Era o que me dava vontade de gritar quando eu via Stefan Olsdal se rebolando todo e fazendo evoluções com a guitarra pra lá e pra cá. Gozações a parte, o show do Placebo para uma Concha Acústica quase lotada ontem marcou, no mínimo, uma geração de jovens que talvez tenham tido seu primeiro contato com o um grande show de rock, daqueles que nos fazem babar quando assistimos em vídeo ou DVD.
Depois de uma enrolação de mais de meia hora após o show da Theatro de Seraphin, o Placebo subiu ao palco com dois músicos de apoio fazendo os samplers e guitarras adicionais. Após o final da primeira música (não lembro o título), o susto: Brian Molko se lançou sobre alguém na platéia. Confusão. O que estava acontecendo? Pessoas do meu lado falavam: "caralho, ele tá brigando com alguém da platéia!". "Mas como? Como assim?" Logo os seguranças puxam a mocinha enfurecida de volta ao palco. A Concha urra. O povo quer rock. O povo ama Brian Molko.
The bitter end dá início a uma seqüência alucinante de hits: Special K, English summer rain, Every you every me, 36 degrees (em versão baladinha), e outras que não lembro o nome agora. Eu suava frio (não me perguntem por que) e esse suor, na hora de Without you I'm nothing (tranquilamente O momento mais emocionante do show), me deu uma estranha sensação de deslocamento espacial: eu não estava mais em Salvador, mas em algum lugar frio e maravilhoso.
Brian, visivelmente satisfeito com a acolhida (essa sim) quente do povo na Concha, deitava e rolava: pedia para bater palmas, gritos, o diabo. Ao final de algumas músicas, dizia: "obrigada". Obrigada? Sim, o cara é viado mesmo, e daí?
Stefan Olsdal era um show a parte. Para começar, o cara lembrava Spud, um dos personagens mais engraçados do filme Trainspotting. Cheio de ginga, dançava rebolando tanto com a guitarra que eu cheguei a duvidar que ele tocava mesmo.
Resumo da ópera: o último show bom desse jeito que eu vi foi o do Teenage Fanclub em maio do ano passado, em Recife. Sabe lá quando eu vou ver outro desse nível.
O FESTIVAL
No surprises: deu Ronei Jorge os Ladrões de Bicicleta na cabeça. Merecido, o prêmio só confirmou o favoritismo da banda, que diga-se de passagem, também confirmou sua popularidade com o público da Concha. Como já tinha acontecido na abertura do show de Pitty em setembro (ou outubro?) do ano passado, Ronei foi ovacionado pela multidão. O povo ama Ronei.
Mas outras bandas concorrentes também mostraram ter bala na agulha e potencial para arrebanhar um bom público aos seus futuros shows. A Los Canos fez a sua melhor apresentação entre o punhado que tive a oportunidade de ver por aí. O novo baterista deu um gás legal no som da banda, que se mostrou bem mais coeso.
A Brinde fez um show bastante competente, e confesso, foi o segundo melhor entre as bandas concorrentes, na minha humirde opinião. Gosto muito da pegada melodiosa com culhões do som dos meninos.
A Theatro de Seraphin, sempre muito elegante em seus blazers de fino corte, também fez bonito e conquistou uma boa parte do público da Concha com seu som mezzo melancólico mezzo raivoso. O senhor Cândido McFly Nariga Júnior é o destaque com seus solos faiscantes e cheios de sentimento.
Agora, a parte espinhosa desse negócio aqui. Que me perdoem aqueles que discordam (e meu amigo Roninho, por uma questão familiar), mas a única banda que não justificou sua seleção no festival foi a Canto dos Malditos na Terra do Nunca. Muito novinhos e inexperientes, a banda não segurou o peso de se apresentar para uma Concha lotada e fez um show vacilante, onde todas as músicas pareciam iguais. A voz da menina (putz esqueci o nome, foi mal aê), interessante a princípio, logo se transformou numa tediosa ladainha, difícil de aturar. Tanto, que chegou a ser vaiada por alguns momentos. Desagradável, pois a banda é inexperiente mesmo, não precisava disso. Mas como dizia Vicente Matheus, "quem tá na chuva é pra se queimar", correto?
Errou a comissão organizadora que, ao escalar a Canto dos Malditos ao lado de outros quatro grupos bem mais experientes e articulados, só ressaltou a imaturidade da banda, que quem sabe, pode vir a ser alguma coisa realmente interessante daqui a algum tempo. Mas precisa comer muito feijão ainda.
"Ah, mas vc não ouviu a gravação da banda, que foi elogiada por Pitty, Joe e coisa e tal", me disse Mário Jorge. Não, eu não ouvi. E o farei com o maior prazer. Mas ao vivo, ali na Concha, não me convenceu.
E foi isso. Deixa eu ir, que o pessoal do trabalho já tá me olhando com o canto do olho. E vcs, o que acharam de tudo? Me deixem saber aí nos comments!
Porra, que ressaca do cão!
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
35 comentários:
Brian Molko pulou para tomar a câmera de um cara que estava filmando o show. Ou seja, viadagem mesmo.
Imodestamente queria dizer que apesar da relevancia pop ser menor do que o aval de Pitty e Joe, preparei um disquinho com os rockeros baianos que encontrei na trama virtual e toquei Canto dos Malditos lá no programa numa das noites com Mario Jorge. No Premio bahia independente tb votei neles como revelação. E mesmo após a apresentação de ontem, continuo achando uma banda interessante e promissora, que eu espero que logo,logo, se prepare novamente pra enfrentar o palco da concha. Acho tb que é interessante uma banda , entre cinco, ter menos experiencia, mas a ordem da escalação deve levar esse critério em conta.E espero que a oportunidade, se não para essa , se repita para outras bandas e que ano que vem tenha ainda mais gente reclamando do claro que é rop, rock, golpe. Cada um enxerga até onde a vista alcança.
Sora, feliz, mesmo sem ter ido à festa.
pô, parabéns a rônei jorge pela vitória, parabés brinde e los canos pelos shows e a canto maldito de não ter dito medo de encarar a empreitada, mas a teatro fez o melhor show para mim (pode ter perdido por estar menos coesa do que os ladrões de bicicleta) ...parabéns para a produção do festival que mostrou respeito ao público no quesito qualidade de evento (com exceção daquele apresentador mala)...espero que venham outros...CLáudio Moreira
pô, parabéns a rônei jorge pela vitória, parabés brinde e los canos pelos shows e a canto maldito de não ter dito medo de encarar a empreitada, mas a teatro fez o melhor show para mim (pode ter perdido por estar menos coesa do que os ladrões de bicicleta) ...parabéns para a produção do festival que mostrou respeito ao público no quesito qualidade de evento (com exceção daquele apresentador mala)...espero que venham outros...CLáudio Moreira
Miguel Cordeiro
grande noite a de ontem! franchico tinha razão, a concha lotou mesmo. a participação do público foi tão boa quanto a do placebo e salvador tem a tradição de ter uma das platéias mais calorosas. agora imaginem um evento desse a cada 2 meses? a cidade já comporta isso. em menos de um ano a tal "baianidade fabricada" acabava... na festa da modular os placebo se mostraram simpáticos, sociais e sem nenhum estrelismo o que é muito bacana.
Roney foi nota 10, o espaço da concha se tornou a sala de estar dos LDB.Mais acho que deve deixar essa guitarra de lado e mostrar o quanto ele domina qualquer palco, pois depois de Fábio foi pra SP e Glauber pediu aposentadoria, só Maurão pode se comparar a Roney no palco.
No mais, todo mundo fez o dever de casa bem feito, pena o nervosismo da Brinde, que não conseguiu se valer do que tinha de melhor, os refrões maravilhosos, e destaque especial pra Dantas( batrista do Theatro de Seraphins) , que é o melhor musico que apareceu na cena de Salvador ultimamente e na mesma banda o banho de guitarra que Nariga deu em todos os outros guitarristas presentes, inclusos os que não falavam português.
Olá Pessoas.
Venho aqui tb dar minha impressão sobre o que se passou na concha este fim de semana surreal, onde, parece, acordamos alguma coisa que estava solenemente hibernando. Feliz que o prêmio foi para quem de direito o merecia; feliz por ver aqueles meninos todos cheios de gás e ao mesmo tempo nervosos pela experiência; e feliz por poder ter tido nova oportunidade de pisar a concha.
Eu me arrisco em comentários oportunos uma vez que lá estive.
A produção do evento foi marcante, coisa que muito provavelmente a maioria das bandas que lá estiveram não vão ver tão cedo, com exceção de Ronei em São Paulo e Rio com a mesma equipe;
gostei de todas as bandas, não pude ver/ouvir direito Los canos e Brinde.
Vi a apresentação da Canto dos Malditos (aliás garotos, conheci em sãopaulo o austregésilo carraro bueno e tenho o livro dele autografado)e achei uma pena que eles não reproduziram em palco o que ouvi nas gravações. realmente, discordando de algumas opiniões de pessoas muito próximas a mim, eu gostei; se tudo tivesse saido daquele jeito...ah, se tivesse...
a Theatro de Seraphin estava em casa, por mais que isso não tenha sido visto/ouvido por alguns que teimam em achar que tudo é pra sempre e não toleram dividir espaços, ranço do coronelismo enfiado até o talo nas veias cheias d'agua...
no mais torço por todos que lá estiveram, e que continue acontecendo eventos nesse porte em salvador, cidade dos faraós, dos candeais, dos coronéis e tenentes sem pudor.
Artur Ribeiro
Olá Pessoas.
Venho aqui tb dar minha impressão sobre o que se passou na concha este fim de semana surreal, onde, parece, acordamos alguma coisa que estava solenemente hibernando. Feliz que o prêmio foi para quem de direito o merecia; feliz por ver aqueles meninos todos cheios de gás e ao mesmo tempo nervosos pela experiência; e feliz por poder ter tido nova oportunidade de pisar a concha.
Eu me arrisco em comentários oportunos uma vez que lá estive.
A produção do evento foi marcante, coisa que muito provavelmente a maioria das bandas que lá estiveram não verão tão cedo, com exceção de Ronei em São Paulo e Rio com a mesma equipe;
gostei de todas as bandas, não pude ver/ouvir direito Los canos e Brinde.
Vi a apresentação da Canto dos Malditos (aliás garotos, conheci em sãopaulo o austregésilo carraro bueno e tenho o livro dele autografado)e achei uma pena que eles não reproduziram em palco o que ouvi nas gravações. realmente muito bom o que ouvi; se tudo tivesse saido daquele jeito...ah, se tivesse...)
a Theatro de Seraphin estava em casa, por mais que isso não tenha sido visto/ouvido por alguns que teimam em achar que tudo é pra sempre e não toleram dividir espaços, ranço do coronelismo enfiado até o talo nas veias cheias d'agua desses calungas...
no mais torço por todos que lá estiveram, e que continue acontecendo eventos nesse porte em salvador, cidade dos faraós, dos candeais, dos coronéis e tenentes sem pudor.
Concordo com esc cláudio, o Séraphin fez o melhor show da noite, eu sou meio suspeito pra dizer isso, mas juro que é minha opinião isenta. Ronei foi do caralho tb, como sempre e o premio está em boas mãos. Mas, se fosse pra votar, e baseando-me somente na apresentação, eu ficava com a Theatro. Então ok então, abraços.
pô, creio que o prêmio realmente está em boas mãos (todos sabem da sinceridade existencial e qualidade estética de nosso amigo Rônei), mas a teatro também merecia porque fez show com belas canções e mostrou naturalidade no palco...mais uma vez fiquei orgulhoso de ser compadre de Cândido...nossa sobrou faíscas para todos lados...foi realmente emocionante vê-lo tocar...marcos, arthur e dantas (incrível na precisão e visceralidade) deram um grande passo rumo ao reconhecimento que vocês merecem...devem ter ganho muitos novos fãs nessa noite inesquecível...Cláudio Moreira
pô, creio que o prêmio realmente está em boas mãos (todos sabem da sinceridade existencial e qualidade estética de nosso amigo Rônei), mas a teatro também merecia porque fez show com belas canções e mostrou naturalidade no palco...mais uma vez fiquei orgulhoso de ser compadre de Cândido...nossa! sobrou faíscas para todos lados...foi realmente emocionante vê-lo tocar...marcos, arthur e dantas (incrível na precisão e visceralidade) deram um grande passo rumo ao reconhecimento que vocês merecem...devem ter ganho muitos novos fãs nessa noite inesquecível...o show deve continuar em outras ARENAS!!!! ROCK!!!Cláudio Moreira
Parabéns a todos nós: público e bandas, sempre apaixonados por esse treco chamado rock. Em especial a Artur, que é a prova definitiva que o rock baiano é bom faz tempo. (Tô te chamando de véio não, viu King.)Abraço.ronei jorge
Bom,
Pra quem não botava fé eu vou me apropriar da frase de Messias GB :?eu acho é graça?...e tudo funcionou bonito,hein? Mas vamos com calma , evento grande a cada dois meses...afinal galinha não é gavião,né?
Mas escrevo aqui em defesa da meninada que ainda não caiu na panela,,é bom pra caralho ter bandas novas,verde,segurando a onda e tocando pra milhares de pessoas. Andréa (esse é o nome dela) e sua gangue botam pra fuder , tem personalidade e o tempo ao seu favor (sorita,te amo) e não ouvi as tais vaias .Agora sr. Franchico, pros 4 só elogios,pros malditos só pedras...o senhor me parece estar ficando político,justo agora em nossa idade avançada?
E para o ?mandingayro da chuva? de domingo, só uma coisa: enfia o dedo no cú e rasgue em asterisco.
E tenho dito.
Mario Jorge
meu caro Mário Jorge, se eu estivesse ficando político, minha atitude seria exatamente o contrário: passaria a mão na cabeça da meninada e desataria a elogia-los, mesmo não tendo gostado do show. as vaias que pelo jeito, só vc não ouviu, tb foram citadas por Brama no post logo abaixo do meu. eu tava pra lá de Bagdah, mas não tava ouvindo coisa, não. nada tenho contra (nem tampouco a favor) a Canto dos Malditos. apenas expus minhas impressões de forma clara e íntegra. como tenho sempre tentado fazer. se desagradou, minhas sinceras desculpas, mas eu mantenho tudo o que escrevi no post.
Miguel Cordeiro
acho que uma cidade como Salvador, terceira cidade do país, quase 3 (três!!) milhões de habitantes, com tradição roqueira (raul seixas, camisa, bandas dos anos 80, úteros em fúria, dead billies, pitty...) já comporta SIM eventos como esse a cada dois meses. se a rede bahia & coligados estão fazendo eventos periódicos de reggae com atrações internacionais por quê não fazer com atrações do rock? produtores pensam em $$$ e o mercado está aí só esperando acontecer. quem acompanha o que está rolando no brasil sabe que até em belo horizonte acontece shows internacionais quase a cada mês e por quê não pode ter aqui?
Foi dificil vir pro Abril Pro Rock sabendo que ia rolar uma tarde/ noite historica em Salvador. Eu como bom otimista esperava umas 3 mil pessoas, foi superior a isso. O publico pelo que soube foi dos melhores e os shows mais ainda. Parabens a Ronei, que pra mim ao lado de Retrofoguetes e nancyta esta um degrau acima das outras bandas da cidade, nao pela qualidade, mas poer estarem preparados para tocar em qualquer lugar. Parabens a todasd as bandas, as pessoas que participaram. Muito bom assistir a isso tudo. E continuo dizendo, as coisas estao mundado, devagar eu ei, so nao ve uem nao quer.
Mario, a canto dos malditos foi vaiada sim, e não foi pouco, o q não significa q a banda não tenha potencial,pelo contrario, é uma das promessas da cena, mas no dia não foi bem e não agradou a boa parte do publico. serve como experiencia pra banda, ainda muito verde pra um evento deste porte, mas que encarou tudo com dignidade. quanto a eventos deste naipe com mais frequencia na bahia, vamos com calma, não se enganem, sem um patrocinar do porte da claro, não se viabiliza eventos deste tipo, nem de perto.
Miguel Cordeiro
caro osvaldo, polemizar com vc é bacana porque além de inteligente vc tem humor. imagino que o cachê do placebo e outras bandas do mesmo nivel seja menor que o do chicrete, ivetão, gilberto gil e até mesmo o de d. canô... qualquer estrutura de uma micareta num interior desses é mais cara que aquela da concha. e para fazer eventos periódicos não existe só a claro. tem a tim maxitel, tem a schincariol & outras cervejas, tem a oi, tem a penteventos, tem o grupo iguatemi, tem o complexo de sauípe e até mesmo um pool de blocos de carnaval. todos esses gostam de dinheiro, têm dinheiro e o mercado está aí pronto esperando. basta trazer bandas interessantes, articulando com produtores do sul que trazem as atrações para o brasil. parece fácil e se tiver pressão e convencimento torna-se fácil mesmo.
Testando
isso aqui tá do caralho, pela primeira vez em anos vejo as pessoas que são envolvidas com o rock na bahia felizes, de alma lavada, e tamo todos de parabens mesmo. soube q a acolhida do placebo em recife foi legal, mas não chegou aos pés daqui, a propria banda, segundo soube, ficou feliz. keep on rockin' porra!
miguel tem razão, sempre percebi que shows internacionais de porte médio que passam pelo Brasil desde final da década de 80 poderiam ter data aqui em ssa...basta patrocínio e divulgação...mário jorge, deixe de besteira que a banda da menina é boa e tem fututro...o negócio é saber o motivo de uma banda como, por exemplo, a Sangria não ter entrado na parada...vai ver o cd dela está mil vezes melhor que sua performance ao vivo, que não foi ruim...apenas faltou coesão que chega com o tempo...cláudio
Franchico,
O negócio é o seguinte: não ouvi as vaias. Isso não quer dizer que não existiu,só acho que o senhor teve uma postura critico musical calcada em outros parâmetros quando escreveu o texto do canto dos malditos com relação aos demais, o senhor se esqueceu que o rock é essencialmente juvenil e tal... achei seu texto político sim e já falamos sobre isso,mas se no festival a única coisa que te desagradou foram os malditos cantantes é sinal que o senhor se divertiu as pampas ,hein? e tem razão em elogiar a todos e meter o pau nos malditos ,pois, realmente ali no festival (perdão Andréa mas não resisti) era a melhor coisa pra se meter o pau... (trocadilho ridículo, machista e infeliz... né, chicao?) .
Brahma , concordo. Mas acho que assim como Recife e Goiânia ,cidades que tem também uma industria cultural local muito forte ,SSA comporta 2 eventos por ano,mas a grana tem que ser capitada em SP, pois a grana que vem pra cá já tem segmento certo(nessas cidades citadas tb rola assim). Pra isso tem que fazer projeto, aprovar em leis de incentivo e tal...mas rola.
Sr. Miguel,vamos tomar umas tequilas uma noite dessas (Brahma arma aí) te respeito e até gosto do seu humor inglês. O senhor só não parece a mesma pessoa pessimista que postava no mês passado,não vamos ser radicais. achar que um único show vai mudar toda uma industria cultural de uma cidade que exporta essa imagem...vamos tentar fortalecer um segmento,os camisas pretas mostraram que existem,na sua maioria curiosos ou fizeram o supletivo show placebo,mas muito massa,o rock ta aí. Luciano tem razão,as coisas devagar vão mudando...
Mario Jorge
Ah,a concha mostrou ( mais uma vez ) que é um ótimo lugar para shows e com um pouco de investimento fica de fuder.
concordo
no site da Dynamite, Ronei Jorge virou Rodnei. que puxa...
Chiconha,
repetirei ipsis litteris o que acabei de falar com Sora.
O seguinte é este. Irremediavelmente antiquado, guio-me, desde sempre, pela profecia do bom pastor Cláudio Abramo. "Quem escreve cartas para jornal ou é doido é quer tomar o lugar do jornalista".
Mutatis mutandis, creio que o mesmo serve para a caixa de comentários de blogs.
Se saio de meu obsequioso silêncio, é porque o motivo é grave.
Venho alertá-lo de que a chegada do Alemão ao trono de Pedro lhe trará muito mais dissabores do que pensas em sua vã filosofia de publicitário angustiado.
Mais outro e complementar seguinte.
Há pouco menos de cinco anos, Ratzinger (não me acostumei ainda a chamá-lo de Bento) lançou Introdução ao Espírito da Liturgia. Na obra, ele afirma que "O rock quer liberar o homem por meio de um fenômeno de massa, marcado pelo ritmo, o barulho e pelos efeitos de luz". E diz mais. Segundo o ex-prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, o rock é "uma expressão básica das paixões que, em grandes platéias, pode assumir características de culto ou até de adoração, contrários ao cristianismo".
Portanto, cuidado!O homem, como você sabe, é incutido. E minha mãe já avisava que incutido é pior do que maluco.
Se eu fosse você, baixava agora mesmo o volume da sua vitrola. Oremos.
Franciel Cruz
é, rapaz, bem que vc tentou, ao indicar Jean Willis para o cargo, mas os teimosos cardeais da Cúria (ui!) não lhe deram ouvidos. Joseph Ratzinger, profundo conhecedor do rock (música e mitologia) deve ter suas considerações levadas em huh... consideração por todos os fiéis rockloquistas, leitores do programa e ouvintes do blog (e vice versa) ou nossas almas correm sério risco de arderem nas chamas infernais. amém.
Miguel Cordeiro
caro mario jorge. deixe de onda meu velho. vc tá enganado. não sou pessimista não. se fosse já teria caído fora do barco do rock´n´roll há tempos...e vamos combinar as tequilas.um abraço fraternal.
muitos comments, né! então vou deixar só a minha impressão do show, já que não só nem um pouco diplomada em música, muito menos no rock, que até hj não chegou nas vitrolas da cidade de onde venho! bem, bem...achei que a banda é muito boa mesmo. Caralho! o som dos caras tem consistência e eles são o maior barato! máscaras a parte, fiquei muito feliz em ver aqui, na concha, uma banda tão bem produzida, com referências fortes e de personalidade! de saber que a meninada do rock pode ver de perto o que é música boa! Na verdade, acabei não vibrando muito, porque tava a fim de ver o show, de perceber os caras no palco e a reação deles diante do público! Mas mandaria o Molko se fuder quando ele falou que não aceitava mais comparações com o glam rock! acho que todas as bandas desse estilo gostariam de ter essas referências tão explícitas!!!! quanto às bandas locais, eu (olhem bem, estou dizendo EUUU) prefiro a Theatro ... acho que Ronei não tem um bom vocal, apesar de ter uma boa banda e letras bem feitas ... é isso! um beijo para todos ...Tiago, Chico, Cebola, Yara, e o resto da galera do rock que eu não tenho visto ultimamente
Paloma Jacob
Hoje, logo após o Rock Loco com os Irmãos Martinez (yeah!), tem entrevista com a Theatro de Séraphin. Programa Soterópolis, TVE Bahia, canal 2, 22h30.
andei lendo os comentários acima e fiquei cá pensando com os meus botões: será que esse povo ai de cima sabe que quase todo dia uma nova banda começa ensaiar nessa cidade de meu deus? então por que essa insistência de que o canto dos malditos devem ser the next big thing? explicações abundam (oops). amizades, parentescos etc. a demo. ah, a demo é boa. hmmm. uma voz monocórdica comprimida até o talo tentando soar melodicamente como los hermanos e um instrumental corretinho de nu metal. os estúdios fazem milagres hj em dia. hmmmm. acessem o site do bahia rock. tem coisa melhor lá na faixa dos 18 aninhos, já que isso tb parece ser um dos pontos. um rapaz ai disse que rock é juvenil. é vero. mas jovens existem com 60 anos (que o digam bowie e neil 'young') assim como muitos velhos existem na faixa dos 20. quem estava na concha viu e ouviu que o cmtn no máximo poderia estar num festival de colégio. pode ser que isso mude. mas por que as apostas de alguns continuam neles, mesmo depois daquele fiasco? ouvi com atenção apesar do som me forçar a ir umas duas vezes pegar uma cerveja. ouçam tb as outras bandas novas de garotas gostosinhas e tal. por fim, nada contra as parcialidades. somos humanos. mas me lembro do começo de gente como dead billies, úteros em fúria, cascadura. ali já tinha potencialmente tudo. deixo aqui a recordação de que pelé ganhou a primeira copa com 17 anos, em estádios com um pouquinho mais de gente que a concha acústica. no mais, parabéns aos larápios de bicicletas (puta som), embora tenha lido que o povo da brinde andou resmungando por ai que nem concorreram, já que estavam na mira da produção da claro para serem postos pra fora do certame (a estória das gravadoras) e só não o foram porque tava tudo em cima da hora. é, o choro é livre. fui.
A Brinde não andou resmungando de nada, cara. Foi um puta final de semana e acredito que nenhuma das bandas que tocou lá esteja "choromingando", como você diz, por algum motivo.
O que a Brinde comentou foi com base nas eliminações que ocorreram nas outras cidades. Bandas nas mesmas condições que a Brinde, até do mesmo selo, foram impedidas de participar sob a alegação de terem cds vendidos em megastores (Submarino, FNAC, Somlivre). O comentário da Brinde não ser impedida de participar por estar muito em cima da hora foi feito pelo Big, que era um dos jurados.
O Violins, de Goiânia, está entrando com uma liminar para poder participar da seletiva de Brasília usando como argumento a participação da Brinde. Nessa aí a Claro pode ter se ferrado.
No mais, o clima no camarim, mesmo com os 15mil em questão, estava longe de ser de disputa. Todos queriam tocar e curtir a noite histórica. Nervosismo, sim. E tem como não ter?
Um dos jurados até comentou que a Brinde precisa de mais estrada, concordamos plenamente. Ronei é um artista pronto para tocar no festival da Claro e representar bem a Bahia em qualquer lugar. Gostei MUITO também do show do Los Canos. Ainda não havia visto a banda com o novo baterista. Do Teatro, vi pouco. Mas me pareceu também muito competente.
Abraços.
bem, se isso ai que tá escrito logo abaixo não é resmungar (retirado da comunidade da brinde no orkut), então desculpa.
"Claro que é Rock... 19/4/2005 11:50
Hmmm, não sei se vocês sabem, mas a Claro está limando todas as bandas concorrentes nas seletivas que faltam, por terem cd`s comercializados. Ou seja, com certeza, nós, que temos um disco lançado e distribuído Brasil afora, tocamos, mas não concorremos ao prêmio de 15 pilas! Legal, né?"
GUITAR!!!
Henrique
Essa Pite está mais para pití. Muito pano de grife e tale coisa. Maluco roque é mesmo o souza, que ensinou Pepeu e Brasil. Batia punheta na intenção da Monica e andava de velotrol pela sala
da úteros eu posso falar, e o que eu mais ouvia era que a gente nao sabia tocar...coming soom...
mario jorge
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