Primeiro encadernado de Os Invisíveis traz surpreendente saga de luta contra a opressão oculta sob o véu da realidade
Uma das séries de quadrinhos mais aclamadas e interessantes dos anos 90 finalmente ganha um lançamento brasileiro à altura da sua importância: Os Invisíveis, criada pelo escocês Grant Morrison, teve seu primeiro encadernado, Revolução 1, recém-lançado pela editora Pixel Media, detentora dos direitos de publicação do selo Vertigo / DC no Brasil.
Mistura alucinante de tramas de conspiração com ficção científica, Os Invisíveis, é, ao mesmo tempo, um grito de despertar, um chamado à revolução libertária e um mapa que traça rotas para se atingir outros níveis de percepção da realidade.
Tudo isso – e mais um pouco – embalado em referências várias, de eventos e vultos históricos como John Lennon e os escritores Percy Byshe Shelley (Uma Defesa da Poesia e Outros Ensaios), Mary Shelley (Frankensteisn), George Byron e Marquês de Sade (120 Dias de Sodoma)– todos transformados em personagens – à mitologias diversas, teoria do caos, cultura pop e psicodelia.
(Nas duas páginas ao lado, trecho em que King Mob toma um ácido para fazer contato com o espírito de John Lennon. Nesse mesmo número, um outro personagem, residente em Liverpool, presencia um bate-papo entre os jovens Lennon e Stuart Stucliffe ao entrar inadvertidamente em uma encruzilhada temporal ou algo assim).
Revolução 1 compila os 8 primeiros números da revista e apresenta ao leitor a temática da série, uma guerra secreta entre duas forças que se digladiam através dos séculos: os Invisíveis e seus inimigos, revelados ao longo da série.
Os Invisíveis trabalham sempre em pequenas células de cinco integrantes, mais ágeis e fáceis de operar. Anarquistas libertários, eles lutam contra todas as formas de opressão existentes.
Nos quatro primeiros números, o leitor conhece os personagens principais através do recrutamento do mais novo Invisível: Jack Frost, um jovem de Liverpool destinado a se tornar o novo Buda. Os outros são Ragged Robin, a telepata com rosto de boneca, Boy, uma ex-policial de Nova Iorque, Lorde Fanny, um xamã e travesti brasileiro, e por fim, King Mob, o estiloso líder do grupo, fisicamente baseado no próprio autor.
A rigor, qualquer pessoa pode ser um Invisível, inclusive nem nem saber disso ou jamais ter contato com qualquer um do grupo. Para entrar nele, Jack Frost passa por um penoso processo de iniciação com Tom O'Bedlam, um vagabundo das ruas de Londres.
Esse processo envolve rituais exóticos, como fumar um bolor azulado que cresce no subterrâneo abandonado da cidade, enxergar pelos olhos de um pombo, uma surra à beira do Tâmisa e um salto sem pára-quedas, do alto da torre do Canary Wharf.
A segunda metade do álbum, Arcádia, mostra a equipe voltando ao passado, onde encontra Mary Shelley e os outros escritores já citados, numa missão para recuperar a cabeça do profeta João Batista, que é mantida "viva" e murmurando coisas desconexas (ou não), encaixada sobre um estranho aparelho de tecnologia arcaica.
Os Invisíveis é assim: a cada página, uma revelação é jogada na cara do leitor. A cada quadrinho, uma reflexão sobre a natureza humana e as amarras que a contêm assalta as certezas que parecem tão naturais. Os Invisíveis é como uma piscina infinita de referências, diversão e loucura. Quem for bravo o bastante que caia dentro...
Os Invisíveis - Revolução 1
Morrison / Vários
Pixel Media / Vertigo
228 p. | R$ 44,90
www.pixelquadrinhos.com.br
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
14 comentários:
"Pego esse trem, prendo a fumaça pra fical pinel, chega a ter gosto de mel, tô doido, tô doido, tô doido, ah, ah, ah!".
http://www.youtube.com/watch?v=i-Jqn5pDFEs
Vcs conhecem Val Jamaica? Nem eu. Aliás, achei uma falta de vergonha na cara esse vídeo, essa música, essa putaria toda...
Ô Tadeu! Num fica me mandando essas sujeira não, que isso aqui é um blog de família, rapá!
isso é genial. o rock de salvador tá precisando de um val jamaica desse pq do jeito q vai o rock já era rapidinho. só tem bom menino
Chicão! Botamos seis músicas do novo disco disponiveis pra download no myspace (www.myspace.com/opessoasinvisiveis). Além disso, fizemos uma parceria com a Trama Virtual, e disponiblizamos com exclusividade a música "De um jeito ou de outro". A canção conta com a participação de Ronei Jorge nos vocais (Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta) e estará tbno novo disco da PI, que vai lançado esse ano (sabe-se lá quando).
Para baixar, acesse:
www.tramavirtual.com.br/pessoas_invisiveis
abraços!
Bruno, meu rapaz, tem uma notinha sobre a Pessoas Invisíveis na coluna Coletânea (Caderno Dez) de hj mesmo, 10 de junho. Se liga lá, que tá lá...
Val Jamaica no Boombahia, galera! O caminho é esse, não tem outro, não! (Quando e se houver outro Boombahia, bem entendido...)
clipe de val jamaica
aos 0;33 seg - a dança do careca
aos 0:58 seg - aparece um cara e ele mija na parede
aos 2:45 seg - aparece um cara com um braço só. cotó
e se futucar tem mais. melhor clipe dos últimos tempos hehehe
Já que o boom bahia apareceu na história, aproveito pra fazer o reclame; lá na www.meusom.wordpress.com , algumas sugestões e pedido as céus pelo festival.
Brama, o Condemned To Rock N Roll postou uma crítica enorme ao CD novo do Sparks:
http://condemnedtorocknroll.blogspot.com/
Tô só aguardando a sua pra gente postar aqui!
Oxente, Nei? Cadê?
Chicão; vacilo corrigido!!!
Foi mal!!!
valeu chicão. mas o gringo la do condemned... da uma info errada o disco de 2006 é o hello young lovers. o lil betthoven é de antes. não importa. o exotic creatures é do caralho. a resenha ta vindo, ta toda na cabeça. o problema é que o doente aqui baixou a discografia toda (20 discos) do sparks e empaquei no plagiarim e no gratuituos sax (dos anos 90), até a fase tecno pop dos 80 (moroder encontra o pet shop boys) tem coisas fantasticas.
Mônica e Cebolinha cresceram, caíram nas drogas, sexo e cosplay.
Hein?
Turma da Mônica Jovem: primeiras imagens da nova revista
http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/n13062008_09.cfm
eu achei esse gibi dos INVISÍVEIS, uma cópia mal feita do filme LARANJA MECÂNICA.
Grant Morrison PROCESSOU os irmãos Wachowski por fazerem de MATRIX um PLÁGIO de Os Invisíveis. Nenhuma surpresa pra mim. Só mesmo o grande gênio escocês filósofo quadrinista teria estatura intelectual e moral pra peitar outros gênios como Alan Moore. Bravo!
Postar um comentário