>
Evita contar se a parceria com Silva renderá outros frutos: “Isso vamos deixar o tempo dizer. Ele é muito talentoso, adorei conhece-lo primeiro como músico do show de Lupicinio comigo, depois como lindo compositor e intérprete”.<br />
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E evita também dar qualquer pista sobre o que planeja fazer em seguida, finda a fase d’A Pele do Futuro: “Já estou pensando no próximo trabalho, mas também é surpresa ainda”.<br />
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Osso duro, mas OK. Ela pode.<br />
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<b>Conexão sem explicação</b><br />
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Aos 31 anos, Silva vem aos poucos se tornando um dos nomes mais quentes da música brasileira: suas canções, muitas compostas com seu irmão Lucas, tem rendido gravações e duetos com nomes como Marisa Monte (Noturna [Nada de Novo na Noite]), Ivete Sangalo (Pra Vida Inteira) e Ludmila (Um Pôr do Sol na Praia).<br />
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Seu álbum mais recente, Bloco do Silva, traz repertório só de sucessos da axé (e pré-axé) music, identificadíssimo que é o rapaz com a Bahia.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgotOuDjqtC5fHGnvOWmDxZtY7oe-NyYLZKYyGnGKM4zIIQgkJUqOMuPw5TH8_WNLOcgWqPkdoOyfEQGNui4QHgDroeqqGteIbHM4YSnuNF2fWTlU8bFHQuKb5Ft-dFgfVc3r-/s1600/Silva+001+%2528foto+Breno+Galtier%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgotOuDjqtC5fHGnvOWmDxZtY7oe-NyYLZKYyGnGKM4zIIQgkJUqOMuPw5TH8_WNLOcgWqPkdoOyfEQGNui4QHgDroeqqGteIbHM4YSnuNF2fWTlU8bFHQuKb5Ft-dFgfVc3r-/s400/Silva+001+%2528foto+Breno+Galtier%2529.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Silva, queridinho delas. Foto Breno Galtier</td></tr>
</tbody></table>
“Não sei explicar exatamente da onde vem essa conexão que tenho com Salvador, mas é muito forte. Deve ser alguma coisa de destino. E é muito bom saber que é recíproco, sempre recebo muito carinho dos amigos que são daí e vejo muita gente me acompanhando com amor”, conta.<br />
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Tudo isto posto, é fácil imaginar seu entusiasmo para o show de amanhã.<br />
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“Estou ansioso por isso, Gal é uma das minhas vozes favoritas do mundo. Passei bons momentos da vida ouvindo suas músicas. Tô muito feliz em cantar com ela em Salvador, na Concha Acústica”, afirma.<br />
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Axezeiro com orgulho, só falta ao Silva agora puxar um trio elétrico no circuito Barra - Ondina.<br />
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“Estamos fechando toda a agenda de Carnaval, mas vou dar um jeitinho de passar por Salvador”, garante, com aquele despiste de praxe.<br />
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Bom aluno, vai longe.<br />
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<i>Gal Costa: A Pele do Futuro / Amanhã, 19h / Concha Acústica do Teatro Castro Alves / R$ 80 e R$ 40 / Camarote: R$ 160 e R$ 80 / Classificação: livre</i><br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gyh7lUYXBYg" width="560"></iframe>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-85348350197933794102020-02-12T10:40:00.002-04:002020-02-12T10:40:44.773-04:00PAGA AÍ, QUE EU TÔ DOIDÃO<b><i>Professor Doidão & Os Aloprados pisam fundo na Kombiruta em turnê com Marília Gabriela (a banda)</i></b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2VBh8aSj4HnxS0ZVQgNevyXzHAruq_men3xN1ztwZfIUIUIpnkiY6wALS0V1jACanG51Q9ubW_tzKb_aZnNSoC4BVXIXpXj2QgTPLU3OgVWr2XjZd0EDAGiwmOuwR94bQQiDg/s1600/IMG_0576.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2VBh8aSj4HnxS0ZVQgNevyXzHAruq_men3xN1ztwZfIUIUIpnkiY6wALS0V1jACanG51Q9ubW_tzKb_aZnNSoC4BVXIXpXj2QgTPLU3OgVWr2XjZd0EDAGiwmOuwR94bQQiDg/s400/IMG_0576.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aloprando: Cícero, Juliana, Isaac e Lucas, em foto de Dan Borges</td></tr>
</tbody></table>
Atenção, crianças! Silêncio na sala! Esta semana, o Professor Doidão está de volta às aulas, portanto, vamos prestar atenção.<br />
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Mestre em rock ‘n’ roll, Isaac Fiterman, o Professor Doidão, e seus assistentes, Os Aloprados, fazem mais um giro por Salvador e outras cidades, desta vez acompanhados de... Marília Gabriela?!? É isso mesmo, produção?<br />
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É isso mesmo: a banda paulista Marília Gabriela (que tem licença da titular para usar seu nome) se apresenta com o Professor Doidão & Os Aloprados sexta-feira (no Portela Café), dia 27 no Cultura Bacana Music Lounge Bar (Vitória da Conquista), dia 28 no Green Music Hall (Itabuna) e no dia 29 em Itacaré (a confirmar).<br />
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Mas espera, não acabou ainda. As duas bandas ainda tocam no Palco do Rock 2020.<br />
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Achou muito? Que nada, maluco. Se tem uma coisa que o Professor & Os Aloprados conhecem bem são as estradas dessa Bahia. À bordo de sua (palosíssima) Kombiruta, o quarteto vem espalhando seus eflúvios psicodélicos por terras baianas e além.<br />
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“Ano passado rodamos bastante, divulgando nosso trabalho. Fizemos shows em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Serrinha, Jequié, Vitória da Conquista, Itabuna, Uruçuca (Serra Grande), Lençóis, Palmeiras (Vale do Capão) e também em Belo Horizonte. Atualmente não temos um produtor fixo. O que tem acontecido são pessoas pontuais das diversas regiões que nos contactam e fazem a roda girar. Lula Palmeira, por exemplo, tem feito a nossa produção na região sul da Bahia e tem se arriscado em outras áreas também“, conta Isaac / Professor Doidão.<br />
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“Na sua maioria os shows tem as despesas (alimentação, hospedagem e transporte) bancadas pelos contratantes. A partir daí, cachê ou bilheteria – ou seja, risco só de ganhar. Em alguns casos (eventos solidários e novos espaços da grande Salvador), fazemos shows do próprio bolso”, diz.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhljbh95hOJcrREJXuykH2vWH33cHtMKoNwcI92cy8AGuJDPthufDpgJ4nlUPCNqoaZ8WRMq4mBR2l3dZo660b-ZO3q7hQ87Jf_iHkuESJSmfq_y96AkeKXgf35N9y8KB1IJw-H/s1600/IMG_0679.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhljbh95hOJcrREJXuykH2vWH33cHtMKoNwcI92cy8AGuJDPthufDpgJ4nlUPCNqoaZ8WRMq4mBR2l3dZo660b-ZO3q7hQ87Jf_iHkuESJSmfq_y96AkeKXgf35N9y8KB1IJw-H/s400/IMG_0679.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Morda-se de inveja, Ken Kesey! Foto de Dan Borges</td></tr>
</tbody></table>
<b>Projeto em execução</b><br />
<b><br /></b>
Com dois EPs já gravados, a banda lançou no último dia 2 o single Eu e Você no Vale do Capão. “Foi gravado no Estúdios WR, e o clipe já está no forno. A ideia é lançar mais uns três ou quatro singles e daí formar o terceiro EP”, conta.<br />
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Divertido e alto astral, o som do Professor Doidão tem sua contraparte gráfica perfeita na Kombiruta, um projeto ainda em execução: “Temos que finalizar o projeto da Kombiruta, nosso quinto elemento, com palco, gerador e equipamentos de som, para podermos levar nosso som aloprado para os quatro cantos da Bahia e do mundo”, ameaça Isaac.<br />
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“Vivemos tempos difíceis e a música precisa ter um papel diferenciado. Entreter é a palavra do momento. Fazemos um som irreverente e dançante para quem quer se divertir mas também com letras para refletir. Bem-vindos à classe do Professor Doidão & os Aloprados”, conclui.<br />
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Marília Gabriela com Professor Doidão & Os Aloprados / Sexta-feira, 22 horas / Portela Café / (R. Itabuna, 304, Rio Vermelho) / R$ 20<br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0SI36flBzBg" width="560"></iframe><br />
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<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Sintonize Pessoa</i></b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Q2dEzWSj0ZErzBo0MxvjIQFMcBoQMGL4aonf6EgdX-WpEMegHNBratL3fGLnSInKAQ3MFltU3cK3TLn9wxH7FwXhprmvbzq9nB_Dl3EfXxg6OmTELLr4wUmJUyRd8WBYLzPI/s1600/C%25C3%25B3pia+de+FLYER+INSTA+1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Q2dEzWSj0ZErzBo0MxvjIQFMcBoQMGL4aonf6EgdX-WpEMegHNBratL3fGLnSInKAQ3MFltU3cK3TLn9wxH7FwXhprmvbzq9nB_Dl3EfXxg6OmTELLr4wUmJUyRd8WBYLzPI/s400/C%25C3%25B3pia+de+FLYER+INSTA+1.png" width="400" /></a>O cantor Pessoa faz show de lançamento do seu novo single, Sintonize. É sexta-feira, 21 horas, no Tropos Gastro Bar (Rua Ilhéus, 214, Rio Vermelho), R$ 10 (com direito a uma bebida).<br />
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<i><b>Rock Baiano na Casa Ninja Bahia</b></i><br />
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Neste sábado, um evento muito legal rola na Casa Ninja Bahia (Largo da Mariquita, Rio Vermelho): é o Subterrâneo: Uma Homenagem ao Rock Baiano. Primeiro, roda de conversa com Ednílson Sacramento (autor do livro Rock Baiano: História de uma Cultura Subterrânea), Cairo Melo (NHL), Irmão Carlos, Ivana Vivas (pesquisadora), Maíra Morena (produtora), Rogério BigBross (o rock baiano em pessoa), Sandra de Cássia (Palco do Rock) e Sora Maia (fotógrafa). Na sequência, shows das bandas Bagum, Colibri, Tangolo Mangos e Astral Plane. 19 horas, R$ 10.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-23814089328643562152020-02-06T10:37:00.001-04:002020-02-06T10:38:55.517-04:00SONGS OF OUR LIVES<b><i>Grande banda nordestina, a sergipana Snooze sai de cena com belo álbum-tributo</i></b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy-l5vhA_sUB3I2M8d8YSIkEL1G9ucylHBrPPMRAvdxQNA19gk_Kdxr31pXeRZNrv4x3g-iFcHHoptolXWEPqzDKlW-_OWciw_36uMTqDz0P036fWq80uuKoXosqy-ewMgDp5Z/s1600/2019_04_07_Snooze_Foto_Saulo_Coelho_4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1060" data-original-width="1600" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy-l5vhA_sUB3I2M8d8YSIkEL1G9ucylHBrPPMRAvdxQNA19gk_Kdxr31pXeRZNrv4x3g-iFcHHoptolXWEPqzDKlW-_OWciw_36uMTqDz0P036fWq80uuKoXosqy-ewMgDp5Z/s400/2019_04_07_Snooze_Foto_Saulo_Coelho_4.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Snooze em ação em 2019, em um dos últimos show. Foto Saulo Coelho</td></tr>
</tbody></table>
Formada em 1993, em Aracaju, a banda Snooze foi, durante muito tempo, uma das principais representações do indie rock no Brasil, ao lado de outras pioneiras como a baiana brincando de deus, as paulistas Killing Chainsaw e Pin- Ups, a carioca Second Come e a brasiliense Low Dream, entre outras.<br />
<br />
Encerrada no ano passado depois de mais de 25 anos de atividades e cinco álbuns gravados, a Snooze é agora homenageada pelo álbum-tributo Snoozing All This Time, já disponível nas plataformas de streaming.<br />
<br />
Organizado pelo músico Gus Machado, via Noise Floor Records, o tributo traz bandas importantes do cenário indie, como Wry (SP), Renegades of Punk (SE), a baiana Pastel de Miolos e cantores solo como o próprio Gus, Panço (RJ) e o potiguar Dimetrius Ferreira.<br />
<br />
“O tributo surgiu a partir de um post de Facebook onde o Gus Machado reverenciava a banda e tinha muito comentário bacana, e alguém (na verdade, o próprio Gus) deu essa ideia lá e ele resolveu levar a adiante. Contactamos vários amigos da cena e bandas que já nos relacionávamos, de Aracaju e do Brasil. Basicamente pessoas que gostavam dos nossos discos ou se diziam influenciados. Depois apareceram mais bandas e artistas novos que nem tínhamos muita relação, e isso foi ótimo”, relata o baterista Rafael Jr., que junto com seu irmão Fabio Snoozer (baixo, voz) são os únicos remanescentes desde o início.<br />
<br />
“Escrevi esse post depois de amanhecer com uma música do Snooze na cabeça. Eu dizia o quanto eles não eram apenas a minha banda sergipana favorita, mas sim uma das minhas bandas favoritas da vida. E que, graças a eles, por me fazerem sentir representado - aos 12 anos de idade - no show de lançamento do Let My Head Blow Up (2002) - pude entender que mesmo estando fora dos grandes centros, era possível fazer música e ‘soar como uma banda grande’, acrescenta Gus Machado.<br />
<br />
Coletivo, o trabalho envolveu Gus, os irmãos Snooze, Wilson Santana (PdM) e Dimetrius.<br />
<br />
“Foi criada uma lista de emails com orientações gerais, uma lista enorme de músicas e um prazo razoavelmente longo para a entrega da gravação. Não tínhamos dinheiro nenhum e cada banda arcou com sua gravação. É um trabalho coletivo, portanto, mas com algumas pessoas encabeçando. Formamos um grupo de Whatsapp com o Gus, Dimétrius de Natal (RN), que ajudou bastante na parte do site, o Wilson da banda Pastel de Miolos com várias ideias boas advindas de sua experiência com selos independentes, e eu e meu irmão Fabinho da banda, como 'curadores' do projeto. Cada banda escolheu sua música e ai riscávamos da lista geral. Gus fez as ilustrações de cada banda, e há depoimentos de cada artista no site, sobre a escolha da música e como conheceu a Snooze”, relata Rafael.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc9rpwIcX79r_wq_Hc7a6jXyOe2_vUMtwlN0z_Dk9H1Pq8lzD1UulSxWELuDgM3_YvEg7aEnjD2hsSGYxtR179xfwhp2SzfxQQAvlxlRaAxc3l8DR7WEF6kGung6-RJkuM0LRG/s1600/Dimetrius+Ferreira+-+Foto+Jose%25CC%2581+Tm.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1062" data-original-width="1600" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc9rpwIcX79r_wq_Hc7a6jXyOe2_vUMtwlN0z_Dk9H1Pq8lzD1UulSxWELuDgM3_YvEg7aEnjD2hsSGYxtR179xfwhp2SzfxQQAvlxlRaAxc3l8DR7WEF6kGung6-RJkuM0LRG/s400/Dimetrius+Ferreira+-+Foto+Jose%25CC%2581+Tm.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O cantor potiguar Dimetrius, foto José TM</td></tr>
</tbody></table>
"Eu não contava com a adesão imediata do Snooze ao meu projeto (que hoje nem é só mais meu), mas com a participação deles eu tive acesso a outras bandas que eram contemporâneas deles - Sem eles, eu nunca chegaria a bandas que dividiram a estrada com eles quando eu ainda era uma criança. Então, naturalmente Rafael e Fabinho assumiram o papel de curadores sugerindo e me colocando em contato com bandas que tinham vínculos emocionais com o Snooze. A seleção de bandas foi completamente parcial e guiada pela memória afetiva. Eles sugeriram artistas com quem eles dividiram a cena e eu sugeri artistas com quem eu dividi a cena", acrescenta Gus<br />
<br />
O resultado está no site snoozingallthistime.com, com todas as músicas, links, fotos e textos. Infelizmente. não haverá um evento para marcar o lançamento do projeto, mas Gus não descarta gerar novos filhotes a partir deste trabalho. “A cena tem mudado e hoje existe a música e todo o conteúdo gerado ao redor dela. Hoje é uma coletânea, amanhã pode ser um livro, e depois de amanhã, quem sabe, uma exposição”, aposta.<br />
<br />
<b>Uma conclusão</b><br />
<br />
Indie rock "raiz", a Snooze ainda assim foi abraçada no projeto por artistas da geração mais nova do indie contemporâneo, que, como sabemos, é mais brasileiro, menos triste e mais tropical.<br />
<br />
"Tento assimilar e entender o indie atual brasileiro, mas tenho dificuldades. Gosto de algumas coisas, mas cheguei à conclusão que sou mesmo 'old school' (risos). Acho ótimas as mudanças, mas não é muito meu gosto pessoal. Nossa posição nesse cenário é que fomos old school até o fim das atividades... Não sei se isso é bom ou ruim, apenas éramos 'de verdade', sempre fizemos o som que quisemos fazer, sem qualquer tipo de concessão", afirma Rafael.<br />
<br />
"Fiz um caminho longo para chegar a música brasileira. Acho que nisso eu e o indie rock temos algo em comum. Acho sensacional essa redescoberta de influências brasileiras (e por que não latinas?) e a sua incorporação no indie rock. Acredito que isso vai fazer a música produzida aqui cada vez mais única. Concordo com o Rafael que a mudança é positiva. Discordo dele apenas pelo fato de gostar muito do que tem surgido. O Snooze é uma banda noise e oldschool, porém quem houve Má Love, do LMHBU vai ver uma deixa de ritmos mais brasileiros. (Será que foi o inconsciente?) Em tempo, acho que uma das vantagens de ser independente é não ter que ser fiel a nada, nem se quer ao seu trabalho prévio", observa Gus.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieMhtrH1QlqGO2fz8n4Ok_oBd6r2CQgfuO6Xj69gRKSbaDMeH0eHw3ox4KXR0_hcin9dQ99RUHMjiWYsefsvJFlWGmi_WVzkaFpT1XEtTyFDMCiczOpIzYKrzBi4mghadA9yGv/s1600/2019_04_07_Snooze_Foto_Saulo_Coelho_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1060" data-original-width="1600" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieMhtrH1QlqGO2fz8n4Ok_oBd6r2CQgfuO6Xj69gRKSbaDMeH0eHw3ox4KXR0_hcin9dQ99RUHMjiWYsefsvJFlWGmi_WVzkaFpT1XEtTyFDMCiczOpIzYKrzBi4mghadA9yGv/s400/2019_04_07_Snooze_Foto_Saulo_Coelho_1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Valeu, Snooze! Viva o rock sergipano! Foto Saulo Coelho</td></tr>
</tbody></table>
Enfim, a banda acaba, mas o som fica.<br />
<br />
"Essa é a notícia triste: tínhamos novas músicas e uns demos, tocamos em alguns festivais importantes em Sergipe em 2019, tinha o plano de fazer um disco novo já há algum tempo, mas sucumbimos e não sei dizer a razão exata. Apenas chegou a hora de fechar o ciclo depois de mais de 25 anos de atividade, e todos concordaram. Salvador sempre foi nossa segunda casa e bastava uma ligação pro Wilson, Tony ou Rogério Big Brother, e teríamos uma data. Fizemos muitos amigos na cena baiana e foram mais de 20 shows em Salvador e alguns no interior da Bahia. Sempre recebemos as bandas baianas em Aracaju também, desde os anos 90", conclui Rafael.<br />
<br />
"Vamos ficar órfãos da Snooze. Eu desejo a cada um deles, dos irmãos Snooze aos membros da última formação, que continuem produzindo música autoral. De repente, deste fim, vem uma multiplicação de projetos e muito material bacana para se ouvir", conclui Gus.<br />
<br />
Por fim: ouça o disco, visitem o site: <a href="http://snoozingallthistime.com/">http://snoozingallthistime.com/</a><br />
<br />
<iframe seamless="" src="https://bandcamp.com/EmbeddedPlayer/album=2654079248/size=large/bgcol=ffffff/linkcol=0687f5/tracklist=false/transparent=true/" style="border: 0; height: 470px; width: 350px;"><a href="http://snoozingallthistime.bandcamp.com/album/snoozing-all-this-time">Snoozing All This Time by Snoozing All This Time</a></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
<br />
<b><i>Retrofoguetes X 2</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMAq-3epAr09eVQeQMeIc2JeQ2qYrP2y08T6W2LyFCNFJnioO8FHkfRoSsp4sKN_TzvNRE-ZAXGWhdzczUHOXH17LzCoyNPTHS3KJyKJeH898XBDzGy4EBF6CRqR8PyRpczXFh/s1600/flyer+metal+no+teatro+-+edi%25C3%25A7%25C3%25A3o+fev2020+-+face.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMAq-3epAr09eVQeQMeIc2JeQ2qYrP2y08T6W2LyFCNFJnioO8FHkfRoSsp4sKN_TzvNRE-ZAXGWhdzczUHOXH17LzCoyNPTHS3KJyKJeH898XBDzGy4EBF6CRqR8PyRpczXFh/s400/flyer+metal+no+teatro+-+edi%25C3%25A7%25C3%25A3o+fev2020+-+face.jpg" width="400" /></a></div>
Os fabulosos Retrofoguetes fazem duas sessões de seu show Surf Carnival nas próximas duas quintas-feiras (HOJE e 13), sempre às 20 horas. É no Teatro Sesc Senac Pelourinho, R$ 10 ou R$ 8 (cliente Sesc).<br />
<br />
<b><i>Metal no Teatro sábado</i></b><br />
<br />
Behavior, Drearylands e Inner Call e Beyond The Evollution fazem a primeira edição do ano do evento Metal no Teatro. É sábado, 17 horas, no Cine Teatro Solar Boa Vista (Brotas), R$ 25 ou antecipado a R$ 15 + um kg de alimento não perecível.<br />
<br />
<b><i>BB sexta e sábado</i></b><br />
<br />
O country rock do Only Cash - Johnny Cash Tribute na sexta-feira e o guitar noise de Os Reids e Célula Mekânika no sábado. Sempre às 19h no Bardos Bardos, R$ 10.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-24693919864793241972020-01-29T10:15:00.001-04:002020-01-29T10:15:51.925-04:00RUMO AO ESQUECIMENTO<b><i>O Homem Sem Talento, de Yoshiharu Tsuge, é o mangá com menos cara de mangá que já foi publicado no Brasil. Clássico, é um périplo ao Japão dos grotões, longe da modernidade à luz neon de Tóquio</i></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOemG6LlZsmy2AydneUdlJ_EsDY1O3Ggvxa1ukPbG9C4R_fD1LuVCYficftgIxJTAyhGel9bOmI2_SPB0ebpQKUXpuZC_HvpqVz3NSDNflP5dQlki0zT7H8F5EeNEPCR3IrvKK/s1600/splps01canonirad-c84d1b8163bd0556d5e38da52c6496e9-1200x0.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1169" data-original-width="1200" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOemG6LlZsmy2AydneUdlJ_EsDY1O3Ggvxa1ukPbG9C4R_fD1LuVCYficftgIxJTAyhGel9bOmI2_SPB0ebpQKUXpuZC_HvpqVz3NSDNflP5dQlki0zT7H8F5EeNEPCR3IrvKK/s320/splps01canonirad-c84d1b8163bd0556d5e38da52c6496e9-1200x0.jpg" width="320" /></a></div>
Quando se fala em mangás, logo nos vem à mente uma profusão de personagens de olhos enormes e espadas em punho, em meio à muitos efeitos de movimento e cenários fantasiosos.<br />
<br />
Felizmente, nem só de Dragon Ball e Pokemon vivem os quadrinhos japoneses.<br />
<br />
Um excelente exemplo que foge totalmente à estética e às temáticas usuais das HQs produzidas no Japão, O Homem Sem Talento, de Yoshiharu Tsuge, pode ser uma das melhores coisas que você vai ler neste início de 2020.<br />
<br />
Semiautobiográfica, a HQ acompanha a vida nada interessante de Sukegawa, um homem de meia idade, casado e com um filho pequeno, que é desenhista de mangás mas desiste de trabalhar para a indústria, passando a exercer atividades absolutamente infrutíferas e desnecessárias – tentativas contínuas de auto-sabotagem.<br />
<br />
Ele começa vendendo pedras, algo que parece completamente sem sentido para nós, ocidentais, mas que, de fato, existe como atividade comercial e espiritual no Japão.<br />
<br />
Lá, a observação de pedras – ou suiseki – retiradas de lagos são encaradas como atividades de relaxamento e espiritualidade elevada.<br />
<br />
Porém, as pedras catadas no rio próximo à sua casa simplesmente não tem valor.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaNXA-tEdQtZ_kPePCEG2VHQLDJz94_kLJoT8ArCbuS-QQhPtVpk7E120IWO-W6RlTx9rlT3z3st7n-GOTgCnSbeaeYm3VuM7vnkyajnHerXRg2lC3vH4VVrZK1SBJ3S34pE1w/s1600/homem-sem-talento-divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o-7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1085" data-original-width="1062" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaNXA-tEdQtZ_kPePCEG2VHQLDJz94_kLJoT8ArCbuS-QQhPtVpk7E120IWO-W6RlTx9rlT3z3st7n-GOTgCnSbeaeYm3VuM7vnkyajnHerXRg2lC3vH4VVrZK1SBJ3S34pE1w/s400/homem-sem-talento-divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o-7.jpg" width="391" /></a><b>O direito de desaparecer</b><br />
<br />
Nos capítulos seguintes o loser nipônico tentará vender pássaros e câmeras fotográficas velhas, entre outras inutilidades – sempre para dar com os burros n’água e seguir na pobreza com sua mulher mal-humorada e seu filho choroso e catarrento – uma vida miserável que, no entanto, lhe parece bastante conveniente, já que ele insiste em não fazer nada realmente efetivo para tirar o pé da lama.<br />
<br />
Descrito assim, parece horrível. No entanto, é uma das HQs mais belas já produzidas no Japão.<br />
<br />
Sua consistência temática – e constância narrativa –, além dos desenhos belíssimos de Tsuge, constituem uma obra definida pela crítica internacional como nada menos que uma obra-prima – termo gasto, porém plenamente justificado aqui.<br />
<br />
Em seus périplos, Sukegawa conhece tipos ainda mais excêntricos e tristes do que ele, como os participantes de um leilão de pedras, o dono de uma loja de pássaros que insiste em só comercializar aves japonesas de difícil criação doméstica e um livreiro de aspecto cadavérico e passado obscuro.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFHDGreWo-EXPZOWxNH_XtCg1Wv20Z_CQkBELwvuf9OCudpC6F3KQ31mfcx3-NkYEdJ8FylnVTWwnKa7WjAmaHruKNtyEdoiQLLQoVIgnbGD41ffcjalPLTCRGtQSo_Nj1xquO/s1600/1splps01canonira-03d6ba841cf6760091ae906f228c15a9-1200x0.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="885" data-original-width="1200" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFHDGreWo-EXPZOWxNH_XtCg1Wv20Z_CQkBELwvuf9OCudpC6F3KQ31mfcx3-NkYEdJ8FylnVTWwnKa7WjAmaHruKNtyEdoiQLLQoVIgnbGD41ffcjalPLTCRGtQSo_Nj1xquO/s400/1splps01canonira-03d6ba841cf6760091ae906f228c15a9-1200x0.jpg" width="400" /></a>A cada parada em sua jornada rumo ao nada, Sukegawa – e os leitores – ouvem considerações e histórias extraordinárias que muito nos revelam do Japão dos grotões, muito longe da modernidade à luz neon de Tóquio, um país desconhecido, onde se contemplam pedras e pessoas podem se tornar andarilhas por livre e espontânea vontade.<br />
<br />
O capitulo final, sugestivamente intitulado Desaparecer, é especialmente belo, quando o livreiro esquisitão vende à Sukegawa um livro de Inoue Seigetsu, poeta errante do século 19 e cuja trajetória parece amarrar com perfeição esta ode – não ao fracasso, mas à liberdade absoluta, inclusive à liberdade de não querer ser alguém ou fazer algo.<br />
<br />
Aqui, a ode é ao direito de se desvanecer em meio à bruma, rumo ao esquecimento.<br />
<br />
O que não deixa de ser irônico, visto que tanto Seigetsu quanto Tusge são idolatrados no Japão e fora dele.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnN8f7dxsezXdSBfVSp1HBuNG-_eSy_CRHJGcRaJpK_enu1CxMODHvhbrY-kq5essY7LgLCsOy6EdOoct-1IkepqyvRnhvOSkPl1d-myssrcfHscNQP7egFkU0Qtw2EaWPF0XD/s1600/veneta_homemsemtalento_2908.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1114" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnN8f7dxsezXdSBfVSp1HBuNG-_eSy_CRHJGcRaJpK_enu1CxMODHvhbrY-kq5essY7LgLCsOy6EdOoct-1IkepqyvRnhvOSkPl1d-myssrcfHscNQP7egFkU0Qtw2EaWPF0XD/s200/veneta_homemsemtalento_2908.jpg" width="138" /></a>Enfim, até para ser um fracasso é preciso talento, é preciso ter arte.<br />
<br />
Em tempo: a edição da Veneta, primorosa, como de costume, é em capa dura e traz dois textos: um do editor Mitsuhuro Asakawa e outro do premiado brasileiro Marcello Quintanilha (Tungstênio, Luzes de Niterói), que faz um bem humorado paralelo entre a HQ, Dodeskaden (1971, o clássico de Akira de Kurosawa) e a obra-prima brasileira Vidas Secas, de Graciliano Ramos.<br />
<br />
<i>O Homem Sem Talento / Yoshiharu Tsuge / Veneta / Tradução: Esther Sumi / 240 p. / R$ 64,90</i>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-38924262206132723662020-01-28T10:22:00.000-04:002020-01-28T10:22:36.765-04:00ELECTRO ABSTRACT<b><i>Duo eletrônico Aurata faz temporada de três datas com convidados no Cabaré dos Novos </i></b><br />
<b><i><br /></i></b>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtjYc0x79h3SwYF_9M7Y6f0Aow2equKVH843RrVRbBEGfcxAGaNm9Hcx2JHkIgyKp1GRNd1dQbQ4CCfiZ7QYSgjEo4vWPeP1uuou_WJxSKonaZStCJGicDDW_6CAmhV8TOh2xy/s1600/Projeto+aurata+-+ramon+gon%25C3%25A7alves+e+pedro+oliveira+barbosa+-+fotos+de+ananda+brasileiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtjYc0x79h3SwYF_9M7Y6f0Aow2equKVH843RrVRbBEGfcxAGaNm9Hcx2JHkIgyKp1GRNd1dQbQ4CCfiZ7QYSgjEo4vWPeP1uuou_WJxSKonaZStCJGicDDW_6CAmhV8TOh2xy/s400/Projeto+aurata+-+ramon+gon%25C3%25A7alves+e+pedro+oliveira+barbosa+-+fotos+de+ananda+brasileiro.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aurata, foto Ananda Brasileiro</td></tr>
</tbody></table>
Referência em música eletrônica indie, o duo Aurata faz temporada de três datas às quartas-feiras no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha a partir de amanhã.<br />
<br />
A cada dia, um convidado, abrindo com o trio psicodélico Bagum, seguido pelo coletivo feminino Fenda (dia 5) e a banda Suavv fechando (dia 12).<br />
<br />
Surgido em 2014 em uma leva de novas bandas indie / psicodélicas que contava com nomes como Mapa, Soft Porn e Van Der Vous, o Aurata é o experimento multimídia / pseudônimo artístico do artista visual, poeta, músico e produtor musical Ramon Gonçalves.<br />
<br />
No ano passado, reconfigurou-se em um duo, com a efetivação do multi-instrumentista e produtor Pedro Oliveira Barbosa.<br />
<br />
“Essa temporada surgiu muito pelo vínculo gerado entre a gente e o Vila por conta d'A Tempestade”, conta Ramón, que é diretor musical da adaptação de Shakespeare em cartaz no TVV.<br />
<br />
“Assinamos parte da direção musical do espetáculo e durante o processo surgiu a possibilidade de nos apresentarmos durante algumas semanas. O Vila é uma potência e estamos muito felizes em poder experimentar nossa música em diversos formatos, durante as próximas semanas”, acrescenta o artista.<br />
<br />
<b>Não-lugar</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrZrEvmYzVXW4rzVZTfdUaymfW-1WZt0kMWvCRwXPJ55CmASAvqTxn1QA3EQzHwt8KgCa8BW-PpOsF9yw69RStlTrRroiTFCM9kdjtVfoaOU4UWENklrl-FGzfuC4p2Xi7uKva/s1600/coletivo+fenda+-nadine+nascimento%252C+iasmim+salume+e+paula+cubilhas+foto+de+milena+abreu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrZrEvmYzVXW4rzVZTfdUaymfW-1WZt0kMWvCRwXPJ55CmASAvqTxn1QA3EQzHwt8KgCa8BW-PpOsF9yw69RStlTrRroiTFCM9kdjtVfoaOU4UWENklrl-FGzfuC4p2Xi7uKva/s400/coletivo+fenda+-nadine+nascimento%252C+iasmim+salume+e+paula+cubilhas+foto+de+milena+abreu.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Coletivo Fenda, foto Milena Abreu</td></tr>
</tbody></table>
Essencialmente eletrônico e experimental, o som da Aurata é inclassificável sob termos convencionais, já que – pelo menos em seus trabalhos mais recentes, como o álbum Satori (2018, lançado na gringa pelo selo holandês Whirling Wolf) –, o que se ouve é uma série de peças abstratas mais para o erudito contemporâneo (descontado o academicismo) do que para canções pop.<br />
<br />
“No começo do projeto eu estava tentando entender como produzir música sozinho, mas ainda assim refratando muito de uma lógica de ‘banda’”, conta Ramón.<br />
<br />
“Existe um fio condutor em minha produção e alguns anos e registros depois, sinto que temos nos aproximado desse aspecto ‘não-lugar’ que talvez eu tenha buscado desde sempre, utilizando de texturas e a elaboração de pequenas camadas para que o aspecto circular da música crie seu próprio corpo, atmosfera”, descreve.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicOymJnZ43br1-qB8x41o5vsYMbAP4ZipvgM1nNV8S4vV1ntW0fcQLJuRHJRnx6oJhOG672y3Ov2SjST57WhQh003z8SshNut8hpt-gnjPFEdqI57dmww1wBNlAIHNzKGCdJla/s1600/trio+bagum+-+gabriel+burgos+%2528bateria%2529%252C+pedro+tourinho+%2528baixo%2529%252C+pedro+leonelli+%2528guitarra%2529+fotos+de+milena+abreu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicOymJnZ43br1-qB8x41o5vsYMbAP4ZipvgM1nNV8S4vV1ntW0fcQLJuRHJRnx6oJhOG672y3Ov2SjST57WhQh003z8SshNut8hpt-gnjPFEdqI57dmww1wBNlAIHNzKGCdJla/s400/trio+bagum+-+gabriel+burgos+%2528bateria%2529%252C+pedro+tourinho+%2528baixo%2529%252C+pedro+leonelli+%2528guitarra%2529+fotos+de+milena+abreu.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bagum, foto Milena Abreu</td></tr>
</tbody></table>
Interessante e hipnótico, o som da Aurata vale aquela conferida – ao vivo ou no streaming. E ainda rola as bandas convidadas.<br />
<br />
“A cada semana iremos nos apresentar e dividir algumas faixas com cada um dos projetos. Estamos ansiosos para ver quais lugares (ou não-lugares) as próximas semanas nos guiarão”, conclui.<br />
<br />
<i>Aurata Convida / Amanhã (com Bagum) e dias 5 (com o Coletivo Fenda) e 12 de fevereiro (com Suavv), 20 horas / Cabaré dos novos do Teatro Vila Velha / R$ 10 e R$ 5</i><br />
<br />
<iframe seamless="" src="https://bandcamp.com/EmbeddedPlayer/album=1358444424/size=large/bgcol=ffffff/linkcol=0687f5/tracklist=false/transparent=true/" style="border: 0; height: 470px; width: 350px;"><a href="http://aurata.bandcamp.com/album/satori-2">Satori (悟り) by aurata</a></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS </b><br />
<br />
<b><i>Persie no Zungu hoje</i></b><br />
<br />
DJ e ícone fashion do underground baiano, Persie era figura recorrente na night do Rio Vermelho até alguns atrás. Residente em São Paulo desde 2011, Persie começou a desenvolver um interessante trabalho por lá, com dois EPs lançados e um terceiro chegando agora em fevereiro. Hoje ela apresenta este trabalho em um show no Zungu Iyagbá com os convidados Alex Tico (guitarra) e Jeronimo Sodré (programação). 21h30, colabore quando chapéu passar.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5l3CmdH2s01tPk7zFqJR3rtjWWDuxPdJ_TZWNGeRatLCcEqVCBv0VPDtemTj9GWI4_j6bpeh1MxrUy48v8oG-LE6ip89LfO9p_6Rjs8YYjKBbaivef3ioFnqZt5r1818YJQaJ/s1600/83648558_2419789308125714_1541879807426428928_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5l3CmdH2s01tPk7zFqJR3rtjWWDuxPdJ_TZWNGeRatLCcEqVCBv0VPDtemTj9GWI4_j6bpeh1MxrUy48v8oG-LE6ip89LfO9p_6Rjs8YYjKBbaivef3ioFnqZt5r1818YJQaJ/s400/83648558_2419789308125714_1541879807426428928_n.jpg" width="400" /></a><br />
<b><i>Game Over quinta</i></b><br />
<br />
A ótima Game Over Riverside lança o registro ao vivo Live no Bardos Bardos – mesmo local onde foi gravado. Quinta-feira, 19 horas, R$ 10.<br />
<br />
<b><i>Finde gordo no BB</i></b><br />
<br />
E vale o registro: a casa da Travessa Basílio da Gama caprichou demais na programação para a festa de Iemanjá. Sábado tem sarapatel (R$ 20) ao som de Chocolate com Blues, Todo Meu Ódio e outros a partir das 14 horas. E no domingo (2) tem feijoada (R$ 20) com Casapronta, Calafrio, Meus Amigos Estão Velhos, Banda de Rock e outros. 14 horas, no Bardos Bardos.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-45066265146783189582020-01-22T10:35:00.002-04:002020-01-22T10:35:59.098-04:00BOMB THE BASS<b><i>Sábado tem encontro de blueseiros na Varanda do Sesi e a noite é dos baixistas</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjojXk-nml7nnJVQuLjDPs-9NzzBh3XCdNmSFeqa0CgfHBtwoDuWea7gPDMKTpiuprazFSatUV1mQYK605rz5ZO1_rlBZUGErzcbuWW1HEzh29fRoIcUdTAL_hoCHrifCNt5kEy/s1600/Jerry+Marlon+2.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjojXk-nml7nnJVQuLjDPs-9NzzBh3XCdNmSFeqa0CgfHBtwoDuWea7gPDMKTpiuprazFSatUV1mQYK605rz5ZO1_rlBZUGErzcbuWW1HEzh29fRoIcUdTAL_hoCHrifCNt5kEy/s400/Jerry+Marlon+2.png" width="282" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jerry, foto Angela Pereira</td></tr>
</tbody></table>
Instituição do blues na Bahia, a banda Água Suja promove neste sábado a oitava edição do seu evento anual Encontro de Blueseiros.<br />
<br />
Desta vez, sob a temática Noite dos Baixistas, tendo à frente a lenda viva local Jerry Marlon, sujeito de larga experiência no underground desde os tempos da Delirium Tremens, depois 14º Andar, bandas antológicas do rock baiano.<br />
<br />
No palco, além de Jerry, Oyama Bittencourt (guitarra e vocal), Zito Moura (teclado) e Brian Knave (bateria), grandes baixistas convidados: Américo Paim (Banda Spectro), Humberto Batalha (Mil Milhas), Keko Pires, Luciano Calazans, Octávio Américo e Tony Duarte (Gerônimo).<br />
<br />
Aí quem ficou se perguntando, “noite dos baixistas, como é isso?”, merece essa resposta: “Com muito ritmo e groove, logicamente. Experimenta tirar o baixo das músicas pra ver o que acontece”, diz Jerry.<br />
<br />
“O formato será com cada um deles se presentando com a banda e depois comigo, juntos. Com dois baixos. Vai ser bom demais”, garante.<br />
<br />
E tem mais: mané achando que o blues só prestigia guitarrista e gaitista, se liga só no tanto de baixista lendário que o gênero legou. “Willie Dixon (pioneiro), Donald Duck Dunn (The Blues Brothers), Jack Bruce (Cream), Abraham Laboriel (lenda viva, tocou com Deus e o mundo), Jerry Scheff (Elvis, Bob Dylan), Tommy Shannon (Stevie Ray Vaughan), enfim... (essas influências) é algo muito pessoal, até porque muitos músicos possuem conceitos sobre blues que muitas vezes incluem o jazz, que veio diretamente do blues. Longa história, assunto pra muito, muito tempo”, enumera Jerry.<br />
<br />
<b>Sectos e conchavos</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjd36SdJbPe-K3Trh_gTanWBMWGaPd9vItuX6ER2hNbVe9_eHMgJBGIxzqr85Ub5sGbSZe2jIMFgmvFvVmH5g7D94YAHirl8yEEg8CK0smfCcOTnBxriuorLnrH491NK-9n1bM/s1600/Banda+%25C3%2581Gua+Suja.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1136" data-original-width="1600" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjd36SdJbPe-K3Trh_gTanWBMWGaPd9vItuX6ER2hNbVe9_eHMgJBGIxzqr85Ub5sGbSZe2jIMFgmvFvVmH5g7D94YAHirl8yEEg8CK0smfCcOTnBxriuorLnrH491NK-9n1bM/s400/Banda+%25C3%2581Gua+Suja.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Água Suja: Jerry, Brian, Oyama, Zito, foto Angela Pereira</td></tr>
</tbody></table>
Conhecidos pelo vasto repertório de standards, o Água Suja chega em 2020 com uma grande novidade: em breve, lançam seu primeiro álbum autoral.<br />
<br />
“Estamos em pleno desenvolvimento do nosso disco e estamos nos dedicando pra ele até com cautela demais”, pondera Jerry.<br />
<br />
Então tá combinado: sábado é a noite de Jerry Marlon na Varanda do Sesi – até porque é também aniversário da figura. Então é ele quem manda, tá OK?<br />
<br />
“O nome (desse show) poderia ser Encontro de Baixistas Amigos de Jerry Marlon. Uma vez que tudo é feito com sectos e conchavos, eu faço o meu”, provoca.<br />
<br />
“Ainda mais no meu aniversário. Até porque, desses que aí estão no cast do show, apenas Octavio Américo (ex-Mojo Blues Band, do saudoso Álvaro Assmar) tem algum feedback na história do blues local. Os outros são grandes músicos e profissionais pelos quais tenho o maior apreço”, conclui.<br />
<br />
<i>8º Encontro de Blueseiros de Salvador: Edição especial Noite dos Baixistas / Sábado, 22h / Varanda do Sesi / R$ 35 / Informações e Reservas: 71 99686-9963 | 8164-9058</i><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Falaschi na sexta</i></b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3iGDBqkU7M5l51bkn6DFB8awWaaEFVNdMVQ4lXwqzuPAw3HoxSI5tNzUG8HWdGbO2iUwj6wsFQ7wmy0pS9YqmkdckBsj3di0SYrtuKrw2R-ka8ssOxsIOgXi7I41ph77hKYuV/s1600/cartaz_edu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3iGDBqkU7M5l51bkn6DFB8awWaaEFVNdMVQ4lXwqzuPAw3HoxSI5tNzUG8HWdGbO2iUwj6wsFQ7wmy0pS9YqmkdckBsj3di0SYrtuKrw2R-ka8ssOxsIOgXi7I41ph77hKYuV/s320/cartaz_edu.jpg" width="226" /></a></div>
Ex-vocalista das bandas Angra e Almah, Edu Falaschi traz à cidade seu show Moonlight Celebration. Apresentação acústica, para apreciar cedo e sentado. Sexta-feira, 20 horas, no Teatro Isba, R$ 120, R$ 60. Ingresso solidário: R$ 62 + um quilo de alimento. Vendas: ingressorapido.com.br.<br />
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<b><i>Heitor no Bardos</i></b><br />
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O som experimental de Heitor Dantas fecha temporada aos sábados de janeiro no Bardos Bardos. 17 horas, valor sugerido: R$ 20.<br />
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<b><i>Terráqueos sunset</i></b><br />
<br />
Liderada pelo bluesman Lon Bové, a Banda Terráquea faz o pôr do sol deste domingo na Varanda do Sesi. Atenção para a gaita de Luiz Rocha e a seção de sopros dos Skanibais, todos no palco. Domingo, 17h, R$ 30. Doando camisa usada ganha ecobag de graça.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-64666138396507370682020-01-14T14:21:00.001-04:002020-01-14T14:21:17.376-04:00EM CASA, DE BOA<b><i>Com álbum novo no forno, André Mendes solta EP “de verão” e quer tocar na sua rua</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAUMXBBkxc8w0fosP31773FJg08DknFcJjZXDQ5x4emQgiXXEYW-SiJ-LWSV4YcOt7B04Mg5-lvkinqiyvLfX5Zkj_uuDygQ8gjKHLM1Kj1BkZw5Tb_rjo9OYDXuKYv1v2BK_h/s1600/B4487011-377B-4B0D-9CCF-18CAD405C3E8.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAUMXBBkxc8w0fosP31773FJg08DknFcJjZXDQ5x4emQgiXXEYW-SiJ-LWSV4YcOt7B04Mg5-lvkinqiyvLfX5Zkj_uuDygQ8gjKHLM1Kj1BkZw5Tb_rjo9OYDXuKYv1v2BK_h/s400/B4487011-377B-4B0D-9CCF-18CAD405C3E8.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">André, foto Cintia M.</td></tr>
</tbody></table>
Sujeito com uma história sui generis no rock baiano, André Mendes prepara uma volta marcante à carreira solo em 2020, após o breve retorno de sua banda original, Maria Bacana, em 2018.<br />
<br />
Vale lembrar que naquele ano a MB lançou seu segundo disco, o adorável A Vida Boa Que Tem os Dias que Brincam Leves, fez alguns poucos shows e retornou ao estaleiro.<br />
<br />
Há alguns meses, André tem gravado seu sétimo (!) álbum solo, já intitulado O Rei dos Animais, com lançamento previsto para “os próximos meses”, no Estúdios WR, produzido por Apu Tude (que também produziu A Vida Boa...).<br />
<br />
Porém, menino irrequieto, André não se segurou e soltou nos últimos dias de 2019 um EP com seis faixas, gravado em casa mesmo, via iPad: Casas Brasileiras.<br />
<br />
“Casas Brasileiras é meu EP de verão... Um disco relaxado, um ‘ao vivo na sala de uma casa brasileira’, no caso, a minha. Um disco pra comemorar o verão. O disco novo pra valer é o Rei dos Animais, gravado com toda atenção e produzido por Apu Tude”, conta André.<br />
<br />
“Gravei no dia 16 de dezembro. Tudo num take só, uma voz e um instrumento em cada faixa. Compus a faixa-título na hora e decidi que ela teria uma sonoridade diferente do resto, é voz e violão de nylon numa canção estilo Felicidade, de Lupicínio Rodrigues e letra inspirada em Guimarães Rosa. Apontando pro passado e pro (meu) futuro”, relata.<br />
<br />
Como se vê, um prato cheio para fãs de registros despojados e lo fi, mas nem por isso desprovidos de pretensão artística – quem nunca, né?<br />
<br />
"Sabe que esse disco rolou numa naturalidade tão grande que não teve uma racionalização prévia, tipo 'que tipo de som vou gravar? que disco/artista vou ter como referência?' Eu simplesmente tava tocando guitarra e cantando em casa algumas das minhas composições preferidas. Aí eu pensei 'como O Rei dos Animais ficou pra 2020, vou gravar essas musicas, como estão soando aqui, agora, na energia rústica, pra lançar o quanto antes e celebrar o verão'. Eu só sabia que queria aquelas musicas e que a capa seria amarela. Só", relata.<br />
<br />
<b>Aproveita a oportunidade</b><br />
<br />
Caseiro por natureza, punk de coração, André não costuma fazer muitos shows.<br />
<br />
Mas está tão de boa com essa brisa de verão que tem soprado nesta província besta e bela, (beijo, Franciel Cruz), que é capaz de aparecer uma hora dessas na esquina da sua casa, violão em punho e peito aberto.<br />
<br />
“Quero muito tocar ao vivo nesse verão. Já me inscrevi em todas as feiras que rolam por agora em Salvador. Tô pronto com minha guitarra e meu violão pra tocar aonde me chamarem”, afirma.<br />
<br />
Sobre a Maria Bacana, ele diz achar muito improvável uma nova reunião.<br />
<br />
"'Nunca diga nunca', mas acho extremamente difícil que a Maria Bacana volte a tocar o disco A vida boa... Funcionou como celebração e ponto final na nossa história. Cada um foi pra um lado conceitual de levar a vida e acho que agora esse final consensual é definitivo. Foi uma ótima história pessoal e musical e os discos estão aí pra quem quiser ouvir", afirma.<br />
<br />
Fora isso, ele aguarda o momento de mostrar ao mundo seu novo trabalho, O Rei dos Animais.<br />
<br />
“É muito diferente de tudo que já fiz. Se o foco da minha carreira sempre foi letra e melodia, esse foco está ainda mais intenso. É a oportunidade de gravar num estúdio profissional com um produtor sensacional, que eu não sei quando terei outra igual”, afirma.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmuLP2ErLbEV1w1w8v5-4tYvZCydpqJPI5QEfCMQYih4xIW1qmQ2DirPEAl63btJLnW6R4qiR_fl8PnykpWR9KeE45z1O2bxq1TZwUT9dpUlB7eyE7QstrAkiahekOvEklXTOc/s1600/Capa+Casas+Brasileiras+andre+L+R+mendes+.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmuLP2ErLbEV1w1w8v5-4tYvZCydpqJPI5QEfCMQYih4xIW1qmQ2DirPEAl63btJLnW6R4qiR_fl8PnykpWR9KeE45z1O2bxq1TZwUT9dpUlB7eyE7QstrAkiahekOvEklXTOc/s320/Capa+Casas+Brasileiras+andre+L+R+mendes+.jpg" width="320" /></a>“Tô muito fascinado pela labuta, pelo refinamento no processo da criação. Ao mesmo tempo que estamos lidando com música pop, três minutos pra passar a mensagem. A brincadeira é tentar balancear a vontade de refinar e a vontade de comunicar”, observa.<br />
<br />
E o que mais, André?<br />
<br />
"Queria convidar todos que gostam de música a ouvir meus discos nas plataformas de streaming e me seguir no Instagram (@andrelrmendes ) pra ficar por dentro das novidades e das minhas ideias.<br />
Viva a arte brasileira! Viva a arte brasileira!", conclui.<br />
<br />
<i>Ouça: <a href="http://www.andrelrmendes.com.br/">www.andreLRmendes.com.br</a></i><br />
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BgVMkCGDxOg" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>STU sex, sab, dom</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixMOsMkBfVCSvnJxL650e8S6DpYm2sVfF2b6ZqEYm33CkOkEH_tDy4Sox9aGar85YGIooKbz2uPbxkoP6Ob_at2IYKw1ixBQvXtkMy5nQHyB80xyUiTc4wJt993ZqefIcZz89x/s1600/DSC01300.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixMOsMkBfVCSvnJxL650e8S6DpYm2sVfF2b6ZqEYm33CkOkEH_tDy4Sox9aGar85YGIooKbz2uPbxkoP6Ob_at2IYKw1ixBQvXtkMy5nQHyB80xyUiTc4wJt993ZqefIcZz89x/s400/DSC01300.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rapeize gente fina da Vivendo do Ócio, foto sem autor (se alguém souber avisa)</td></tr>
</tbody></table>
STU Festival chegando bonito, com três dias free no Parque Costa Azul. Entre outros, tem Vivendo do Ócio (sexta-feira), Nação Zumbi (sábado) e Ministereo Público Sistema de Som convida BNegão (domingo). 16 horas, gratuito.<br />
<br />
<b><i>Ronei sexta também</i></b><br />
<br />
Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta. Show único. Sexta, 21h, no Commons. R$ 20, uma pechincha pelo show mais f... do verão. Pardon my French.<br />
<br />
<b><i>Serafim, Lacertae...</i></b><br />
<br />
A banda Serafim & o Nordeste Experimental faz show festivo com vários convidados neste domingo: Lacertae (SE), Morotó Slim, Marculino e Seus Belezas, Igor Caxixi, Leandro Mellid (Agentina), Sophia Mídian e Jenny (Potugal). Varanda do Sesi, 17h, R$ 25.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-53530894879399015692020-01-08T14:17:00.002-04:002020-01-08T14:17:23.291-04:00O NÓ DAS RELAÇÕES<b><i>Ao cantar a dificuldade das relações em tempos obscuros sob estética despojada, cantora Lara Aufranc produziu um dos melhores discos de 2019, embora pouco badalado</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJtbMmYPWk9GoW249_qhqSIwwC64K8i7WsfPynqp9f0yf4biskxXW5fKO9j3kBQZ14edJ_WTrYVM3VhNK1EAqaA3nQbEoAJ9yhPQcknBHfyYr3EEKMOseDzEhyphenhyphenp95h-zlBYPj/s1600/laragal-oppido.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1066" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJtbMmYPWk9GoW249_qhqSIwwC64K8i7WsfPynqp9f0yf4biskxXW5fKO9j3kBQZ14edJ_WTrYVM3VhNK1EAqaA3nQbEoAJ9yhPQcknBHfyYr3EEKMOseDzEhyphenhyphenp95h-zlBYPj/s400/laragal-oppido.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lara Aufranc em foto de Gal Oppido</td></tr>
</tbody></table>
Pode-se dizer muitas coisas de 2019 – para começar, foi um ano muito difícil, claro. Mas, ao mesmo tempo, é na dificuldade que a arte parece florescer com mais força e pungência.<br />
<br />
Muitos artistas se destacaram neste ano, mas foram tantos que sempre escapa um ou outro que não recebeu a devida atenção. A cantora paulistana Lara Aufranc certamente pode ser incluída neste rol.<br />
<br />
Dona de uma voz arrepiante de tão bonita, Lara lançou em 2019 seu segundo álbum solo, Eu Você Um Nó. Muito elogiado pela crítica, este disco parece marcar uma virada criativa em sua carreira.<br />
<br />
Mais introspectivo e reflexivo que os anteriores, Passagem (2017) e Em Boa Hora (2015) – este último lançado com sua antiga banda, Lara & Os Ultraleves –, Eu Você Um Nó é um pequeno-porém-precioso tratado sobre as difíceis relações humanas neste lugar e nesta época.<br />
<br />
"É uma continuação natural. Eu Você Um Nó é um trabalho diferente, mais denso que o Passagem. Mas tem suas semelhanças, tanto que tenho tocado músicas dos dois discos nos shows e tá rolando super bem", afirma Lara, por email.<br />
<div>
<br /></div>
“Vivemos um momento conturbado. As pessoas estão com muita dificuldade de se ouvir, de enxergar o outro. Falta empatia. É a era do eu, do indivíduo autocentrado. A gente precisa começar a pensar em sociedade, cidadania”, acrescenta<br />
<br />
De fato, Eu Você Um Nó pode ser definido como um álbum sintético: tem apenas nove faixas e arranjos quase espartanos, só no baixo, guitarra, bateria e pouco mais.<br />
<br />
"(Essa estética mais despojada) Foi uma escolha. Conseguimos aprovar o projeto do disco no Edital de Apoio à Criação Artística da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo – ou seja, dessa vez a gente tinha verba pra gravar. Eu quis fazer um disco cru, um som que funciona ao vivo, que não fica devendo nada pra gravação. Eu Você Um Nó é o resultado dessa escolha. Em paralelo, optei por remunerar muito bem a minha equipe, especialmente os músicos – que já foram parceiros em outros momentos, quando não tinha grana nem edital", conta.<br />
<br />
Suas levadas são angulosas, secas às vezes, o que cria um contraste muito interessante com sua voz quente e sensual.<br />
<br />
Em alguns momentos, lembra o que se fazia de melhor na cena paulistana dos anos 1980, entre a vanguarda paulista e o pós-punk.<br />
<br />
“Eu gosto muito do Itamar (Assumpção) e do Jards (Macalé) – que não é paulista, mas tem a ver em loucura e criatividade. Tem um lance crítico nas letras, de contestação. Isso faz muito sentido pra mim, ainda mais nos dias de hoje”, observa.<br />
<br />
“Talvez o momento histórico seja parecido. Tem uma desilusão, quase uma desesperança na humanidade. O som reflete essa angústia. Bowie, Iggy Pop, Nick Cave & The Bad Seeds, Portishead (já dos anos 1990). Tudo isso é muito atual”, acrescenta.<br />
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/v7EinqpGbgk" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>Cara, larguei o emprego</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzGhvlwdfkqJJl3KxB72kuaGpcpmYHXWOZ8p2XEuqknhAEiE6rrkSMjAiw3dHB4TVT71LxvdrR1kQd7Vk8LCikVryAd0pntI0LU7gMABhgDG8I5sjqZ4ZOWnDkqEhTIdKt9L4W/s1600/Lara+Gal_Oppido+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1089" data-original-width="1600" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzGhvlwdfkqJJl3KxB72kuaGpcpmYHXWOZ8p2XEuqknhAEiE6rrkSMjAiw3dHB4TVT71LxvdrR1kQd7Vk8LCikVryAd0pntI0LU7gMABhgDG8I5sjqZ4ZOWnDkqEhTIdKt9L4W/s400/Lara+Gal_Oppido+02.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lara. Foto Gal Oppido</td></tr>
</tbody></table>
Para produzir o álbum, Lara encontrou no cultuado Rômulo Fróes um valoroso aliado. Diretor artístico do disco, Rômulo ainda assina duas letras: a febril Só Dessa Vez e a contestadora Gritos na Avenida (que Lara canta em dueto com a cantora Julia Branco).<br />
<br />
“O diretor artístico é um cara que pensa não só a parte musical, mas também estética (capa, conceito). Foi a primeira vez que tive essa figura na hora de construir um disco. Me ajudou com a escolha do repertório, participou de todos os ensaios, deu pitaco nos arranjos… Ele foi o nosso norte, meu e da banda”, conta Lara.<br />
<br />
Antes de se jogar na carreira musical, Lara trabalhou como editora de vídeo. Largou tudo para se dedicar à sua paixão.<br />
<br />
“Minha trajetória não foi linear. Estudei canto e piano, e tinha banda na época da faculdade. Mas era insegura, demorei pra me assumir compositora. A música é um universo masculino, isso me intimidava – e intimida até hoje. Eu estava saindo de uma adolescência difícil e o palco me dava muito medo. Me expor era um sofrimento. Trabalhar com audiovisual foi o jeito que eu encontrei pra levar uma vida tranquila. Eu sou viciada em cinema e era feliz na ilha de edição”, relata.<br />
<br />
“Em 2012, eu comecei a pesquisar as origens do rock e descobri várias pérolas do blues. Música do começo do século 20, visceral, feita por descendentes de escravos. Me bateu forte e eu resolvi montar uma banda. Foi aí que surgiu Lara & Os Ultraleves. Pra mim foi importante parar de editar, foi o primeiro passo. O segundo foi assumir a minha identidade, meu nome e sobrenome. Passei a criar sem as amarras de um gênero musical, e sem me esconder atrás de uma banda. E no meio disso tudo, encontrei meu lugar no palco”, conta.<br />
<br />
Ousada, Lara não hesita em se mostrar nua tanto na capa do disco novo quanto no clipe Llena de Agua, do álbum anterior. De fato, já passou da hora disso - um corpo nu à vista - ser algo que cause escândalo, quando há tanta coisa - essas sim, indecentes - nos estapeando na cara a todo momento.<br />
<br />
"Sim, eu vejo dessa forma. A nudez é natural. Os defensores da moral e dos bons costumes tem o olhar deturpado. Enxergam pecado nos lugares mais absurdos. Um corpo é só um corpo, não tem nada demais. Em tempos de repressão e ignorância, não podemos retroceder", afirma.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjveodvr42TiwqXCaKtj0lo-rPjI6ndwesTvqv3_wpofdaBo8VdyiWituDRjM6U4PBt_QWQYUxWJIIjHjk7xbYewSZRMGueQuMN4T3L0en4YyZJTP2-y-0GiAZdRDDyouerxXUK/s1600/lara-aufranc-eu-voce-um-no-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjveodvr42TiwqXCaKtj0lo-rPjI6ndwesTvqv3_wpofdaBo8VdyiWituDRjM6U4PBt_QWQYUxWJIIjHjk7xbYewSZRMGueQuMN4T3L0en4YyZJTP2-y-0GiAZdRDDyouerxXUK/s320/lara-aufranc-eu-voce-um-no-cover.jpg" width="320" /></a>Em plena atividade, evoluindo a cada álbum, Lara planeja agora levar seu show para outras plateias, fora de São Paulo.<br />
<br />
"2019 foi um ano puxado pra mim. Além do disco e toda a burocracia do edital, eu fiz um curso técnico de teatro. Em 2020, quero gravar três videoclipes do Eu Você Um Nó, e também procurar outras oportunidades de atuar, especialmente no audiovisual. Gostei muito de sair de São Paulo com o disco novo, vou viajar mais no ano que vem. Tenho planos de ir para o Sul e Nordeste, talvez até uma pequena turnê na Europa. E tem outro lançamento previsto, mas ainda é surpresa!”, promete.<br />
<br />
Então vem, Lara.<br />
<br />
<i>Eu você um nó / Lara Aufranc / YB Music / Disponível nas plataformas digitais</i><br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bS52DTzV-MQ" width="560"></iframe>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-4392841589527382712020-01-07T14:01:00.000-04:002020-01-07T14:02:45.804-04:00ANTIFAFEST<b><i>Festival Saco de Vacilo domina o sábado no Mercadão CC com rock e hardcore antifa</i></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLcOV0agdatt7b137aI37C9O3ec3D1W-ilsUMpZ5K5ek5XOGUhTA2dm_VUPBngHJTsA8UK549QVEyc-IiaWiFgdPAYatPwsBQoc8Soj-Ywv4dAAPHeUMrTP_tBpic3Aojl8xJ1/s1600/Raiva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLcOV0agdatt7b137aI37C9O3ec3D1W-ilsUMpZ5K5ek5XOGUhTA2dm_VUPBngHJTsA8UK549QVEyc-IiaWiFgdPAYatPwsBQoc8Soj-Ywv4dAAPHeUMrTP_tBpic3Aojl8xJ1/s400/Raiva.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O quarteto de hardcore crustfeminista Räivä, de Maceió. Foto Luiz Bgz</td></tr>
</tbody></table>
Antes de mais nada, cabe um aviso: se a sua onda é tipo reacionarismo, misoginia, racismo e outros medievalismos a fins, evite as proximidades do Mercadão CC neste sábado.<br />
<br />
É, tô ligado que tá na moda, mano, mas vai por mim, não vai ser bom pra você.<br />
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Neste sábado rola uma reunião de bandas antifa puro sangue no olho: é a terceira edição do Festival Saco de Vacilo.<br />
<br />
Se liga no line up, só neguinho furioso: Räivä (hardcore crustfeminista de Alagoas), Splattered Genocide (com esse nome até eu fiquei com medo), Pastel de Miolos (veteranos do punk baiano), Macumba Love (riot grrrls), SuRRmenage (hard rock 90’s), Bosta Rala (clássica do HC local), Búfalos Vermelhos & A Orquestra de Elefantes (duo da pesada), Belzebul Drinks (a conferir), Injúria (outra veterana da cena punk HC) e Aphorism (death metal).<br />
<br />
A realização, zero por cento patrocinada por quem quer que seja, é do coletivo contracultural Saco de Vacilo, formado por Rodrigo Gagliano, Gabriel Gomes e Eduardo Lima. “Contamos com o suporte e apoio de toda uma cena”, conta Eduardo Lima.<br />
<br />
“Algumas dessas pessoas têm seus coletivos ou selos, que também são bem ativos na cena local: Entorte Discos, Choice Made Records, Monstrinho Reckords, Coletivo dos Pombos”, acrescenta.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SBls_Ks_2lk-tZQIrTxFUkvsvsZqv1qdIBshVmMyvojg1-vxOrd1e8_KsQDTvZwXjJuRYkUFWXe6jE0cGupmj14ZVeuUci4SbVClbJmCsvaYuCWQnaxTjHwRxLueHDnpRE2K/s1600/Bufalos+vermelhos+e+a+orquestra+de+elefantes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_SBls_Ks_2lk-tZQIrTxFUkvsvsZqv1qdIBshVmMyvojg1-vxOrd1e8_KsQDTvZwXjJuRYkUFWXe6jE0cGupmj14ZVeuUci4SbVClbJmCsvaYuCWQnaxTjHwRxLueHDnpRE2K/s400/Bufalos+vermelhos+e+a+orquestra+de+elefantes.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O duo Búfalos Vermelhos & A Orquestra de Elefantes. Foto Denisse Salazar </td></tr>
</tbody></table>
"O esquema é total Faça Você Mesmo. Na real, nunca buscamos um patrocínio, mas como disse anteriormente diversas pessoas fazem nossos eventos acontecerem. Nessa edição, por exemplo, tivemos um bom suporte de Rogério BigBross, da Big Bross Records e nossos amigos da Pojuca Crew. Não chega a ser uma patrocínio, pois não tem esse lance comercial. É uma brodagem, uma ajuda de amigos mesmo. Por não ter verba em caixa, e colocarmos o ingresso a um valor que atraiam as pessoas a colarem no evento, não temos fluxo de caixa para bancar cachê para as bandas, porém sempre garantimos a logística da banda convidada de fora do estado, ajuda de custo mesmo, e minimamente uma estrutura legal para as bandas se apresentarem, assim como os valores dos custos do evento mesmo em si, que acabamos retirando da bilheteria. As duas edições conseguiram pagar esses custos, esperamos que nessa terceira edição não seja diferente. Como já adiantei acima, Big foi o responsável por esse contato com o Mercadão CC, ele fez acontecer que Festival esse ano saísse do Centro Histórico e migrasse ao Rio Vermelho, as duas edições anteriores ocorreram no Buk Porão, que sempre nos acolheu de forma excepcional", relata Dudu.<br />
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<b>Rock e bate-papo</b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVKzg00c0DpKG-E6Aub4bKEcTPyh0IUDrZtWBZKGBqOxK3JFhb-rshqMO4aE8tZKaUidtKaiUSa1vIXDYqE20oh9XPMS4fLvHdLhdYwIkwZOzT3vvVcn6TVmd1htAYum_e0Ygl/s1600/PDM+-+XXV+ANOS+-+pic+by+Alaim.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVKzg00c0DpKG-E6Aub4bKEcTPyh0IUDrZtWBZKGBqOxK3JFhb-rshqMO4aE8tZKaUidtKaiUSa1vIXDYqE20oh9XPMS4fLvHdLhdYwIkwZOzT3vvVcn6TVmd1htAYum_e0Ygl/s400/PDM+-+XXV+ANOS+-+pic+by+Alaim.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pastel de Miolos, foto Alaim</td></tr>
</tbody></table>
Oriundos da cena hardcore local, a iniciativa toda é 100% política, mesmo. E mais: só entra banda nordestina.<br />
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“Não apenas o festival, como todas as atividades que fazemos durante o ano tem a filosofia básica do punk, que é o Faça Você Mesmo. Como gostamos de frisar, somos um coletivo hardcore e hardcore é política. Assim, não fechamos com fachos (fascistas) ou qualquer espécie de pessoas escrotas, racistas e preconceituosas”, afirma.<br />
<br />
“Entendemos que a cena nordestina merece seu lugar de destaque, nem que esse lugar seja conquistado na tora. Também não repetimos atrações de edições anteriores para poder abarcar a maior quantidade possível de bandas de uma cena tão rica como a que temos no Nordeste. Outros pontos que analisamos são relativos a heterogeneidade das bandas, pois apesar de sermos um coletivo hardcore, gostamos que o Festival seja um momento para as bandas se conhecerem, saírem dos seus nichos para expandir suas relações. E sempre tentamos trazer grupos novos, como a Belzebul Drinks, e clássicas, como é o caso da Bosta Rala, Pastel de Miolos e Injúria, que estarão nessa edição”, acrescenta Dudu.<br />
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Além do festival, o coletivo bate ponto toda última quinta-feira do mês no Bardos Bardos, quando promove uma roda de conversa. “É o Bate Papo Saco de Vacilo, o qual aborda diversos temas ligados ou não à cena hardcore, sempre com um convidado ou convidada para falar sobre o tema em questão. A ideia é ter pessoas com um vasto currículo, trazendo a academia, tão distante da população para um bar”, descreve Dudu.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeh1x0GiwUHJf4zyN-OMlF1rWhcpSBzWvwjzcgc73sGZWHgPccYd8S3TfAaxGI6N0LL7hgwEGuL7gzon5P-dm1L0WpPs9PDIGJaOtD4rBX0o5hpm5ybFPSD_70SHzPump79l45/s1600/suRRmenage+%2528foto+de+UDO+IMAGEM%2529.tif" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1600" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeh1x0GiwUHJf4zyN-OMlF1rWhcpSBzWvwjzcgc73sGZWHgPccYd8S3TfAaxGI6N0LL7hgwEGuL7gzon5P-dm1L0WpPs9PDIGJaOtD4rBX0o5hpm5ybFPSD_70SHzPump79l45/s400/suRRmenage+%2528foto+de+UDO+IMAGEM%2529.tif" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O power trio SuRRmenage, Foto: Fernando Udo</td></tr>
</tbody></table>
Já teve conversa com o sindicalista Denis Soares (blog Trampo), o jornalista Fausto Arruda Filho, (A Nova Democracia), Evanilson Alves (poeta) e Leila Grave (psicóloga), entre outros.<br />
<br />
Quem quiser sentir um gostinho do que vai ser o festival tem um pré-show nesta sexta-feira, que é a Micareta Saco de Vacilo, com a surf music da banda Ivan Motosserra e discotecagem do DJ Ivan Motosserra. 19h no Bardos Bardos.<br />
<br />
<i>Festival Saco de Vacilo 2020 / Com as bandas Räivä (AL), Splattered Genocide, Pastel de Miolos, Macumba Love, SuRRmenage, Bosta Rala, Búfalos Vermelhos e a Orquestra de Elefantes, Belzebul Drinks e Injúria / Sábado, 14h / Mercadão CC (Rio Vermelho) / R$ 10</i><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Sequestro no Sesi</i></b><br />
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A banda local Sequestro Relâmpago faz show acústico amanhã na Varanda do Sesi Rio Vermelho. No repertório, autorais e clássicos do rock e MPB marginal. 22h, R$ 20.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsc-_dKVmvtiwBeiLuQd-eMlKWtte9gS1WZDTkhoBm30001eZbx_cUb7RHuYllzDM3gvWhb_lVTJWa5ESOZ8v891gE6Dnn1bYoY2YzO2e_EJ46xpAS8NujYDgpPwPNEk8EvXdD/s1600/Piet%25C3%25A1_Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3oM.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsc-_dKVmvtiwBeiLuQd-eMlKWtte9gS1WZDTkhoBm30001eZbx_cUb7RHuYllzDM3gvWhb_lVTJWa5ESOZ8v891gE6Dnn1bYoY2YzO2e_EJ46xpAS8NujYDgpPwPNEk8EvXdD/s400/Piet%25C3%25A1_Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3oM.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O trio carioca Pietá: sábado no Commons</td></tr>
</tbody></table>
<b><i>Pietá no Commons</i></b><br />
<br />
O trio carioca Pietá traz à Salvador o show do seu segundo álbum, S A N T O S O S S E G O (revisão, é coisa de artista, deixa assim mesmo!), dentro das sessions Intercenas Musicais. Diz que é o novo boom da neonovanovissimanewhype MPB. A conferir. R$ 20.<br />
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<b><i>Babuca domingo</i></b><br />
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O cantor e compositor Babuca Grimaldi faz show de lançamento do seu álbum de estreia, Pindorama Utrópicos, neste domingo, 20h, no Teatro Sesi Rio Vermelho. Experimental, Babuca trabalha com referências tanto populares quanto eruditas em busca de uma linguagem própria. A conferir (mais um pra lista). R$ 20 e R$ 40.<br />
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<b><i>Ronei & Ladrões dia 17</i></b><br />
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E agora o melhor show que você não vai ver neste verão porque não pode perder o Globo Repórter: Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta, a inigualável banda de um compositor fundamental para a música baiana deste século, faz um showzinho para matar a saudade da galera. Programe-se: 17 de janeiro, sexta-feira, às 21 horas, no Commons Studio Bar. Avisei. Depois não diga que o verão foi fraco.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-64755202576175706762019-12-23T16:12:00.001-04:002019-12-23T16:12:52.834-04:00PODCAST ROCKS OFF PEDE A SAIDEIRA DE 2019<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif3JMxpk8ei4Pr2JP0VyXv4xJPtRZpME8xmuCb9c3P9AXBL_2WPsArVUoaatXm3Xcees046HV8C2pFJFcW6GXnREuxXGSd2epjlziJ68g9Ho-6ragMaOMLkPq1O0QQTjqJUyxA/s1600/Lara+Gal_Oppido+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1089" data-original-width="1600" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif3JMxpk8ei4Pr2JP0VyXv4xJPtRZpME8xmuCb9c3P9AXBL_2WPsArVUoaatXm3Xcees046HV8C2pFJFcW6GXnREuxXGSd2epjlziJ68g9Ho-6ragMaOMLkPq1O0QQTjqJUyxA/s400/Lara+Gal_Oppido+02.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lara Aufranc: longe de ser só mais um rostinho bonito. Foto Gal Oppido</td></tr>
</tbody></table>
Nei Bahia, Osvaldo <i>Braminha</i> Silveira Jr. e este blogueiro se reúnem mais uma vez para dar uma geral em alguns dos melhores sons que ouviram este ano.<br />
<br />
Como nossos gostos são muito esquisitos, não espere encontrar aqui (quase) nada do que rola por aí nas listas dos críticos / palpiteiros / apreciadores mais ou menos convencionais que tem por aí hoje em dia.<br />
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(Tradução: somos velhos.)<br />
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Então temos Sebadoh, Casapronta, Dona Iracema, Rodrigo y Gabriela, Tedeschi-Trucks Band, Stray Cats, The Budos Band, Cold War Kids, Leonard Cohen, Chemical Brothers, Rival Sons, Lara Aufranc, Lloyd Cole etc.<br />
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Enjoy – se puder...!<br />
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<iframe src="https://www.4shared.com/web/embed/audio/file/lSyOPELJea?type=NORMAL&widgetWidth=530&showArtwork=true&lightTheme=true&playlistHeight=0&widgetRid=455429270780" style="border: 0; height: 152px; margin: 0; overflow: hidden; width: 530px;"></iframe>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-84948323750221121972019-12-17T09:57:00.000-04:002019-12-17T09:57:21.108-04:00BELO E FURIOSO (MA NON TROPPO)<b><i>Casapronta fecha 2019 com um dos melhores do ano: Como a fúria da beleza do sol</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFYRx-569KBi6s6DZAHQXniKUSMnJK-bjtWRtDxmp82v8Kh67lfFmP-0Bo_Yp_927wGfGh23QJ3yMHRj4_muxEkPq3i1kYhRqLqzZOa6FmFBFK9Mz-sctjXfubSu-QSURQ32TM/s1600/IMG_1940.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFYRx-569KBi6s6DZAHQXniKUSMnJK-bjtWRtDxmp82v8Kh67lfFmP-0Bo_Yp_927wGfGh23QJ3yMHRj4_muxEkPq3i1kYhRqLqzZOa6FmFBFK9Mz-sctjXfubSu-QSURQ32TM/s400/IMG_1940.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Casapronta e Pablues (último à direita), foto Rafael Santos</td></tr>
</tbody></table>
Senhoras e senhores, é uma honra escrever <strike>esta última coluna</strike> este último post de 2019 (sim, voltamos em 8 de janeiro) dando destaque para um dos melhores discos que o colunista ouviu este ano: Como a Fúria da Beleza do Sol, da banda feirense / cachoeirana Casapronta.<br />
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Projeto paralelo de Pablício Pablues Jorge, da fundamental banda feirense Clube de Patifes, o Casapronta estreia em álbum cheio com uma obra que demonstra a absoluta maturidade artística de seu líder, ainda um ilustre desconhecido para muitos fora de seus redutos entre Feira (onde vive) e Cachoeira (onde estuda).<br />
<br />
Em Como a Fúria..., Pablues logrou produzir aquele tipo de obra que somente grandes artistas são capazes: é profundamente (local) baiana, mas também absolutamente universal.<br />
<br />
Partindo de seu gênero de escolha há mais de 20 anos, o blues, Como a Fúria... se espraia pelo rock ‘n’ roll, pelo folk e pela Bahia (atenção: não necessariamente pelos ritmos baianos) como poucos foram capazes antes. Os paralelos mais evidentes para o colunista são Raul Seixas e Fábio Cascadura.<br />
<br />
Além da competente banda que o acompanha, formada por Ígor Skay e Rodrigo Borges (guitarras), Rafael Razz (baixo) e Luiz Neto (bateria), o álbum traz participações igualmente iluminadas de Martin Mendonça, Isa Roth, Marcia Porto, Julio Caldas, Pedro Pondé, Juli, Roça Sound e outros não menos cotados.<br />
<br />
“Desde que montamos o Casapronta determinamos que não ficaríamos presos a rótulos, deixando livre o processo criativo e que a música imperasse”, afirma Pablues.<br />
<br />
“O rock n roll é o alicerce do Casapronta, junto tem o folk, que é um expressão que venho adotando faz um tempo, o blues é a vida, e a Bahia é o estado onde a gente entendeu, desde pequeno, que é necessário respeitar as diferenças aprendendo com elas ao mesmo tempo. Então, tem Bahia, rock, folk, blues e uma pitada de dendê”, acrescenta.<br />
<br />
<b>Encontro em Cachoeira</b><br />
<br />
O fato é o seguinte: enquanto muito roqueiro arrependido se traveste de mpbista e muito roqueiro camisa preta se apega à estereótipos mortos, Pablues encontrou um saudável caminho do meio, evitando a caricatura que são aqueles dois extremos. Mas não se trata de fórmula. É uma mistura de talento com maturidade.<br />
<br />
“A minha ida pra Cachoeira, enquanto estava na graduação em Museologia, me favoreceu muito a entrar em contato mais comigo e perceber a música baiana mais de perto, bem no seu berço”, conta.<br />
Lançado o disco, Pablues & Cia meterão o pé na estrada no Ano-Novo. Em fevereiro passam por Salvador.<br />
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Ouça já.<br />
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<iframe seamless="" src="https://bandcamp.com/EmbeddedPlayer/album=2410928336/size=large/bgcol=ffffff/linkcol=0687f5/tracklist=false/transparent=true/" style="border: 0; height: 470px; width: 350px;"><a href="http://brechodiscos.bandcamp.com/album/como-a-f-ria-da-beleza-do-sol">Como a fúria da beleza do sol by CASAPRONTA</a></iframe><br />
<br />
<b>BÔNUS: ENTREVISTA COMPLETA COM PABLUES</b><br />
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<b><i>Ao mesmo tempo que é rock 'n' roll, o disco é profundamente baiano, algo que muita gente do rock tem dificuldade em aceitar / cultivar, mas está na raiz do rock local desde Raul Seixas, passando pelo Cascadura. Foi pensado como um manifesto mesmo ou simplesmente aconteceu assim?</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLlTnWLxXqOmI6-808GQfTn0Y7s7tpXegu_boTuRfSP1SL5HPb1wVNJNAdYog6TfDiDClgousUn5dChQgETTW1d3d6XvpfCCQ0bw5b0vCZEwqPTBQ54bhNd8f_lk2tc9curU2S/s1600/Casapronta_Cr%25C3%25A9ditos+Rafael+Santos.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLlTnWLxXqOmI6-808GQfTn0Y7s7tpXegu_boTuRfSP1SL5HPb1wVNJNAdYog6TfDiDClgousUn5dChQgETTW1d3d6XvpfCCQ0bw5b0vCZEwqPTBQ54bhNd8f_lk2tc9curU2S/s400/Casapronta_Cr%25C3%25A9ditos+Rafael+Santos.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pablues e Casapronta, foto Rafael Santos</td></tr>
</tbody></table>
Pablues: O Casapronta é um banda, que um dia foi projeto, que relutei muito em trazer às vida. Que medo era esse? Tinha receio de não conseguir fazer nada que fosse tão bom quanto ao trampo que desenvolvo no Clube e seus 21 anos de estrada. Isso me atrapalhava bastante. Mas eis que um dia a coisa acontece e o Casapronta tá aí caminhando para o seu terceiro em 2020. Esse disco foi uma surpresa pra mim. Quando pensei em gravar... a ideia era um ep com 3 canções, gravadas no violão e elementos estranhos de percussão. Um folk bicho grilo. Daí, em meio ao processo de gravação, o ep foi tomando outra direção dando espaço pro disco. Desde que montamos o Casapronta determinamos que não ficaríamos presos a rótulos, deixando livre o processo criativo e que a música imperasse. O rock n roll é o alicerce do Casapronta, junto tem o folk que é um expressão que venho adotando faz um tempo, o blues é a vida, e a Bahia é o estado onde a gente entendeu, desde pequeno, que é necessário respeitar as diferenças aprendendo com elas ao mesmo tempo. Então, tem Bahia, tem rock, folk, blues e uma pitada de dendê no disco “COMO A FÚRIA DA BELEZA DO SOL”. Gosto d’uma frase de Raul, quando ele fala: “Não importa o sotaque e sim o jeito de fazer”. O Casapronta tem seu jeito de lidar com o rock e com a música. Os temperos usados na mistura é muito bem pensando, sem perder a mão, buscando não azedar nada nesse caldeirão de influências e sentimentos. Venho já há um tempo tentando fazer a música com mais liberdade, sem estar preso a alguma norma ou rótulo, deixando sair bem mais “eu” nas composições e interpretações. A coisa fica mais leve e fluida. Faz tempo que deixei pra trás aquela sisudez do roqueiro bravo, tradicional, e intransigente. Não que eu seja contra, não é nada disso, gosto ainda de muita coisa que ouvia e que me influenciou, e que muito ainda influência, mas quis tentar soar diferente. A minha ida pra Cachoeira, enquanto estava na graduação em Museologia, me favoreceu muito a entrar em contato mais comigo e perceber a música baiana mais de perto, bem no seu berço. Essa música baiana perpassa pelo reggae, samba de roda e afins, samba de terreiro de candomblé, a música que está nas pessoas, no conversar, no caminhar e no simplesmente ser baiano. A gente quando é novo sai de casa querendo descobrir o mundo, sustentando bandeiras que nem sequer nas guerras tivemos. Mais tarde alguns conseguem perceber que o único mundo não desbravado foi o seu, o interior. Interior de interior, cidade de onde vem, de onde nasceu, mas também o seu interior, seu “eu”. Pra que maior descoberta? E assim a gente vai se reinventando, se redescobrindo e vendo possibilidades outras que a vida apresenta, inclusive a maneira de fazer música. Então, o Casapronta tá nessa caminhada de fazer música como der na telha, uma espécie de #folkbluesrockexperinceforall. A gente tem auto rotulado nossa música como “música mundana”, acho que assim define. Esse disco é parte de um processo que a gente não sabe bem como vai se desenrolar, mas sabemos que vem muita coisa diferente pela frente, sem perder nossa essência, sem soar nada forçado, nem tampouco piegas. Aí tenho que citar Raul de novo: “Não sei onde estou indo, mas sei que estou no meu caminho”. Quanto a soar como um manifesto? De repente sim. Hoje em dia pra gente sair do mais do mesmo, pensar fora da caixa, ser fora da curva, é muito arriscado. Mas arriscado pelo que os outros podem pensar ou falar. Não estamos muito preocupados com esse tipo de risco. Eu venho do rock como formação musical básica. Mas também já fui zabumbeiro de banda de forró tradicional, tenho máximo respeito pela cultura do nordeste. Meu pai tinha uma loja de discos em Cruz das Almas onde a música baiana e o axé music, eram campeões de venda, então lá em casa era isso que rolava bastante, além de clássicos como Altemar Dutra, Nelson Gonçalves e afins. Sem contar que os meninos da banda, cada um traz suas referências pra dentro da musicalidade do Casapronta, e assim vamos construindo nosso universo e esperamos que o público entenda nossa proposta. O Casapronta posso dizer que um caldeirão de bruxos. Soul suspeito, mas tá bonito o “negoço”.<br />
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<b><i>O disco está cheio de participações muito bacanas, de gente daqui de SSa e daí de Feira. Como foi reunir essa galera em torno desse disco?</i></b><br />
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Pablues: Bicho, essas participações, nem eu mesmo acredito que conseguimos colocar tanta gente foda nesse disco. A ficha demorou de cair. Quando começaram a chegar as primeiras canções da mixagem pra gente aprovar, é que a coisa foi se tornando real. O primeiro foi Martin Mendonça, né? Broder dos tempos do Callypso e um cara que sempre tive um máximo respeito e também por ser um dos caras que leva a música até as últimas consequências. A gente sempre se fala, ele de lá e eu de cá, e trocamos algumas ideias. Uma vez o Casapronta fez um show com o projeto dele em Serrinha em 2018. Ele adorou o som da banda. Daí convidar pra fazer a guitarra em “o visitante de carvão”, foi fácil. Gravou de lá de Sampa e me mandou. Ficou foda. Aí pensei em convidar uma galera, cada um pra cada música. Pow, foi loucura, mas deu tudo certo. Julio Caldas no banjo e bandolin, Pedro Pondé e sua “calma pra recomeçar”, sangue bom. Roça Sound, o novo fenômeno de Feira de Santana com seu sound e seu “mete dança”, putz, ficaram foda as participações. Juli, uma menina aqui de Feira também, que vai aparecer pra geral muito brevemente, participa em “Não tem mais volta”, um mix dicotômico, o hard e o suave, falando do encontro das vozes. Ficou linda a canção. Muitos amigos ainda participam e cada um deixou sua marca e nos apontou possibilidades para com nossa música. Muito aprendizado envolvido e principalmente, muita amizade e respeito. Sou muito grato a todxs que dedicaram um tempo pra visitar o Casapronta no disco. Véi, você num tem noção, é muita gente “bala” nesse disco e em todo o processo. Jera Cravo mixou o bagulho, imagina? O cara manda super bem. Grande amigo. Eu tenho um amigo no Canadá rsrsrs. Eu sinceramente não esperava ter essa galera no disco, não. Mas cada convite foi aceito de bate pronto, e vieram, vieram bonito. Muito feliz em poder ser respeitado por toda essa galera, e isso é saber que nossa história no meio da música vale o quanto pesa, e ter parceiros assim, como o Casapronta tem é bom demais. A palavra chave é: felicidade.<br />
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<b><i>De fato é inescapável neste momento, mas o disco saiu também muito político. Pode comentar? </i></b><br />
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Pablues: O disco tem seus momentos. Começa com uma intro tratando de uma assunto que muita gente passa em silêncio, que é a depressão e todas essas síndromes que destroem as pessoas por dentro. O caos interior de cada um, que bagunça tudo. Mas a gente mostra que tem um jeito, tem uma saída. Não chega a ser auto ajuda, mas é real. O amor é tema recorrente sempre, o produto que mais vende no mundo. Tem amor no disco. Duas canções (Une Versos e Meu sangue tem dendê) tem como tema a religiosidade, mais especificamente a religião do candomblé, e uma outra (O visitante de carvão) de forma bem humorada, trata da intolerância e do preconceito. É necessário falar sempre que possível desses assuntos. O mundo anda tão estranho e o Brasil vem acompanhando com suas intolerâncias, preconceitos, racismos e demais crimes que são praticados contra o povo de santo, o povo preto, nossa gente “baiana”, que tanto fez por essa território. O Casapronta tem filhos do candomblé em sua formação, não todos, e entendemos que estamos numa guerra pra combater esses crimes contra os direitos“humanos”, e com nossa arma é a música, contribuindo com a conscientização daqueles ignorantes conservadores preconceituosos. Religião também é política. Discutir religião e política se faz necessário e urgente. E a gente fecha o disco com uma pedrada na vidraça, contra as violências, policial e do sistema, que calam, humilham e assassinam nosso povo preto e pobre, aqueles que levantam as vozes, nossas crianças, nossos jovens e seus direitos de ir e vir. Tudo isso velado por uma fé que mata através da bíblia e milícias na política, uma “ordem e progresso” pra poucos. Isso é histórico, né? São centenas de anos clamando por justiça e liberdade. Ainda bem que a arte resiste. Resistiremos.<br />
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<b><i>A sonoridade ficou também muito bem resolvida, com uma alquimia entre o blues folk mais tradicional e um clima - não diria ritmos - bem baiano. Como foi trabalhar isso no estúdio?</i></b><br />
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Pablues: Tomei a liberdade pra produzir o disco. Quis colocar ali muito do que acredito e aprendi ao longo desses anos fazendo música autoral com o Clube e vivências com outros amigos e artistas. O folk é ponto de partida do trabalho com o Casapronta. Nomes como Neil Young, Jackie Greene, Bob Dylan, Carlos Posada, Ortinho, Renato Godá, e o maior artista do Brasil que é Raul Seixas, foram algumas de nossas referências para “startar” o projeto e o disco. As músicas, todas, já tocava no violão nas rodinhas de prosa e afins, e vez outra rolava nos ensaios. Algumas já estavam no repertório do Casapronta, como as versões de “Retalhos” de Posada e “É demais” de Sine Calmon. Então, basicamente os outros instrumentos foram sendo colocados em cima dessas bases de violão. Pode parecer simples, mas deu um trabalhinho. Muita coisa ficou tudo dentro do esperado, outras, a mágica aconteceu no estúdio – Estúdio Netuno em Feira de Santana, do querido PV – nos surpreendendo, encaixando como uma luva. Esse clima de “Bahia” que você tanto fala, a gente deixou chegar numa boa. Até pra fazer o disco soar “livre”, sem amarras, mostrando realmente o que é que a Bahia pode ter. Tem rock? Tem. Tem folk? Tem. Blues, samba reggae e beat eletrônico? Tem sim, senhoras e senhores. A Bahia é possível em todos os ritmos, mundos e universos. Nós temos a Bahia bem guardada, tem que mostrar mais. Sem preconceitos. A música em primeiro lugar. Foi de uma certa forma bastante tranquilo fazer essa mistura inicial e montar esse repertório, até porque o técnico do estúdio, Pv (Paulo Vitor), contribuiu muito com as observações e deixando as coisas mais fluidas possíveis. Foi uma verdadeira vivência esse tempo no Estúdio Netuno. Temos um bom disco. Estamos felizes com o resultado.<br />
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<b><i>Quais os planos do Casapronta? Tá rolando shows em Feira, outras cidades? E Salvador? Quando rola?</i></b><br />
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Pablues: O plano principal é poder divulgar o disco nos shows. As plataformas digitais já estão fazendo a parte delas e temos recebido um feedback maravilhoso. O nosso foco agora são os shows. É no palco que vemos a coisa funcionar “à vera”. Fizemos apresentações em Feira de Santana na Cervejaria Sertões e no Feira Noise divulgando o disco. Com esse período de festa e férias a coisa dá uma parada obrigatória. Já estamos montando a agenda para 2020,em circular no interior da Bahia, através de contatos de produtores parceiros – Feira, Serrinha, Cruz das Almas, Camaçari - e em Salvador devemos nos apresentar em fevereiro. Esquentar o couro subindo o Nordeste é nossa pretensão, além de tomar um sereno na terra da garoa. Uma coisa de cada vez, afinal os tempos atuais requerem cuidado e atenção. Os planos foram traçados...<br />
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<b><i>O Clube de Patifes ainda existe? Tem planos?</i></b><br />
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Pablues: O Clube de Patifes ainda existe, sim. Demos uma recuada pra cada um resolver assuntos pessoais, pois é tempo de mudanças pra todos da banda. Mas não estamos parados totalmente. Em novembro, mês que completamos 21 anos de banda, fizemos um show no Feira Noise e foi vibrante, com direito a música nova no repertório. Iniciamos as gravações do nosso novo disco, intitulado “Macumba”, nos Estúdios T, em Salvador, com o queridíssimo André T, e já temos música nova gravada. O Clube de Patifes lança o primeiro single no começo de 2020. A música já tá pronta e se chama “Bebi com um Deus”. Vem coisa nova aí. Os planos são os mesmos: Trazer nossa música à vida e ocupar nosso espaço nesse “latifúndio cultural”.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSP8WbiYB4-J79UK2mO1TOCY0M9prlhVo0ZJEKsHU9mldanqJMw7TfdLOMDgEI5Ylgx_bQyhGLrCu45ieY4AFEskLwFCSbLZVySUHEyyDpgl2ICB64DcU8HcSw0KL8awcpMstn/s1600/SOLEDAD_JULIA+MORAES_M.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSP8WbiYB4-J79UK2mO1TOCY0M9prlhVo0ZJEKsHU9mldanqJMw7TfdLOMDgEI5Ylgx_bQyhGLrCu45ieY4AFEskLwFCSbLZVySUHEyyDpgl2ICB64DcU8HcSw0KL8awcpMstn/s400/SOLEDAD_JULIA+MORAES_M.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Soledad (CE): sábado no Intercenas. Ft Julia Moraes</td></tr>
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<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Eric Assmar e Ícaro</i></b><br />
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O prodigioso Eric Assmar convida Icaro Britto para uma session de blues no Solar Gastronomia Rio Vermelho. Sexta-feira, 20h30.<br />
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<b><i>Josyara e Soledad</i></b><br />
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Josyara é a última atração de 2019 no Intercenas Musicais. A baiana convida a cearense Soledad para show de abertura e participação. Sábado, 20 horas, no Commons Studio Bar. R$ 10 (promocional), R$ 15 (lista), R$ 20 (porta).<br />
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<b><i>Overdose sábado</i></b><br />
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A banda Overdose Alcoólica comanda a primeira edição do Samba Canção Fest recebendo uma pá de convidados e a banda Cães. Sábado, 17h, no Bardos Bardos Casa da Trinca (Rio Vermelho). Sugere-se colaboração de R$ 10. Bagaceira e rock ‘n’ roll no talo.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-37470190611050871442019-12-11T16:19:00.001-04:002019-12-11T16:19:21.360-04:00VIVENDO O SONHO<b><i>Saga do blues baiano segue viva com a RestGate Blues, que lança primeiro EP dia 19</i></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTFGy-hV0LwFxEL-6Uw0_krLdVuYkepZBB6nDPgHQYiaEyQRJTphtYl-2p5ggPTKHBMfqEGXYzZ4RAPvuO_63DERh0FlI8xjL0byb0Jan-YI8OjEjOhb3evUOYFcX1amcmmOvj/s1600/Foto+Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o+EP+Vivendo+Blues+-+ALTA+002.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTFGy-hV0LwFxEL-6Uw0_krLdVuYkepZBB6nDPgHQYiaEyQRJTphtYl-2p5ggPTKHBMfqEGXYzZ4RAPvuO_63DERh0FlI8xjL0byb0Jan-YI8OjEjOhb3evUOYFcX1amcmmOvj/s400/Foto+Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o+EP+Vivendo+Blues+-+ALTA+002.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">RestGate Blues, foto Nti Uirá</td></tr>
</tbody></table>
Salvo engano, o blues chegou tarde à Bahia, ali na virada entre as décadas de 1980 e 1990, quando bandas como Talkin’ Blues e 14º Andar começaram a fazer sessions semanais em bares como o Atelier (Nazaré) e Club 45 (Barra).<br />
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Foi no primeiro que Jr. Wyll, que já ouvia blues em casa, nos vinis do pai, se batizou no gênero ao som do saudoso mestre Álvaro Assmar e de outros que estão aí até hoje, como Oyama Bittencourt (hoje Água Suja), Cláudio Lacerda (Ramal 12), Mario Danneman etc.<br />
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Muitos anos se passaram, Wylsel (seu nome) se alistou na Marinha e se tornou fuzileiro naval. Curiosamente, foi entre colegas de caserna que teve suas primeiras experiências tocando blues em uma banda.<br />
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Depois de dar baixa, formou com o amigo Viriato um duo. Ele na gaita e voz, Viriato no violão.<br />
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Em 2002, tocavam em um ponto de ônibus no bairro do Resgate.<br />
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De lá para cá, a RestGate Blues já teve diversas formações, se mudou para o Capão e depois voltou à capital, acabou e retornou.<br />
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A partir de 2014, Wylsel e sua esposa / produtora, Nanci Nunes, resolveram botar o antigo projeto pra frente, começando a se apresentar regularmente em bares e restaurantes da cidade.<br />
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Agora, finalmente, Jr. Wyll (voz e harmônica), Atila Caribé (guitarra), Uirá Tiago (bateria) e Rayan Ribeiro (baixo) lançam o primeiro trabalho da RestGate Blues: é o EP Vivendo Blues, que terá show de lançamento no dia 19 próximo (uma quinta-feira), no Jazz na Avenida (Boca do Rio).<br />
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No mesmo dia, o EPzinho de cinco faixas estará disponível no Spotify, iTunes, Amazon, Google Play e YouTube.<br />
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“Gravamos tudo de forma totalmente independente, e com aquela velha ajuda de grandes amigos”, conta Wyll.<br />
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<b>Blues on the road</b><br />
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Lançado o disquinho, que terá versão física em breve, garante Wyll, a ideia do quarteto é cair na estrada e tocar muito.<br />
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“Estamos preparando uma turnê por cidades da Bahia para 2020. Já se confirmaram Feira de Santana, Serrinha, Amargosa, Santo Antonio de Jesus e algumas cidades da Chapada Diamantina: Lençóis, Itaberaba, Palmeiras, Vale do Capão”, conta o bluesman.<br />
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“Também estão nos planos e em negociação, casas noturnas em Aracaju, São Paulo e Rio de Janeiro. Bem como alguns festivais de blues pelo Brasil que também já sinalizaram interesse nos nossos attacks”, afirma.<br />
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Além disso, a RestGate pretende lançar simultâneo ao EP de estúdio uma versão acústica, que já está pronta e deve sair também estes dias.<br />
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<i>RestGate Blues / lançamento Vivendo blues / Dia 19 (quinta-feira), 19 horas / Jazz na Avenida / Colaborativo</i><br />
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<b>EXTRA: Jr. Wyll relata sua história e a da RestGate Blues em suas próprias palavras:</b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-tZLpKHLv6jkCEmZOdIL7czqR2tduuXZdtL7Jj78m2NnEi73-SpMRdNq8-9K4m2ckfds_Se4TC3tkzmwG4211k4Mx3I777d2dm4KiTFHD7q_LZrcpdxWV36zhKGTO1An2ffb/s1600/Foto+Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o+EP+Vivendo+Blues+-+ALTA+001.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-tZLpKHLv6jkCEmZOdIL7czqR2tduuXZdtL7Jj78m2NnEi73-SpMRdNq8-9K4m2ckfds_Se4TC3tkzmwG4211k4Mx3I777d2dm4KiTFHD7q_LZrcpdxWV36zhKGTO1An2ffb/s400/Foto+Divulga%25C3%25A7%25C3%25A3o+EP+Vivendo+Blues+-+ALTA+001.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">RestGate Blues, foto Nti Uirá</span></td></tr>
</tbody></table>
"Então, da formação original hoje só temos o Wyll (eu) o vocalista e harmonicista. Inicialmente eramos apenas um duo (voz e harmônica - Wyll, e violão - Viriato Sampaio), que tocava num ponto de ônibus no bairro do Resgate em Salvador, em 2002. Em 2009 mudei para o Vale do Capão, onde passei a tocar sozinho na taberna de um cordobês. Dois anos depois, o Viriato que acabava de concluir a sua faculdade de engenharia, foi também para o Vale e voltamos a tocar juntos. E no réveillon de 2010/2011, tocamos pela primeira vez com o formato atual: voz, harmônica, guitarra, baixo e bateria. Foi quando o duo virou banda, no Vale do Capão. Um ano depois, percebendo que algo estava dando certo naquele projeto, e somando isto à vontade de continuar com o sonho antigo de fazer blues, e com o término de um casamento no Vale do Capão, resolvi que não ficaria por lá, pois já estávamos tendo alguns convites para tocar em Salvador e que no Vale não seria possível seguir com o projeto sem ter muitas dificuldades (não que em Salvador fosse ser fácil..rsrs). Acontece que, pouco tempo depois em uma visita ao Vale, juntamente com o Viriato, ele iniciou um relacionamento e resolveu ficar por lá. Então voltei a procurar um guitarrista em Salvador que soubesse tocar o blues - missão quase impossível (até hoje)! Tendo em vista que eu não fazia parte do grupo fechado de músicos que se dedicavam ao estilo em nossa cidade. E isso iniciou um processo de entra e sai de músicos na banda, que atrapalhava muito os processos e a intenção de gravar. Tamanha demora para o lançamento de um trabalho, reside basicamente aí. Sou um ex-fuzileiro e tive a minha primeira banda de blues no quartel. Lá, tinha acesso a excelentes músicos que tocam todo tipo de música. Inclusive o blues! Só que a partir do momento que saí de lá, e não conhecia ninguém que sequer ouvisse o blues - por mais que frequentasse - aos 20 / 21 anos, o Atelier Presciliano Silva e conhecesse o nome de cada um dos caras que lá tocavam. Então foi muito difícil formar e manter uma formação longeva de uma banda de blues, em Salvador, com músicos que não eram do blues. Este primeiro guitarrista do qual falei antes, quando o conheci, estava começando a aprender o violão, e tocava uma coisa que ele chamava de 'funkeado' (rs). Ele pegava musicas como Odara do Caetano, e umas coisas da Ivete Sangalo, e tocava em ritmo de funk. Ao ver que ele se iniciava no instrumento, tratei de contaminá-lo logo com 200 CDs de blues dos mais variados. E quando ele começou a tirar alguns sons, começamos a tocar no tal ponto de ônibus. Pouco tempo depois, comecei a encorajá-lo a comprar uma guitarra. Foi quando partimos para tocar em bares como o Etrusco, Whiskritório, Sankofa e Zen Thai, bares de Salvador onde tocamos muitas e muitas vezes, a convite da amiga, atriz e cantora Denise Correia, da banda Na Veia da Nega, que nos deu uma força imensa no inicio dessa trajetória, abrindo espaço para tocarmos em vários lugares na cidade. Cerca de um ano depois quando conheci a Nanci Nunes - minha mulher, cuja entrada na banda como produtora ajudou a elevar com muito trabalho, organização e muita dedicação o nível do projeto - começamos a tocar no D'Venetta, no Santo Antonio, onde passamos quase três anos tocando todas as quartas, e reunindo um publico que já começava a disseminar por aí o nosso trabalho".<br />
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/xDSNR2p4h7Y" width="560"></iframe><br />
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"O blues chegou à Salvador no final dos anos 80, talvez mais no começo dos 90. O Atelier se inicia em '93. O Atelier reunia essa turma! E eu frequentava o lugar. Ia com uns amigos do quartel e ficávamos lá meio 'peixe fora d'água', querendo tocar, mas sem coragem para abordar os caras. Era pra gente um lugar especial, onde caras especiais (Álvaro Assmar, Mario Danneman, Jerry Marlon, Oyama Bittencourt, Guiga, Miguel Arcanjo, Mauricio Simões, Carlos Lacerda, entre outros...), estavam fazendo algo que gostaríamos de fazer. Blues. Digo que fui 'iniciado' no blues dentro de casa pelos meus pais, ainda que eles não tivessem noção de que faziam isso - pois tudo era dentro da minha cabeça e coração, e depois de adulto, foi que eu também concretizei isso. Mas eu não encontrava esse tipo de música fora de casa. E descobrir o Atelier foi incrivel! Eu nunca fui do Rock. Curtia o LP dos Secos e Molhados aos 6 anos de idade, por conta de duas musicas e que 'coincidentemente' eram dois blues - ou pareciam muito: Mulher Barriguda e Prece Cósmica. Na primeiro, pode-se ouvir uma gaita estridente, e era o que me chamava a atenção. Um dia encontrei numa coleção de chaveiros da minha mãe, um que era uma pequena gaita, e passei fazer barulho com ela quando percebi que tinha o mesmo som do instrumento que eu gostava na música do Secos & Molhados. Até que entre os tantos LPs que o meu velho comprava surgiram BB King, Junior Wells e mais tarde o Harp Attack (um álbum que reúne Billy Branch, Junior Wells, James Cotton e Carey Bell, quatro dos maiores harmonicistas do mundo), e isso pra mim foi a maior pancada! Dos outros integrantes da gang, apenas o Átila (guitarrista) já veio por caminhos de blues, é ex-integrante da Meia Noite no Ali, banda parceira que se fez presente nas casas noturnas da cidade há uns cinco ou seis anos atras. E que acabou. O Uirá (baterista) tem outras influências, vindo a conhecer o blues após entrar na banda primeiramente como roadie, depois passou a substituir o Samuel (baterista entre 2016 / 17), passando a assumir a bateria da gang. E o Rayan (baixista) está pouco mais de um ano na gang, é estudante de musica popular na UFBA e também tem uma influência bastante variada. Iniciando seu contato com o blues, também ao entrar pra gang".<br />
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"Gravamos Vivendo Blues que é o single do EP, há dois anos no Estúdios WR. No 'WR de Portas Abertas', um projeto que viabilizou a muitos artistas o sonho de gravar com extrema qualidade uma música. Isso nos ajudou muito e nos aproximou da possibilidade de um lançamento. Só que não basta ter a música para lançá-la, né? Então todas as outras coisas que rodeiam este processo - e muito disso é dinheiro, foram e voltaram varias vezes, inclusive com o anuncio de um lançamento em 2018, que não aconteceu. Neste ano de 2019 decidimos que não dava para terminarmos mais um ano sem lançar um trabalho que já estava completamente concebido, e que só precisava de ação. E então metemos a mão na massa! Gravamos tudo de forma totalmente independente, e com aquela velha ajuda de grandes amigos. Um deles, o Diogo Rios, cantor e compositor, possui equipamentos e muito boa vontade, de cara topou e incentivou muito para que iniciássemos este processo logo. Gravamos na casa dele guitarras, baixo, gaita e vozes com um amigo do Diogo, que possui uma placa e que também se disponibilizou a um custo de amigo fazer a gravação. Por questão de tempo, a bateria só foi ser gravada depois... o que fez com que quase tudo tivesse que ser gravado novamente rsrs. Pois ficou tudo meio fora do beat! Então pegamos quase do zero, gravamos uma das baterias inicialmente no estúdio Carmo44, da banda Vivendo do Ócio, com os irmãos Luca e Davide Bori. E demos continuidade no estúdio O Puleiro, do produtor e amigo Rodrigo Medeiros - dessa vez, com um novo amigo e grande promessa para a produção musical - ao meu ver, que é o Victor Jessy, que também é cantor e compositor e estagia na WR, onde refizemos as vozes. Daí foi necessário regravar algumas guitarras e pronto, o Victor começou a mixar. Foi uma semana que se encerrou no dia 3 último, com uma sessão que começou 9h da manhã e acabou as 23h no estúdio O Puleiro, em Piatã. Acredito que hoje seja perfeitamente possível se virar sem o produtor fonográfico profissional. Evidentemente que se o artista leva realmente a sério o seu trabalho e deseja lançar bons materiais, precisa estudar e trabalhar muito para conhecer profundamente o caminho no qual está passando. Existem grandes exemplos não somente no Brasil, e não somente de artistas novos, mas muitos grandes artistas que conhecem o caminho e se desenrolam independentemente. Penso que isso poderá ser cada vez mais possível para bandas novas e independentes".<br />
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<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Amigos Velhos sexta</i></b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsbTLgTUpSdsWjpAonDkTwVJm3kPAhQxYCp43RIwL59mtt-rhJ5Ubkm7HKSYQvnLURjbhv_kBUGxzAQsSk-KUj1dS4mAeve7-jTW0xmIqAc0rzwgeujaQpekP9q5wX7kToVNlq/s1600/78530082_551951085587991_3372384969082011648_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsbTLgTUpSdsWjpAonDkTwVJm3kPAhQxYCp43RIwL59mtt-rhJ5Ubkm7HKSYQvnLURjbhv_kBUGxzAQsSk-KUj1dS4mAeve7-jTW0xmIqAc0rzwgeujaQpekP9q5wX7kToVNlq/s400/78530082_551951085587991_3372384969082011648_n.jpg" width="400" /></a></div>
Uma das melhores novidades do rock local em 2019, a banda Meus Amigos Estão Velhos faz seu último show do ano no esquemão street do Bardos Bardos. A coluna recomenda. Sexta, 19h, sugere-se uma colaboração de R$ 10.<br />
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<b><i>Carne Doce, Andréa</i></b><br />
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Alimentada por certo hype, a banda goiana Carne Doce estreia em Salvador sábado, na despedida do TOCA! 2019. Andrea Martins (Canto dos Malditos na Terra do Nunca) faz as honras da casa, apresentando set list do primeiro álbum solo (sai em 2020). 20 horas, no Pátio do Goethe Institut, R$ 50, Lote 2: R$ 30 e R$ 60.<br />
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<b>Scalene, Informais, Iorigun</b><br />
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A banda brasiliense Scalene volta à cidade para show com as baianas Os Informais e Iorigun. Domingo, 16h, no Portela Café. R$ 35 (Sympla).Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-80844000305836900622019-12-04T10:30:00.001-04:002019-12-04T10:30:09.135-04:00O AUGE DA (REAL) INCORREÇÃO POLÍTICA EM EDIÇÃO DE LUXO E CAPA DURA<b><i>Clássico dos anos 1980, versão psicopata (e adulta) de Tom & Jerry são testemunho da genialidade de Massimo Mattioli</i></b><br />
<b><i><br /></i></b>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfJDgAB6T49L65UBNud_rwy-qK0UEl7pE6snr199pq1YoevZMqWH60VeRp-WeOEHIFHJp_96oFljWHOyYQRNCcONhWjZKWqmlFUPaQtqWWmfMLFgGpvQrOqv6i7LUMV5kG2Got/s1600/tumblr_pl84w0Ha7Y1tsqumwo1_1280.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1021" data-original-width="792" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfJDgAB6T49L65UBNud_rwy-qK0UEl7pE6snr199pq1YoevZMqWH60VeRp-WeOEHIFHJp_96oFljWHOyYQRNCcONhWjZKWqmlFUPaQtqWWmfMLFgGpvQrOqv6i7LUMV5kG2Got/s400/tumblr_pl84w0Ha7Y1tsqumwo1_1280.jpg" width="310" /></a></div>
Antes de mais nada, cabe um aviso: este álbum de histórias em quadrinhos não é para crianças. Está lá, na contracapa, em bom português: “Impróprio para menores de 18 anos”.<br />
<br />
Isto posto, cabe outro aviso: este material também não é indicado para cristãos fundamentalistas, (falsos) moralistas de rede social e conservadores em geral.<br />
<br />
Aviso dado. Depois não adianta ficar choramingando por aí de HQs satanistas que querem acabar com a família tradicional.<br />
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Até porque é verdade: Squeak The Mouse (Guincha o Camundongo, em desnecessária tradução literal), do italiano Massimo Mattioli, é uma das HQs mais depravadas, imorais, violentas, crueis, pornográficas, alucinadas e profanas de todos os tempos.<br />
<br />
Ao mesmo tempo, é também uma das mais ousadas, engraçadas, criativas e divertidas.<br />
<br />
Para aprecia-la, não precisa nem saber ler: as historietas são mudas, não tem sequer diálogo. Os únicos pré-requisitos para apreciar Squeak TheMouse são aqueles já citados: não ser nem criança (depois dos 18 tá liberado) nem conservador “guardião da moral e dos bons costumes”.<br />
<br />
O aviso explícito de que a HQ não é indicada para crianças ainda tem outra justificativa bem óbvia: seus personagens podem ser facilmente confundidos com clássicos personagens infantis, como Tom & Jerry ou Frajola & Piupiu ou Papa-Léguas e o Coiote.<br />
<br />
Trata-se de um gato e um rato, fazendo o que bons gatos e ratos de cartum fazem: correm um atrás do outro, preparam armadilhas mútuas e, eventualmente, são violentos.<br />
<br />
Sim, não há como negar que os desenhos infantis de antigamente podiam ser bem violentos. Não faltavam marretadas, tiros (de revólver, escopeta e até canhão), facadas, machadadas, pedradas etc.<br />
<br />
O que diferencia Squeak The Mouse daqueles cartuns infantis de antigamente é que esta HQ mostra, explicitamente, tudo o que a Hanna-Barbera e os Warner Brothers escondiam.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmWWsqAzN-LTi-HdYWhpQfScpFXSkmjPrXg3DXKq8lJ4ia-94TyT17hJWzE1Flzi0dtvZ7pRKw6g2dbVY4yAzGfc1UR-LQrNAUAPh4OMrRTTFNHMR3WaINYedljEr1BJxCtC8T/s1600/3bb917c1d83296b74fab417097bd4e21cb6f4653r1-973-1280v2_hq.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="778" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmWWsqAzN-LTi-HdYWhpQfScpFXSkmjPrXg3DXKq8lJ4ia-94TyT17hJWzE1Flzi0dtvZ7pRKw6g2dbVY4yAzGfc1UR-LQrNAUAPh4OMrRTTFNHMR3WaINYedljEr1BJxCtC8T/s400/3bb917c1d83296b74fab417097bd4e21cb6f4653r1-973-1280v2_hq.jpg" width="303" /></a>Quando o gato dá uma machadada no rato, divide-o ao meio, com todo o sangue e vísceras que tal cena tem direito.<br />
<br />
É como se Evil Dead, a clássica série de terror gore de Sam Raimi, fizesse um crossover com Tom & Jerry.<br />
<br />
E assim vai, aqui usa-se de tudo: tiro, bomba, lâminas em geral, eletrocussão, afogamento, fogo, motosserra etc.<br />
<br />
Ah, outro detalhe. também tem sexo. Sexo explícito. Muito. E interespécies, ainda por cima. Homossexuais, também.<br />
<br />
Enfim, não deixem essa HQ chegar na TFP, senão as tochas e ancinhos podem sair do armário e tomar as ruas.<br />
<br />
<b>Gênio do mal</b><br />
<br />
Tudo isso é só para dizer: Massimo Mattioli, esse incorrigível enfant terrible morto aos 75 anos em agosto último, era um gênio da narrativa sequencial.<br />
<br />
Essas HQs, um pequeno pedaço de seu legado, embalado em uma linda edição capa dura da editora Veneta, são um verdadeiro exemplo de narrativa puramente visual.<br />
<br />
Cada quadrinho está firmemente ancorado em uma narrativa absolutamente amarrada, uma sequência matematicamente perfeita de sexo, dor, morte, alucinação e risos.<br />
<br />
É uma obra que também reflete a visão do politicamente incorreto que se tinha à época, uma visão bem diferente da de hoje, quando o que se toma por "politicamente incorreto" é um falso direito auto-arrogado de ser abertamente racista, misógino ou mesmo fascista.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlcl81qchvlhSjm6nYORb9ASr2NW8sd9RrYDeADK-s1yK738wGtFqm-cMWeYBIhLtwj3tYqYdDNZtk3QWExO_gVvtsahRjc9OCDdVzzIjaUFxW-SeF-hXmXVNP9Y8epr31skyw/s1600/Capa-SQUEAK-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1150" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlcl81qchvlhSjm6nYORb9ASr2NW8sd9RrYDeADK-s1yK738wGtFqm-cMWeYBIhLtwj3tYqYdDNZtk3QWExO_gVvtsahRjc9OCDdVzzIjaUFxW-SeF-hXmXVNP9Y8epr31skyw/s200/Capa-SQUEAK-1.jpg" width="143" /></a>Parte de uma genial geração de quadrinistas europeus, Mattioli teve boa parte dessas HQs publicadas no Brasil há coisa de 30 anos, na saudosa revista Animal.<br />
<br />
Agora é a hora de novas gerações terem contato com a obra deste gênio do mal. No melhor sentido.<br />
<br />
<i>Squeak The Mouse / Massimo Mattioli / Editora Veneta / 160 páginas / R$ 99,90</i>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-83549306409844094802019-12-03T11:24:00.001-04:002019-12-03T11:24:11.197-04:00JAZZ & STARTUP<b><i>Lançamento da plataforma E-Musicall tem shows internacionais imperdíveis de jazz</i></b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw9JMPhGWzYJL6sbkrElj2fkEsri8R-DpEeNEBkqMPZrKM_OLI25gz2T5BM8J9R5Dm4ja2U1FXd6QbYpL1j88A767SdkMo4P_hJoFsMiIv28eYGDmv2eFEhd6bpDI4FbJbWAH1/s1600/MEDDY+GERVILLE+FT1.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw9JMPhGWzYJL6sbkrElj2fkEsri8R-DpEeNEBkqMPZrKM_OLI25gz2T5BM8J9R5Dm4ja2U1FXd6QbYpL1j88A767SdkMo4P_hJoFsMiIv28eYGDmv2eFEhd6bpDI4FbJbWAH1/s400/MEDDY+GERVILLE+FT1.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meddy Gerville, pianistae cantor da Ilha de Reunião</td></tr>
</tbody></table>
Sim, não está fácil para ninguém. Mais do que nunca, soluções novas e criativas são necessárias em todas as áreas da produção de riqueza – inclusive na área cultural. Papo de startup, empreendedorismo e tal.<br />
<br />
Neste sábado, o músico baiano Gerson Silva e o especialista em startups e tecnologia John Oliver lançam a plataforma E-Musicall. Trata-se de um instrumento concebido para ser uma multiplataforma de serviços e produtos com diversas funcionalidades para músicos e público em geral.<br />
<br />
Ah, não tem paciência para essas conversas? Então aqui vai um incentivo: no mesmo evento haverá dois shows internacionais de responsa para apreciadores de jazz e (boa música em geral): Meddy Gerville Trio e Richard Bona.<br />
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O primeiro é o maior nome da música da Ilha de Reunião, posse francesa na costa africana do Oceano Índico.<br />
<br />
E Bona é um virtuose camaronês do contrabaixo. Ambos, músicos com livre trânsito no agitado circuito de jazz europeu.<br />
<br />
Voltando ao E-Musicall, Gérson explica melhor do que se trata: “Criado por meio de tecnologia Blockchain, o E-Musicall reúne serviços de gestão para investimentos financeiros e tecnologia direcionada ao mercado da música. O projeto foi divido em seis núcleos que podem ser melhor vistos e explicados no e-musicall.com”.<br />
<br />
Segundo Gérson, os benefícios aos músicos podem ir desde a compra de equipamentos, acessórios e instrumentos “com preços totalmente diferenciados e acessíveis comparados aos preços encontrados no Brasil, até oportunidades de monetizar o capital investido. Nossa parceria com a empresa BuySell para esse tipo de monetização pode ser iniciada a partir do investimento mínimo de 10 dólares”, detalha Gérson.<br />
<br />
Além de operar nestes termos (aqui resumidos bem por alto), Gerson e o E-Musicall pretendem seguir trazendo mais grandes músicos de fora da Bahia e do Brasil para se apresentar em Salvador.<br />
<br />
"Perfeitamente observado por você, a intenção desse departamento de eventos do E-Musicall é compartilhar informações artísticas das áfricas, como continente enorme e importante para nossa formação de cultura musical Afro-brasileira e baiana. Um calendário de eventos estará sendo apresentado no site já já, trazendo estilos artistas que fazem músicas inteligentes no mundo como a dos artistas Karim Ziad (da Argélia), Etienne MBappé (de Camarões), Jean Philipp Fant Fant (de Guadalupe), são alguns dos nomes que já conversei por ter aproximação com eles em trabalhos que já fiz na Europa durante esses muitos anos que atuo como profissional da música. Faço questão de não trazer nada tão convencional para que possamos ter acesso a esse tipo de cultura musical , mesmo não tendo apoio financeiro de nenhum departamento de cultura do estado. Desejo muito que um dia possamos estar juntos pensando possibilidades de inclusão cultural e tecnológica a partir da cadeia da música , que gera o segundo maior PIB econômico do Brasil. Enquanto isso não acontece, vamos fazendo nossa parte e estamos abertos totalmente a bons diálogos inovadores", conclui Gerson.<br />
<br />
<b>Fusão em Reunião</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7yTfvKMDA_iDxUwMKqve2awxPC_fMFkwvbQEh_mLcYIf2ayfFtvEraVAfXbFUtNQwSv0WWOZtPRc7OaEeLOwxdInXjWoZ9HARr9OJeXczshg2e5kIk3c1d-9qgKK_fiDQMBXR/s1600/Photo+-+Richard+Bona+4+-+%25C2%25A9+Goetz+Buehler.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1172" data-original-width="1600" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7yTfvKMDA_iDxUwMKqve2awxPC_fMFkwvbQEh_mLcYIf2ayfFtvEraVAfXbFUtNQwSv0WWOZtPRc7OaEeLOwxdInXjWoZ9HARr9OJeXczshg2e5kIk3c1d-9qgKK_fiDQMBXR/s400/Photo+-+Richard+Bona+4+-+%25C2%25A9+Goetz+Buehler.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O camaronês Richard Bona, grande nome do contrabaixo</td></tr>
</tbody></table>
Agora cabe aos interessados ir lá e ver se o negócio é quente, mesmo. O que com certeza é quente é o som do Meddy Gerville Trio, uma fusão dos ritmos tradicionais de Reunião, maloya e sega, com jazz.<br />
<br />
“Em Reunião, os ritmos tradicionais são intimamente conectados com a história da ilha e o triste passado de escravidão. Herdamos as tradições musicais da África e de Madagascar, enriquecidas com influências indianas, chinesas e europeias”, detalha Gerville, em entrevista por email.<br />
<br />
No repertório, composições autorais e até clássicos como La Bohéme. “Não raro, dizem que minha música tem muito de sul-americana. Isso pra mim é uma honra. Já ouvi muito João Gilberto e Tom Jobim. E no meu último disco, tive o extremo privilégio de contar com o bandolim de Hamilton de Holanda em uma gravação”, conta.<br />
<br />
"Para nosso primeiro show em Salvador, terei a honra de compartilhar com o público algumas novas composições que estarão no próximo álbum, a ser lançado ano que vem. Claro que minhas composições mais antigas também estarão no set list e porque não, La Bohème. Também terei o prazer de receber o Gerson Silva no palco para uma ou duas músicas. Convido todos os amantes da música para se juntar a nós. Mal posso esperar para chegar e tocar neste lindo país", conclui Gerville.<br />
<br />
<i>Lançamento: Plataforma E-Musicall / sábado, 17 horas / Com Meddy Gerville Trio e Richard Bona com Alfredo Rodriguez e Pedrito Martinez / Trapiche Barnabé / R$ 100 e R$ 50 / Vendas: <a href="http://www.balcaodeingressos.com.br/">www.balcaodeingressos.com.br</a> ou nos pontos Balcão de Ingressos</i><br />
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fIsp5DhRaoI" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
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<b><i>Vanguart Acoustic</i></b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhIyr6WvVcHjsGGAXeAPFPXq_XI2JqqeAkd36l9KVWyn-P1cnaire-4grNzeLBtPkAI1aMECgfTy9Emdskv9pE0hxjuoNA36hMJAUK6kraphWvW5yVuSZkKY7nKkQ9KlgkM9hw/s1600/Release+Vanguart.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="772" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhIyr6WvVcHjsGGAXeAPFPXq_XI2JqqeAkd36l9KVWyn-P1cnaire-4grNzeLBtPkAI1aMECgfTy9Emdskv9pE0hxjuoNA36hMJAUK6kraphWvW5yVuSZkKY7nKkQ9KlgkM9hw/s400/Release+Vanguart.jpg" width="400" /></a></div>
Toda a classe e a chinfra da banda Vanguart (MT) é a atração do próximo Toca! no Pátio do Goethe Institut. Helio Flanders & cia trazem o show Vanguart Acoustic Night. O sergipano Arthur Matos abre o evento. Sábado, 18h30, R$ 50 (meias esgotadas).<br />
<br />
<i><b>Reggae night, Pelô</b></i><br />
<br />
A festa Reggae Jambras traz direto da Jamaica as bandas Suga Roy & Fireball Crew e Conrad Crystal and Zareb. No repertório, os clássicos do gônero. Banda Cativeiro, Edy Vox, Dinho Negryne, Thomé Viana e Mavi fazem as honras da casa. Sábado, 19 horas, no Largo Teresa Batista, R$ 20.<br />
<br />
<b><i>Malcriado Mudo</i></b><br />
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Malcriado Mudo faz show divertidíssimo no Bardos Bardos. Sábado, 19h, R$ 10.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-68556772515941009062019-11-27T11:17:00.002-04:002019-11-27T11:17:56.664-04:00ROCK ARROCHA FILOSÓFICO GAIATO<b><i>Popular, raulseixista e com toques de arrocha, estreia solo de Pessoa tem show sexta </i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_78R2JRQk9VLUgGFvpXU0ZWczWWoNgje1byMPrN3XhJicPw9QNruH4w9oR1ylU567QF_0hq2YNUNb2sjuK6v9XbTcv1e43nDjgGhEY49FoBk2hywUfDXs4eAJLmDWSrIAOTqz/s1600/Pessoa_2_cred_Adriano-Vaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_78R2JRQk9VLUgGFvpXU0ZWczWWoNgje1byMPrN3XhJicPw9QNruH4w9oR1ylU567QF_0hq2YNUNb2sjuK6v9XbTcv1e43nDjgGhEY49FoBk2hywUfDXs4eAJLmDWSrIAOTqz/s400/Pessoa_2_cred_Adriano-Vaz.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Qual foi, onde é que tá rolando treta aí"? Pessoa em foto de Adriano Vaz</td></tr>
</tbody></table>
O que aconteceria se Raul Seixas, Odair José e Silvano Salles saíssem para tomar umas?<br />
<br />
Possivelmente, algo parecido com Esse é Pra Tocar no Streaming, EP de estreia do cantor Pessoa.<br />
<br />
Interessou? Então ouve lá no... streaming – e compareça ao show de lançamento nesta sexta-feira, no Tropos.<br />
<br />
Para quem não conhece, esclareço: Pessoa é o novo nome artístico de Leandro <i>Cebola</i> Pessoa.<br />
<br />
Desde a década passada, essa simpática figura vem militando no cenário independente local, à frente das bandas Truanescos (já extinta) e Callangazoo (em pausa).<br />
<br />
"Com a pausa das atividades da Callangazoo, comecei a fazer aulas de piano com o maestro Isaías Rabelo e o chamado da música foi sendo canalizado para novas composições, entrei em um período fértil. Cada canção que surgia me reconectava com alguma outra guardada no baú. Até que aconteceu um reencontro com Tempo é Bom – um reggae antigo que naquele momento dialogou comigo de uma forma diferente da de quando havia escrito. O desejo de cantá-la, de levá-la às pessoas me colocou em movimento: fui procurar o produtor Gabriel Franco que me apresentou o guitarrista Irênio Neto. Juntos trabalhamos nessa faixa que, lançada em maio, se tornou o meu single de estreia. Foi nesse processo de realizá-la e de levá-la à escuta das pessoas que assumi a trajetória solo. Me entendo como um cantautor que vive hoje a oportunidade de trabalhar com compositorxs, músicos, produtorxs e cantorxs que admiro e, ao mesmo tempo, nenhum impedimento quanto a vir integrar uma banda. É um nascimento com todas as dores e delícias decorrentes de assumir os rumos da própria expressão artística", conta o artista.<br />
<br />
Ao colunista sempre agradou o estilo leve e comunicativo dos trabalhos anteriores de Cebola – ops, Pessoa –, um fiel aprendiz da pegada sincerona e bem humorada de Raulzito.<br />
<br />
Agora, com Esse é Pra Tocar no Streaming, ele alia essa pegada com alguns toques do arrocha baiano, como seus teclados de churrascaria e levadas aboleradas em duas das quatro faixas do EP.<br />
<br />
"Não sou adepto de fórmulas musicais. Como compositor penso que aplicar fórmulas é se limitar na tentativa de forçar algo que tem muito mais força ao natural. Porque a expressão da genética musical – daquilo que você assimilou – é algo natural. O que acontece é que pra sair também de modo natural, para fluir como suor, é necessário tempo, paciência, dedicação. Busco enfrentar essas inquietações, fazer o cooper criativo, cultivar o ócio", ensina.<br />
<br />
A faixa-título, a mais raulseixista, é uma pérola na linha Cowboy Fora Lei (1986), com direito à linda guitarra pedal steel do mestre Júlio Caldas: “Nego me diz que a onda é o samba roque / No mês que vem já tocando pop / É tanto faz, tanto fez / Lacrar na rede é que tá dando ibope / Aperta o play, se não gostou, stop / E o mercado, seguro nas leis”.<br />
<br />
“Sou um grande apreciador da obra do Raul – foi ela quem me levou ao violão, à canção, à literatura – e Essa É Pra Tocar no Streaming eu escrevi como agradecimento ao legado de liberdade artística que ele nos deixou”, conta Pessoa.<br />
<br />
Em A Materialidade do Rolê, a pegada arrocha surge com mais força em meio a uma letra de tons filosóficos, na qual vaticina no refrão: "falta verdade no rolê".<br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">"É a constatação saudosa de um eu lírico que busca no rolê por interações sólidas que a modernidade líquida inevitavelmente vai dissolvendo. Escrevi essa música com o amigo Murillo Bahia durante o São João do Capão. Eu tinha acabado de ler o Bauman ('modernidade líquida' é um conceito desenvolvido pelo sociólogo polonês <span style="background-color: white;">Zygmunt </span><span style="background-color: white;">Bauman), </span>e estava espantado com a quantidade de pessoas que o referenciavam de maneira inapropriada", explica Pessoa.</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_9stTwez0guVLgBU6zNM4E_9LC4C2RS6wr_jsDv8DA9eqGWTaqtFUqbrtB60u32gbCTZYl_1_lTEAYeYfRhmdKg7xaBi3wV0bqbFhTMFy-KWKERv6htIVQ63emW8Dnj3APuDh/s1600/Pessoa_cred-Adriano_vaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1067" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_9stTwez0guVLgBU6zNM4E_9LC4C2RS6wr_jsDv8DA9eqGWTaqtFUqbrtB60u32gbCTZYl_1_lTEAYeYfRhmdKg7xaBi3wV0bqbFhTMFy-KWKERv6htIVQ63emW8Dnj3APuDh/s400/Pessoa_cred-Adriano_vaz.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um Mercedes, um violão, um calor no coração...</td></tr>
</tbody></table>
<b>Provocação à produção</b><br />
<br />
Curiosamente, o EP foi produzido à quatro mãos (fora músicos convidados) e à distância por Pessoa e o produtor Iago Guimarães, de Juazeiro.<br />
<br />
“Eu estava escrevendo uma matéria sobre produtores que trabalham online e fui conversar com Iago, que conheci em uma das apresentações da Callangazoo em Juazeiro. No fim do papo ele lançou uma provocação: ‘tu quer saber mesmo como é produzir à distância? Vamos fazer uma música tua!’”.<br />
<br />
Desafio lançado, Pessoa e Iago começaram a trabalhar via webconferências.<br />
<br />
“Criamos frases de guitarra, trocamos referências e fizemos os ajustes de mixagem. Fiquei muito contente com o resultado, me reconheço ali”, diz.<br />
<br />
“O plano é trabalhar o show do EP ao longo do verão que já se anuncia. Ainda não encontrei local para realizar meu próprio ensaio para a temporada, mas aceito convites - tô facin, facin. Agora a vontade é levar o show às praças como Feira de Santana, Juazeiro, Imbassaí, Vale do Capão”, conclui.<br />
<br />
<i>Pessoa: Show de lançamento Esse é Pra Tocar no Streaming / Sexta-feira, 21h / Tropos Gastro Bar (Rua Ilhéus, 214, Rio Vermelho) / R$ 10 (com direito a uma bebida)</i><br />
<i><br /></i>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VFPBjamcAdU" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
<br />
<b><i>Solo Sessions 2</i></b><br />
<br />
Álisson Lima (Pastel de Miolos), Sohl (A Flauta Vértebra) e André Dias (Exoesqueleto) fazem a segunda edição da Solo Sessions. Voz, violão e ideias próprias. Quinta-feira, 19 horas, no Bardos Bardos. Pague quanto puder.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisN1Bk2JWKCZ9J0TxiN3VZ7hC_uCOdTsXH3qrSWjYTJbJhzZYpiULh3i9K9CBQ5IeLYSgySRyX_vRIxryhGAVhQFbgX4s5EVY5M1qWQmmuSJl5pxj8IfWA2jAaAp7KFOEvfRDd/s1600/00003.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisN1Bk2JWKCZ9J0TxiN3VZ7hC_uCOdTsXH3qrSWjYTJbJhzZYpiULh3i9K9CBQ5IeLYSgySRyX_vRIxryhGAVhQFbgX4s5EVY5M1qWQmmuSJl5pxj8IfWA2jAaAp7KFOEvfRDd/s320/00003.jpeg" width="320" /></a></div>
<b><i>Bruma com Iracema</i></b><br />
<br />
Bruma (folk rock de Salvador) e Dona Iracema (rock funk queer regional) de Vitória da Conquista) fazem show juntas sábado, no Lebowski Pub. A coluna recomenda ambas. Experimente. 21h, R$ 15.<br />
<br />
<b><i>Pitty e Teago free</i></b><br />
<br />
Pitty e Teago Oliveira fazem show sábado na Concha Acústica do TCA com ingressos grátis. Tem que buscar no <a href="http://www.ingressorapido.com.br/tca">www.ingressorapido.com.br/tca</a> ou na bilheteria do teatro. Capaz de já ter esgotado, mas vai que...Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-58890083459133499522019-11-13T09:23:00.000-04:002019-11-13T09:23:24.170-04:00A ARTE DA FUGA<b><i>Escapo, de Paul Pope, é mais uma chance de conhecer o trabalho deste singular quadrinista norte-americano</i></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIId8zCvF2GlOBjx9UuPxfV0DnnXptdh0vx-KQ6nub5gMCZj4QXSlIHGAUlWlyhNaekbQ2QSVGD2IAigidd37qZBP9OTSQVXU7mbaisa67iYq4nu9ZJTi5FmBgIhA-WiYNKBzZ/s1600/escapo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="778" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIId8zCvF2GlOBjx9UuPxfV0DnnXptdh0vx-KQ6nub5gMCZj4QXSlIHGAUlWlyhNaekbQ2QSVGD2IAigidd37qZBP9OTSQVXU7mbaisa67iYq4nu9ZJTi5FmBgIhA-WiYNKBzZ/s400/escapo.jpg" width="287" /></a>Um dos mais aclamados autores de HQ underground / alternativa dos últimos 20 anos, Paul Pope ainda é meio que um segredo bem guardado entre os apreciadores da arte sequencial no Brasil.<br />
<br />
Um bom ponto de partida para conhecer sua obra é justamente um de seus trabalhos iniciais: Escapo (1999), lançado por aqui este ano, pela Mino Editora.<br />
<br />
Na superfície, abrir uma obra de Pope é de cara um choque: de tão dinâmica e enérgica, sua arte parece querer pular para fora da página, puxar o leitor pela camisa e lhe aplicar uns tabefes.<br />
<br />
Como todo bom quadrinista, Pope foi / é um ávido leitor dos mestres de três tradições da HQ planetária: a escola norte-americana (Jack Kirby, Alex Toth), a escola italiana (Hugo Pratt, Milo Manara) e a escola japonesa (Goseki Kojima, Katsuhiro Otomo).<br />
<br />
Com um extraordinário poder de síntese expresso no próprio traço, Pope reúne características muito identificáveis dessas três tradições quadrinísticas em suas obras.<br />
<br />
Estão lá a exatidão do traço de Toth, as energias cósmicas fora de controle e o maquinário psicodélico de Kirby, a mitologia sutil de Pratt, o erotismo estiloso de Manara, o apuro estético de Kojima e a explosão cinética de Otomo – tudo retrabalhado dentro da lógica de um universo narrativo muito próprio e cheio de uma personalidade rebelde indomável.<br />
<br />
Todas essas qualidades estão muito evidentes em Escapo – possivelmente uma de suas graphic novels mais pessoais e simbólicas.<br />
<br />
<b>Máquina de moer carne</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs07p69VQjhlTDJ8vjOQoavZk1OVBqk2Db5ERS97kx6hq3uyapD1zuoCkxTBdb0n4ZZrlaAZW7Y6kSWy_h5RYLt-G3sRLw4iI_1dUmDUFT-MQ07ernonKX3_-Wa8BOcONe_RYQ/s1600/escapo+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1277" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs07p69VQjhlTDJ8vjOQoavZk1OVBqk2Db5ERS97kx6hq3uyapD1zuoCkxTBdb0n4ZZrlaAZW7Y6kSWy_h5RYLt-G3sRLw4iI_1dUmDUFT-MQ07ernonKX3_-Wa8BOcONe_RYQ/s400/escapo+2.jpg" width="318" /></a>Em termos objetivos de narrativa, a trama é um fiapo que pode ser resumido em duas ou três linhas: Escapo – este é o nome do personagem principal – é um mestre das fugas à la Houdini (que trabalha em um circo, sempre elegante em seu traje de esqueleto.<br />
<br />
No seu dia a dia, encara provas cada vez mais absurdas e inescapáveis, enquanto encara uma crise de auto-confiança e nutre uma paixão mal-disfarçada por Aerobella, “a rainha da corda bamba” – que na HQ mal parece saída da adolescência.<br />
<br />
A graça de Escapo, a HQ, reside menos na esquelética linha narrativa e mais na velocidade com que Pope conduz o leitor para cima e para baixo sob a lona do circo, para dentro e para fora das exóticas armadilhas que ele tem de se esforçar para vencer.<br />
<br />
Absolutamente kirbyanas (em sua fase mais vistosa, linha Eternos e O Quarto Mundo), as armadilhas de Pope para seu personagem são literamente máquinas de moer carne, sobre as quais Escapo é pendurado de cabeça para baixo amarrado, acorrentado e na camisa de força.<br />
<br />
Desnecessário dizer, essas sequências de fuga são ao mesmo tempo um espetáculo visual explosivo e emocionantes em sua narrativa.<br />
<br />
Herói relutante e exótico em um cenário circense felinniano, Escapo é um espelho do próprio Pope, um garoto de Ohio que deixou aquela caipirice redneck para trás e se jogou na máquina de moer carne mundial, conquistando trabalhos diversificados no Japão (na megaeditora Kodansha), na Itália (como designer para a griffe Diesel) e em Nova Iorque (para a griffe DKNY).<br />
<br />
Já desenhou capas de álbuns para bandas e festivais de rock, além de ganhar prêmios Eisner com HQs como Bom de Briga (Battling Boy, Companhia das Letras, 2014), 100% (Ópera Graphica, 2006) e Batman Ano 100 (Panini, 2006, relançada em edição de capa dura este mês).<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrcI6W6HxoaaRtVgh9c4LAjoLwcCZZXd8MRcXEQ0fJHIGjwi_DGZjwBfzSfpFNwzR3btnvhMSf00vA9_E2fVJ6qPwGDEtPaUDxD_tYMN5Yfk7hLLzgb-epOXuJlVR1SB_-KDzv/s1600/escapo+capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1542" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrcI6W6HxoaaRtVgh9c4LAjoLwcCZZXd8MRcXEQ0fJHIGjwi_DGZjwBfzSfpFNwzR3btnvhMSf00vA9_E2fVJ6qPwGDEtPaUDxD_tYMN5Yfk7hLLzgb-epOXuJlVR1SB_-KDzv/s200/escapo+capa.jpg" width="155" /></a>Vale um elogio ainda à edição da Mino, que além da capa dura com papel de boa qualidade, convocou Pedro Cobiaco (Cais, 2016), filho do lendário Fábio Cobiaco, para recriar em português os letterings à mão de Pope, um trabalho muito delicado, tamanha a integração entre a arte e o texto na obra.<br />
<br />
<i>Escapo / Paul Pope / Mino/ 96 páginas/ R$ R$ 44,90/ Capa dura, P&B / <a href="http://www.editoramino.com.br/">www.editoramino.com.br</a></i>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-4945930737365054902019-11-12T10:24:00.002-04:002019-11-12T10:24:47.351-04:00MELANCOLIA FORTALEZENSE<b><i>Cearenses do Selvagens a Procura de Lei lançam quarto disco e tocam no Feira Noise</i></b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf_6iRXmezpmsp-ncTb8oPqLjPgwiGie9IICnjVYj9-Ilv7dH69hrgWyGDZE29gNQTHDvUsVFNrUjg_befNxAq9IrpNwQkNs301Cm3V20nBPR7Axx5iH7kqw9QLm6nGxTvubFt/s1600/SelvagensaProcuradeLei_CredIgordeMelo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="915" data-original-width="1600" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf_6iRXmezpmsp-ncTb8oPqLjPgwiGie9IICnjVYj9-Ilv7dH69hrgWyGDZE29gNQTHDvUsVFNrUjg_befNxAq9IrpNwQkNs301Cm3V20nBPR7Axx5iH7kqw9QLm6nGxTvubFt/s400/SelvagensaProcuradeLei_CredIgordeMelo.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">SAPDL, foto Igor de Melo</td></tr>
</tbody></table>
Uma das melhores bandas surgidas na última década, a cearense Selvagens à Procura de Lei (ou apenas SAPDL) consolida uma carreira que parece bastante estável com seu quarto álbum, Paraíso Portátil.<br />
<br />
Bem assessorados, contaram com a produção exata do experiente Paul Ralphes, galês radicado no Brasil desde 1986, ex-diretor artístico da Universal Music.<br />
<br />
E já saem em turnê por algumas cidades brasileiras: de Porto Alegre a Porto Velho, com direito a uma passagem por Feira de Santana, para o festival Feira Noise.<br />
<br />
Trabalho mais introspectivo do quarteto, Paraíso Portátil marca uma espécie de reinvenção e amadurecimento (com o perdão do clichê) dos membros da banda, agora já mais experientes e vividos, após mais de uma década de lida na música.<br />
<br />
“Toda carreira, seja na arte ou acadêmica, você tem um tempo de uns dez anos até poder realmente bater no peito e dizer que venceu, olhar para trás e ver se faz sentido”, afirma Gabriel Aragão (guitarra e vocal).<br />
<br />
“Temos orgulho de dizer que sim, passamos por dificuldades. Mas tudo é difícil. Ser médico ou engenheiro é difícil. E ser músico também”, diz.<br />
<br />
De sonoridade leve, Paraíso Portátil também abarca alguma psicodelia contemporânea (sem fritação, via Tame Impala, War on Drugs) e brasilidade (via Clube da Esquina).<br />
<br />
Se pega leve no som, é um pouco mais soturno nos temas. “Arrisco dizer que é nosso disco mais sincero, muito intimista. Toca em temas difíceis como depressão, questionamentos, a busca de um caminho a seguir e até suicídio”, conta.<br />
<br />
“Mas também fala de amor. Apesar de abordar temas difíceis, tem uma redenção, uma luz, uma esperança, o olhar para dentro de si, superação”, pontua Gabriel.<br />
<br />
<b>O paraíso dentro de você</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGNyOCjG5OIRa6NReris-wruW1iP5ZsivnXOvFk3ZBFl7psmdYhT5ILX-B1C8eH41eFtRbOl40t03_c1uf2Ig4EulLdbUnW7Zz9H-uUoyY4fHUB3wvPzqQWHh2HclTmB3NQDm9/s1600/SAPDL+por+Igor+de+Melo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1025" data-original-width="1600" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGNyOCjG5OIRa6NReris-wruW1iP5ZsivnXOvFk3ZBFl7psmdYhT5ILX-B1C8eH41eFtRbOl40t03_c1uf2Ig4EulLdbUnW7Zz9H-uUoyY4fHUB3wvPzqQWHh2HclTmB3NQDm9/s400/SAPDL+por+Igor+de+Melo.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">SAPDL, foto Igor de Melo</span></td></tr>
</tbody></table>
O músico faz inclusive um comparativo com o álbum anterior, Praieiro (2016), que, como o nome explicita, era um trabalho mais solar.<br />
<br />
“Paraíso Portátil é como um espelho ao contrário do Praieiro, que era um disco extrovertido. Paraíso é introvertido. Praieiro é o sol, Paraíso é a lua”, observa.<br />
<br />
“O Paraíso Portátil vem da frase de que, quando você descobre que a paz está dentro de você, você carrega dentro de si um ‘paraíso portátil’, que acessa em qualquer lugar. Esse é o conceito do disco”, detalha.<br />
<br />
Na estrada a partir desta semana, o SAPDL vai passar por sete cidades na primeira perna da turnê do discos até chegar ao Feira Noise no dia 24.<br />
<br />
“Já tocamos algumas vezes em Feira e sempre foi muito legal, adoramos o público de lá. No lado do rock, do pop, os artistas circulam bem pelo interior. Lá no Ceará vamos muito para Juazeiro do Norte, Quixadá, Sobral”, conclui.<br />
<br />
<i>Ouça: <a href="http://www.sapdl.com/">www.sapdl.com</a></i><br />
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Og9oj0ey34w" width="560"></iframe><br />
<br />
<b>NUETAS</b><br />
<br />
<b><i>Lazzo, Dão, Larissa</i></b><br />
<br />
Quinta-feira tem Dão, Lazzo Matumbi e Larissa Luz inaugurando o projeto Mixturado. No Largo Pedro Archanjo, Pelourinho, 20h, R$ 40 e R$ 20 (1º lote no Sympla).<br />
<br />
<b><i>Dom Sá e Sequestro</i></b><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbog3-yimVR_z6LjXJPrhzjnw5GCzFmv93VSn64EqGJt7aGguBr9I05BKhLbA_pdNmGLRM2zHQyvVCX_pPnOVrFxcpwLpWsIuH22gBKocQs0j7Ofqz9MInhPMDth4OX22YiI4f/s1600/5db24b157db91.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="838" data-original-width="1600" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbog3-yimVR_z6LjXJPrhzjnw5GCzFmv93VSn64EqGJt7aGguBr9I05BKhLbA_pdNmGLRM2zHQyvVCX_pPnOVrFxcpwLpWsIuH22gBKocQs0j7Ofqz9MInhPMDth4OX22YiI4f/s400/5db24b157db91.jpg" width="400" /></a>As bandas Dom Sá e Sequestro Relâmpago animam a sexta-feira de feriadão no reduto Bardos Bardos. 19 horas, pague quanto quiser.<br />
<br />
<b><i>Héloa e Okwei</i></b><br />
<br />
A cantora sergipana Héloa aporta no Commons Studio Bar para mais uma edição do Intercenas Musicais. Ela vem lançar seu novo álbum, Opará, nome pelo qual os indígenas Dzibukuá chamam o Rio São Francisco. A diva soul nigeriana residente Okwei Odili faz as honras da casa. Sexta-feira, 23h, R$ 10.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-76243285755900788662019-10-29T13:54:00.003-04:002019-10-29T13:55:40.115-04:00PAQUITO LANÇA NOVO ÁLBUM COM SHOW HOJE NA SALA DO CORO<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwL_ZMwznmQKezZ6Wmg7N_ppxq6viiKBPSQZsKJGmxF3FqkHo7VZejdJypv0sQAV-MPjCGyNfVxYKphLetKF_PsS1Gii6S-T0h2D3XNfWM21xX3Pu4sXIJ5mdougbq5bIyINcI/s1600/paquito43.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwL_ZMwznmQKezZ6Wmg7N_ppxq6viiKBPSQZsKJGmxF3FqkHo7VZejdJypv0sQAV-MPjCGyNfVxYKphLetKF_PsS1Gii6S-T0h2D3XNfWM21xX3Pu4sXIJ5mdougbq5bIyINcI/s400/paquito43.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ô picolé! Picolé! Aqui, ô! Foto Sora Maia</td></tr>
</tbody></table>
Leia aqui:<br />
<br />
<a href="http://atarde.uol.com.br/cultura/musica/noticias/2103510-paquito-lanca-xara-disco-com-canjas-de-caetano-geronimo-e-outros">http://atarde.uol.com.br/cultura/musica/noticias/2103510-paquito-lanca-xara-disco-com-canjas-de-caetano-geronimo-e-outros</a><br />
<br />
Semana que vem vortamos à programação quase normal.Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-32331207123716246352019-10-23T10:13:00.001-04:002019-10-23T10:13:32.571-04:00A CRÔNICA SOCIAL DE UM PAÍS CONTADA NA CARNE<i><b>Em Uma História da Tatuagem no Brasil, Silvana Jeha traça a formação de nossa sociedade. Lançamento amanhã no MAB</b></i><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSywLzSwAxe5UQvMTcWENlOiEQeTd5Bl2octs7_I5QyAB4oSdIPI1y3qM8fkUwpJbNMwDYmP666XI1N2OlU170mFTLGi5DGOFYHqOYiK9JyKH9nNM2GfFAZrm6D0SdnYPZ7VNA/s1600/contestenus+800+kb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1059" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSywLzSwAxe5UQvMTcWENlOiEQeTd5Bl2octs7_I5QyAB4oSdIPI1y3qM8fkUwpJbNMwDYmP666XI1N2OlU170mFTLGi5DGOFYHqOYiK9JyKH9nNM2GfFAZrm6D0SdnYPZ7VNA/s400/contestenus+800+kb.jpg" width="301" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Acima e abaixo: imagens do livro. Divulgação</td></tr>
</tbody></table>
Se “toda obra de arte é autobiográfica”, dizia Lucian Freud (1922-2011), imagina o que deve ser a tatuagem, arte entranhada diretamente na carne do apreciador?<br />
<br />
Em conjunto, talvez as tatuagens possam nos dizer algo sobre o próprio povo, sua história, seus costumes.<br />
<br />
No livro Uma História da Tatuagem no Brasil - Do século XIX à década de 1970, a historiadora Silvana Jeha nos oferece justamente isso: um pouco da história social do Brasil a partir da tatuagem.<br />
<br />
Amanhã, ela estará em Salvador para lançar seu livro, uma belíssima peça de história popular brasileira (em edição de luxo, com muitas imagens e capa dura), no Museu de Arte da Bahia.<br />
<br />
Como tem feito nos lançamentos em outras praças, haverá uma roda de conversa com a autora e um tatuador veterano convidado.<br />
<br />
“Em Salvador será o Bingha, tatuador pioneiro da cidade (desde 1980) que aprendeu a tatuar com um coreano no Rio de Janeiro”, conta Silvana.<br />
<br />
Ela pretende juntar os depoimentos que vem colhendo desses tatuadores veteranos para produzir um outro documento e passar a sabedoria destes mestres adiante, para os artistas mais jovens.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha3ZqTSGMjxF8hPKn4lBpOXaon4pDNogjCRll9zwnBVgrR57rW9B07GroHmJJsBy5_OsVw3A7XXRh3_Rr-VN-pkXAWwFZMOrdbYa65ZaXr1m5M4Ke_3pPqm9gh5EjZX_cc8wGa/s1600/miolo_tatuagem_AF_highress+final+casa+rex-161.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1161" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha3ZqTSGMjxF8hPKn4lBpOXaon4pDNogjCRll9zwnBVgrR57rW9B07GroHmJJsBy5_OsVw3A7XXRh3_Rr-VN-pkXAWwFZMOrdbYa65ZaXr1m5M4Ke_3pPqm9gh5EjZX_cc8wGa/s400/miolo_tatuagem_AF_highress+final+casa+rex-161.jpg" width="290" /></a>“Há muitos e muitas que me escrevem, sedentos de informações dessa história que é difícil de pesquisar justamente por ser popular. E infelizmente, a maior parte da documentação está em arquivos judiciários e páginas policiais dos jornais”, conta.<br />
<br />
“A tatuagem é uma arte e uma cultura muito diversa, merece um olhar mais atento dos pesquisadores da cultura. Merece um lugar mais nobre na história cultural do Brasil e do mundo”, afirma Silvana.<br />
<br />
<b>Religiosidade e afetos</b><br />
<br />
No livro, a pesquisadora enfoca a tatuagem antes da massificação que ocorreu no Brasil (e no mundo) dos anos 1980 / 90 para cá.<br />
<br />
Para os mais jovens, pode parecer inimaginável, mas até os anos 1980, a tatuagem não maculava as “carnes nobres” de moças e senhoras de família.<br />
<br />
Tatuagem era coisa de trabalhador braçal, marinheiro, prostituta, soldado raso – além de costume entre alguns povos africanos, indígenas e asiáticos.<br />
<br />
"Há muitas suposições para esse fenômeno de massa e realmente muito universalizado que é a tatuagem. Para o caso brasileiro, eu sempre faço uma correlação com o samba, a capoeira, o funk: antes fenômenos exclusivamente populares e criminalizados, sendo que o funk ainda é. No livro, as pessoas tatuadas são lavradores, pedreiros, prostitutas, lavadeiras, pescadores, barbeiros, operários etc. Como a cultura de baixo atrai as classes mais abastadas? Acho que tem um tanto de desejo de transgredir as normas burguesas que são muito opressoras e conservadoras. Não é só isso, mas passa por aí. Historicamente, no ocidente, a tatuagem começou a se espalhar em outros grupos nas décadas de 1960 e 1970. Época de revoluções comportamentais na sexualidade, na cultura. São os hippies, os punks, roqueiros, gangues variadas, surfistas urbanos, entre outros, que começam a se tatuar nesse período. Tribos urbanas que foram ditando comportamentos que se tornaram depois fenômenos de massa. Ao que parece que são eles em alguma medida que fazem essa passagem para a popularização. Mas esse é um tema muito vasto que merece mais pesquisa", observa.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNz9EQPbrfgpPd3PgXlYUt9aFUuDPyqJdOxqDEybRtrL8CwCx1RpCvTXvVNPdA_eFao81p5XO9rTM_KTb057U8CS5-Tr3kNDVOoE-Vr1aqwpGmtpYXC_sCatmp7p_E0-e80uNF/s1600/miolo_tatuagem_AF_highress+final+casa+rex-50.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1161" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNz9EQPbrfgpPd3PgXlYUt9aFUuDPyqJdOxqDEybRtrL8CwCx1RpCvTXvVNPdA_eFao81p5XO9rTM_KTb057U8CS5-Tr3kNDVOoE-Vr1aqwpGmtpYXC_sCatmp7p_E0-e80uNF/s400/miolo_tatuagem_AF_highress+final+casa+rex-50.jpg" width="290" /></a>“No livro não trato dessa passagem (para a massificação). O subtítulo é Do século XIX à década de 1970, quando a tatuagem era de fato uma cultura popular e também étnica. Não só indígenas e africanos se tatuavam – no caso dos africanos usa-se mais a palavra escarificação – mas também os imigrantes europeus, árabes e asiáticos que chegaram aos milhões na passagem do século 19 ao 20 trouxeram tanto a tatuagem dita ocidental quanto a de seus povos de origem”, pontua Silvana.<br />
<br />
“Se você olhar o índice do livro verá a lista de seus personagens: marítimos, soldados, africanas e africanos, imigrantes, artistas, trabalhadores e trabalhadoras (principalmente prostitutas), prisioneiros. Acresci os dois motivos principais do uso da tatuagem: a religiosidade e os afetos. E por afetos entendo amor, ódio, paixão, desejo, virilidade, saudade”, detalha.<br />
<br />
O curioso é que, na verdade, a história da tatuagem nem era a princípio, o objeto de estudo da autora. “Eu acabara de defender uma tese de doutorado sobre marinheiros da Marinha de Guerra no Brasil Imperial, onde havia uma pequena seção sobre tatuagem. Até hoje os registros mais antigos que encontrei da tatuagem dita ocidental foi em listas de navios da década de 1830”, conta Silvana.<br />
<br />
“Enfim, parece que foram os marítimos os principais responsáveis por espalhar essa cultura no país. Como tatuagem era um assunto muito popular e sua história pouco pesquisada, quando acabei a tese, resolvi fazer um projeto sobre a história da tatuagem no Brasil e ganhei uma bolsa da Biblioteca Nacional”, relata.<br />
<br />
Apesar de ser fruto de uma pesquisa acadêmica, é bom que se diga: Uma história da tatuagem no Brasil passa longe do hermetismo das academias. De fácil leitura, é acessível a qualquer pessoa alfabetizada.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcesg-nB4Z7lIffp78Vd8BEQyw_w_j7qSGhAep9foZIVVflctuTSKT2BH1JWxqoJay9iNLWUSymOdWS-gb_FWT9kshiJq6tn3is7iYwOI5OBlD3Gv4TS5qRiwEmt_Vt1aKfS4_/s1600/miolo_tatuagem_AF_highress+final+casa+rex-259.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1161" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcesg-nB4Z7lIffp78Vd8BEQyw_w_j7qSGhAep9foZIVVflctuTSKT2BH1JWxqoJay9iNLWUSymOdWS-gb_FWT9kshiJq6tn3is7iYwOI5OBlD3Gv4TS5qRiwEmt_Vt1aKfS4_/s400/miolo_tatuagem_AF_highress+final+casa+rex-259.jpg" width="290" /></a>“O livro pode ser lido como um mosaico de gentes, uma leitura da formação do povo brasileiro, uma história vista de baixo, onde homens e mulheres estão lutando pela sua sobrevivência em meio a suas paixões, desejos e fé. O livro tem dezenas ou mesmo centenas de histórias de pessoas que se tatuavam. Pus o título Uma história da tatuagem no Brasil pois toda história é parcial e incompleta. Infelizmente não deu para eu escrever o capítulo da tatuagem indígena, que é de fato a pioneira no território que hoje chamamos de Brasil. E vários povos ainda se tatuam, como os Ikpeng, Matis, Kaiabi. Korotowi Taffarel, Ikpeng, escreveu uma dissertação belíssima sobre o ritual da tatuagem de seu povo”, conta.<br />
<br />
Nessa toada, Silvana acabou se surpreendendo com algumas de suas descobertas, até mesmo sobre suas próprias origens.<br />
<br />
"Muita coisa me surpreendeu. Do ponto de vista pessoal, que a tatuagem era popular entre os imigrantes sírios e libaneses, dos quais eu descendo. Nunca ninguém na minha família tinha mencionado essa cultura. Eu atribuo ao fato de que como a tatuagem era marginalizada no Brasil da época que eles chegaram, foi uma memória apagada para se afastar do estigma. Isso não impediu que vários sirios e libaneses tenham se tornado tatuadores eventuais, como mostra a documentação. Outras novidades foram a tatuagem no mundo do samba, capoeira, a tatuagem patriótica entre soldados, a tatuagem religiosa", detalha.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirbriX_PmnFXpl-LgK39Ia846ahT6vEvoLdO2RhQwsbArT5-Y8mydRiisTWWIO6DE8YJT3cVRWtXYCEzOW9AuDsoBAVul2FFhl2aZqv9MjLo6vKmImuqXy0ojSi3xilmsATFZx/s1600/lan%25C3%25A7amento+tatuagem+bahia+poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirbriX_PmnFXpl-LgK39Ia846ahT6vEvoLdO2RhQwsbArT5-Y8mydRiisTWWIO6DE8YJT3cVRWtXYCEzOW9AuDsoBAVul2FFhl2aZqv9MjLo6vKmImuqXy0ojSi3xilmsATFZx/s320/lan%25C3%25A7amento+tatuagem+bahia+poster.jpg" width="226" /></a>"É muito difícil dirigir a leitura do que a gente escreve. Mas eu tenho sim uma intenção subjacente no livro: é 'popularizar a história popular' que a gente produz com todo o rigor na Universidade há décadas. É a história do povo brasileiro, sem folclorismo, mitos, bem documentada. É sobre sua diversidade, sensibilidade, originalidade. A gente pode se orgulhar da nossa diversidade e criatividade sem ser ufanista, produzindo e lendo história. No caso dos historiadores profissionais, uma história cheia de notas de rodapé, pra dizer de onde a gente tirou aquela informação. As pessoas que encontrei nos arquivos que pesquisei são pessoas comuns, mas também extraordinárias", afirma.<br />
<br />
Agora, Silvana se dedica à pesquisar a vida e a memória na obra de dois artistas que produziram em manicômios: Arthur Bispo do Rosário e Aurora Cursino dos Santos.<br />
<br />
"Bispo foi marinheiro e pugilista e Aurora, prostituta. Ambos versam sobre suas profissões nas suas obras. É isso que me interessa neles, além de grande artistas, produziram discurso e memória de si, documentos menos comuns da classe trabalhadora que viveu na primeira metade do século XX. Eles não só produziram bordados, esculturas e pinturas, como textos dentro da sua obra plástica. Estou fascinada pelo que dizem de si e do Brasil de sua época", conclui.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp5GcUUQ0VlxxGDH88QkXlCovDobNriKRFGBKhyx6cx3pB7xnR751QiI3Y2txdYD5E0mtYVOBGBm7HWsEUh5Nv9G3WMjcbz4TZ2aFtrQusns0M8X8S3wFJjlXYCMaMSj2wv31-/s1600/capa_tatuagem_1912.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1418" data-original-width="999" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp5GcUUQ0VlxxGDH88QkXlCovDobNriKRFGBKhyx6cx3pB7xnR751QiI3Y2txdYD5E0mtYVOBGBm7HWsEUh5Nv9G3WMjcbz4TZ2aFtrQusns0M8X8S3wFJjlXYCMaMSj2wv31-/s200/capa_tatuagem_1912.jpg" width="140" /></a>Que venha um novo livro.<br />
<br />
<i>Lançamento e roda de conversa com Silvana Jeha: Amanhã, 18h / Museu de Arte da Bahia (Corredor da Vitória) / Participação: Bingha</i><br />
<i><br /></i>
<i>Uma História da Tatuagem no Brasil – Do Século XIX à Década de 1970 / Silvana Jeha / Veneta / 352 p. / R$ 109,90</i>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-77064377283013694562019-10-22T11:13:00.000-04:002019-10-22T11:13:13.711-04:00THE DARK IS RISING<b><i>Morcegões da cena gótica voltam a voar. Sábado tem festa no Portela com a CelulaMekânika, KFactor e DJs locais e de fora</i></b><br />
<b><i><br /></i></b>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlmNrg_W9KOTt7WUtnD8ollHJMG3VWdqENNR7fY9408fKd7Mjl_Vu0sM7dn55M4wPtlwKkkjGZ293tnGyfMx34JXpy9DD4yoS5P4sUqV5Mgkt1t0nguw8qPFjFFqf2njOeGjQ2/s1600/IMG_7917-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlmNrg_W9KOTt7WUtnD8ollHJMG3VWdqENNR7fY9408fKd7Mjl_Vu0sM7dn55M4wPtlwKkkjGZ293tnGyfMx34JXpy9DD4yoS5P4sUqV5Mgkt1t0nguw8qPFjFFqf2njOeGjQ2/s400/IMG_7917-2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Célula: David Giassi e Henrique Letárgico, foto Fernando Ricanelli</td></tr>
</tbody></table>
Se você acha o rock baiano underground, é porque nunca se deparou com a cena gótica local.<br />
<br />
Underground do underground, ela vem marcando presença na cena desde os anos 1980 com diversas bandas.<br />
<br />
Neste século, a mais marcante delas é sem dúvida a Modus Operandi, que, na maciota, já lançou álbuns bem impressionantes e comandou festas e festivais pela cidade.<br />
<br />
Vocalista da MO, David Vertigo Giassi, porém, tem mais ideias na cabeça, as quais nem sempre cabem na nave-mãe.<br />
<br />
Ao lado do parceiro de Modus Henrique Letárgico, ele apresenta nesta sexta-feira o projeto paralelo CélulaMekânika: uma colisão de batidas eletrônicas sujas (e dançantes) com texturas pesadas e guitarras abrasivas.<br />
<br />
Prato cheio para fãs de Suicide, Kraftwerk, Ministry, Atari Teenage Riot etc.<br />
<br />
“Havia algumas ideias que eu (sintetizador, voz, programações) e Henrique Letárgico (guitarras, vocais, programações) tínhamos e que não cabiam num formato ‘orgânico’ da Modus Operandi, até mesmo em respeito as influências dos outros membros. Daí surgiu a CélulaMekânika, com uma sonoridade mais industrial / EBM / experimental, onde podemos exercitar nosso fetiche por batidas eletrônicas, ruídos e afins”, conta David.<br />
<br />
E de fetiche eles entendem: a festa de sexta, no Portela Café, se chama Gothic Intoxication Fetish Mode: ON.<br />
<br />
Além do Célula, se apresentam os projetos K Factor (de São Paulo) e Xymox (da Paraíba), além dos DJs Aries, CyberPuke e Bat. (Na dúvida, leve uma cabeça de alho no bolso).<br />
<br />
<b>Back to bat</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG_mVnYX7FPFHVi7j_FdZKV3yGsaCtWHMeBICfFyRFtu-dI_3PVYxfGuxevYyb6bBR_NgZhSM3g7vzbSIwL_zMCar09VjVQZvp6BeQyq0VHNzU0a-2TaYqc3ial3ikEDiHuOCQ/s1600/318751_461046013939191_834002412_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="636" data-original-width="960" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG_mVnYX7FPFHVi7j_FdZKV3yGsaCtWHMeBICfFyRFtu-dI_3PVYxfGuxevYyb6bBR_NgZhSM3g7vzbSIwL_zMCar09VjVQZvp6BeQyq0VHNzU0a-2TaYqc3ial3ikEDiHuOCQ/s400/318751_461046013939191_834002412_n.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">CelulaMekânika ao vivo</td></tr>
</tbody></table>
No cômputo geral, um evento fora da curva desta província: “Nosso show utiliza projeções de filmes e imagens coma mesma temática de nossa letras. O evento é organizado pela produtora Gothic Intoxication e pretende reativar a cultura gótica aqui em Salvador, reunindo DJs, performances e a CélulaMekânika. Quem for vai presenciar algo bem diferenciado e inusitado do que rola normalmente em Salvador”, convida David.<br />
<br />
"Com a correria de 3 bandas (Modus Operandi, CélulaMekânika e a vindoura Entre 4 Paredes, com uma sonoridade mais anos 80/Pós Punk/Gothic Rock) realmente fiquei sem tempo para produzir eventos, sem contar que houve um certo esvaziamento de público aliado à ausência temporária de locais para eventos. Mas as coisas estão voltando a se aquecer aos poucos", acredita.<br />
<br />
Sombria e apocalíptica, a cultura gótica pós-moderna floresceu bastante nos anos 1970 / 80, quando extermínio nuclear, opressão política e recessão econômica eram quase regra no planeta. Com o caos planetário novamente se instalando, não será surpresa uma nova onda gótica.<br />
<br />
“Tudo isso reflexo do cenário caótico que vivemos: guerra fria, discriminação, aumento de doenças globais. É o sinal de que cada dia mais caminhamos para um fim sombrio e desolador”, aposta David.<br />
<br />
E tá errado?<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6El2pUFKxyDk43Kyjtx5apKjMxaM0v7TTh6Dzc5wuWXjztkAVMzbNUvvACDB9YfB0u2fjkRqSGqvxfxPyhLerczX-WknaZ50fPpkgrwI9rf1IniLQt4eFiQ8MLiCICN4TzvnL/s1600/5d8abe2a9e92a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="838" data-original-width="1600" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6El2pUFKxyDk43Kyjtx5apKjMxaM0v7TTh6Dzc5wuWXjztkAVMzbNUvvACDB9YfB0u2fjkRqSGqvxfxPyhLerczX-WknaZ50fPpkgrwI9rf1IniLQt4eFiQ8MLiCICN4TzvnL/s400/5d8abe2a9e92a.jpg" width="400" /></a>"Esperamos os antigos frequentadores do Darktronic lá no evento, para matar a saudade. Fiquem ligados em nossa redes sociais pois ano que vem já lançaremos nosso segundo EP", conclui David.<br />
<br />
<i>Gothic Intoxication Fetisch Mode:ON / Sexta-feira, 22H / Portela Café / R$ 20 (Sympla); R$ 25 (lista); R$ 30 (porta); R$ 50 (casadinha)</i><br />
<br />
<iframe seamless="" src="https://bandcamp.com/EmbeddedPlayer/album=1217538948/size=large/bgcol=ffffff/linkcol=0687f5/tracklist=false/artwork=small/transparent=true/" style="border: 0; height: 120px; width: 100%;"><a href="http://celulamekanika.bandcamp.com/album/thanatron">Thanatron by CélulaMekânika</a></iframe><br />
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<b>NUETAS</b></div>
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<b><i>Cátia de França aqui</i></b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPrliicfZ-blXhujvUyGMxjlUnpQDhVZjccu69D_2Ppay3wrm7huo0dFpT-T6Dec0lQqRLfRlOR6nF5xmvGQRJhhKUBrQSGxbdfVFDTmgUGXQVpq_WqbzOF_2FuA8eIEQux8fO/s1600/e328208818.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPrliicfZ-blXhujvUyGMxjlUnpQDhVZjccu69D_2Ppay3wrm7huo0dFpT-T6Dec0lQqRLfRlOR6nF5xmvGQRJhhKUBrQSGxbdfVFDTmgUGXQVpq_WqbzOF_2FuA8eIEQux8fO/s320/e328208818.jpg" width="320" /></a>Essa é pra quem sabe: Cátia de França, verdadeira lenda viva da cultura
nordestina, se apresenta neste sábado, na Casa Preta (2 de Julho), 18h, preço de
ingresso não divulgado.</div>
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<b><i>MAEV com Iorigun</i></b></div>
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Duas grandes bandas de rock pelo preço de
uma: Meus Amigos Estão Velhos e Iorigun (de Feira de Santana) fazem A Melhor
Festa da Cidade. Sábado, 22 horas, no Lebowski Pub. R$ 10 (lista) e R$ 15
(portaria).
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<b><i>O climão da Letrux</i></b></div>
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A celebrada cantora Letrux traz a Salvador
o último show da turnê Letrux em Noite de Climão, homônima do premiado disco de
2017. Rapeize moderna se amarra. Sábado, no Largo Tereza Batista (Pelourinho),
21h30. R$ 60 (1º lote no Sympla).</div>
Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7358244.post-89223891188570619222019-10-21T09:40:00.000-04:002019-10-21T09:40:07.676-04:00LAURENTINO GOMES: "O BRASIL FOI O MAIOR TERRITÓRIO ESCRAVAGISTA DO OCIDENTE"O assunto é vastíssimo (e urgente) e o espaço, mínimo. Tudo o que você precisa saber é que o premiado jornalista Laurentino Gomes, autor dos livros 1808, 1822 e 1889 <strike>estará amanhã</strike> (sorry, foi ontem, domingo, 20) em Salvador para lançar e autografar seu novo livro: Escravidão Vol. 1. Mais dois volumes virão em 2020 e 2021. A seguir, uma esclarecedora entrevista com o homem.<br />
<br />
<b>O que levou o senhor a embarcar neste projeto específico neste momento específico? Foi um passo lógico depois da trilogia oitocentista ou foi a conjuntura do Brasil neste momento pós-golpe de 2016, pós-reforma trabalhista?</b><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJe2Be2cb1iZjMzWGNuPJPLgzKFBwwc_UToPv2QSPD60Cs-nj5cCFxIB13n9wx2WShYrZ3umC8fYV07YOlsuDB5bw2N5DjU3s8C3xJnU5efr2e5gfgMZXs5TOdw-K1H2KX7Zx6/s1600/No+Cais+do+Valongo_Rio+de+Janeiro_maior+entreposto+de+com%25C3%25A9rcio+de+escravos+das+Am%25C3%25A9ricas+no+come%25C3%25A7o+do+s%25C3%25A9culo+19.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJe2Be2cb1iZjMzWGNuPJPLgzKFBwwc_UToPv2QSPD60Cs-nj5cCFxIB13n9wx2WShYrZ3umC8fYV07YOlsuDB5bw2N5DjU3s8C3xJnU5efr2e5gfgMZXs5TOdw-K1H2KX7Zx6/s400/No+Cais+do+Valongo_Rio+de+Janeiro_maior+entreposto+de+com%25C3%25A9rcio+de+escravos+das+Am%25C3%25A9ricas+no+come%25C3%25A7o+do+s%25C3%25A9culo+19.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">No Cais do Valongo (RJ), maior entreposto de comércio escravo das Américas</td></tr>
</tbody></table>
Laurentino Gomes: Escrever sobre a história da escravidão no Brasil foi uma decorrência natural da minha primeira trilogia de livros. Nos três livros anteriores, 1808, 1822 e 1889, eu procurei explicar as três datas fundamentais para a construção do Brasil como nação independente no século 19. Essas datas ajudam a explicar a maneira como nos constituímos do ponto de vista legal, institucional e burocrático. Mas não são suficientes para entender os aspectos mais profundos da nossa identidade nacional. Para isso é preciso ir além da superfície, observar o que fizemos os nossos índios e negros, quem teve acesso às oportunidades e privilégios ao longo da nossa história e como a sociedade e a cultura brasileiras foram se moldando desde a chegada de Pedro Álvares Cabral à Bahia até os dias de hoje. Ao fazer isso, eu me dei conta de que o assunto mais importante da nossa história não são os ciclos econômicos, as revoluções, o império ou a monarquia. É a escravidão. O trabalho cativo deu o alicerce para a colonização portuguesa na América e a ocupação do imenso território. Também moldou a maneira como nos relacionamos uns com os outros ainda hoje. Neste início de século 21, temos uma sociedade rica do ponto de vista cultural, diversificada e multifacetada, mas também marcada por grande desigualdade social e manifestação quase diárias de preconceito racial. Isso, no meu entender, é ainda herança da exploração desumana, cruel e indigna do trabalho de milhões de pessoas forçadas a cruzar o Oceano Atlântico a bordo dos navios negreiros para viver como cativas no Brasil colônia. No final do século 17, o padre jesuíta Antônio Vieira cunhou uma frase famosa. “O Brasil tem seu corpo na América e sua alma na África”, afirmava ele. No meu entender, é uma frase profética, que se torna cada vez mais verdadeira com o passar do tempo. E continua atual ainda hoje. O Brasil foi o maior território escravagista do hemisfério ocidental. Recebeu quase cinco milhões de cativos africanos, cerca de 40% do total de doze milhões embarcados para as Américas. Como resultado, tem hoje a maior população negra do mundo, com exceção apenas da Nigéria. Foi também o país que mais tempo resistiu a acabar com o tráfico negreiro e o último a abolir o cativeiro, pela Lei Áurea de 1888 - quatro anos depois de Porto Rico e dois depois de Cuba. A escravidão foi a experiência mais determinante na história brasileira, com impacto profundo na cultura e no sistema político que deu origem ao país depois da independência. Nenhum outro assunto é tão importante e tão definidor para a construção da nossa identidade.<br />
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<b>Entre as várias viagens de pesquisa de campo que o senhor fez, cinco delas foram à África. O que mais o impressionou nestas incursões em relação ao seu objeto de estudo? Que marcas a escravidão deixou visíveis no solo e no povo africano nativo de hoje?</b><br />
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LG - Brasil e África já estiveram mais próximos. Como bem demonstrou Pierre Verger, até o final do século 19, havia rotas regulares de navios entre Salvador, na Bahia, e a Nigéria, por exemplo. Angola tentou aderir à independência do Brasil, em 1822. O intercâmbio econômico e cultural era bastante intenso nessa época, muito em consequência do próprio tráfico negreiro. Hoje, essas relações estão mais frias, mas marcas brasileiras são hoje bem visíveis no continente africano. Em Gana e no Benim encontrei uma numerosa comunidade descendentes de ex-escravos retornados durante o século 19. Ocupam posições importantes na hierarquia social. Alguns foram presidentes, ministros, governadores. Esses ex-escravos deixaram também contribuições importantes na arquitetura, nas artes e nos costumes em diversos países. Na cidade Porto Novo, no Benim, por exemplo, há uma mesquita muçulmana com traços arquitetônicos de igreja católica brasileira. Foi construída por escravos libertos da Bahia, que tinham por ofício erguer templos católicos no Brasil e levaram sua técnica de construção para a África. Essa influência continua muito forte ainda hoje. As novelas da Rede Globo têm uma audiência enorme nos países de línguas portuguesa. Ao ponto de alterar o sotaque o modo de fala o idioma nesses locais.<br />
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<b>A escravidão, como o senhor e tantos outros autores nos lembram, sempre existiu na humanidade, em todos os continentes. Ainda assim, nunca conheceu um período tão "próspero", com o perdão da má palavra, quanto quando os europeus entraram no negócio, entre os séculos 15 e 19. E ainda hoje ela persiste em várias partes do mundo. A escravidão, portanto, é um problema da humanidade como um todo, correto?</b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj62746F2M5P8KNfHIZm_RTiYib0bAwQSnaJ5_J_qjTCr73MM3KM3l_qb1Hy7fvU-BBtbO-etS7nfoER2zNOemrU7qOlgpj9K-5vRYqL3VfWmgOyKoaPPRj90v5wBHJtTlEbWTK/s1600/No+Castelo+de+S%25C3%25A3o+Jorge+da+Mina_ou+Elmina_litoral+de+Gana_constru%25C3%25ADdo+pelos+portugueses+no+s%25C3%25A9culo+15.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj62746F2M5P8KNfHIZm_RTiYib0bAwQSnaJ5_J_qjTCr73MM3KM3l_qb1Hy7fvU-BBtbO-etS7nfoER2zNOemrU7qOlgpj9K-5vRYqL3VfWmgOyKoaPPRj90v5wBHJtTlEbWTK/s400/No+Castelo+de+S%25C3%25A3o+Jorge+da+Mina_ou+Elmina_litoral+de+Gana_constru%25C3%25ADdo+pelos+portugueses+no+s%25C3%25A9culo+15.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Castelo de São Jorge da Mina, litoral de Gana, construção portuguesa, século 15</td></tr>
</tbody></table>
LG - Infelizmente, sim, a escravidão parece fazer parte do código genérico do ser humano. Existiu em todas as grandes civilizações, incluindo a Babilônia, o Egito, a Grécia, Roma, os territórios dominados pelo islã e a própria África antes da chegada dos europeus. Ainda hoje, o regime escravista persiste no mundo sob formas de trabalho desumanas, indignas e inaceitáveis para os padrões éticos que julgávamos ter atingido neste início de século 21. Uma organização britânica a Anti-Slavery International (mais antiga entidade de defesa dos direitos humanos, fundada em 1823 para combater o tráfico negreiro), afirma que existem atualmente mais escravos no mundo do que em qualquer período nos 350 anos escravidão africana nas Américas. Seriam 40 milhões de pessoas vivendo hoje em condições de vida e trabalho análogas às da escravidão – ou seja, quatro vezes o total de cativos traficados no Atlântico até meados do século 19. Ainda segundo a Anti-Slavery Internacional, a cada ano cerca de 800.000 pessoas são traficadas internacionalmente ou mantidas sob alguma forma de cativeiro, impossibilitadas de retornar livremente e por seus próprios meios aos locais de origem. E lamentavelmente, o nosso Brasil aparece sempre com destaque nesta lista suja.<br />
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<b>Muita gente não entende - ou finge não entender - a relação entre o passado de escravidão dos negros, o racismo e a clara posição de desvantagem social que estes amargam ainda hoje. O senhor poderia nos esclarecer isto, por favor?</b><br />
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LG - Ao contrário do que se imagina, a escravidão não é um assunto acabado, bem resolvido e congelado no passado. Ainda está vivo entre nós, como se pode ver nos discursos de campanhas eleitorais e nas discussões diárias que aparecem nas redes sociais. O preconceito é uma das marcas das nossas relações sociais no Brasil, embora sempre procuremos disfarça-lo construindo mitos a respeito de nós mesmos. Um desses mitos dizem que somos uma ‘democracia racial’ e que a escravidão entre nós foi mais benévola, patriarcal e tolerante do que eu outros territórios da América. Tudo isso é ilusório e desmentido pelas estatísticas, que mostram um fosso enorme de desigualdade entre negros e brancos no país em todos os itens analisados. Os descendentes de africanos ganham menos, moram em lugares mais insalubres, estão mais expostos aos efeitos da violência e da criminalidade e tem oportunidades em todas as áreas, incluindo emprego, saúde, educação, segurança, saneamento, moradia e acesso aos postos da administração pública. Um homem negro no Brasil tem oito vezes mais chances de morrer vítima de homicídio do que um homem branco. Esse é um legado da escravidão, mal resolvido no passado e que ainda hoje tentamos negar. Portanto, tudo o que fomos no passado, o que somos hoje e o que seremos no futuro tem a ver com as nossas raízes africanas e a forma como nos relacionamos com elas.<br />
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<b>Entre os vários enfoques e detalhes da história da escravidão que o senhor explora no livro, a questão dos eunucos é especialmente impressionante, até porque a imagem que temos dessa classe de escravos é aquela que nos foi dada pela indústria cultural – portanto, edulcorada. Como sopesar aquela versão dos desenhos animados com a realidade brutal de tamanho genocídio?</b><br />
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LG - A escravidão é um tema doloroso, repleto de sofrimento e crueldade. Por isso, precisamos estudar e refletir sobre o que aconteceu. Os eunucos eram homens privados da virilidade mediante a castração dos órgãos genitais ainda na adolescência. Há registros dessa forma radical de escravização desde a mais remota antiguidade. Eram também muito valiosos no mercado de cativos. No Egito, uma jovem negra valia cerca de 40 dinares, e um eunuco, mais de 65. O motivo era a alta taxa de mortalidade nas cirurgias de amputação dos órgãos genitais. Cerca de 90% dos adolescentes morriam em decorrência da operação. Os que sobrevivessem ocupavam funções importantes na hierarquia escravista, encarregados de fazer a guarda dos haréns, cujas mulheres em geral eram também escravas, e desempenhar funções-chave na estrutura dos impérios, como tesoureiros, ministros, conselheiros e até comandantes militares. Havia mais de cem mil deles nos palácios chineses da dinastia Ming.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkLfhGYNObVtboIavLRgQXeGigx4nkjlt2ybKepb5RgnZdzt4XLG6SLjqjwu2dJqxRSl2OIMzE9hDFakSrpW4hD8qa66om_R7Msj6zOYLkUwDMHVDVI1ZF8eN2Tumf_7HgdsTY/s1600/Roda+de+conversa_com+as+mulheres+do+Quilombo+Caiana+dos+Crioulos_Serra+da+Borborema_Zona+do+Agreste+da+Para%25C3%25ADba.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkLfhGYNObVtboIavLRgQXeGigx4nkjlt2ybKepb5RgnZdzt4XLG6SLjqjwu2dJqxRSl2OIMzE9hDFakSrpW4hD8qa66om_R7Msj6zOYLkUwDMHVDVI1ZF8eN2Tumf_7HgdsTY/s400/Roda+de+conversa_com+as+mulheres+do+Quilombo+Caiana+dos+Crioulos_Serra+da+Borborema_Zona+do+Agreste+da+Para%25C3%25ADba.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Roda de conversa no Quilombo Caiana dos Crioulos (Agreste da Paraíba)</td></tr>
</tbody></table>
<b>Muita gente parece acreditar que a história da África começa com a chegada dos exploradores europeus, mas no seu livro aprendemos que há um vasto arcabouço histórico antes disso, com muitos reinos, guerras e civilizações. Porque não temos acesso a isso ainda na escola, nas aulas de História Geral?</b><br />
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LG - A África sempre foi um continente muito diverso, culturalmente rico, com uma história milenar que remonta às próprias origens do ser humano na Terra. Infelizmente, a visão que se tem ainda hoje do continente reflete o preconceito e a ignorância dos próprios europeus que, na época do início do tráfico negreiro, viam todos os africanos como bárbaros, selvagens e infiéis, estranhos à fé católica e distantes da supostamente avançada civilização europeia. Isso também se reflete na maneira como nós estudamos a África no Brasil. Até muito recentemente, a história africana e da escravidão negra no Atlântico era tratada como tema secundário, quase casual, nos livros didáticos e a historiografia oficial. Isso não aconteceu por acaso. É resultado de um propósito de esquecimento. Alguns dos grandes abolicionistas do século 19, como Joaquim Nabuco e André Rebouças, diziam que não bastava acabar com a escravidão. Era preciso também enfrentar o seu legado, dando terra, trabalho, educação e oportunidades aos ex-cativos e seus descendentes. Isso o Brasil jamais fez. Nossa população afrodescendente foi abandonada à própria sorte, como mostram hoje todas as estatísticas e indicadores sociais. O projeto de abandono e esquecimento incluiu também a nossa história negra e africana, relegada a um segundo plano nos livros didáticos. Felizmente, isso está mudando. Hoje, já existe até uma lei que obriga o ensino desse tema em sala de aula.<br />
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<b>Muita gente (branca) se ofende quando se fala em reparação histórica pela escravidão, como se isso dissesse respeito a estas pessoas - o que denota certa egolatria, diga-se de passagem - mas diz respeito à sociedade como um todo. Na opinião do senhor - ou dos especialistas com quem o senhor conversou - o que seria uma reparação realmente justa para todos - mas para com os negros, principalmente?</b><br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggXlUN_8NAZn1SUofil2U_M9bS2YIWA7ZnEHTZPEmwa2EDeD2SEKEegTfpC3CaVisa-WNmyo7Muv-g0u9ugL9qmhcPohf3Zc09vFPQawbG3dia7Hro-wyG2e-6zF6OBQ8rn9Wb/s1600/Visita+ao+cub%25C3%25ADculo+de+uma+senzala+no+Engenho+Urua%25C3%25A9_Zona+da+Mata+de+Pernambuco_com+argola+de+ferro+usada+para+imobilizar+escravos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggXlUN_8NAZn1SUofil2U_M9bS2YIWA7ZnEHTZPEmwa2EDeD2SEKEegTfpC3CaVisa-WNmyo7Muv-g0u9ugL9qmhcPohf3Zc09vFPQawbG3dia7Hro-wyG2e-6zF6OBQ8rn9Wb/s400/Visita+ao+cub%25C3%25ADculo+de+uma+senzala+no+Engenho+Urua%25C3%25A9_Zona+da+Mata+de+Pernambuco_com+argola+de+ferro+usada+para+imobilizar+escravos.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Senzala no Engenho Uruaé (PE): argola de ferro para imobilizar escravos</td></tr>
</tbody></table>
LG - Eu sou a favor dos programas de cotas preferenciais para afrodescendentes por duas razões. A primeira é que essa política vem dando resultados concretos. As estatísticas mostram um aumento no número de negros ou pardos (categoria do IBGE que inclui uma ampla gama de mestiços) mestres e doutores nas universidades e também em cargos mais qualificados da administração pública e da iniciativa privada. Ainda que lentamente, estamos abrindo espaços para essa parcela da população que, no passado, sempre esteve sub-representada. A segunda razão é que, mesmo sendo polêmica, a política de cotas demonstra que o Brasil da democracia, pela primeira vez, topa o desafio de enfrentar o legado da escravidão e corrigi-lo. Isso nunca aconteceu antes. Claro que ainda há muita reação. Um dos argumentos contrários à política de cotas, presente até em discursos de altas autoridades da república, tenta culpar os escravos pela própria escravidão. Muita gente afirma que, se os africanos participaram e lucraram com a escravidão, não haveria razão para manter no Brasil, por exemplo, um sistema de cotas de inclusão dos afrodescendentes em escolas ou postos da administração pública. A chamada “dívida social” brasileira em relação em relação aos descendentes de escravos estaria anulada pelo fato de os africanos serem corresponsáveis pelo regime escravista. Desse modo, não haveria porque indenizá-los ou compensá-los pelos prejuízos sociais e históricos decorrentes disso. Tudo isso é muito injusto porque, obviamente, não se pode culpar os escravos pela própria escravidão. O fato de chefes africanos terem participado do tráfico nada tem a ver com a enorme dívida social e real que o Brasil tem com os seus afrodescendentes. Basta ver as estatísticas, onde a nossa população negra aparece como a parcela da sociedade com menos oportunidades e a que mais sofre com a desigualdade social crônica brasileira. Precisamos corrigir isso urgentemente. E não podemos nos esconder atrás de falsas e incorretas discussões a respeito de fatos históricos.<br />
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<b>Tendo em perspectiva o momento atual da Igreja Católica sob o pontificado do Papa Francisco, como o senhor avalia a posição da Igreja ao longo de todos aqueles séculos em relação à escravidão? Não que impressione muito, dado o comportamento da instituição durante a Inquisição (ou durante a 2ª Guerra e os escândalos de pedofilia), mas enfim.</b><br />
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LG - Foram escassas as vozes dentro da hierarquia católica que se ergueram contra o cativeiro dos africanos. Havia exceções, mas eram relativamente raras. Como apontou o historiador americano David Brion Davis, a escravidão sempre foi um problema insolúvel para a sociedade ocidental. Havia enorme contradição nas leis civis e eclesiásticas que tratavam da condição dos cativos. O estado sancionava a privação da liberdade e considerava os escravos como propriedade de seus senhores, passíveis de compra e venda, como qualquer animal ou bem imóvel. Seus filhos nasciam e permaneciam no cativeiro. Mas, ao mesmo tempo, essas mesmas leis reconheciam que os escravos tinham alguns direitos mínimos, como à própria vida, que não poderia ser tirada pelo seu senhor sob pena de crime. Os códigos canônicos determinavam que os escravos deveriam ser batizados e acolhidos no rebanho cristão, participavam de confrarias, como a de Nossa Senhora do Rosário, e se faziam representadas em festas, procissões e outros rituais religiosos, mas até o final do século 19, com raras opiniões isoladas, a igreja nunca se pronunciou oficialmente e de forma inequívoca contra a escravidão. A igreja reconhecia que os cativos tinham uma alma imortal, que deveria ser salva mediante a administração dos sacramentos, mas bispos, padres e ordens religiosas eram donos de escravos e participavam ativamente do comércio negreiro. A igreja também reconhecia o casamento de cativos e defendia a proteção da família, mas isso nunca impediu que maridos e mulheres, pais e filhos fossem separados nas transações de venda de escravos.<br />
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<b>Outro dia, uma reportagem da BBC mostrou que guias de fazendas históricas do sul dos Estados Unidos volta e meia são xingados por turistas (brancos) que se ofendem ao se deparar com a verdade na forma como os escravos eram explorados, torturados, estuprados e mortos. Dizem que os guias tem "viés esquerdista". Ser contra a escravidão virou coisa de esquerdista? Não deveria ser uma luta de todo ser humano?</b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrb4ICNKdAXlHG0vwcpR1DlgM2zw49JnTQE_RBCo0DZtutwuJb96qK_o8tDaYjyizprqFFjrhVLqMjK977sLwMA4dlC7LuSQ3n_AQjp4X5audsn5jYcnda7TeZrIiVDsWLq6MQ/s1600/escravid%25C3%25A3o_laurentino_gomes_9786580634019_ALTA.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1109" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrb4ICNKdAXlHG0vwcpR1DlgM2zw49JnTQE_RBCo0DZtutwuJb96qK_o8tDaYjyizprqFFjrhVLqMjK977sLwMA4dlC7LuSQ3n_AQjp4X5audsn5jYcnda7TeZrIiVDsWLq6MQ/s320/escravid%25C3%25A3o_laurentino_gomes_9786580634019_ALTA.JPG" width="221" /></a>LG - A escravidão não é assunto exclusivo de direita ou de esquerda, de brancos ou negros. É um tema com o qual todos nós, brasileiros, deveríamos nos preocupar. Todos nós que estamos vivos hoje somos descendentes de escravos ou de senhores de escravos. O legado da escravidão, que se traduz em desigualdade social no Brasil, é um desafio urgente, que exige nossas atenções e esforços como cidadãos, independente da nossa cor da pele e das nossas preferências político-partidárias. Esse clima de polarização e ódio me preocupa muito. Acho que em nada contribui para o estudo da escravidão nem para a construção do Brasil dos nossos sonhos. Mais preocupante é ver que a discórdia muitas vezes é semeada por quem deveria dar exemplos de serenidade, discernimento e sabedoria. Infelizmente, isso inclui o próprio presidente da República. Durante a campanha eleitoral de 2018, fiquei assustado com a crueza e a falta de sensibilidade que o candidato Jair Bolsonaro demonstrou ao tratar de temas como a escravidão, o papel das mulheres, os direitos dos homossexuais, dos emigrantes e das pessoas mais pobres na sociedade brasileira. Esse discurso de enfrentamento rendeu votos e muita gente se valeu dele para ser eleita em 2018, mas esperava que, passada a campanha eleitoral, a retórica, o comportamento e as decisões dos eleitos fossem diferentes. Não é o que está acontecendo. É preciso que o presidente deixe para trás o discurso de palanque e governe para todos os brasileiros, levando em conta principalmente os mais fracos, os mais necessitados, os mais desprotegidos. Precisamos urgente cicatrizar as feridas, superar as divisões e encontrar pontos de união, que nos ajudem a caminhar em direção ao futuro e enfrentar os desafios mais urgentes.<br />
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<i>Escravidão Vol. I: do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares / Laurentino Gomes / Globo Livros/ 480 p. / R$ 49,90</i>Franchicohttp://www.blogger.com/profile/17561580027139399402noreply@blogger.com1