Sidney tremeu
Muito antes de estourar mundialmente e engordar a
formação com um monte de músico contratado, o The Black Keys se resumia a
dois caras num palco: Dan (guitarra) e Patrick (bateria). Neste DVD ao
vivo de 2005, eles quebram tudo em um teatrinho de Sidney. Showzaço de
rock ‘n’ roll: cru e na veia. The Black Keys / Live / Deck / R$ 43,90
Olhando para frente, sem esquecer o passado
Cheio de guéri-guéri, ligeiramente desequilibrado, prodigioso: em seu segundo álbum solo, Jack White chuta o balde com força em várias direções, acertando quase sempre. Seu grande mérito é levar o rock adiante: respeitando o cânone, mas com ousadia e irreverência. Jack White / Lazaretto / Sony Music / R$ 24,90
A grande inauguração do gran piano
Pianista referência da música brasileira, Antonio Adolfo inaugura aqui o gran piano adquirido pela Deck Disc para equipar seu estúdio recém- reformado. O resultado é encantador, com o mestre demonstrando sua imensa musicalidade em repertório de clássicos da MPB. Uma aula. Antonio Adolfo / O piano de... / Deck / R$ 29,90
Cantando, brincando e aprendendo
A violonista virtuose e cantora Badi Assad investe na música infantil e cria belíssima coleção de canções cheias de ternura, que educam divertindo. A ideia do CD é retratar um dia em casa, com canções sobre acordar, escovar os dentes, comer e claro, brincar. Badi Assad / Cantos de Casa / Tratore / R$ 25,90
Pivete interdimendional
Primeiro volume de uma trilogia, esta série de Neil Gaiman (Sandman) e Michael Reaves acompanha as aventuras de Joey, um garoto que consegue se perder até dentro de casa. Um dia, Joey descobre que é capaz de andar entre dimensões e mundos paralelos. Claro que alguém vai persegui-lo por isso. Entremundos / Neil Gaiman e Michael Reaves / Rocco Jovens Leitores / 248 p. / R$ 29,50 / rocco.com.b
O domínio do comércio e seus resultados
Muito citado, o trecho mais interessante do soneto que se inicia com “Triste Bahia! Oh quão dessemelhante” é assim: “A ti tocou-te a máquina mercante / Que em tua larga barra tem entrado / A mim foi-me trocando e tem trocado / Tanto negócio, tanto negociante”. Como se vê, a Bahia não muda. Gênio. Reunião de poemas / Gregório de Matos / BestBolso / 240 p. / R$ 18 / record.com.br
Indígena e naïf
Iara, a poética mãe d’água, quem diria, tem uma história de origem bem trágica, envolvendo fratricídio. Nesta HQ de traços ligeiramente naïf e colorido encantador, o quadrinista Silvino confere à narrativa um ritmo ágil e moderno, partindo de nosso bom e velho folclore indígena. A Iara: Uma lenda indígena em quadrinhos / Silvino / Nemo / 56 p. / R$ 42 / editoranemo.com.br
Paixonei. E agora?
Casal rico e entediado no campo recebe a visita de outro casal, mais jovem e espevitado. Um dos maiores clássicos do romantismo, aqui Goethe se inspirou em sua própria e atribulada vida sentimental. Um tratado sobre a inevitabilidade das paixões. As Afinidades Eletivas / J. Wolfgang von Goethe / Penguin - Companhia/ 328 p./ R$ 29/ E-book: R$ 20,50/ companhiadasletras.com.br
Agora com a galera da TV
Terceiro livro da celebrada série de HQ e TV, aqui finalmente aparecem seus personagens mais famosos (Rick, Michonne etc). Dividida em duas partes, conta sob outra ótica, a queda do terrível Governador, líder da comunidade de Woodbury. Sangue, vísceras, o horror de sempre. The Walking Dead - A Queda do Governador - Parte I / R. Kirkman e J. Bonansinga / Galera / 266 p. / R$ 35 / galerarecord.com.br
Calangos azuis e hiperativos
A ativíssima banda local Callangazoo solta mais um EP com três faixas: Surpresa, Tereza e Lições do Slackline. As três são legais, mas a melhor é a última, uma bela balada em midtempo com direito a parapará e letra filosófica. Callangazoo / Surpresa / Independente / Baixe: www.soundcloud.com/callangazoo
Acidez e engenho
Na entressafra entre um CD e outro, Baia solta compacto virtual com duas faixas: Do Romantismo à Roma Antiga e Meu Facebook is on The Table. Em ambas, a acidez do letrista engenhoso: “Um CTRL+C e CTRL+V pra falar o que se pensa sem pensar no que dizer”. Baia / Do Romantismo a Roma Antiga / Som Livre / US$ 0,99 (iTunes, por faixa)
Melhor que A Estranheza
Bem melhor que o álbum de retorno dos Stooges (The Weirdness, 2007), este Ready to Die deve ser o – enfim – o canto do cisne da banda, já que o batera Scott Asheton morreu pouco depois das gravações, em março. Iggy Pop, como sabemos, é imortal, obrigado. Nota 8. Iggy & The Stooges / Ready to Die / Deck / R$ 29,90
É que a patroa ainda tava viva...
Doze gravações de Johnny Cash dos anos 1980, engavetadas desde então, compõem este belo álbum póstumo do Man in Black. Levadas no country rock, trazem o mestre mais leve e bem humorado do que em seus últimos trabalhos. Que bom ouvi-lo de novo. Johnny Cash / Out Among the Stars / Sony Music / R$ 24,90
Zumbis brasucas
Primeira série de livros de zumbis brasileira, As Crônicas dos Mortos teve seu primeiro volume, O Vale..., lançado há pouco. Após a aproximação de um estranho corpo celeste da Terra, 2/3 da população mundial desmaia. Quando levanta, é com muita fome. Ação e terror. O Vale dos Mortos / Rodrigo de Oliveira / Faro/ 320 p. / R$ 34,90 / E-book: R$ 19,90 / www.faroeditorial.com.br
Refresco sabor esquerda
Em seu número 22, a revista de artigos Margem Esquerda traz dossiê do golpe de 1964, entrevista com Luiz Alberto Moniz Bandeira, textos de István Mészáros, Michael Löwy e Caio Prado Júnior, entre outros. Uma leitura refrescante para quem não aguenta mais a lavagem cerebral dos colunistas da Veja. Margem Esquerda 22 / Vários autores / Boitempo / 162 p. / R$ 28 / www.boitempo.com
O roteiro voltou como romance
Em 1968, o diretor George Romero e o roteirista John Russo inauguraram era dos zumbis canibais no cinema com o hoje clássico em P&B A Noite dos Mortos-Vivos. No livro, Russo romanceia o próprio roteiro, com resultados arrepiantes. De quebra, a continuação A Volta dos Mortos-Vivos, nunca filmada. A Noite dos Mortos-vivos / John Russo / DarkSide / 320 p. / R$ 39,90 / Capa dura: R$ 59,90 / www.darksidebooks.com.br
Mitologia pop a fundo
Surfando na super lucrativa onda de super-heróis no cinema, o trio de pesquisadores chega ao terceiro volume desta série, enfocando Superman, Motoqueiro Fantasma, Wolverine e Homem de Ferro. Ricamente ilustrada, as pesquisas vão fundo nas mitologias dos personagens. Quadrinhos no Cinema 3 / A. Callari, B. Zago, D. Lopes / Évora/ 312 p./ R$ R$ 79,90/ editoraevora.com.br
Dragon Ball com Einsenstein
Um dos poucos livros que, fato, mudaram o mundo, o manifesto de Marx e Engels ganha versão mangá da equipe japonesa East Press. O resultado é estranho: uma mistura de Dragon Ball com Serguei Eisenstein. Até por isso é interessante e vale uma conferida pelos mais jovens. Manifesto do Partido Comunista - Mangá / Karl Marx, F. Engels, East Press / L&PM/ 208 p./ R$ 17,90/ lpm.com.br
Rap das Gerais
Maior nome do rap mineiro, Flavio Renegado apresenta neste DVD seu show, muito bem produzido e contando com uma banda numerosa. Como bom mineiro, ele já diz no título a que veio: é suave. Com Aline Calixto, Rogério Flausino e Meninas de Sinhá. Flávio Renegado / Suave ao vivo / Independente / R$ 40
O pop perfeito que veio do frio
Há 40 anos, o pop perfeito do quarteto sueco Abba ganhou o mundo. O hit Waterloo faturou o concurso Eurovision – e rádios e discotecas se tornaram seus domínios. Na edição comemorativa, bonus tracks e um DVD com clipes. Abba / Waterloo (40 Years Deluxe Edition) / Universal / CD + DVD: R$ 42,90
O parceiro robótico
Este é o segundo romance da famosa série dos robôs do mestre da FC Isaac Asimov, publicado anteriormente no Brasil com o título Os Robôs. Desta vez, o detetive Elijah Baley e seu parceiro robótico R. Daneel Olivaw são enviados ao planeta Solaria, aonde vão se deparar um crime aparentemente insolúvel. O Sol Desvelado / Isaac Asimov / Aleph/ 288 p./ R$ 46/ editoraaleph.com.br
Jovens londrinos de hoje em dia
A jovem e premiada romancista londrina Zadie Smith escreve aqui sobre quatro outros jovens em busca da ascenção social na Londres contemporânea – ou melhor, no bairro de Kilburn, aonde eles viem e se esbarram. Romance de rito de passagem, tem sido elogiado pela crítica. NW / Zadie Smith / Companhia das Letras/ 336 p./ R$ 52/ E-book: R$ 42/ companhiadasletras.com.br
Putaria é bom e elas gostam
Segundo volume da coleção de HQs eróticas Safadas, só com a nata dos quadrinistas europeus. Em Encontros, temos Georges Pichard delirando com um carrinho de mão, Jean-Claude Forest (Barbarella) promovendo uma orgia entre balões na Belle Epoque, Loustal em alto-mar e por aí vai. Safadas: Encontros / Vários autores / Nemo/ 64 p./ R$ 39/ www.editoranemo.com.br
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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12 comentários:
O texto mais hilário de Barcinski desde sei lá quando.
http://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/um-delirio-20140925/
LEONARD COHEN NO BRASIL: UM DELÍRIO.
...Enquanto Forasta segue sendo um dos jornalistas mais odiados da internet.
http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2014/09/25/seu-cachorro-e-burro-e-voce-e-porco/
E a propósito, adoro cachorro, mas ele está certíssimo.
Fim de jogo para Malcolm Young...
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/09/1522840-guitarrista-do-acdc-esta-internado-em-casa-de-repouso-com-demencia.shtml
Deplex.
Gostaria de poder falar de brincadeira:
Que nada Malcolm, agora que é hora de tocar Rock, quanto mais demente melhor.
Para tirar um pouco do grande peso...mas é triste...e um cara "jovem"...um grande gênio...dizem até que o maior gênio da banda...mas que ele tenha um descanso...creio que é pior pra quem fica, afinal, ele vai viver uma outra realidade...
Sobre cachorro eu nem tenho, mas em minha casa tem e minha namo tb...sempre que saio levo o saquinho pra recolher o côcô...eu num teria animal, mas a galera tem, aí "sobra pra mim", a cachorrinha de minha namo até que faz um côcô seco e que num sobra nada na calçada...mas o xixi incomoda...pq num tem como secar...
mas uma pergunta q me faço...quem é o dono da praia?
o humano que a colonizou?
sobre gastar $$ com animais...tem gente que vai gastar com puta, maconha, bebida, cd, livro, filme...ou qq outra coisa menos importante do que as que citei (embora eu num consuma drogas, nem prostitutas) e a humanidade vai ainda ficar com fome...infelizmente...e não é por causa de mim, de vc e do seu cachorro...mas por canta de tudo isso e mais um pouco...
Para mim o Forastieri falou asneira quando disse que ciclista e dono de cachorro se acham superiores, mas ao escrever isso achou-se superior aos demais...pra mim todos são uma grande bosta...humana...que fede mais do que a de cachorro...ehhehhehe
Eu num tenho animal, porque não dou conta de mim, quanto mais dos outros...e nem $$ pra isso...o pior de tudo é vc andar aqui no Horto, onde vais achar mais côcô de cachorro por metro quadrado na Bahia...acho que as donas exploram demais as empregadas e ainda querem q elas vão passear com os animais...aí elas se vingam nas calçadas para as pessoas pisarem...que na verdade em sua grande maioria são elas e os porteiros e os vigilantes que vão pisar...pq os patrões e as dondocas não pisam nunca no chão...
E sobre o Coen, duvido que isso aconteça...essa galera vai logo embora no começo do show...ou nem vai saber que ele tocará aqui...mas em se tratando de Brasil...tudo é possível...
Ps.: Pelo teor ardoroso dos textos do R7, eu acho que Ernesto teria lugar lá, tá perdendo tempo man, manda uns textos pro site!!
tou com medo:
http://www.ecbahia.com/imprensa/noticia.asp?nid=27568
vai ser o teste de fogo...porque esse jogo vai ser casa cheia...espero que queimem minha língua...mas algo diz que não...
O 1o comentário já me deu medo...e antes que digam que é racismo, porque quem usa o metrô é o povo, o cara é "branco"...pois eu já sofri dessas...fui comentar numa entrevista sobre as filas de buzão na estação pirajá e fui chamado de racista por um professor...sendo que ele nem negro é, nem de buzão anda...eu bem que sei como era tortuoso ficar uma hora na fila, entrar num buzão socado, ir em pé, podendo ir sentado até, pq um engraçadinho, que se acha mais esperto do que eu e as outras dezenas de pessoas que estavam na fila, que vai, fura a porra da fila e ainda dá risada de sua cara...tem até uma pessoa que tem um nome parecido como "adestrador" pra cuidar da fila, pras pessoas não furarem...
o comentário é de um tal de rodrigo rodrigues...deixei até uma resposta pra ele...
Como é que disse Gregório mesmo Chico?
Falando em Ramal 12, lembro que ouvi essa musica versão estúdio na rádia, nos anos 80. Aqui ela aparece ao vivo no Zouk Santana. Energia da porra.
https://www.youtube.com/watch?v=Lq6jOlaQx2o
pergunto-me...quem suja mais a praia...a humanidade ou os cães?
não quero defender ninguém...mas fica a pergunta...quem suja mais a calçada, quem a merda polui mais o esgoto...e olha que nem sou defensor dos animais...
Agora os donos de cachorros até se deram ao trabalho de criar uma página no facebook exigindo a retratação do Forasta.
https://www.facebook.com/pages/Exigimos-Retrata%C3%A7%C3%A3o-Andr%C3%A9-Forastieri/728746737162951?fref=ts
Enquanto isso, ele só aumenta a audiência do seu blog e se diverte milhões com essa brigada da SS canina espumando pela boca.
E antes que me ataquem também: adoro cachorros, mas também odeio pisar em cocô na rua.
Ainda não li, mas vale outra dica do Forasta, esse texto do Guardian sobre nosso bom Malcolm:
http://www.theguardian.com/music/musicblog/2014/sep/24/acdc-malcolm-young-master-of-discipline-and-economy
Bom, eu acho que se ele odeia algo, ele vai ter a reação de pessoas que amam esse algo...achei o texto meio bobo, te juro, gosto dele, tem algumas coisas interessantes, mas eu poderia escrever mil coisas sobre vários assuntos relatando a parte que odeio...destacando...eu acho nojento as pessoas deixarem seus cães cagarem nas ruas e não catar...eu não tenho cães...mas ajudo a cuidar de 2...tem gente que suja mais a rua do que animais...e suas sujeiras fedem mais e são piores do que côcô de cachorro...achei um texto meio "ravinha"...tipo aqueles da veja contra a direita e a carta capital contra o capitalismo...é apenas o que eu penso...
Coco de cachorro?Isso ja faz parte do pacote ha muuuuito tempo.O q vc pode esperar de uma pocilga como o Brasil?Muito mais merda de cachorro do q nas ruas,tem mesmo eh na cabeca do povo brasileiro.
Forasta, 100% sensato e verdadeiro. Assino embaixo.
Eu acredito nos Direitos Humanos. Toda vez que me lembro dos casos de cidadãos inocentes, idosos e crianças MORTOS A DENTADAS por cães pit bull (uma raça criada geneticamente pelos nazistas para matar ao máximo dilacerando o rosto das vítimas) eu vejo que todos os donos desses mesmos cães pit bull têm o direito e o dever de sofrerem o mesmo horror em dobro. Tipo: "Vou torturar se cão pit bull até a morte. Arranco os pedações dele a dentadas. Depois eu mato você. Lentamente." Olho por olho. Dente por dente.
Essa é a ÚNICA linguagem que esses animais entendem. Os bípedes até mais do que os quadrúpedes. Estou pensando se vai ser necessário eu urinar em volta do meu prédio para demarcar o meu território.
Eu também acredito na linguagem do corpo. Isso fala mais do que mil palavras. Um exemplo?
Uma vez, voltando do trabalho para casa, ao virar a esquina para minha rua, fui acossado por um cachorro latindo e mostrando os dentes para mim. Com o dono olhando a seis metros de distância. Como eu sou um homem civilizado, me limitei á linguagem do corpo: me abaixei e estendi a mão até o chão e apanhei duas pedras maciças (uma branca e uma preta) da calçada arruinada tipicamente brasileira. Calmamente, joguei um pouco para o alto a primeira pedra, apanhei-a de volta na palma da mão e olhei fixamente para os olhos do cachorro. O bicho subitamente se calou. Depois repeti o gesto com a segunda pedra e olhei maldosamente para os olhos do dono.
Ele entendeu a mensagem na hora: "Saddam, deixa ele. Vem cá. Vamo pra casa."
Nunca mais vi nenhum dos dois.
Viu? É assim que dois seres humanos se entendem.
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